PPBIOTEC - Programa de Pós-graduação em Biotecnologia

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/426

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Item
    Avaliação de RNAs não codificadores longos específicos de Schistosoma mansoni, como candidatos a biomarcadores da esquistossomose murina.
    (2021) Rocha, Flávia Arêdes; Cota, Renata Guerra de Sá; Cota, Renata Guerra de Sá; Cabral, Fernanda Janku; Silva, Glenda Nicioli da
    RNAs não codificantes longos (lncRNAs) possuem um importante papel na regulação transcricional e pós-transcricional. São classificados como transcritos maiores que 200 nucleotídeos, que não apresentam potencial de codificar proteínas, sendo observados tanto no núcleo como no citoplasma. Estudos recentes vêm demonstrado que, dependendo de sua localização e de suas interações específicas com DNA, RNA e proteínas, os lncRNAs podem modular a função da cromatina, alterar a estabilidade e a tradução de mRNAs citoplasmáticos e interferir nas vias de sinalização. Muitas dessas funções, em última análise, afetam a expressão gênica em diversos contextos biológicos e muito provavelmente estão relacionados aos mecanismos referentes à interação parasito-hospedeiro. Por outro lado, os padrões de expressão estágio-específico sugerem que os lncRNAs são biomarcadores em potencial para a detecção da esquistosomose, uma parasitose debilitante e de grande impacto socioeconômico no mundo, causada por platelmintos do gênero Schistosoma. Acredita-se que a complexidade dos programas de diferenciação e desenvolvimento observado entre os diferentes estágios evolutivos e ambientes onde o parasita vive seja dependente da regulação da expressão gênica, e neste cenário os lncRNAs seriam moléculas chave. As hipóteses desse trabalho são que o S. mansoni expressa um conjunto de lncRNAs de forma diferencial através da reprogramação de sua expressão gênica em determinados estágios evolutivos, e que esses lncRNAs são importantes na interação parasito-hospedeiro. Recentemente, nosso grupo de pesquisa identificou um conjunto de 170 novos lncRNAs em S. mansoni e deste conjunto, quinze mostraram expressão diferencial quando comparado os estágios larvais e adultos do verme, bem como entre machos e fêmeas. Continuando essa linha de investigação, o objetivo desse trabalho foi avaliar a expressão de 47 lncRNAs nos estágios de cercárias, esquistossômulos com 3,5h de cultivo in vitro, vermes adultos e ovos, bem como em amostras de fígado e sangue de camundongos BALB/c infectados e não infectados com S. mansoni. Do conjunto de 47 lncRNAs avaliados, 29 foram considerados como expressos em vermes adultos, utilizando a técnica de qRT-PCR. A seguir, este conjunto se mostrou diferencialmente expresso entre os estágios evolutivos avaliados. Posteriormente foram realizados testes qualitativos e quantitivos utilizando fígado e sangue de camundongos infectados e não infectados, apresentando detecção de lncRNAs específicos de S. mansoni no hospedeiro mamífero. Em conjunto, podemos concluir que os lncRNAs são diferencialmente expressões em S. mansoni e com potencial de biomarcador.