Este artigo discute como os clipes Mandume, Boa Esperança e Eminência Parda, do rapper Emicida, realizam um retorno à ferida colonial e apontam opacidades históricas, opressões e exclusões daí derivadas, como forma de conduzir a uma releitura afetiva e resistente do/no tempo e instigar ações estéticas de re-existência. Para isso, realizamos uma análise audioverbovisual dos clipes procurando observar a construção desse discurso a partir de três categorias analíticas: retorno memorialístico, corporalidade desumanizada e vida livre da violência e da morte.