PPGEDU - Programa de Pós-graduação em Educação
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Item Alfabetização em território vulnerável : o caso de sucesso da Escola Municipal Professora Laura Fabri, em Governador Valadares-MG.(2019) Perpétuo, Sandra Maria; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Silva, Luciano Campos da; Coutrim, Rosa Maria da Exaltação; Alves, Maria Teresa GonzagaA alfabetização das crianças brasileiras, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental, tem se constituído um dos principais desafios do país, sobretudo das escolas situadas em territórios vulneráveis, onde há maior escassez de serviços públicos e privados, e grande concentração de famílias com menores recursos econômicos e culturais. No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, algumas escolas situadas em regiões mais pobres alcançam bons resultados em alfabetização, o que pode se refletir nos resultados das avaliações externas. Em uma análise comparativa entre as escolas públicas situadas no perímetro urbano da cidade de Governador Valadares-MG, no período de 2014 a 2016, a Escola Municipal Professora Laura Fabri apresentou maior percentual de alunos com sucesso escolar em alfabetização no Programa de Avaliação de Alfabetização (PROALFA). Diante dessa evidência, propus, como objetivo principal desta pesquisa, investigar que fatores levam uma escola situada em território vulnerável a apresentar maior percentual de alunos no nível avançado em alfabetização nas provas do PROALFA. Para isso, realizei um estudo de caso por meio de análise documental, de observação e de entrevistas semiestruturadas. Sob uma análise apoiada no campo da Sociologia da Educação, os resultados da pesquisa apontam para cinco mecanismos que ajudam a explicar as razões do sucesso da Escola Municipal Professora Laura Fabri em alfabetização: a atuação dos profissionais na escola, sob a coordenação da pedagoga, que amenizam o impacto da vulnerabilidade do território e da infraestrutura precária; a formação continuada desenvolvida pela pedagoga na escola, que atua como uma forte estratégia em relação à rotatividade de professores; a experiência de algumas professoras nas classes de alfabetização e sua atuação no último ano do ciclo de alfabetização; a alfabetização por meio de distintos métodos e sua adequação aos diferentes estilos de professores e aprendizagens dos alunos; e as estratégias de intervenção pedagógica que envolvem o trabalho com as crianças e as famílias.Item Alfabetizar letrando : mudanças (im)previsíveis no ensino fundamental de nove anos.(2014) Magalhães, Rosângela Márcia; Corrêa, Hércules TolêdoEsta pesquisa tem como objetivo geral investigar e ampliar o diálogo sobre o que muda efetivamente na prática pedagógica e na sala de aula quando se passa a falar em alfabetizar letrando. Nossos referenciais teóricos baseiam-se nos estudos sobre alfabetização e letramento(s), fundamentados e desenvolvidos por pesquisadores da área. Também nos fundamentamos nos estudos consecutivos ao desenvolvimento das diferentes formas de letramento, como o conceito de letramento literário. A presente investigação, vinculada à linha de pesquisa Instituição Escolar, Formação e Profissão Docente, é resultado de uma pesquisa de abordagem qualitativa, utilizando-se o estudo de caso como procedimento e foi realizada em uma escola pública do município de Ouro Preto - MG. Metodologicamente, este estudo desenvolveu-se por meio da observação da sala de aula de uma turma de seis anos e de entrevistas semiestruturadas realizadas com a professora participante, seis pais e seis alunos da turma pesquisada. A entrevista contemplou questões relacionadas à prática pedagógica de alfabetização e letramento e a recepção dos pais em relação aos projetos literários desenvolvidos na escola. A análise dos dados evidencia uma tensão entre ensinar o código linguístico e trabalhar com textos de circulação social. Os resultados apontam, também, para práticas situadas de letramento literário que consistem o eixo do alfabetizar letrando na turma observada, formando uma comunidade de leitores ativos e autônomos, a partir de uma escolarização adequada da literatura.Item Concepções e práticas pedagógicas de alfabetização : um estudo com professores de crianças com paralisia cerebral.(2018) Ribeiro, Joana Vicente; Franco, Marco Antônio Melo; Franco, Marco Antônio Melo; Corrêa, Hércules Tolêdo; Rodrigues, Sônia MariaO aumento da presença de crianças público-alvo da educação especial no ensino regular tem gerado inquietações no que se refere às práticas pedagógicas desenvolvidas nos processos de ensino-aprendizagem, especificamente quando se trata da alfabetização - no caso deste estudo, a criança com paralisia cerebral. O estudo aqui apresentado busca investigar como os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental I têm desenvolvido práticas pedagógicas inclusivas no campo da leitura e da escrita de crianças com paralisia cerebral. Para realizar a pesquisa, a perspectiva metodológica adotada foi a abordagem qualitativa. Participaram do estudo 4 professoras ligadas diretamente ao processo de ensino-aprendizagem, mais especificamente à alfabetização, de 3 crianças diagnosticadas com paralisia cerebral, com idade entre 7 e 11 anos, regularmente matriculados no Ensino Fundamental I da rede municipal da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Para coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as docentes e observações em salas de aula. Os dados foram analisados em duas etapas: a primeira diz respeito às entrevistas e a segunda à apresentação dos dados coletados nas observações, os quais buscamos dialogar com as respostas das entrevistas. Em relação à primeira etapa, a análise dos dados revelou inconsistência na concepção conceitual, por parte das professoras, acerca da inclusão e da alfabetização, implicando na elaboração de práticas pouco calcadas em domínios teóricos. A segunda etapa revelou que as ações realizadas pelas docentes no campo da leitura e da escrita com as crianças com paralisia cerebral estão distantes de serem ações inclusivas de fato. Relacionando as entrevistas e as observações, foi possível identificar que o pouco domínio teórico dificulta a reflexão acerca dos casos e, por conseguinte, a elaboração de práticas mais inclusivas.Item As diferentes linguagens e a aquisição do sistema de escrita : um olhar sobre a prática de professoras alfabetizadoras.(2020) Gonçalves, Janaina Oliveira; Franco, Marco Antônio Melo; Franco, Marco Antônio Melo; Rodrigues, Paula Cristina de Almeida; Silva, Márcia Maria eO estudo apresenta discussões e articulações entre práticas pedagógicas, alfabetização e linguagens. Considerando esses aspectos, a investigação buscou identificar as diferentes linguagens presentes nas práticas pedagógicas, durante o processo de alfabetização com as crianças de 6 anos. O campo de pesquisa envolveu duas turmas de 1º ano do Ensino Fundamental I, de uma escola da Rede Municipal de Itabirito, Minas Gerais. A abordagem metodológica da pesquisa foi qualitativa e os instrumentos utilizados para as coletas de dados foram entrevistas semiestruturadas com as docentes, observação da prática de professoras, anotações no diário de campo e gravações audiovisuais. Ao discutirmos sobre as práticas, buscamos embasamentos em Franco (2010, 2015, 2016, 2017) e Zaballa (1998). Autores como Soares (2003, 2013, 2017), Morais (2006, 2012, 2015), Mortatti (1999, 2016), Ferreiro e Ana Teberosky (1999), entre outros, sustentam a fundamentação a respeito das práticas em alfabetização. Na perspectiva de Loris Malaguzzi apud Edwards C.; Gandini, L.; Forman, G. (2016) e autores como Colello (2018, 2019), Fiorin (2017) e outros, buscamos as contribuições sobre as linguagens. Para as análises, foi realizada a transcrição dos dados das entrevistas, assistidas as gravações das aulas e anotados os momentos importantes das práticas das professoras, nas quais foram identificadas as diferentes linguagens presentes no processo de alfabetização. Dentre os principais resultados encontrados, verificou-se que as práticas das professoras se baseiam em suas concepções de aprendizagem e que os discursos das docentes revelam o quanto há dicotomia em relação à teoria e à prática. Foram identificadas práticas mecânicas, sendo realizadas pelas professoras alfabetizadoras, ainda numa perspectiva dos métodos tradicionais para a aprendizagem da língua escrita. Quanto à presença das diferentes linguagens, notou-se que elas aparecem nas práticas docentes no processo de alfabetização; contudo, acontecem de forma secundária, como um suporte. Diante dos resultados encontrados, considera-se que as práticas docentes evidenciam a presença das linguagens, mas ocorrem de forma intuitiva, sem a dimensão de uma prática pedagógica, no sentido de práxis.Item Interface entre ações do subprojeto PIBID-alfabetização e o desempenho de leitura de alunos dos primeiros anos do ensino fundamental.(2018) Andrade, Igor Ariacy Freitas de; Franco, Marco Antônio Melo; Matos, Daniel Abud Seabra; Franco, Marco Antônio Melo; Matos, Daniel Abud Seabra; Tripodi, Maria do Rosário Figueiredo; Monteiro, Sara MourãoAs escolas desempenham um papel de fundamental importância na sociedade. São responsáveis, especialmente, por introduzirem as crianças a um novo mundo, repleto de valiosos conhecimentos e de extraordinárias formas de aprender. Para que a educação possa desempenhar sua função social, por meio da instituição escolar, torna-se fundamental a elaboração e execução de políticas públicas, por parte dos governantes, que atendam a todas as modalidades educacionais. Uma das políticas mais recentes de formação docente com repercussão na educação básica é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Os resultados das ações desse programa, em um contexto escolar específico, se configuram no objeto de estudo desta pesquisa. O estudo buscou analisar os resultados alcançados por um subprojeto do PIBID com foco na alfabetização e realizado por meio do Departamento de Educação da Universidade Federal de Ouro Preto. O Subprojeto Alfabetização, em conformidade com o programa ao qual faz parte, tem como proposta atuar com crianças identificadas com dificuldades no processo de alfabetização em duas escolas públicas, sendo uma no município de Mariana e outra no município de Ouro Preto, ambas no estado de Minas Gerais. O modelo de pesquisa adotado foi o estudo de caso, sendo este desenvolvido por meio das abordagens quantitativa e qualitativa. Na abordagem quantitativa, tratou-se dos dados coletados ao longo do período de quatro anos da execução do projeto. Esses dados são resultantes da aplicação de testes de leitura realizados uma vez ao ano com alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental I. Os dados quantitativos foram analisados por meio de instrumentos estatísticos descritivos, de testes de normalidade, de testes para verificação de suposição de igualdade e de medidas para mensuração do tamanho do efeito entre amostras. A abordagem qualitativa se refere aos dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com professoras das escolas de educação básica que participaram do projeto. Quanto aos resultados, no que tange à abordagem quantitativa, foi possível identificar que ocorreram evoluções estatisticamente significativas no que se refere ao processo de aquisição de leitura por parte do conjunto de alunos ao longo do período estabelecido para observação, na pesquisa. Em relação aos resultados relacionados à abordagem qualitativa, foi possível identificar nas falas das professoras entrevistadas que o Subprojeto Alfabetização, ao longo de sua execução, provocou mudanças significativas no trabalho pedagógico das escolas. Conforme os resultados das entrevistas, percebemos que o desempenho dos alunos em relação à leitura teve um aumento relevante, reduzindo a quantidade de crianças com dificuldades no seu aprendizado. Além disso, observou-se que várias atividades de leitura, propostas pelos estudantes de pedagogia, passaram a fazer parte do cotidiano das escolas. Considerando que muitas são as variáveis que interferem no processo de ensino e aprendizagem escolar, não seria possível afirmar que o Subprojeto Alfabetização tenha sido o único responsável pela melhora no desempenho de leitura das crianças. Porém, é possível dizer, tanto pelos resultados estatísticos, quanto pelas falas das professoras entrevistadas, que as ações do PIBID contribuíram para a melhoria no desempenho da leitura dos alunos e que, de alguma maneira, provocaram mudanças nas práticas pedagógicas das professoras das escolas participantes desta pesquisa.