DELET - Departamento de Letras
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Resultados da Pesquisa
Item Toadas do Maracatu Nação de Baque Virado : um estudo de linguagem e performance.(2021) Moreira, Viviane Terezinha de Faria; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Souza, Ana Lúcia SilvaO cortejo das nações de maracatu na cidade de Recife exibe cores e valores das tradições de matriz africana, mostrando em suas apresentações as epistemes da memória ancestral, reminiscências de uma cultura oral e reexistência da negritude no Brasil, os saberes presentes na linguagem das toadas e as letras das músicas entoadas no maracatu. As toadas mencionam os Orixás, divindades do panteão africano, e fazem referência a acontecimentos passados e atuais. Cantam a luta, a cultura e a resistência social e histórica do povo negro. Em meio a essas riquezas culturais é construída a pesquisa que se segue, com o intuito de enxergar além-mar e escutar os ecos, os batuques e as conquistas que fazem permanecer viva a manifestação afropernambucana, maracatu nação de baque virado. A pesquisa percorre um caminho que busca mostrar a ligação entre a linguagem, a memória ancestral e a performance que se encontram em meio às toadas. Conciliando esses pontos com a ideia do cruzo religioso, o que acarreta na necessidade da discussão acerca do racismo religioso que habita e reflete no dia a dia dos grupos e pessoas envolvidas com os maracatus. São analisadas 20 toadas que se conectam com concepções citadas acima, o objetivo é fazer uma análise de cunho explicativo, pautadas em dois pontos, o primeiro é focado na memória ancestral e seus reflexos na performance das toadas e o segundo objetivo está elencado na concepção e representação do cruzo religioso diaspórico onde a encruzilhada é notada como potência e possibilidade de encontros e crenças. Por fim, ao compartilhar esses epistemes busca-se maior entendimento e compreensão das contribuições culturais e religiosas que as nações de maracatu proporcionam para suas comunidades, para o território brasileiro e para além-mar.Item A linguagem de Camaco : identidade, memória e reexistência.(2021) Marchiori, Geuderson Traspadini; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, Clézio Roberto; Queiroz, Sonia Maria de MeloEsta pesquisa tem como objetivo principal o resgate e a preservação da memória da Linguagem de Camaco no município de Itabira, MG. Nesse intento a pesquisa bouscou: 1. Estabelecer uma discussão crítica a partir das relações entre linguagem, identidade, memória, resistência e a existência da Linguagem de Camaco, ao estudar a relação de falantes e de moradores da cidade com a Linguagem de Camaco; 2. Gerar registros dessa Linguagem, a partir dos quais seja possível compreender melhor a formação de seu léxico e os mecanismos linguísticos utilizados. Para a consecução desses objetivos realizou-se pesquisas bibliográficas e etnográficas em busca de registros que permitam melhor entendimento sobre o contexto de surgimento dessa Linguagem, sobre sua disseminação, sua resistência até os dias atuais e sobre os possíveis usos feitos pelos falantes ao longo de sua existência. Dos resultados observados, tem-se que a Linguagem de Camaco possui relações estreitas com a prática mineradora e com as relações coloniais decorrentes da formação do país ainda enquanto colônia portuguesa. Criada por trabalhadores negros, a partir desse contexto, a Linguagem opera de forma decolonial, proporcionando a seus falantes a possibilidade do que é proposto como aquilombamento linguístico.Item Ensino de língua portuguesa para estudantes surdos/surdas : sobre a possibilidade de português como língua de acolhimento.(2020) Borges, Rúbia Araújo; Muniz, Kassandra da Silva; kassymuniz@gmail.com; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, José Luiz Vila Real; Silva, Giselli Mara daApresentaremos nesta dissertação de mestrado a pesquisa realizada alinhada à Linguística Aplicada no Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Ouro Preto. A partir de algumas experiências prévias sobre os desafios do ensino de português para surdos no Brasil e com o surgimento de algumas limitações, fomos direcionados ao contexto da pesquisa acadêmica. Nesse sentido, torna-se relevante pensar a contemporaneidade no ensino de língua portuguesa para surdos. Há certas limitações/dificuldades no ensino de português para surdos e isso se concretiza na dificuldade da produção escrita desses estudantes. Pensar o ensino de língua portuguesa (LP) no qual esses alunos se sintam mais coparticipes, incluídos, acolhidos, diminuiria as dificuldades da aprendizagem de língua portuguesa desses estudantes? Tais questionamentos fundamentaram os caminhos epistemológicos traçados da pesquisa em andamento. A pesquisa baseia-se na vertente da linguística aplicada crítica (RAJAGOPALAN, 2001) e transgressiva (PENYCOOK, 2006), pois interessa-nos uma teoria capaz de corporificar a linguagem e isso vai ao encontro com a noção performativa (AUSTIN, 1998); (BUTLER, 2003) de linguagem, pois é uma visão que não enxerga apenas a diferença linguística dos surdos e sim aspectos da sua identidade e sua relação com o ensino-aprendizagem. Por esse motivo, os caminhos metodológicos seguidos foram baseados na perspectiva etnográfica de Blomaert (2008). Tais caminhos foram norteados mediante o objetivo principal da pesquisa que foi investigar o modelo de ensino de língua portuguesa para surdos de uma escola bilíngue na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais percebendo a possibilidade da adoção da noção mais ampla de conceito de ensino de língua como o Português como língua de acolhimento. (BARBOSA, 2019).Item Letramentos de reexistência : produção de cartazes digitais como forma de afirmação da intelectualidade jovem e negra.(2018) Brito, Thiago Henrique Borges; Muniz, Kassandra da Silva; Souza, Ana Lúcia SilvaEste artigo se traduz em afirmar que os cartazes digitais produzidos pela juventude negra são gêneros textuais discursivos que afirmam uma linguagem eminentemente política e subversiva que rompe as amarras de categorias estanques calcadas na noção de gênero ou na noção de político que passeia pelos trabalhos, quando estes se dispõem a analisar cartazes produzidos por grupos sociais específicos. Convergimos os diálogos entre as diversas áreas do saber a fim de traçar possibilidades de letramentos via agências ancoradas pela cosmovisão de matrizes africanas. Nesse sentido, dialogamos com as concepções de letramentos de reexistência cunhados por Souza (2011) e o bios de midiatização em Sodré (1972; 2002), a partir de uma visão decolonial de entender a produção desses cartazes. Aproveitamos, dada à oportunidade, o ensejo para propomos enfrentamentos que possam ser inspirados nas sobrevivências dessa população que sinalizem rupturas afrocentradas em novos rearranjos de mundo.Item Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB.(SOUZA, A. L. S.; MUNIZ, K. da S. Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB. L&S Cadernos de Linguagem e Sociedade, v. 18, p. 80-101, 2017. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2018., 2017) Souza, Ana Lucia Silva; Muniz, Kassandra da SilvaEste artigo tem como objetivo tensionar o campo da linguagem, especificamente da linguística aplicada, por meio da possibilidade de estabelecer relação entre identidades, africanidades e diáspora. A partir de uma visão de linguagem dialógica, que tem o discurso como forma de ação sobre o outro, sobre si mesmo e sobre o mundo, vamos discutir o contexto de formação de um grupo de facebook formado dentro da Universidade Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab em meados de 2015. O grupo, autointitulado Afro-Unilab, teve como objetivo agregar estudantes de diferentes países africanos em torno da temática do cabelo e da possibilidade de usá-lo em seu estado natural. Para a análise temos como corpus depoimentos da idealizadora do grupo e algumas postagens a que tivemos acesso e que trazem questões como violências vividas, empoderamento feminino negro enfrentamento ao racismo na cidade de Redenção, cidade onde estudam as participantes, bem como dentro da própria universidade. Mais do que uma assimilação ao movimento crespo fortemente presente entre a juventude negra feminina, havia a necessidade de buscar responder o que significava ser uma estudante africana negra em uma cidade conhecida por ser a primeira a "abolir" a escravidão no Brasil. Nesse sentido, este artigo busca não dar respostas prontas a esses enfrentamentos, mas mostrar como um movimento feito no interior de uma cidade do Nordeste brasileiro indica-nos questões como migração, interculturalidade e o processo identitário.Item Branquitude, gênero e performatividade no discurso de mulheres brancas acadêmicas.(2016) Machado, Eliana Sambo; Muniz, Kassandra da Silva; Santana, Silvânia Trota; Pinto, Joana Plaza; Rodrigues Júnior, Adail SebastiãoO objetivo desta dissertação é investigar os discursos das mulheres brancas acadêmicas refletindo como elas se posicionam em relação às suas identidades sociais articuladas às suas vidas profissionais acadêmicas. Para tal, esta pesquisa se baseia no referencial teórico que entende a estreita relação que se estabelece entre linguagem e identidades, concebendo a linguagem como performativa, ou seja, pensando na realidade concreta, no seu uso e na sua ação determinada pela intenção de quem fala e pelo contexto caracterizado por certas normas e convenções. Para dar fôlego a tais discussões, trazemos uma abordagem conceitual ligada aos estudos raciais e de gênero que abordam, mais detidamente, a identidade racial branca ou a branquitude, compreendendo tanto a raça quanto o gênero como construções históricas e como categorias analíticas que têm existência social e linguística no mundo. As perspectivas que permitem pensar tais categorias dessa forma, se apresentam nos estudos da psicologia social (CARRONE&BENTO, 2002) e nos estudos de algumas teóricas feministas, como (1997), Pinto (2007), entre outras, que unem às suas pesquisas, corpo e linguagem, reinterpretando a Teoria dos Atos de Fala do filósofo Austin (1990). O intuito foi compreender, por meio de entrevistas com mulheres brancas acadêmicas da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, como suas identidades raciais- influenciadas por outros fatores-, como o de gênero, a escolaridade, a origem social e etc, atravessaram seus discursos que se centraram sobre suas trajetórias profissionais. As análises demonstraram que as mulheres entrevistadas estão influenciadas por aspectos biológicos e sociais das construções racializadas da identidade racial branca acadêmica, não enxergando o lugar delas como um lugar social influenciado pelas nossas escolhas de gênero e de raça. As análises revelaram ainda impasses nos discursos destas acadêmicas em relação às suas escolhas profissionais, pois prevaleceu uma perspectiva universal e heteronormativa que contribue para a hierarquização das identidades no espaço acadêmico.Item Aspectos linguístico-cognitivos envolvidos na interpretação humorística de sujeitos com a doença de Alzheimer em estágio inicial.(2014) Freitas, Nathália Luiz de; Mendes, Paulo Henrique AguiarEste estudo objetiva investigar os aspectos linguístico-cognitivos envolvidos na interpretação de textos humorísticos por sujeitos diagnosticados com a Doença de Alzheimer em estágio inicial. Para tanto, foram formados dois grupos: i) Grupo Clínico – composto por sujeitos diagnosticados com a DA; ii) Grupo Controle – formado por indivíduos sem identificação de alterações cognitivas e cujas características etárias, sociais, escolares e de gênero são compatíveis às do grupo Clínico. Em seguida, os participantes da pesquisa foram submetidos à testagem neuropsicológica clássica, investigação social e socioeconômica, assim como à abordagem sociocognitiva, por meio do Protocolo de Piadas. Verificou-se que, quando comparados, os sujeitos que compõem o grupo Clínico apresentaram desempenho significativamente inferior ao do grupo Controle. Acredita-se que um dos impedimentos para a interpretação das piadas pelos sujeitos com DA seja o déficit na memória de trabalho que dificulta a mobilização de espaços mentais durante a formulação de suposições.