DELET - Departamento de Letras

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    Análise da variação de vogais pretônicas no Livro de Fábrica, datado de 1854, pertencente à Igreja Matriz de Cachoeira do Brumado – Mariana - MG.
    (2022) Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Lopes, Izadora
    Para o presente artigo, apresentamos, parcialmente, a edição diplomática do Livro de Fábrica, pertencente ao século XIX, exarado no distrito de Cachoeira do Brumado (Mariana- MG). O objetivo deste texto é duplo: (i) fazer uma discussão sobre a importância da transcrição feita com critérios filológicos, o que dá respaldo à edição, tornando-a apta para uma pesquisa sobre a história da língua portuguesa do Brasil (PB) e (ii) mostrar/analisar a variação de vogais pretônicas, via escrita, recolhidas desse manuscrito. Após a transcrição do referido documento, com base em normas estabelecidas para esse fim, foram levantados casos de alçamento e abaixamento de vogais pretônicas, com base em Bisol (1981), Magalhães (2013) dentre outros autores. Quanto às considerações finais, discutimos como esse tipo de documento é importante para conhecermos e darmos a conhecer o estágio pretérito da língua portuguesa, no caso específico a variação de vogais pretônicas, desde que o manuscrito receba um tratamento filológico fidedigno.
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    Caderno de receita de Minas Gerais oitocentista : uma análise de itens lexicais de pesos e medidas.
    (2022) Mendes, Soélis Teixeira do Prado
    Este artigo utiliza como corpus o caderno de receita de Dona Plautina Nunes Horta, escrito em 1896, na cidade de Mariana (MG), o qual possui um conjunto de 130 receitas culinárias da cozinha mineira. Nosso objetivo é analisar, sob o viés histórico, o uso de uma terminologia lexical de pesos e medidas de diferentes sistemas aqui denominados de “antigo” e “novo”. Com o uso da ferramenta Concordanciador AntConc, fizemos o levantamento de 34 tipos diferentes de pesos e medidas dos ingredientes. Após fazer um estudo sobre a história da implantação dos sistemas de medição, tanto em Portugal quanto no Brasil (LOPES, 2005; ZUIN, 2007), procuramos explicar por que são utilizados diferentes itens lexicais terminológicos para indicar pesos e medidas no corpus sob análise. Como resultado, constatamos que a diversidade de terminologias lexicais retrata um habitus cultural (BOURDIEU, 1977; DURANTI, 2000) de permanecer com o antigo sistema e, ao mesmo tempo, aceitar o novo.
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    A concordância verbal em estruturas partitivas : passado e presente.
    (2021) Oliveira, Thaís Magalhães de; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Duchowny, Alexia Teles Guimarães; Mendes, Andreia Almeida
    Esta pesquisa se propõe a verificar como se comporta a concordância verbal do ponto de vista diacrônico. Por ser uma pesquisa de caráter histórico, foi necessário fazer análises sincrônicas para, num segundo momento, compará-las. Para tanto, apoiamo-nos nos pressupostos teóricos da Linguística Histórica. As expressões partitivas possuem dupla possibilidade de concordância sujeito-verbo no Português Brasileiro contemporâneo, a saber: verbo no singular, concordando com o núcleo do SN sujeito, e verbo no plural, concordando com o SN plural que faz parte do SN2, segundo regras das gramáticas normativas (CUNHA, CINTRA, 1985; ROCHA LIMA, 1994, 2011; BECHARA, 2009). Devido à existência dessa dupla possibilidade, esta pesquisa pretende verificar: i) existe, no português brasileiro (PB) escrito contemporâneo, alguma preferência de concordância? ii) e qual seria o comportamento do verbo em estruturas desse tipo na língua portuguesa do século XIX, haveria essa mesma regra? Com base em Rodrigues (2005), acreditamos que, no PB contemporâneo, existe a tendência de o verbo ficar no singular. Já para a Língua Portuguesa do século XIX, acreditamos que a tendência também seja essa, ou seja, a de que o verbo concorde com o núcleo do SN no singular. Para verificarmos se nossa hipótese estava adequada, foi preciso analisar separadamente o corpus representativo de cada um dos períodos escolhidos para essa análise, compará-los e verificar se esses corpora indiciam ou não uma tendência em relação à concordância verbal nas estruturas partitivas. Para compor o corpus do PB contemporâneo, decidimos pelos jornais de maior circulação em Minas Gerais: Estado de Minas e O Tempo; para o corpus relativo ao passado, foram escolhidos os jornais O Universal e Diario de Minas. Como resultado, verificamos que, em ambos os séculos analisados, há uma preferência pela concordância verbal com o núcleo do SN1 em detrimento da concordância com o núcleo do SN2, como previsto em nossa hipótese.
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    Um estudo do pronome mesmo como termo anafórico em produções discursivas: passado e presente.
    (2021) Santos, Adriana Cordeiro dos; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Soares, Ivanete Bernadino; Rezende, Tânia Ferreira
    A compreensão de um gênero textual de forma significativa decorre da organização de seus elementos linguísticos e da realidade em que tais elementos estão inseridos. Tal organização, segundo Ingedore Villaça Koch (2004), envolve vários processos sociocognitivos-interacionaisdominados pelos interlocutores com a implementação de fenômenos que só se explicam durante a produção de texto. Entre esses fenômenos destacamos os processos coesivos de referenciação anafórica, como o frequente uso do pronome “MESMO”, da forma que possa vir a estabelecer uma relação significativa com outros elementos linguísticos presentes na produção discursiva. Partindo desse fenômeno, procuramos, através desta pesquisa, mostrar se a aplicação desse pronome de forma anafórica se trata de um uso especificamente contemporâneo ou se, ao contrário, é um uso antigo que permaneceu na língua e vem se propagando até os dias atuais.Com a finalidade de encontrarmos essa resposta, contribuindo para o desenvolvimento dos estudos sincrônicos e diacrônicos da Linguística Histórica, coletamos excertos dos gêneros textuais: Boletim de Ocorrência, correspondente aos séculos XX e XXI; Termos de Devassas, correspondentes ao século XVIII e Estatutos de Irmandade, correspondentes aos séculos XVIII e XIX, nos quais foi coletado o pronome para a observação. Finalmente, após a análise desses dados coletados, relacionados com o referencial teórico desta pesquisa, os resultados mostraram o uso de “O MESMO” de forma anafórica, desde os manuscritos até os documentos correspondentes ao século XXI.
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    Estudo comparativo da concordância nominal variável entre o PB contemporâneo e o português dos séculos XVIII e XVII.
    (2020) Sousa, Camila Martins Pereira de; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; soelisufop@gmail.com; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Figueredo, Giacomo Patrocinio; Martins, Edson Ferreira
    Tudo o que é encontrado no passado de uma língua pode nos trazer luz para questões linguísticas da atualidade. Tal movimento é elucidado pela Linguística Histórica, que é um ramo da Linguística que “procura investigar e descrever a maneira pela qual as línguas mudam ou mantêm suas estruturas com o passar do tempo”. (BYNON, 1977, p.1). Tendo em mente que toda língua sofre variação e mudança linguísticas e que o fenômeno da concordância nominal variável não é uma criação do Português Brasileiro (PB) contemporâneo - haja vista que pode ser encontrado em outros períodos da língua, como é o que discute esta pesquisa – tem-se por objetivo geral estudar a concordância nominal variável (CNV) no PB, mais especificamente, investigar e comparar a “flutuação” dessa variação no português dos séculos XVIII e XVII) e no PB contemporâneo. Pretendemos, com este estudo, fazer uma descrição da estrutura interna dos sintagmas nominais (SN) nos quais ocorre essa flutuação da concordância nominal e compará-la com a descrição desse mesmo fenômeno, no mesmo ambiente sintático, em estruturas do português dos séculos XVIII e XVII, a fim de verificar se não só a flutuação permaneceu na memória da língua, mas também se o ‘lugar’ em que ela ocorre no SN foi conservado. A pesquisa consiste na análise de estruturas pretéritas extraídas de corpus de pesquisa de Mendes (2008) e Castilho (2009), para o português dos séculos XVIII e XVII, e, para o atual, o corpus é constituído por dados extraídos das redes sociais (Facebook; Instagram e Whatsapp) e sites. A partir das análises pudemos evidenciar que o fenômeno da CNV esteve presente no português dos séculos XVIII e XVII e está presente no português atual. Observamos que os dados do século XVIII e do PB contemporâneo apontam para o mesmo tipo de ocorrência: marca de plural nos elementos à esquerda do NSN (núcleo do sintagma nominal) e núcleo no singular e os dados do século XVII tem sua maior ocorrência mostrando a marca de plural no NSN e os elementos à direita desse no singular, com sua segunda maior ocorrência sendo a marca de plural presente nos elementos antepostos ao NSN, assim, como verificado no século XVIII e no PB contemporâneo.
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    Estudo comparativo das abreviaturas em documentos politestemunhais do testamento do rei D. Pedro II, de Portugal.
    (2019) Oliveira, Christiane Benones de; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Costrino, Artur; Duchowny, Alexia Teles Guimarães; Agnolon, Alexandre; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Costrino, Artur
    Conforme se sabe, documentos manuscritos no passado recuperados pelo trabalho filológico são indispensáveis à análise de ocorrências (ou não ocorrências) de mudanças linguísticas de longa duração. Logo, este trabalho tem o objetivo de sistematizar, analisar e comparar as abreviaturas presentes nos testemunhos do testamento do rei Dom Pedro II, escrito em 1704 pelas mãos de seu amigo e confessor padre Sebastião de Magalhães, e posteriormente transcrito nas datas de 1726, 1746 e 1967. O sistema abreviativo, bem como outros fenômenos linguísticos, sofre mudanças ao longo do tempo e, para compreendê-los, é necessário o estudo exaustivo das fontes documentais em que estão inseridos. Para atingir os resultados almejados, a metodologia aplicada baseou-se no estudo comparativo. Buscamos, por meio dessas análises, abarcar os caminhos filológicos e paleográficos percorridos por esses documentos ao longo das suas transmissões com a intenção de vislumbrar as normas e escolhas dos copistas realizadas para o emprego do sistema abreviativo ao longo da decorrência das publicações dos testemunhos. Concluímos que, possivelmente, até a edição do testemunho do ano de 1746, o uso de abreviaturas em documentos oficiais portugueses era feito conforme o estilo de escrita e a formação intelectual do copista, não havendo, ainda, normas que regiam tais escolhas. Contudo, a edição do documento de 1967, conforme explicado ao longo da dissertação, foi realizada a partir de normas que ditavam o desdobramento das palavras abreviadas.