DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    O espaço da oralidade no ensino de língua portuguesa : diálogos com professores da educação básica.
    (2023) Nascimento, Gislainy Jennifer da Silva; Laranjeira, Rómina de Mello; Laranjeira, Rómina de Mello; Magalhães, Tania Guedes; Brasileiro, Ada Magaly Matias
    Este trabalho apresenta uma reflexão teórico-metodológica acerca do trabalho que tem sido desenvolvido com a oralidade no ensino básico brasileiro. Considerou-se, para isso, as propostas sócio-histórica e dialógica, bem como a interacionista sociodiscursiva (BAKHTIN, 2011; VOLÓCHINOV, 2018; DOLZ; SCHNEUWLY, 2004), para se pensar o ensino de Língua Portuguesa por meio dos gêneros orais como forma de criar um espaço para o falante ampliar seu domínio da língua em diferentes situações comunicativas (MARCUSCHI, 1997; 2010; MAGALHÃES, 2008; BUENO, 2009; ALVIM; MAGALHÃES, 2019; CARVALHO; FERRAREZI, 2018). Objetivou-se, por meio do diálogo com docentes de diferentes regiões do país que atuam no ensino de Língua Portuguesa nas escolas, analisar se o trabalho com a oralidade tem se dado de maneira sistemática, contemplando as competências sociocomunicativas da fala e escuta, ampliando o domínio e uso dos gêneros orais mais formais, valorizando as relações entre fala e escrita por meio de atividades de retextualização e avaliando as práticas orais dos discentes. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa interpretativa, com entrevistas semiestruturadas, que permitiram a análise da fala de cinco docentes, um de cada região do país, sobre suas práticas escolares. Os resultados apontaram para a ausência de formação docente direcionada para o ensino e a aprendizagem da oralidade, como se este eixo de ensino fosse aprendido de forma natural, tanto na formação básica quanto no ensino superior. Além disso, percebeu-se que, mesmo sendo consenso que a língua e os letramentos devem ser considerados uma prática social de interação dos sujeitos culturalmente situados, a modalidade oral é desvalorizada em detrimento da escrita. Reforça-se, portanto, a necessidade de maior atenção teórica e metodológica na formação inicial e continuada para os professores de Língua Portuguesa, de forma a atuarem na educação básica com conhecimentos especializados sobre o ensino de oralidade.
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    Pedagogia dos multiletramentos à brasileira : o ensino de Língua Portuguesa permeado pelos gêneros discursivos e pelos multiletramentos em pesquisas do mestrado profissional em Letras.
    (2023) Silva, Ruan de Castro; Pimenta, Viviane Raposo; Pimenta, Viviane Raposo; Assis, Juliana Alves; Sól, Vanderlice dos Santos Andrade
    Diante de dilemas de acesso e de letramento quanto às tecnologias digitais da informação e da comunicação, muitos professores-pesquisadores, sobretudo da área de Letras, e, em especial, nos mestrados profissionais, têm, há mais de uma década, direcionado suas vivências em salas de aula e suas pesquisas à análise e à problematização do ensino e da aprendizagem de línguas na escola permeados pelo digital. Nesse sentido, esta dissertação de mestrado busca compreender como o ensino de Língua Portuguesa, por meio dos gêneros discursivos (BAKHTIN, 1997) e dos multiletramentos (CAZDEN et al., 2021), tem se efetivado (ou não), analisando dissertações de mestrado profissional publicadas de 2001 a 2021. Para isso, à luz da Linguística Aplicada (LA), com finalidade exploratória, meios bibliográfico empírico e bibliométrico e abordagem qualiquantitativa, mediante um raciocínio dialético, tomo como procedimento metodológico a análise dialógica do discurso, seguindo, como etapas desta pesquisa, primeiro um levantamento bibliográfico geral, depois a seleção de dissertações de mestrado, na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, e, por fim, a descrição e a análise dos textos. Como contribuições deste hipertexto docente-pesquisador, por meio de oito dissertações, gero e analiso os eixos temáticos (1) A dissertação de mestrado, (2) Os gêneros do discurso aliados aos multiletramentos, (3) Uma pedagogia dos multiletramentos à brasileira, (4) Coerções e denúncias e (5) (Des)construção discursiva dos professores-pesquisadores. Espero, por fim, poder auxiliar as práticas docentes na educação básica do país, perpassando benefícios próprios — como eterno professor-pesquisador —, sociais — ao permitir a construção de cidadãos críticos, conscientes e contemporâneos às culturas, linguagens e mídias de seu tempo/espaço — e teórico-epistemológicos, já que o campo de estudo sobre os multiletramentos, em conformidade com os dados da pesquisa, nos mostra como professores de Língua Portuguesa se apropriaram, nos primeiros anos do século XXI, do conceito e transpuseram teoria em prática, contribuindo, enfim, para a grande área da LA, com seu compromisso de pensar as linguagens a partir de práticas contextualizadas, neste caso, de ensino e de aprendizagem em salas de aula brasileiras.