DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    Representações de professores de língua inglesa sobre o uso de tradução como recurso pedagógico.
    (2021) Oliveira, Juliana Maria Ferreira de; Sól, Vanderlice dos Santos Andrade; Sól, Vanderlice dos Santos Andrade; Gonçalves, José Luiz Vila Real; Nascimento, Katia Honório do
    Este trabalho de pesquisa teve como objetivo investigar as representações de professores de Língua Inglesa (LI) sobre o uso de tradução como recurso pedagógico. Ao lançar um olhar sobre a história do ensino de línguas estrangeiras (LE), nota-se como as noções do modo de se aprender uma língua e a forma mais eficiente de ensiná-la variaram bastante desde o século XVIII. Similarmente, o papel da tradução no ensino de LE também sofreu mudanças pendulares (LEFFA, 1988). Entendendo que a constituição das identidades dos professores necessariamente transita pela formação acadêmica (SÓL, 2014) e pelos espaços institucionais em que eles atuam, esta pesquisa objetivou identificar em que medida a formação acadêmica e as metodologias de ensino de LE constituem as representações dos professores sobre tradução, além de buscar compreender em que medida a experiência docente constitui as representações dos professores sobre a temática. De caráter qualitativo, esta pesquisa não busca apontamentos generalizáveis, e, sim, um entendimento particularizado das representações dos professores envolvidos, sendo, portanto, um estudo de caso. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizado um estudo de caso com três professores de LI da rede pública estadual de ensino, da Região dos Inconfidentes de Minas Gerais. Os professores foram selecionados pela experiência docente em contextos diversos de ensino de LI. Para a geração de dados, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas e, após essa etapa, cada participante empreendeu uma narrativa escrita. Para empreender os gestos de interpretação, recorremos, em uma perspectiva interdisciplinar, à teoria discursiva franco-brasileira (PÊCHEUX, (1988) 2015; ORLANDI, 2005; SÓL, 2014), às noções de tradução (JAKOBSON, (1959) 2004; CASADO; GUERRERO, 1993; LUCINDO, 2006; BRANCO, 2011) e às metodologias de ensino de LE (LEFFA, 1988; LARSEN-FREEMAN, 2000; KUMARAVADIVELU, 2001; PAIVA, 2005; BROWN, 2007). Os dizeres apontam para uma representação da tradução como um recurso didático facilitador do processo de ensino/aprendizagem, para um afastamento de ferramentas prescritas por metodologias de ensino e uma busca por uma “alternativa ao método” (KUMARAVADIVELU, 2001) e para um deslocamento subjetivo das identidades dos professores e de suas representações sobre a tradução, propiciado pela interface entre teorização e prática docente.
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    A prática docente em cursos livres de língua inglesa.
    (2020) Oliveira, Michelle Barbosa de; Gonçalves, Clézio Roberto; Campello, Priscila Campolina de Sá; Gonçalves, José Luiz Vila Real; Gonçalves, Clézio Roberto
    Este estudo investigou a prática docente de professores de Inglês em cursos de idiomas da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Por meio de entrevistas com professoras graduadas em Letras e à luz dos estudos sobre crenças e atitudes, buscamos analisar as crenças das professoras em questão e o modo em que tais crenças interferem nas práticas dessas professoras. Os estudos sobre crenças têm ganhado força no campo da Linguística Aplicada, uma vez que se mostraram de suma importância para o entendimento das forças que interferem na experiência de ensino e aprendizagem de línguas. Aqui, nos foram caros os estudos de Pajares (1992), Richardson (1996) e Barcelos (2006) para analisarmos as crenças e atitudes das professoras entrevistadas, sendo que, adotamos o conceito de crenas trazido por Barcelos (2006) para embasarmos nossos estudos e análises aqui apresentadas. Problematizamos a desprofissionalização da docência nos cursos de idiomas; a falta de identificação dos professores desses locais e os seus colegas da rede regular de ensino; o tratamento do aluno como um cliente a ser satisfeito; bem como o sentimento de desvalorização e de culpabilização dos professores pelas histórias de insucesso na aquisição de segunda língua. Tocamos, também, em algumas feridas, como o mito de que se aprende Inglês nos cursos de idiomas e o mito do falante nativo como o falante ideal. O método de coleta utilizado por nós constitui-se dos dizeres das professoras, em resposta à entrevista semiestruturada, que vem a ser o corpus de nossa pesquisa. Os dados encontrados após a realização da pesquisa apontaram para uma confirmação dos estudos de Richardson (1996, apud BARCELOS, 2007), ao passo que pudemos comprovar que: a) percebemos, em alguns relatos, uma dissonância entre as crenças das professoras e suas atitudes; b) as crenças das professoras influenciam suas ações e vice-versa e; c) O contexto influencia as crenças e atitudes das professoras, provocando, até mesmo, mudanças do conjunto de crenças iniciais das mesmas.