DELET - Departamento de Letras

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    As imagens literárias do cintilante Paulo Barreto: o lugar do tradutor de Salomé na Belle Époque carioca.
    (2023) Bastos, Túlio Pereira; Maria Rita Drumond Viana; Maria Clara Versiani Galery; Maria Rita Drumond Viana; Maria Clara Versiani Galery; Larissa Ceres Rodrigues Lagos; Vitor Alevato Amaral
    Este trabalho busca discutir o lugar do tradutor Paulo Barreto por meio do paratexto de sua tradução Salomé veiculado na imprensa carioca no início do século XX. O polêmico e cintilante Paulo Barreto (1881-1921), conhecido como João do Rio, foi um importante jornalista, contista, dramaturgo e tradutor. Dentre as inovações promovidas pela imprensa de sua época, coube grande destaque ao aparecimento de novas narrativas literárias por meio da atividade tradutória, além das críticas literárias rotineiras. É neste contexto que o tradutor, conhecido por irradiar a fama do esteta e decadentista Oscar Wilde (1854-1900) no Brasil, publicou a sua tradução de Salomé em 1905 na revista Kósmos, em seguida como livro pela casa Garnier em 1908. A irreverência do texto, peça trágica de Wilde proibida na Londres de 1892, rendeu à sua tradução ora comentários laudatórios, ora investidas preconceituosas vindas da imprensa brasileira. Assim, o estudo da tradução da Salomé de Barreto toma especialmente como base a sua recepção por meio das críticas literárias para a construção de sua imagem como tradutor. Pelos paratextos usados, caros à analítica proposta, notou-se uma oscilação no discurso veiculado à sua imagem como tradutor, bem como à sua tradução. Este estudo objetiva evidenciar especialmente a importância do tradutor Paulo Barreto, proeminente agente cultural de transformações da Belle Époque brasileira, sobretudo em relação à sua relevância para as historiografias da tradução e da literatura brasileira.