DELET - Departamento de Letras

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    Relato, literário e antiliterário nas escritas íntimas de Carolina Maria de Jesus e de Ana Cristina Cesar.
    (2018) Gama, Monica Fernanda Rodrigues; Oliveira, Priscila Pesce Lopes de
    O presente artigo discute a escritura e sua relação com o real a partir da notação sobre o cotidiano em Carolina Maria de Jesus e Ana Cristina Cesar. As relações entre a escrita diarística e a literária travadas nos textos das autoras são tomadas como ponto de partida, considerando as diferenças entre suas condições e projetos de escrita. Propõe, em seguida, que Carolina interpela pela linguagem os marcadores sociais que, se a constituem, a partir desse gesto autoral não mais a definem ou confinam; assim, a notação do real e a vontade do literário configuram a trama de um lugar de fala calcado num irresolúvel que é uma das marcas da literatura. Tece reflexão acerca das relações entre o diário, o relato e o literário na poética de Ana C., em que os elementos da fórmula diarística são deslocados de modo que o gênero textual seja reconhecível, porém não funcional, obrando igualmente a indecidibilidade. Procura demonstrar que o cotidiano inscreve, nos textos das duas autoras, elementos para que ali passem a participar da dinâmica propriamente escritural: a desestabilização. Esta atinge o eu, fraturado em Ana C. pelo desmonte da intimidade efetuado por procedimentos que jogam o biográfico simultaneamente como oferta e recusa e em Carolina pelo entrecruzar de vetores identitários que ela maneja em autoria de si própria. Atinge também o hiato entre escritos referenciais e artísticos com o qual se preocupam, de modos distintos, Barthes e Blanchot, apostando nesse intervalo como transitável pelo lirismo.
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    Drummond diferente : um olhar homossocial.
    (2002) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    A poesia e a prosa de Drummond são, constantemente, revisitadas no intuito de realizar as mais diversas leituras. Dois textos em especial me chamam a atenção aqui, o conto “O sorvete” e o poema “Rapto”. Em ambos é possível “ler” a operacionalidade teórico-interpretativa do princípio da homossociabilidade, como um vetor a mais para a orientação da já vasta fortuna crítica do autor. Severo e circunspeto por natureza, o poeta construiu uma persona poética que está longe de explicitar o referido princípio, enquanto tema de “realização” poético-ficcional em seus textos. No entanto, o mesmo lirismo que já é reconhecido pela crítica faz renovar os possíveis sentidos dos textos drummondianos, na perspectiva da recepção literária. Assim a historiografia literária vê contemplada, mais uma vez, a demanda de releitura de seus(s) próprio(s) cânone(s), fazendo com que o exercício crítico-interpretativo seja praticado, acrescentando elementos diferenciados à já variada fortuna crítica do autor.