DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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  • Item
    Crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa : a variação linguística na oralidade.
    (2019) Costa, Mariana Mendes Correa da; Gonçalves, Clézio Roberto; Carvalho, Maria Tereza Nastri de; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, Clézio Roberto
    Esta pesquisa trata das crenças e das atitudes linguísticas de professores de Língua Portuguesa sobre o ensino da oralidade em sala de aula. Partindo do objetivo geral o trabalho consistiu em descrever como os professores lidam com a temática em questão, tomando por base se eles veem o ensino da Língua Portuguesa sob a perspectiva da norma padrão e/ou da variação linguística. Para alcançar os resultados esperados empregou-se como metodologia uma entrevista semiestruturada que continha perguntas referentes aos dados pessoais dos professores e sobre o ensino de Língua Portuguesa, sobretudo focando na didática e nas escolhas dos docentes. A entrevista aconteceu com 18 professores, sendo divididos em escolas públicas e particulares e por níveis de ensino: Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Após coletados os dados foram feitas análises dos relatos dos professores, tomando por base os aportes teóricos referentes às crenças e às atitudes linguísticas, numa perspectiva da Sociolinguística Educacional. Os resultados alcançados reportaram que ainda há muitas crenças que pairam sobre o ensino da Língua Portuguesa, dentre elas a crença predominante de que há uma língua ideal embasada pela norma padrão e que esta deve ser a modalidade mais ensinada nas aulas. A maioria dos professores reconhecem que a língua é rica em variações linguísticas, mas essa temática ainda é pouco explorada em sala de aula. A pesquisa também mostrou que a oralidade não é muito abordada pelos professores, a maioria se debruça sobre conteúdos que abordam a escrita, pois consideram que este conteúdo contempla mais a formalidade da língua. Assim, o presente trabalho procurou contribuir para a área da Linguística Aplicada ao ensino da língua materna sobretudo ao mostrar os pontos de vista dos professores da cidade de Mariana (MG), enfatizando como suas crenças e atitudes podem ser constantemente estudadas e repensadas com o intuito das práticas docentes serem sempre melhoradas.
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    Esta língua vareia : uma análise da variação linguística no ensino de língua portuguesa, em Mariana, MG.
    (2018) Sena, Viviane de Andrade Soares; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Antunes, Leandra Batista; Guimarães, Daniela Mara Lima Oliveira; Mendes, Soélis Teixeira do Prado
    Esta dissertação apresenta uma análise da variação linguística no ensino de Língua Portuguesa, na educação básica, em turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, nas escolas públicas e particular de Mariana. Sob a perspectiva da Sociolinguística, sobretudo, pautando-nos em estudos científicos produzidos por Soares (2002), Bortoni-Ricardo (2005), Faraco (2008), dentre outros teóricos; e, também, nas propostas dos documentos que regem o ensino (PCN e CBC), realizamos observações em salas de aula e colhemos os Planejamentos de Aula, registrando a prática e a teoria de quatro professoras, em três escolas. À vista disso, com o objetivo de investigar o tratamento dado à variação linguística nas aulas de Língua Portuguesa, procedemos à análise dos dados coletados durante as observações e registros da atuação docente. Esses procedimentos foram feitos a fim de constatarmos se as ações docentes encontram-se fundamentadas numa concepção de ensino de língua mais normal e menos normativa, mais diversa e menos uniforme, mais descritiva e menos prescritiva, já que os pressupostos dos documentos oficiais apontam para essa direção. Com isso, evidenciamos um ensino tradicionalista, cujo eixo é (ainda) a gramática normativa. Nesse cenário, percebemos que as professoras não demonstram ter consciência sobre os conceitos teóricos básicos da Sociolinguística Variacionista de Labov (1972, 2008), nem especificamente da Sociolinguística Educacional, como sugere Bortoni-Ricardo (2005). Sendo assim, constatamos que as variedades desprestigiadas da língua não recebem tratamento adequado ao “avanço necessário” ao ensino (BRASIL, 1998, p. 48). Portanto, há uma discrepância entre as ações da escola/professores e os direcionamentos regulamentados pelos PCN e CBC. Finalizamos considerando que esse ensino prescritivista de língua nos indica ser improvável o tratamento adequado e desejado da variação linguística que se espera de uma escola transformadora (SOARES, 2002). Precisamos, pois, repensar esse ensino.
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    A realização variável do fonema /r/ em Itaguara (MG) e Itaúna (MG).
    (2017) Carmo, Juraci da Silva; Gonçalves, Clézio Roberto; Antunes, Leandra Batista; Gonçalves, Clézio Roberto; Antunes, Leandra Batista; Oliveira, Josane Moreira de; Rodrigues Júnior, Adail Sebastião
    Esta pesquisa trata da produção do fonema /R/ em final de sílaba nas cidades de Itaguara (MG) e Itaúna (MG). O trabalho parte de uma constatação assistemática – conversa informal com moradores de cada cidade – na qual foi possível observar um comportamento bastante curioso: os moradores de Itaúna (MG) utilizam amplamente em sua fala a realização retroflexa do fonema /R/; já em Itaguara (MG) o mesmo não acontece, ou seja, ainda que haja a produção do fonema /R/ na fala dos moradores de Itaguara (MG), ela não é tão comum como na fala dos moradores de Itaúna (MG). Tendo as cidades relações próximas, o mais comum seria que compartilhassem dos mesmos traços linguísticos, pois, como comprova Labov (2008 [1972]), língua e relações sociais são indissociáveis. O objetivo geral do trabalho foi descrever o falar das cidades de Itaguara (MG) e Itaúna (MG), no que se refere à realização do fonema /R/, procurando explicar essa realização a partir do arcabouço teórico da Sociolinguística Laboviana. Para a execução da pesquisa, foi adotado como modelo teórico-metodológico a Teoria da Variação e Mudança Linguística, também conhecida por Sociolinguística Quantitativa. Já para as análises fonêmicas, foi utilizado o Modelo Fonêmico como aporte teórico. Foram selecionados 20 informantes – 5 mulheres e 5 homens em cada uma das cidades – e os métodos utilizados para a coleta de dados foram a narrativa oral espontânea e a entrevista. A gravação dos dados foi feita com a utilização de um gravador digital e sua audição com a utilização do software PRAAT, que permite, entre outras coisas, analisar acusticamente a voz e fazer edições e sínteses de fala. Os resultados da pesquisa confirmaram o que já havia sido percebido assistematicamente: o fonema /R/ retroflexo tem alta frequência na fala dos moradores de Itaúna (MG); já em Itaguara (MG), o fonema tem uma alternância maior com outras variantes do fonema /R/, principalmente com a fricativa glotal desvozeada . Além disso, a pesquisa permitiu perceber que pode haver em Itaguara (MG) uma mudança em progresso, ou seja, é possível que o fonema /R/ retroflexo deixe de ser utilizado pelos moradores de Itaguara (MG), já que sua frequência tem sido cada vez menor.