DELET - Departamento de Letras

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    Negritude, Craveirinha, Sartre : de uma obra apenas começada.
    (2020) Amorim, Bernardo Nascimento de
    O artigo procura conectar a ideia de negritude que Jean-Paul Satre apresenta em "Orfeu Negro" (1948), acrescida da perspectiva por ele adotada no seu prefácio Os condenados da terra (1961), de Frantz Fanon, com a poesia de Xingubo (1964), livro de estreia do moçambicano José Craveirinha. Intenta-se mostrar que a proposta combativa analisada nas obras em questão, profundamente críticas do sistema colonial e dos imperalismos europeu e norte-americano, completa-se com a projeção de um futuro, ainda não alcançado, em que racismo e um humanismo excludente serão coisas do passado.
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    José Craveirinha : percursos de uma poética inquieta.
    (2019) Vieira, Gabriel Pereira; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Said, Roberto Alexandre do Carmo; Agnolon, Alexandre; Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Esta dissertação se propõe a explanar a obra do poeta moçambicano José Craveirinha. Figura central na produção literária africana de língua portuguesa, Craveirinha consegue conciliar em sua poesia a alteridade típica da poesia engajada e a subjetividade pungente de uma lírica intimista e recolhida. Dessa forma, sua literatura transita entre a memória individual e a coletiva. Além dos aspectos memorialísticos, são apresentados alguns aspectos formais e linguísticos imprescindíveis a uma compreensão holística de sua obra literária, aqui dividida em três partes. A divisão levou em consideração a influência de cada uma das referidas memórias nos versos, a predominância do ‘nós’ ou do ‘eu’, a evolução estético-formal dos poemas e a temática prevalente nos livros. O conjunto da obra daquele que é comumente considerado o maior poeta de seu país permite que se traga à tona debates importantes sobre temas como racismo, identidade nacional, fraternidade entre povos, liberdade, solidão e morte.