DELET - Departamento de Letras
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/617
Navegar
1 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Esta língua vareia : uma análise da variação linguística no ensino de língua portuguesa, em Mariana, MG.(2018) Sena, Viviane de Andrade Soares; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Antunes, Leandra Batista; Guimarães, Daniela Mara Lima Oliveira; Mendes, Soélis Teixeira do PradoEsta dissertação apresenta uma análise da variação linguística no ensino de Língua Portuguesa, na educação básica, em turmas do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, nas escolas públicas e particular de Mariana. Sob a perspectiva da Sociolinguística, sobretudo, pautando-nos em estudos científicos produzidos por Soares (2002), Bortoni-Ricardo (2005), Faraco (2008), dentre outros teóricos; e, também, nas propostas dos documentos que regem o ensino (PCN e CBC), realizamos observações em salas de aula e colhemos os Planejamentos de Aula, registrando a prática e a teoria de quatro professoras, em três escolas. À vista disso, com o objetivo de investigar o tratamento dado à variação linguística nas aulas de Língua Portuguesa, procedemos à análise dos dados coletados durante as observações e registros da atuação docente. Esses procedimentos foram feitos a fim de constatarmos se as ações docentes encontram-se fundamentadas numa concepção de ensino de língua mais normal e menos normativa, mais diversa e menos uniforme, mais descritiva e menos prescritiva, já que os pressupostos dos documentos oficiais apontam para essa direção. Com isso, evidenciamos um ensino tradicionalista, cujo eixo é (ainda) a gramática normativa. Nesse cenário, percebemos que as professoras não demonstram ter consciência sobre os conceitos teóricos básicos da Sociolinguística Variacionista de Labov (1972, 2008), nem especificamente da Sociolinguística Educacional, como sugere Bortoni-Ricardo (2005). Sendo assim, constatamos que as variedades desprestigiadas da língua não recebem tratamento adequado ao “avanço necessário” ao ensino (BRASIL, 1998, p. 48). Portanto, há uma discrepância entre as ações da escola/professores e os direcionamentos regulamentados pelos PCN e CBC. Finalizamos considerando que esse ensino prescritivista de língua nos indica ser improvável o tratamento adequado e desejado da variação linguística que se espera de uma escola transformadora (SOARES, 2002). Precisamos, pois, repensar esse ensino.