DELET - Departamento de Letras

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    Linguagem e experienciação cognitiva : da memória corporal à narrativa.
    (2017) Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Avelar, Maíra
    Neste texto, pretendemos abordar a questão das relações entre linguagem e experienciação cognitiva do ponto de vista da sua construção interacional, a partir de práticas discursivas efetivas, que envolvem a corporificação do conhecimento, engendrada em processos multimodais. A integração organismo/ambiente, ecologicamente fundamentada em função de processos intersubjetivos, será focalizada, de modo a destacar a forma como fenômenos relacionados à memória, à intersubjetividade e à construção do self emergem qualitativamente no fluxo narrativo, partilhados durante a interação.
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    Mário de Sá-Carneiro sob a mira do homoerotismo.
    (2011) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    Apresentação de perspectiva renovada de leitura do poeta português. Exercício de leitura crítica da Literatura Portuguesa, considerando parâmetros do comparatismo, na perspectiva aberta pelo olhar homoerótico, como um olhar diferenciado para a leitura da literatura.
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    “Nossa história que consiste quase só em calamidades” : a memória e o esquecimento na obra “Os anéis de Saturno” de W. G. Sebald.
    (2014) Sousa, Marcos Eduardo de; Machado, Carlos Eduardo Lima; Souza, Nabil Araújo de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    A presente dissertação visa contribuir para o fomento da discussão sobre a obra do escritor alemão W. G. Sebald, a partir de uma análise de Os anéis de Saturno: uma peregrinação inglesa, que tem por foco a construção narrativa, sustentada pela tensão entre memória e esquecimento. Neste sentido, enfatizamos principalmente, mas não exclusivamente, os eventos nos quais o elemento da destruição atua de forma mais significativa. Para atingir tal objetivo, abordamos três temáticas de grande relevância na construção narrativa: a peregrinação, as paisagens e a intertextualidade. O caráter altamente digressivo da obra é feito da concatenação de histórias dentro de histórias ou mesmo de emaranhamentos de histórias. Aparentemente destituídas de elementos de ligação, as histórias revelam uma estruturação sutil e feita de minúcias, conquistada pelo narrador sebaldiano. Nesta construção, nada é arbitrário ou sem unidade. Um efeito de melancolia deriva da concatenação de infindáveis narrativas de caráter destrutivo.
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    As paralelas que se encontram : elucubrações acerca da leitura de “Sargento Garcia”, de Caio Fernando Abreu.
    (2010) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    O artigo pressupõe a análise de um texto, sob a perspectiva do olhar homoerótico. Em termos de linguagem, o homoerotismo manifesta uma poética do olhar, na insinuação de formas, na dança dos gestos e na possibilidade do encontro. A tradução desses dêiticos para a ficção é o passo a mais dado por Caio Fernando Abreu: sua expressão para os desejos por meio de palavras. A releitura que aqui se apresenta busca tirar proveito da imagem de uma impossibilidade: o encontro de duas retas paralelas, para falar da “infinitude” de possibilidades de leitura que um texto suscita.
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    Nacionalidade como metáfora : fronteira (possíveis?) entre Literatura e História.
    (2000) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    O presente texto defende a possibilidade de se delinear outras perspectivas da leitura da nacionalidade, considerada enquanto metáfora cultural de uma realidade político-social. O artigo não desenvolve em profundidade a análise das narrativas referidas, pela simples razão de que se quer apenas problematizar a questão. A teorização implícita refaz os encaminhamentos até aqui realizados pelos estudos de História e historiografia, apontando para possibilidades do exercício crítico dessa escrita no campo do literário numa perspectiva absolutamente independente dos parâmetros positivistas. Sem se deter em pormenores de ordem teórica, esse artigo apresenta pontos de vista diferenciados para a leitura do "cânone" tomado como uma construção discursiva da crítica, sem o poder de definir ou. mesmo legitimar a produção ficcional de qualquer autor. Assim, a leitura que se produz a partir desse operador, a "nacionalidade" não referenda o cânone já estabelecido, mas busca demarcar o campo de consolidação de cânones outros, que são fruto de leituras e releituras, a partir de "protocolos" que tornam a operacionalizar os mesmos conceitos.
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    Entre a ordem e o caos, a farofa das ides, de Embla Rhodes.
    (2013) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de; Lara, Maria das Dôres
    O artigo faz uma apresentação do romance A farofa das Ides, de Embla Rhodes, destacando suas qualidades estruturais e enfatizando a sua proposta de renovação de cânones narrativos, sem expressa preocupação “teórica”. A opção pelo caráter “simples” da apresentação se justifica pela marca estilística do autor que, num exercício de ficcionalização de dados concretos, constrói narrativa instigante de leve saber policial, o que identifica a personalidade do texto do autor. A apresentação aponta para a prática da tentativa de renovação do gênero, operacionalizado por dicção narrativa particular. O romance revela extrema preocupação com a ficcionalização dos referidos dados, numa perspectiva crítica e irônica do processo mesmo de narrar.
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    Diogo Mainardi e uma(sua) nacionalidade outra.
    (2008) Souza Júnior, José Luiz Foureaux de
    O presente artigo procura desenvolver uma leitura do romance de Diogo Mainardi, Contra nação, considerando a possibilidade de enxergar no texto referências a um discurso de desconstrução da idéia de nação. A leitura depreende do texto uma possível discussão da dicotomia moderno X pós-moderno, dado que a paródia e a ironia permeiam o discurso ficcional, fazendo emergir do texto referências aparentemente desvinculadas de sua leitura.
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    Aspectos pragmático-cognitivos e discursivos envolvidos em recontagens da lenda da procissão das almas na cidade de Mariana-MG.
    (Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Amorim, Karen Luci; Gonçalves, José Luiz Vila Real
    Este trabalho é dedicado ao estudo das recontagens da Lenda da Procissão das Almas, comumente narrada pelos moradores da cidade de Mariana-MG e encenada pelos mesmos todos os anos na madrugada do Sábado de Aleluia, mantendo uma tradição. O trabalho se voltou para a análise da produção da mensagem pretendida, e não para a recepção da mesma, buscando, através destes dados, captar elementos, presentes no discurso (enunciados) do comunicador, que evidenciassem as intenções explícitas e implícitas nesse mesmo discurso, além de sua identidade social e coletiva. O objetivo é investigar as estratégias linguístico-cognitivas e discursivas utilizadas pelos narradores durante as recontagens, que permitem ao ouvinte chegar a determinadas interpretações sobre a história. Para tanto, optou-se por uma abordagem pragmático-cognitiva, através da Teoria da Relevância (Sperber; Wilson, 1986/2001), e pela busca de uma inter-relação desta com a abordagem semiolinguística proposta por Patrick Charaudeau (2009). O estudo se baseou em um corpus composto de cinco recontagens da Lenda da Procissão das Almas por informantes marianenses, bem como da realização de entrevistas com os participantes do estudo. Através deste trabalho foi possível perceber que não existe uma versão definitiva sobre a Lenda da Procissão das Almas, e muito menos uma interpretação imutável sobre o significado da mesma e de sua representação na cidade, dependendo sua reflexão e suas intencionalidades, dos interlocutores para os quais é direcionada, constituindo a Lenda, portanto, um ato de comunicação em que o indivíduo coloca seus anseios, reflete suas crenças e sua identidade social e coletiva, e em que manifesta suas intenções de legitimação de hierarquia de valores, seus protestos, seus sentimentos de repúdio ou sua identificação com práticas e ideologias.
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    Memórias do subdesenvolvimento (sobre "Desonra", de J.M. Coetzee).
    (2010) Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Leitura de Desonra, de J. M. Coetzee, este ensaio expõe e analisa as estratégias deceptivas do romance, tomando como ponto de partida o jogo entre os incidentes patéticos articulados pela trama e os padrões de tropos e imagens que ativam e implodem a promessa de uma clausura final.
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    Fundamento-abismo : Machado de Assis na "Formação da literatura brasileira".
    (2011) Maciel, Emílio Carlos Roscoe
    Leitura de duas páginas da Formação da literatura brasileira, de Antonio Candido, este ensaio discute o papel de Machado de Assis como protagonista oculto desse grande e elíptico Bildungsroman.