DELET - Departamento de Letras

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    “Nebulosa e retumbante” : notas sobre as Badaladas do Dr. Semana.
    (2020) Rosa, Victor Luiz da
    O presente artigo se propõe a refazer a trajetória editorial das crônicas publicadas originalmente na coluna “Badaladas” da revista Semana Ilustrada (1860-1876) sob o pseudônimo Dr. Semana. Em ocasião do recente lançamento de Badaladas do Dr. Semana, volume organizado por Sílvia Maria Azevedo no qual defende a atribuição de grande parte da série a Machado de Assis, o artigo procura responder como a pesquisadora desafia, com tal atribuição, alguns dos nomes consolidados da crítica machadiana, a exemplo de Lúcia Miguel Pereira, José Galante de Sousa e Raimundo Magalhães Júnior. Mas também como a pesquisadora se vale de uma série de pistas e de procedimentos de atribuição autoral que estes mesmos críticos deixaram como legado. No caso dessas “Badaladas”, as duas principais complicações para uma atribuição segura da autoria se referem, por um lado, à escassez, ou quase inexistência, de provas materiais que liguem Machado de Assis a esse grande conjunto de textos, assim como pela natureza do pseudônimo Dr. Semana, que era usado não só pelo autor de Dom Casmurro, mas por diferentes cronistas do periódico, controvérsia que é tratada pelo artigo em segundo momento, com o auxílio de depoimentos de outros pesquisadores machadianos, como John Gledson e Lúcia Granja.
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    A morte da autora Veronica Stigger.
    (2019) Rosa, Victor Luiz da
    O artigo analisa a ficção de Veronica Stigger, em especial o pequeno conto “200 m2”, a partir da construção de uma cena que fundaria uma poética em sua literatura. No texto em questão, a personagem, que se chama Verônica, encena o suicídio dela própria – e dela como autora. Uma das consequências teóricas dessa cena da morte da autora nos leva a pensar em uma tensão entre “letra morta” e “palavra viva”, conforme a releitura que o filósofo Jacques Rancière faz da crítica de Platão à escrita. Mas tal cena também aponta, à medida que instaura uma série de “separações” entre a escrita e seu objeto, para uma alternativa crítica de sua literatura frente à sociedade do espetáculo. Tal trajetória, finalmente, abre uma pergunta incontornável a respeito do conto analisado, pergunta que deve ser estendida aos livros seguintes de Stigger, e que, no entanto, não dá margem para nenhuma resposta aceitável: se a autora morreu, como é capaz de seguir escrevendo seus livros?