DELET - Departamento de Letras

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    Milton Hatoum e a ficção brasileira contemporânea.
    (2020) Gonçalves, Dayane de Oliveira; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues
    Quais são os traços mais percebidos e valorizados pela crítica e como isso constrói uma certa expectativa de leitura para as obras estreantes? Por mais que os críticos que trabalham com a literatura contemporânea sejam praticamente unânimes quanto à variedade de propostas ficcionais, as tentativas de compreensão da prática literária deixam entrever determinados valores e mecanismos de recepção das obras. A partir de duas críticas a Relato de um certo Oriente (1989), de Milton Hatoum, no momento de seu lançamento, realizadas por Flora Süssekind e Silviano Santiago, investigamos como alguns pressupostos constroem uma avaliação deceptiva. A decepção diz respeito sobretudo a uma percepção de que a obra de Hatoum não efetuaria rupturas essenciais com a prosa modernista, aspecto mais acentuado como problema na crítica pós-moderna de Silviano Santiago.
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    Traços poéticos da ficção de Milton Hatoum em Relato de um certo Oriente, Dois irmãos e Cinzas do Norte.
    (2020) Gonçalves, Dayane de Oliveira; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Cristo, Maria da Luz Pinheiro de; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Cristo, Maria da Luz Pinheiro de; Maciel, Emílio Carlos Roscoe; Cury, Maria Zilda Ferreira
    Nesta dissertação propomo-nos a investigar algumas particularidades do projeto literário ficcional de Milton Hatoum que se evidenciam como traços de uma poética, compartilhados, portanto, por seus três primeiros romances: Relato de um certo Oriente (1989), Dois irmãos (2000) e Cinzas do Norte (2005). Os romances têm em comum a tessitura memorialista, o gesto literário dos narradores-escritores, a encenação direta ou indireta da própria escrita, e, por último, a ética dos fragmentos, que corresponde à colagem de fragmentos que dá a forma final às narrativas, resultado de um processo empreendido pelos narradores que são os seus autores ficcionais. Esses três traços poéticos têm relações intrínsecas com a ideia de ruínas. Por fim, aproximamos então o projeto literário do autor, de modo mais geral, a uma concepção de “modernidade em ruínas”.