DELET - Departamento de Letras

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    A análise do discurso contra a retórica : demolindo mitos e deuses.
    (Grácio Editor, 2016) Galinari, Melliandro Mendes
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    Identificando os “discursos de ódio” : um olhar retórico-discursivo.
    (2020) Galinari, Melliandro Mendes
    Tem sido uma constatação comum de diversos estudiosos e movimentos sociais que certos discursos, ditos “de ódio”, encontram-se em franca ebulição nas esferas públicas contemporâneas, com uma intensidade jamais antes sentida, principalmente com o surgimento e a difusão tecnológica das redes sociais. Este artigo propõe alguns parâmetros de identificação desse fenômeno em nossa sociedade, com base nas Leis, e também a partir de noções clássicas da Retórica e da Análise do Discurso, como, por exemplo, a própria noção de discurso e de condições de produção do discurso. Como resultado, o artigo conclui que nem todo discurso que expressa raiva, ira ou cólera é, necessariamente, um Discurso de Ódio, pois este depende de seus efeitos sociais discriminatórios, examinados dentro das características de seu contexto social e histórico. Dentro dessa perspectiva, o artigo apresenta, ainda, algumas possíveis recorrências discursivas dos Discursos de Ódio, tais como o estereótipo, o insulto, a ridicularização, a expressão de euforia diante da dor do outro, a deslegitimação e o negacionismo.
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    Da Carta de Princípios (1979) à Carta ao Povo Brasileiro (2002) : variações ethicas do Partido dos Trabalhadores.
    (2019) Galinari, Melliandro Mendes; Pereira, Luciana de Souza
    O Partido dos Trabalhadores (PT), no Brasil, tem sido estudado por diversos historiadores e cientistas sociais, além de ser avaliado constantemente pelas mídias e pelo senso comum quanto a mudanças de postura político-discursivas ao longo de sua existência. Neste artigo, temos como objetivo analisar o ethos institucional do PT em dois momentos históricos distintos, a saber, no momento precedente à sua fundação (1979), a partir da chamada Carta de Princípios, e no ano eleitoral em que obteve a vitória para a Presidência da República (2002), com base na Carta ao Povo Brasileiro. Com isso, pretende-se apontar como foram construídas, retoricamente, as diferentes imagens do partido nesses dois documentos, estabelecendo um contraste linguístico-discursivo panorâmico. Inicialmente, o artigo situa o surgimento do PT no contexto brasileiro e seu percurso até chegar à Presidência da República. Em seguida,no sentido de contextualizar as suas históricas mudanças, são trazidos apontamentos de cientistas políticos e historiadores, com o intuito de apresentar, por amostragem, pontos de vista controversos sobre as metamorfoses do PT. Enfim, o trabalho se atém à análise propriamente dita das cartas mencionadas, no sentido de apreender como o ethos é construído enquanto dimensão retórica. A conclusão mostra, dentre outras coisas, que, na Carta de 1979, constrói-se um partido de feição radicalmente classista, posicionando-se ao lado das massas exploradas contra as elites dominantes. Na Carta de 2002, por sua vez, tal conflito é silenciado, sobressaindo-se um ethos de caráter nacionalista e conciliador.
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    Uma retórica primordial : de Górgias de Leontini à projeção discursiva dos Black Blocs.
    (2017) Galinari, Melliandro Mendes; Oliveira, Gabriela Nascimento Rossi de
    Este artigo apresenta uma definição de Retórica a partir da obra de Górgias de Leontini, um dos mais importantes sofistas em atividade na Atenas do século V a.C. Além disso, busca demonstrar a influência de suas reflexões no pensamento de Friedrich Nietzsche para, em seguida, conectá-las à Análise Argumentativa do Discurso, tal como postulada por Ruth Amossy. Esse percurso teórico tem como objetivo resgatar uma concepção alternativa do processo argumentativo, não o reduzindo ao mapeamento exaustivo de técnicas conscientes ou tipos de argumento, como fazem algumas perspectivas herdeiras da vertente aristotélica e perelmaniana. Assim, tem-se como problema central a busca por uma definição de Retórica cada vez mais compatível com a abordagem de todo e qualquer mecanismo da estrutura da linguagem (modalizações, estruturas narrativas, ritmo etc.), o que ultrapassa a observação de tipologias de argumentos de caráter lógico ou quase-lógico. Como resultado teórico, mostra-se que a Retórica está ligada, primordialmente, à não transparência e à opacidade do discurso, o que implica em associá-la ao fato de a linguagem, em toda a sua estrutura material, não coincidir com o real. Para colocar em prática as reflexões teóricas desenvolvidas, o artigo faz uma sucinta análise de uma reportagem presente em uma revista brasileira (Revista Época), cujo tema é a atuação dos Black Blocs nas manifestações que tomaram as ruas do Brasil a partir de junho de 2013.
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    O ethos e a verdade sobre o eu na retórica da frente parlamentar evangélica.
    (2015) Galinari, Melliandro Mendes; Santos, Juliana Couto
    No campo dos estudos da linguagem, a análise do ethos tem sido bastante discutida e praticada no sentido de ressaltar a dimensão persuasiva dos discursos. Neste artigo, interrogamo-nos sobre como, de fato, a enunciação de um texto confere à sua instância de produção um “caráter”, para além da análise estrita de dados linguístico-discursivos, o que implica levar em consideração, durante a investigação, o auditório, seus valores e sua conjuntura cultural. Para tanto, partimos da análise do discurso da Frente Parlamentar Evangélica – FPE – atuante no Congresso Nacional Brasileiro, valendo-nos de textos presentes no primeiro exemplar de sua Revista. Esse procedimento é viabilizado, primeiramente, por uma reflexão sobre o ethos a partir da Retórica Sofística, representada, aqui, por Protágoras. Num segundo momento, tais reflexões são postas em prática para apreender como os textos da citada Revista poderiam, possivelmente, acarretar em “imagens de si” diferenciadas da FPE, a depender de três conceitos sofísticos: a doxa (“saberes partilhados”), o kairos (“momento oportuno”) e o nomos (“regras” e “padrões” socioculturais). Com isso, chegamos à conclusão de que o ethos é algo de relativo, e que seu acabamento final num processo enunciativo é dado em perspectiva, ou seja, pela influência retórica desses três fatores.
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    A discursivização dos gêneros na atividade comunicativa.
    (2011) Galinari, Melliandro Mendes
    Abordamos, aqui, a questão dos gêneros discursivos/textuais de um ponto de vista sóciocomunicativo, no intuito de buscar apreender o valor de uso de tais categorias nas interações verbais. Buscamos alcançar, assim, pelo caminho singular dos gêneros, subsídios teóricos para interpretar os possíveis efeitos de sentido dos discursos. Em termos gerais, o trabalho mostra que a questão dos gêneros, na perspectiva aqui defendida, constitui uma etapa necessária (dentre outras) nos processos de análise de corpora empreendidos pela Análise do Discurso.
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    Sobre ethos e AD : tour teórico, críticas, terminologias.
    (2012) Galinari, Melliandro Mendes
    Neste artigo, busca-se abordar questões relativas ao ethos na Análise do Discurso (AD), seja no sentido das “imagens de si” que o comunicante se constrói no presente de sua enunciação, seja enquanto as imagens partilhadas desse mesmo orador, pré-existentes a tal acontecimento discursivo. A partir de um rápido percurso conceitual, reflete-se criticamente sobre essas duas dimensões teóricas do ethos e sobre as terminologias usadas para designálas nas práticas de análise discursiva, a saber, as etiquetas “ethos pré-discursivo” e “ethos discursivo”. Como se verá, prefere-se, aqui, por serem menos imprecisas, as expressões “ethos pré-corpus” e “ethos presente”. Além disso, outras duas questões são abordadas: a interrelação das provas retóricas e a possibilidade de se estender o ethos às “imagens de outrem” construídas pelo discurso.
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    A polissemia do Logos e a argumentação : contribuições sofísticas para a análise do discurso.
    (2011) Galinari, Melliandro Mendes
    Este artigo busca, apoiado na tradição sofística, resgatar a polissemia do logos. A partir daí, constrói-se uma compreensão teórica ampla do que se convencionou chamar de “relação argumentativa”, enfatizando a complexidade das adesões possíveis. Elabora-se, igualmente, um olhar teórico sobre a própria argumentação, que é concebida, sobretudo, como uma propriedade da linguagem em ação e, jamais, como um “modo de organização do discurso”, como pensam alguns teóricos da Análise do Discurso e da Linguística Textual.
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    O Logos como razoabilidade argumentativa : contribuições da nova retórica para a análise do discurso.
    (2013) Galinari, Melliandro Mendes; Queiroz, Marcos Vieira de
    O presente artigo visa ressaltar, de modo sucinto, como as tipologias argumentativas de Perelman & Olbrechts-Tyteca (2002), tais como a incompatibilidade, o modelo, a associação e a dissociação (etc.), podem funcionar como uma etapa interessante para a análise de discursos, a saber, para a apreensão do logos argumentativo em sua acepção de “demonstração verdadeira ou aparente”. Num primeiro momento, a partir dos autores citados, da retórica aristotélica e de teóricos da Análise do Discurso, buscamos conceber a argumentação como uma atividade que ultrapassa os pressupostos da Lógica Formal, no intuito de instituir o logos como uma razoabilidade fundada pela materialidade textual e, além disso, como um artifício retórico apreensível pelas citadas tipologias. Num segundo momento, buscamos ilustrar a pertinência de tudo isso com a análise rápida de dois editoriais que circularam na cidade de Mariana-MG. Tais editoriais possuem um caráter político e uma dinâmica elucidativa na construção/desconstrução de raciocínios retóricos.