DELET - Departamento de Letras

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Resultados da Pesquisa

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    Espelhos de príncipe : reflexos da virtude.
    (2022) Alves, Lucas Benevenuto Mitraud Vieira; Costrino, Artur; Costrino, Artur; Agnolon, Alexandre; Hansen, João Adolfo
    Esta pesquisa busca deslindar os aspectos que marcam a composição de textos pertencentes ao que identificamos como o gênero de espelhos de príncipe, pautado pela abordagem de noções que sirvam de instrução para aspirantes a posições de soberania. Este estudo parte da análise de três exemplares desse gênero: Sobre a Clemência, de Lucio Aneu Sêneca, Sobre os Governantes Cristãos, de Sedúlio Escoto, e O Príncipe, de Maquiavel, textos que serão cotejados com outras composições que tratam propositivamente de assuntos políticos, como A República, de Platão, e a Política, de Aristóteles. A investigação dos temas que fazem parte da elaboração dos espelhos se pautará sobretudo pelo conceito amplo de “virtude”, sendo esse um termo que, conquanto norteie a confecção dos escritos estudados, tem, em cada um, especificidades concernentes às preocupações que permeiam a escrita dos autores, tendo cada um deles um capítulo dedicado a seu espelho. Ao fim da pesquisa, a discussão partirá para uma comparação geral entre o que estabelecemos como as bases do gênero especular, sendo observadas e cotejadas as peculiaridades de cada um dos espelhos, a saber, um tom eminentemente moral presente no tratado de Sêneca, uma base sobremaneira religiosa pautada pela tradição cristã na obra de Sedúlio, e um mote de finalidade e utilidade que marca o discurso do texto de Maquiavel.
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    Estoicismo no drama? Usos de preceitos estoicos nas peças de Sêneca.
    (2020) Alves, Lucas Benevenuto Mitraud Vieira; Costrino, Artur
    É quase consenso, entre os estudiosos de Lúcio Aneu Sêneca, que as tragédias desse filósofo apresentam figurações de matizes da doutrina estoica. Contudo, poucos são os estudos que de fato se detêm em uma análise aprofundada a respeito de como seriam os aspectos filosóficos transpostos para o verso dramático. Em vista disso, busca-se, no presente artigo, traçar uma linha interpretativa que permita com que se tenha uma noção mais precisa de como se dariam, porventura, transposições desse tipo. Para tanto, foi desenvolvido um argumento com fim de identificar, no Agamêmnon senequiano, exemplos que indiquem, de forma sistematizada, a transparência de um tema caro ao estoicismo: a disputa entre razão e paixões humanas, discutida por Sêneca sobretudo em seu tratado Sobre a Ira. Mediante a leitura atenta desse tratado e do drama acima referido, como também de outras três tragédias senequianas e de mais alguns tratados filosóficos, aliada à análise do corpus epistolográfico do estoico, foi possível constatar como a criação trágica de Sêneca aparenta, de fato, ter sido pensada com vista à disseminação de motivos estoicos, uma vez que diversas passagens dos dramas corroboram essa interpretação. Este artigo, então, atua como passo inicial para que a discussão em torno dessa hipótese se torne mais prolífica, de modo a permitir que cada vez mais se torne palpável a possibilidade de se tomar as tragédias senequianas como meio eficaz de ensino de filosofia.