PPGECRN - Mestrado (Dissertações)
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Item Protocolo de avaliação e inventariação de lugares de interesse geológico e mineiro : bases para um turismo científico e aplicação em um circuito geológico e mineiro urbano (Ouro Preto) - MG.(2013) Paula, Suzana Fernandes de; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Costa, Adivane Terezinha; Azevedo, Úrsula Ruchkys deEm função da sua história e dos recursos que possui, Ouro Preto, localizada ao Sul do Quadrilatero Ferrífero, é uma das mais importantes províncias minerais do Brasil e foi o cenário da descoberta do ouro e da nucleação dos primeiros centros urbanos brasileiros afastados da zona litorânea. A descoberta do ouro na região ao final do século XVII, representou um marco da interiorização e urbanização do Brasil. Estes trabalhos resultaram em uma intensa modificação da paisagem, com a remoção de grandes volumes de rochas, escavação de minas e construção de aquedutos. Com o final do ciclo do ouro, as minas foram abandonadas resultando em um importante acervo arqueológico representado por aquedutos, sarilhos, galerias subterrâneas, ruínas de mundéus, barragens para retenção de água para as atividades mineiras e diversas edificações. Quanto ao patrimônio mineiro, os registros da mineração de ouro a partir do século XVIII na região das minas são de grande importância e proporciona o desenvolvimento estudos e trabalhos condizentes com a divulgação do patrimônio geológico e mineiro, para turistas e moradores locais, valorizando e envolvendo as comunidades para o significado deste patrimônio. A Geomorfologia Antropogênica tem como objeto de estudo as geoformas produzidas bem como aquelas modificadas pelas atividades humanas. Em regiões mineiras, como o Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, a mineração tem sido o principal atividade antrópica a afetar e modificar a paisagem. A partir das premissas da geoconservação são analisados pontos em que são evidentes as ações antrópicas na modificação da paisagem: tanto pela mineração quanto pela instalação de infraestrutura urbana que subsidiava as pessoas que nela trabalhava. Esses pontos integram um roteiro turístico urbano Ouro Preto de base científica e educativa. A difusão de informações sobre a realidade geológica que fazemos parte ainda é deficiente, dificultando seu entendimento pela grande maioria das pessoas, por isso, foi elaborado, no Departamento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto, o Protocolo de Avaliação e Inventariação de Lugares de Interesse Geológico e Mineiro. Esta metodologia baseia-se na descrição e quantificação de aspectos e variáveis relativas aos geossítios selecionados possibilitando a identificação, qualificação e comparação entres determinadas localidades e/ou variáveis.Item Reabilitação de uma área de empréstimo da UHE-Emborcação : técnicas tradicionais versus restauração ecológica.(2020) Souza, Yuri Andrade Figueiredo de; Leite, Mariangela Garcia Praça; Leite, Mariangela Garcia Praça; Oliveira, Fábio Soares de; Assis, Igor Rodrigues deApesar de serem áreas muito impactadas, são raros os trabalhos que descrevem projetos de reabilitação de áreas de empréstimo. Buscando suprir parte dessa lacuna, o presente estudo se desenvolveu em uma área degradada, de cerca de 220 ha, utilizada como área de empréstimo de solo argiloso para a implantação de um empreendimento hidrelétrico (UHE-Emborcação – Companhia Energética de Minas Gerais) na década de 1970. Localizada em Goiás, a região de clima tropical de estação seca está inserida no contexto do bioma Cerrado. Em 2000 foi executado um programa de recuperação de área degradada (PRAD), no local, que falhou, deixando a área desprovida de resiliência e em processo contínuo de degradação. O presente trabalho buscou avaliar a eficácia e eficiência de técnicas de restauração tradicionais e ecológicas através do monitoramento e análises de diversos indicadores ecológicos ao longo de dois anos. De forma concomitante à análise do PRAD e suas técnicas tradicionais, foram implantadas e monitoradas, técnicas de restauração ecológica que envolvem a transposição de topsoil e implantação de poleiros artificiais. A área foi dividida em três módulos, onde foram analisadas parcelas em área degradada (controle), área de Cerrado preservada (referência), parcelas com transposição de topsoil, parcelas doadoras de topsoil e parcelas com instalação de poleiros artificiais. Além do levantamento em campo das técnicas utilizadas no PRAD, foi realizada uma cartografia digital da área, a partir de mapeamento com veículo aéreo não tripulado (VANT), e monitorados indicadores de qualidade do solo. A cartografia contribuiu paras a visão macro do estado da área, permitindo a identificação das estruturas do PRAD e tipologias de solo exposto e vegetação remanescente. Os indicadores de qualidade do solo permitiram uma análise mais local, em microescala, tendo sido avaliados: condutividade hidráulica; resistência do solo à penetração; densidade do solo; porosidade total e macroporosidade; granulometria; matéria orgânica; pH; soma de bases; capacidade de troca catiônica potencial; capacidade de troca catiônica efetiva; saturação por bases; saturação por alumínio; além das concentrações de macro e micronutrientes. Os resultados mostraram que metodologias clássicas de controle de erosão e revegetação não foram suficientes para recuperar o solo e devolver a resiliência do ecossistema, profundamente degradado. Análises estatísticas (teste T de Student, ANOVA, ACP, Regressão linear e Modelo Linear Generalizado) mostraram que as transformações físicas e químicas ocorridas nos tratamentos podem ser acompanhadas e representadas por três desses indicadores, que apresentaram diferenças significativas: o aumento nos teores de potássio e matéria orgânica e a redução dos valores de densidade do solo. De forma adicional, verificou-se que a transposição de topsoil se apresentou como uma técnica promissora, por seu baixo custo e fácil aquisição de material, diferentemente da técnica de poleiros artificiais, que não mostrou eficácia na recuperação ambiental ao longo do período monitorado. As parcelas com transposição de topsoil apresentaram uma gradual evolução edáfica, que permitiram o estabelecimento de regenerantes da flora e da macrofauna de solo. Além disso, os dados mostraram que a perturbação realizada nas áreas doadoras de topsoil, localizada e de pequena escala, não as degradaram. Os produtos da análise de função da paisagem (LFA) indicam que para o sucesso de um futuro projeto de restauração ecológica, este deve ser feito em fases, com a transposição de topsoil iniciando nas áreas limítrofes às porções de vegetação nativa ainda preservada (bordas), seguindo gradativamente para o centro da área. Paralelamente, indica-se um monitoramento contínuo e sistêmico com a avaliação de, pelo menos, três indicadores de solo: teor de matéria orgânica, concentração de potássio e macroporosidade.Item Manejo agroecológico de áreas sobre canga usando tecnologias e conhecimento tradicional.(2019) Urriago Ospina, Lina Marcela; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Leite, Mariangela Garcia Praça; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Costa, Adivane Terezinha; Almada, Emmanuel DuarteAtualmente, os ecossistemas estão sendo influenciados pela pressão advinda dos processos de extração de recursos a fim de suprir as necessidades das populações. Dentre esses processos inclui-se a mineração. No Brasil, a região do Quadrilátero Ferrífero - Minas Gerais apresenta grande representatividade na produção mineral, principalmente na extração de ferro e alumínio, que tem provocado inúmeros problemas ambientais. O impacto em áreas mineradas, muitas vezes, torna o ambiente inóspito para a maioria das espécies vegetais, no processo de sua revegetação. Dada a necessidade de suavizar os impactos sobre os ecossistemas e as estruturas socioambientais destas áreas, propõe-se averiguar o conhecimento tradicional das comunidades em Ouro Preto (MG) no manejo de solos lateríticos para o cultivo de espécies úteis. Neste contexto, este trabalho teve como foco o conhecimento local sobre a implementação de métodos agrícolas, tecnologias e inovação, capazes de influenciar a estrutura física e química dos solos de canga, tornando-os aptos ao cultivo de plantas. Adicionalmente, foram coletadas amostras de solos manejados pelas diferentes técnicas tradicionais para analises físicas e químicas (fertilidade e metais), assim como amostras de espécies medicinais e alimentares (teor de metais). Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com habitantes das áreas estudadas.Item Modelo hidrogeológico conceitual e análise da favorabilidade hidrogeológica do aquífero cárstico na região urbana de Sete Lagoas – MG.(2020) Gomes, Rafael Magnabosco de Almeida; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Carvalho, Ana Maciel de; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Paula, Rodrigo Sergio de; Bacellar, Luis de Almeida PradoEstudos hidrogeológicos em aquíferos cársticos são cada vez mais requisitados, principalmente em cidades que dependem da exploração de água subterrânea para abastecimento público. Porém, devido à alta heterogeneidade e anisotropia do carste, são necessários estudos mais específicos a fim de entender seu comportamento hidrogeológico. Este mestrado estudou a região urbana do município de Sete Lagoas, localizado em um contexto hidrogeológico cárstico, onde quase a totalidade do uso da água é subterrânea. A falta de uma gestão dos recursos hídricos adequada na cidade, aliada à complexidade do aquífero local, está agravando problemas como falta de água, principalmente durante a estiagem, resultando na perfuração de poços secos ou pouco produtivos. Devido a isso, o objetivo foi desenvolver um método para mapear a favorabilidade hidrogeológica a partir de um modelo hidrogeológico conceitual detalhado, para servir como ferramenta de gestão dos recursos hídricos subterrâneos da região. Para isso, além de trabalhos de campo, foram usados dados geológicos em superfície e subsuperfície para modelagem geológica 3D com Geomodeller, dados de testes de bombeamento (vazão específica, Q/s, e transmissividade, T), análise de sensoriamento remoto e geofísica para elaboração de mapas temáticos. Os resultados indicam que a favorabilidade hidrogeológica está correlacionada com os parâmetros: 1) densidade de lineamentos morfoestruturais e geofísicos; 2) densidade de feições cársticas na superfície; 3) espessura acumulada da zona carstificada interceptada pelos poços; e 4) taxa de recarga. As áreas mais favoráveis são aquelas onde os parâmetros se sobrepõem e possuem maior peso na classificação de favorabilidade hidrogeológica. Essas regiões estão localizadas no centro da área de estudo sobre sedimentos inconsolidados, onde a carstificação foi mais intensa, nas regiões com maior densidade de lineamentos (principalmente E-W e NE), ou próximo às lagoas e feições cársticas. As áreas menos favoráveis estão sobre as regiões pouco carstificadas, com ausência de lineamentos ou feições cársticas próximas, ou sobre espessas camadas de metapelitos na região sudeste e noroeste da área de estudo. A distribuição espacial de poços pouco produtivos por toda a área, mesmo em regiões hidrogeologicamente mais favoráveis, mostra o quanto o aquífero é heterogêneo e anisotrópico, provando a necessidade de estudos mais detalhados para análise da favorabilidade hidrogeológica em escala local. O método desenvolvido foi validado a partir da calibração com 185 valores de vazão específica e 32 de transmissividade dos poços, e mostrou-se eficaz em seu propósito de indicar zonas com maior favorabilidade hidrogeológica, podendo ser aplicado em outras regiões com contexto hidrogeológico semelhante.Item Fitoextração de metais de espécies florestais nativas plantadas sobre rejeito de mineração de ferro.(2018) Diniz, Adriana Pedrosa; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Lana, Cristiano de Carvalho; Leite, Mariangela Garcia Praça; Afonso, Robson José de Cássia Franco; França, Marcel Giovanni Costa; Kozovits, Alessandra RodriguesO Brasil presenciou em novembro de 2015 um dos seus maiores impactos ambientais ocasionado pelo rompimento de uma das barragens de rejeitos de minério de ferro da empresa Samarco. Cerca de 43 milhões de m3 de rejeito foram depositados na bacia do Rio Doce, exigindo a adoção de medidas para a mitigação da contaminação ambiental e recuperação das áreas afetadas, incluindo esforços de revegetação. Grande parte das formações vegetacionais atingidas é composta por espécies da Mata Atlântica e pouco se sabe sobre o desenvolvimento dessas espécies em rejeitos de minério de ferro. No presente estudo, avaliou-se o estado nutricional de plantas jovens de espécies nativas cultivadas sobre tal rejeito as margens do rio Gualaxo. A análise dos elementos no tecido foliar das plantas antes e após um ano de plantio sobre o rejeito foi realizada por meio da técnica de Laser Ablation acoplado a espectrometria de massa (LA-ICP-MS). Além da comparação das concentrações desses elementos no tecido foliar nas espécies antes e após o plantio, o presente estudo visou também comparar a efetividade da metodologia desenvolvida em dois tipos de espectrômetros: quadrupolo (QMS)e campo de setor magnético (SF). Constatou-se que o LA-SF-ICP-MS atende melhor aos quesitos precisão e acurácia; entretanto, a técnica ainda sofre limitações principalmente em relação a falta de um padrão que cubra a extensão de analitos da amostra. Nesse sentido, o uso de folhas pulverizadas e prensadas de candeia foi apresentado como um padrão potencial para ser utilizado no ajuste da metodologia. As concentrações médias de Mg, Ca e Zn nas folhas foram menores um ano após o plantio, o que pode estar relacionado a baixa concentração desses nutrientes no substratos (Mg e Zn) e também a alta concentração de íons de Mn. As espécies mais vulneráveis a contaminação foram: Eugenia pyriformis, Zeyheria tuberculosa, Copaifera langsdorfii e Apuleia leiocarpa. Já Dendropanax cuneatus, Cariniana estrellensis, Platypodium elegans e Lafoensia pacari apresentam potencial para o uso na restauração dessas áreas por apresentaram o mesmo padrão de concentração de elementos antes e após plantio.Item Evolução de características físicas e químicas de topsoil de campo ferruginoso aplicado em projeto de recuperação de área degradada pela mineração.(2017) Rocha, Fernanda Carolina Gomes; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Leite, Mariangela Garcia Praça; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Martins, Sebastião Venâncio; Ribeiro, Elizene Veloso; Kozovits, Alessandra RodriguesO Quadrilátero Ferrífero (QF) concentra jazidas minerais de grande interesse para explotação de Ferro e Alumínio no Brasil e portanto, possui enorme demanda por programas eficientes de recuperação de áreas degradadas pela mineração. A vegetação sobre essas jazidas, como os campos ferruginosos, apresenta alto grau de endemismo e muitas espécies são de difícil reprodução ex situ. O uso de topsoil vem sendo apontado como uma das técnicas mais eficientes nos projetos de recuperação de áreas degradadas (RAD) em todo o mundo. A retirada dessa camada superficial pela atividade minerária dificulta o restabelecimento da vegetação uma vez que são perdidas características importantes como banco de sementes, micro e mesofauna, estrutura física adequada, dentre outras cruciais para o retorno e manutenção dos serviços ambientais perdidos. A legislação ambiental exige o uso de topsoil para projetos de RAD, porém, por dificuldades operacionais, o uso desse material não costuma ocorrer de imediato e, geralmente, nenhuma técnica é utilizada para seu armazenamento, podendo em alguns casos perder sua eficiência devido às más condições de estocagem. O presente estudo teve como objetivo avaliar a evolução das características físicas e químicas de topsoil utilizado em um projeto de RAD ao longo de 12 meses de experimento, considerando dois tratamentos: (1) uso de topsoil com diferentes tempos de armazenamento, sendo um o Topsoil Previamente Armazenado (TPA) por três meses até sua utilização e o outro Topsoil Recém Coletado (TRC) que fora utilizado imediatamente após sua raspagem na área e (2) adição de serapilheira para minimizar a lixiviação observada em outros estudos na mesma área. Nos testes realizados ao início do experimento, não foram observadas diferenças significativas referente aos três meses de armazenamento, porém, após 12 meses de experimento, as condições de fertilidade e microestruturais melhoraram em ambos os topsoils (TPA e TRC), sendo ainda melhores no TPA. Analisando-se os dados geoquímicos, não foram observadas perdas relevantes de nutrientes devido à lixiviação. Essas melhorarias estão intimamente relacionadas ao desenvolvimento da vegetação nas parcelas de estudo, uma vez que influenciaram na quantidade de matéria orgânica depositada no solo, promovendo alterações químicas e físicas, através do incremento de matéria orgânica (através da decomposição de material vegetal de espécies de ciclo de vida anual e deposição de serapilheira), desenvolvimento das raízes, entre outros, recriando um ambiente sustentável. Com esse estudo, percebeu-se que o tempo de armazenamento de três meses não foi suficiente para afetar a qualidade do topsoil originário de áreas de campos ferruginosos e reafirmou o papel transformador da vegetação como aspecto importante para a sustentabilidade dos projetos de RAD.Item Cartografia de suscetibilidade a deslizamentos utilizando o método estatístico “valor informativo” : estudo de caso na bacia do Ribeirão dos Macacos, Nova Lima/MG.(2018) Rosa, Mateus Lima; Sobreira, Frederico Garcia; Barella, Cesar Falcão; Sobreira, Frederico Garcia; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Souza, Leonardo Andrade deEste estudo foi desenvolvido na bacia do Ribeirão dos Macacos, no município de Nova Lima/MG e posicionada na região metropolitana de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Foram aplicados os conceitos do método estatístico “Valor Informativo”, na construção do mapa de suscetibilidade. A escala adotada para o trabalho foi de 1:25.000 e pixels com 5m². Foram testadas diferentes partições do inventário, assim como testados diferentes fatores de predisposição, para que ao final se atingisse o melhor modelo. Na construção do inventário foi notado que as vertentes voltadas para sul, sudeste e sudoeste geralmente apresentam uma qualidade superior em imagens aéreas/orbitais devido à posição do sol e incidência da luz que realça as estruturas superficiais, de tal forma que deslizamentos em vertentes voltadas para norte, nordeste e noroeste, podem ser omitidos. Outra verificação foi que os modelos com melhor índice de Área Abaixo da Curva nem sempre restringirão em menores áreas a classe de alta suscetibilidade. Essa incongruência ocorre devido às diferentes conformações da curva, de forma que pontualmente uma curva de índice menor pode apresentar resultados mais restritivos que uma curva de índice maior. Os resultados alcançados demonstraram que o modelo apresenta elevada capacidade de ajuste aos dados assim como elevada capacidade preditiva.Item Fatores condicionantes da distribuição do planorbídeo Biomphalaria sp. Bacia do ribeirão do Melo, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Pimenta, Érica Cristina; Leite, Mariangela Garcia PraçaO molusco Biomphalaria, da família Planorbidae, apresenta indiscutível importância epidemiológica, sendo naturalmente infectado pelo trematódeo Shistosoma mansoni, parasita responsável por causar a esquistossomose. Assim, conhecer a ecologia desses planorbídeos é fundamental para a vigilância epidemiológica, na medida em que este conhecimento pode servir de base para o planejamento das medidas usadas pelos programas de controle da esquistossomose. Neste contexto, situa-se este estudo, que objetivou determinar a influência das características geomorfológicas fluviais e da qualidade das águas e sedimentos na distribuição dos moluscos Biomphalaria, na pequena bacia rural do ribeirão do Melo. Para tal, foi realizado o monitoramento de águas, sedimentos e moluscos, ao longo de um ano hidrológico, durante quatro coletas (setembro de 2008, março de 2009, julho de 2009 e setembro de 2009). Durante estas etapas de campo, foram monitorados 17 pontos, nos quais foram avaliados os parâmetros microbiológicos, hidrossedimentológicos (largura, profundidade, velocidade e vazão do canal), hidroquímicos (pH, Eh, temperatura, condutividade elétrica, OD, turbidez, alcalinidade, cloreto e sulfato), além da quantificação dos elementos maiores e traço (via ICP/OES), tanto na água como nos sedimentos de fundo. Os resultados mostraram que apenas 6 dos 17 pontos eram criadouros do molusco, e que as espécies de Biomphalaria, embora possuam uma ampla faixa de sobrevivência frente às variáveis físicas e químicas da água e dos sedimentos, habitam canais preferencialmente rasos, estreitos, com pequenas velocidades de fluxo e baixas vazões. Essas características foram encontradas mesmo em ambientes que coexistem as espécies de B. glabrata e B. tenagophila, mostrando que ambas necessitam das mesmas condições ecológicas de sobrevivência. Todos os moluscos foram coletados em canais que foram criados pelo homem, como os canais de irrigação, ou que sofrem freqüentes alterações antrópicas, revelando que essas interferências também contribuem para a distribuição destes moluscos. O monitoramento mostrou que as características favoráveis para a presença do molusco estão espalhadas por toda a área. Ou seja, existem inúmeros criadouros em potencial por toda parte da bacia do ribeirão do Melo, especialmente nos locais com interferência antrópica mais acentuada, em que os tributários e o canal principal são desviados para irrigação. Os dados obtidos durante este projeto mostraram que é necessária a implantação imediata de medidas para controle da distribuição dessas espécies na bacia, como a construção de um sistema de saneamento na região, acompanhadas por campanhas de educação ambiental.Item Estudo da mobilidade química de elementos maiores e traços em saprolito de gnaisse no aterro sanitário (CTRS-BR040) de Belo Horizonte (MG).(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Ferreira, Quênia de Cássia Goulart; Bacellar, Luis de Almeida PradoDentre as fontes de contaminação de aquíferos, o aterro de resíduos sólidos urbanos é um dos mais importantes, pois a carga contaminante produzida (lixiviado) traz consigo elementos nocivos, destacando-se os elementos traços. Pela dificuldade de coletar amostras de solo da base de aterros, uma alternativa para o seu estudo são os ensaios de coluna, que simulam em escala reduzida uma célula de aterro. A área de estudo deste trabalho é o aterro sanitário da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos CTRS BR-040, localizado em Belo Horizonte/MG. Não foi reproduzida a velocidade de percolação de lixiviado do campo, sendo a mesma 150 vezes maior nos ensaios de coluna. A velocidade muito lenta dificultaria a coleta de lixiviado efluente para análise diária. Através dos dados obtidos nos ensaios de coluna e da modelagem realizada pelo PHREEQC 2.18, pode-se comprovar que, apesar da baixa CTC e teor de matéria orgânica, o saprolito tem certa capacidade de reter elementos maiores e traços, contribuindo para dificultar a contaminação do aquífero. Contudo esta capacidade é limitada, pois foi observado que elementos retidos no começo dos testes, têm suas concentrações aumentadas no lixiviado ao fim dos ensaios. Com dados obtidos na modelagem, espera-se que alguns elementos, tais como Al, Ba, Ca, Cr, Fe, Mn e Sr estejam precipitados no solo na forma de carbonatos, sulfatos, sulfetos, fosfatos, óxidos e hidróxidos. Sulfetos precipitados só foram encontrados Eh muito baixo (< 200 mV), o que é perfeitamente possível em aterros de RSU, onde o ambiente em seu interior é bem redutor. Alguns elementos, tais como Fe e Ti também podem estar retidos na forma de colóides, pois a concentração dos mesmos foi elevada nas partículas retidas em filtro. Apesar de ser de difícil quantificação, possivelmente uma significativa quantidade de elementos maiores e traços estão adsorvidos nas partículas do solo.Item Análise geoquímica de água e de sedimentos afetados por minerações na bacia hidrográfica do rio Conceição, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais - Brasil.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Parra, Ronal Rafael; Roeser, Hubert Mathias PeterPara avaliar as características geoquímicas de água e sedimentos do rio Conceição e determinar a influência de atividades antrópicas nas variações das mesmas, foi realizado um estudo geoquímico ambiental. A área de estudo encontra-se localizada no Município de Santa Bárbara, Estado de Minas Gerais – Brasil. Geologicamente está inserida na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero e é caracterizada pelas unidades litoestratigráficas do Supergrupo Rio das Velhas e do Supergrupo Minas. Este estudo envolveu o monitoramento hidrogeoquímico sazonal de parâmetros físicoquímicos de qualidade da água, como temperatura, pH, Eh, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, turbidez, alcalinidade, sulfato e cloreto; e a quantificação dos elementos Ca, Na, K, Mg, Fe, Mn, Al, As, Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Ni, V e Zn na água e sedimentos. Para tal estudo foram coletadas 27 amostras de água, 25 amostras de sedimentos, no verão (julho e setembro de 2004) e no inverno (outubro 2003) ao longo do rio e nos seus principais tributários. Além das amostras de água e sedimentos, foram coletadas nas cabeceiras do rio Conceição, 6 amostras de rocha e 6 de solos (maio de 2004), para estabelecer a correlação entre a mineralogia e a geoquímica das rochas, solos, sedimentos e águas e determinar as fontes dos elementos maiores Al, Fe, Mg, Mn, K e Ca. Os sedimentos apresentaram valores variáveis nas concentrações dos elementos maiores e metais traços. Concentrações elevadas de Zn, Cu e As foram observadas à jusante do rio Conceição, as quais estão relacionadas as atividades de mineração de ouro, isto foi evidenciado nos gráficos de probabilidade normal. Usando os valores de linha de base foi calculado o Índice de Geoacumulação (IGEO), classificando o rio Conceição como praticamente não poluído pelos elementos Cr, Zn e Cu, moderadamente poluído por Pb e fortemente a extremamente poluído por As. A principal fonte litológica responsável pelas concentrações dos elementos determinados nos solos e nos sedimentos são as rochas do Supergrupo Rio das Velhas , para os elementos Al, K, Mg, Cd e Pb, e as rochas do Supergrupo Minas para os elementos Ca, Mg e Fe. Os resultados das analises de água evidenciaram aumento de turbidez, sulfato e cloreto nos pontos localizados nas proximidades dos aglomerados urbanos, sendo atribuídos ao lançamento de esgotos doméstico. Em relação à concentração dos elementos maiores e metais traço na água, cabe destacar que ao longo do rio, essas concentrações estão dentro dos níveis permitidos pela resolução CONAMA 357 (2005) para águas das classes 1 e 2. Somente os pontos C14, C29 e C27, apresentaram concentrações de Fe, Ni, Pb e Cr acima destes padrões, as quais estão relacionadas com as atividades de mineração. A concentração de elementos químicos nos solos, sedimentos e água estão relacionados com as litologias dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas, sendo também influenciada pelas atividades antrópicas desenvolvidas na região, como a mineração.