CIPHARMA - Doutorado (Teses)
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Item Efeitos antiproliferativos e toxicogenéticos da crisina em linhagens tumorais de bexiga com diferentes status do gene TP53.(2021) Lima, Ana Paula Braga; Silva, Glenda Nicioli da; Silva, Glenda Nicioli da; Dolabela, Maria Fâni; Ribeiro, Daniel Araki; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Brandão, Geraldo CélioA atividade antitumoral da crisina, flavonoide encontrado no mel, na própolis e na Passiflora caerulea, tem sido estudada em diversos tipos de cânceres. No câncer de bexiga, seus efeitos citotóxicos já foram demonstrados, entretanto pouco se sabe sobre seu mecanismo de ação. Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos antiproliferativos e toxicogenéticos e os possíveis mecanismos de ação molecular da crisina em células tumorais de bexiga com diferentes status do gene TP53 (RT4 – com gene TP53 selvagem; 5637 e T24 – com gene TP53 mutado). As células foram tratadas com diferentes concentrações de crisina (10, 20, 40, 60, 80 e 100 µM) para análise de citotoxicidade, proliferação celular, sobrevivência clonogênica, efeito pró-oxidante, efeitos genotóxicos e mutagênicos, alterações morfológicas, migração celular, cinética do ciclo celular, índice de divisão nuclear, perfil de metilação global e expressão dos genes SRC, PLK1, HOXB3, mTOR, FGFR3, c-MYC e RASSF1A. Os resultados mostraram que a crisina foi citotóxica e diminuiu a proliferação celular para as três linhagens estudadas, provavelmente através da produção de espécies reativas de oxigênio e da indução de danos no DNA das células. Além disso, a crisina diminuiu significativamente a formação de colônias e a migração celular nas três linhagens, sendo que nas linhagens com TP53 mutado, esses efeitos foram acompanhados pela diminuição da expressão de HOXB3 e SRC. A crisina diminuiu a densidade celular de todas as linhagens e alterou a morfologia das linhagens com TP53 mutado. Além disso, nas linhagens com TP53 mutado, a crisina causou parada do ciclo celular na fase G2/M, acompanhado pela diminuição da expressão de PLK1. Nas células RT4 e T24, a crisina aumentou as taxas de apoptose; nas células T24, taxas significativas de necrose também foram observadas. Nas células 5637, a crisina demonstrou interferir em eventos epigenéticos, aumentando o padrão de metilação global do DNA. Ademais, na linhagem T24, a modulação negativa dos genes c-MYC, FGFR3 e mTOR também parece contribuir para os efeitos antiproliferativos da crisina. Concluindo, a crisina diminui a proliferação e a migração celular independente do status de TP53 em células tumorais de bexiga, entretanto, os efeitos sobre a morfologia, cinética do celular e expressão de genes são dependentes do status de TP53.