PROPP - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação
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Item Abordagens moleculares e proteômicas para a caracterização de leveduras resistentes ao manganês II.(2019) Ruas, France Anne Dias; Cota, Renata Guerra de Sá; Cota, Renata Guerra de Sá; Santiago, Aníbal da Fonseca; Silva, Breno de Mello; Rúbio, Karina Taciana Santos; Borges, Marcia HelenaA poluição do meio ambiente pelo metal pesado manganês (Mn) tem aumentado, já que é um subproduto industrial, especialmente de minerações. Estratégias biotecnológicas promissoras para descontaminação têm sido desenvolvidas. A biorremediação, é uma delas, emprega microrganismos, por exemplo, leveduras. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar isolados de leveduras quanto aos mecanismos de resistência e capacidade de remoção do íon Mn2+ e descrever como estas respondem ao estresse ambiental alterando seu padrão de expressão proteica. Três leveduras foram isoladas de água proveniente de uma mina de rejeito de mineração, localizada no Quadrilátero Ferrífero-MG e identificadas como Meyerozyma guilliermondii, Meyerozyma caribbica e Rhodotorula mucilaginosa utilizando análise bioquímica, por Auxanograma e filogenética, baseadas no 16S rDNA. A avaliação da capacidade dos isolados removerem íons Mn+2 demonstrou que ambos os gêneros estudados são resistentes ao metal, sendo que a presença de excesso de Mn não interferiu negativamente no crescimento. As Meyerozyma sp. removeram 100% do Mn2+ por processo de biossorção e as Rhodotorula sp. 10%, provavelmente por oxidação. A menor capacidade de remoção do último gênero em relação ao primeiro não o torna menos importante, uma vez que apresenta tolerância e capacidade de remoção a concentrações elevadas de Mn2+ quando comparado a outros. O primeiro relato do proteoma solúvel total e diferencial induzidos por Mn+2 do gênero Meyerozyma sp., bem como das interações proteínaproteína foi realizado a partir da técnica shotgun/bottom-up, em que extratos protéicos de M. guilliermondii contendo as frações solúveis foram obtidos após crescimento nas condições ausência e presença de MnSO4 (0,91 mM). Os peptídeos trípticos foram analisados por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa (LC-MS/MS), seguida de análises de bioinformática. No proteoma um total de 1257 proteínas foi identificado, sendo que a análise qualitativa demonstrou que dessas 117 eram exclusivas da condição ausência e 69 expressas unicamente na presença de Mn2+ . A análise quantitativa apresentou 71 proteínas upregulated induzidas pelo excesso de Mn2+, em que foram identificados sete enriquecimentos funcionais e 43 vias metabólicas. A maioria das proteínas anotadas na condição presença de Mn2+ está relacionada à atividade de oxidoredutases, resposta ao estresse oxidativo, atividades metabólicas, reparo de DNA e remodelação da expressão de genes. Diante do exposto é possível concluir que as três espécies são tolerantes a alta concentração de Mn2+, a importância compreensão dos processos celulares e dos mecanismos regulatórios moleculares, pois eles permitem o conhecimento dos mecanismos de defesa que minimizam o impacto do metal através da expressão de proteínas antioxidantes, por exemplo, permitindo o ajuste na resposta de defesa associados à tolerância do Mn2+ . Esse conhecimento permitirá estudos futuros e a exploração do potencial biotecnológico em futuros processos de biorremediação.Item Abrasão, desgaste e atrito sob deslizamento de recobrimentos preparados por aspersão térmica a partir de PET pós-consumo.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Nunes, Rogério Antônio Xavier; Branco, José Roberto TavaresAs argilas da Península de Santa Elena localizadas ao sudoeste do litoral do Equador foram estudadas visando conhecer suas principais características físicas, químicas e mineralógicas, assim como identificar o principal mineral argiloso contido nestas argilas. Cento e oitenta e oito pontos foram pesquisados e, coletadas quarenta e duas amostras representativas dos seis principais depósitos de argila que foram identificados na Península. Estas argilas pertencem às unidades do Grupo Ancón (Eoceno Médio e Superior), Formação Tosagua (Oligoceno Superior a Mioceno Médio) e Formação Progreso (Mioceno Médio e Superior) e foram originadas da alteração de cinzas do vulcanismo andino, sedimentadas em ambiente marinho. Análises por difração de raios X (DRX), fluorescência de raios-X, análises termodiferenciais e temogravimétricas, espectroscopia no infravermelho, análises de distribuição granulométrica, superfície especifica, densidade, porosidade, estudo morfológico por microscopia eletrônica de varredura e capacidade de troca catiônica permitiram identificar a montmorilonita cálcica como o principal argilomineral e assim como foram utilizados quando dos ensaios de ativação acida, pilarização e suas aplicações no descoloramento de óleo de soja. Argilas bentoníticas cálcicas são bastante utilizadas em processos de adsorção após tratamentos de ativação ácida, porém, após pilarização também estão sendo empregadas para este fim. Neste contexto, duas amostras da Formação Tosagua, denominadas FT1 e FT8, que apresentaram maior conteúdo em montmorilonita e na fração argila (partículas < 2 μm) foram submetidas a tratamentos de ativação com HCl e H2SO4 e de pilarização com Al13 para em seguida serem utilizadas no descoloramento de óleo de soja. A ativação com H2SO4 foi mais efetiva no aumento de porosidade e superfície específica das amostras. A pilarização das duas amostras naturais não mostrou os resultados esperados, sendo estas amostras pilarizadas submetidas a ativação com H2SO4. A ativação ácida após pilarização mostrou também aumento da porosidade e da superfície específica. No descoloramento de óleo de soja as amostras ativadas com H2SO4 após pilarizadas com Al13 mostraram eficiência de até 92 % na adsorção de β-caroteno e de até 88 % na adsorção de clorofila. Estes valores superam os obtidos com uma argila ativada comercial. As amostras ativadas com este mesmo ácido também se mostraram eficientes, com resultados próximos dos da argila comercial. Como resultado da caracterização mineralógica e tecnológica da argila equatoriana pode-se afirmar que esta argila pode ser otimizada após tratamentos de ativação ácida para sua aplicação em processos industriais de refino de óleo vegetal.Item Abrasividade de polpas minerais associadas às propriedades do abrasivo : morfologia, concentração, tamanho médio e natureza das partícula.(2018) Siqueira, Francismar Silva; Costa, Adilson Rodrigues da; Costa, Adilson Rodrigues da; Solé, Rubén Antonio Llobell; Lima, Milton Sérgio Fernandes deO transporte de matérias primas por meio de dutos é uma tendência de diversos setores da indústria. Trata-se de um meio de transporte de baixo custo, prático e de baixo impacto ambiental, se comparado aos demais meios de transporte disponíveis. A indústria mínero metalúrgica emprega largamente o sistema de minerodutos. Tanto entre as etapas de processamento, transportando o minério entre plantas industriais para etapas intermediárias de beneficiamento, como para escoar o produto final até a região portuária. Portanto, o estudo de condições ótimas de transporte destes bens minerais é de importância estratégica para as indústrias deste setor. O estudo da abrasividade dos insumos minerais transportados pode contribuir com esta otimização. A proposta deste trabalho é estudar a abrasividade de polpas e lamas minerais de acordo com a metodologia Miller, cujos critérios são definidos na norma ASTM G75-15, contribuindo assim para melhor compreensão dos fatores envolvidos no desgaste destes minerodutos. Mais especificamente, busca-se relacionar a abrasividade de polpas e lamas minerais transportadas em minerodutos à morfologia das partículas, diluição (porção das lamas composta por sólidos) e gênese mineral. Propõe-se ainda a elaboração de um banco de dados de abrasividade de lamas minerais com os resultados obtidos. Pretende-se desta forma, contribuir para a otimização do sistema de transporte de lamas e polpas minerais por meio de minerodutos.Item Abundância e distribuição de elementos metálicos em águas integrantes da Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos Caratinga, sub-bacia do rio Doce.(2019) Soares, Tatiana Luiza; Roeser, Hubert Mathias Peter; Roeser, Hubert Mathias Peter; Horn, Adolf Heinrich; Santiago, Aníbal da FonsecaEste estudo foi realizado na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos Caratinga (UPGRH DO5). Seu principal objetivo foi contribuir para a ampliação do diagnóstico ambiental dessa região, através da avaliação da abundância e distribuição espaço-temporal dos elementos metálicos presentes nos corpos hídricos integrantes dessa unidade. O estudo envolveu a coleta de amostras de água em 21 pontos ao longo da unidade durante duas campanhas, realizadas em junho de 2017 (estação seca) e fevereiro de 2018 (estação chuvosa). As amostragens compreenderam 11 pontos no rio Caratinga, 4 pontos em afluentes do rio Caratinga, 2 pontos no rio Doce e 4 pontos em outros tributários do rio Doce. O teor dos elementos metálicos foi determinado por espectrometria de emissão atômica com plasma acoplado indutivamente (ICPOES). A partir dos resultados obtidos, foi o comportamento das espécies metálicas foi avaliado através de diagramas de correlação, diagramas Eh-pH e diagramas ‘bumerangue’. Os dados de concentração observados foram ainda comparados aos limites determinados pela Resolução CONAMA n°357/2005, de modo a avaliar o nível de qualidade desses corpos d’água. Realizouse também uma análise da série histórica de dados de monitoramento do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a fim de melhor compreender a dinâmica de distribuição dos metais na UPGRH DO5. Nas amostras de água analisadas, 12 elementos metálicos foram observados acima do limite de quantificação, sendo que, dentre esses, apenas cobre, alumínio, ferro e manganês apresentaram concentrações acima dos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA n°357/2005 para a classe 2. Foi possível observar que a maior parte dos elementos metálicos verificados nas águas do rio Caratinga esteve relacionada à litologia da região (predominantemente baseada em tonalitos, granitos e gnaisses). Entretanto, a maioria desses elementos foram enriquecidos por influência antrópica. No rio Caratinga, as influências antrópicas de maior destaque foram a urbanização e a agricultura, verificadas, por exemplo, através do comportamento de elementos como sódio e potássio. Já nos demais corpos hídricos, a principal influência antrópica percebida ocorre através da supressão da vegetação em razão de atividade agropecuária, refletida por elevadas taxas de erosão na região. Percebeu-se ainda, através da série histórica, que espécies de maior potencial tóxico, como cádmio, chumbo, cromo, zinco e arsênio, não são observadas com frequência na UPGRH DO5.Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) : efeitos sobre a modulação do sistema glutationa, do perfil de genes do estresse do retículo endoplasmático e do metabolismo de fase I em ratas intoxicadas com paracetamol.(2019) Viana, Ana Maria Fernandes; Pedrosa, Maria Lúcia; Pedrosa, Maria Lúcia; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Esteves, Elizabethe Adriana; Maldonado, Izabel Regina dos Santos CostaO paracetamol é um antipirético e analgésico que em doses terapêuticas é metabolizado por enzimas de fase I e II, originando conjugados de glicuronídeo e de sulfato, com reduzida formação de NAPQI que é detoxificado pela glutationa e excretado. Em overdose de paracetamol ocorre produção aumentada de NAPQI que é responsável por danos celulares. O açaí (Euterpe oleracea Mart.), reconhecido pelas suas características fitoquímicas e pelos seus efeitos anti-inflamatório e antioxidante, pode apresentar efeito hepatoprotetor para overdose com paracetamol. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do pré-tratamento com açaí sobre fatores envolvidos nos danos hepáticos desencadeados pelo paracetamol. Ratas Fischer (40) foram distribuídas nos grupos: controle (C), açaí (A), paracetamol (P), paracetamol + açaí (PA) e paracetamol + acetilcisteína (PNac). Água, açaí filtrado (3 g de açaí filtrado/Kg) e acetilcisteína (140 mg de acetilcisteína/Kg) foram administrados por gavagem durante 7 dias. No sétimo dia de experimento os grupos P, PA e PNac receberam 835 mg de paracetamol/Kg e os demais receberam água filtrada. Após a intoxicação, as ratas foram submetidas ao jejum por 12 h e eutanasiadas. O grupo P apresentou, além da degeneração hidrópica, aumento de esteatose microvesicular, número de células inflamatórias e danos oxidativos no fígado. Além disso, foram observadas redução da concentração de glutationa total, menor expressão gênica de CYP1A2 e CYP2E1, e aumento da expressão gênica de GADD34 e CHOP, genes envolvidos no estresse do retículo endoplasmático. O pré-tratamento com açaí modulou o sistema glutationa e recuperou a concentração de glutationa total, aumentou a expressão de genes CYP1A2 e CYP2E1 envolvidos no metabolismo de paracetamol e diminuiu a expressão de GADD34 e CHOP, com aumento da expressão de eIF2α e ATF4, genes que favorecem a resposta antioxidante, reduzem a tradução de novas proteínas e inibem a apoptose. O perfil histológico do grupo PA foi semelhante ao grupo P exceto por apresentar diminuição do número de células, indicando redução das células inflamatórias no fígado. Esses resultados indicam que o açaí atua sobre diferentes mecanismos, sugerindo seu potencial terapêutico para amenizar os danos provocados pelo paracetamol.Item Ação direta da aldosterona em cardiomiócitos de rato.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Araújo, Carolina Morais; Isoldi, Mauro CésarMuitos estudos têm abordado a via conhecida como não genômica da aldosterona. Estes trabalhos mostram um grande número de atividades fisiológicas desse hormônio, que não envolvem o mecanismo clássico para receptores MR, no qual, ocorre a translocação do complexo hormônio-receptor ao núcleo. Ensaios realizados em culturas primárias de cardiomiócitos de ratos, na presença do inibidor do receptor MR, demonstraram aumento de AMPc e Ca2+ nas células tratadas com aldosterona quando comparados ao seus respectivos controles. O AMPc demonstrou ser modulado também pela presença do Ca2+ intracelular, uma vez que seus níveis decaíram em relação ao controle quando as células foram tratadas com BAPTA-AM (quelante de Ca2+ intracelular). O Ca+2 liberado nesta via provavelmente ativa uma adenilil ciclase sensível ao Ca2+ (AC1 é uma isoforma expressa conhecida nesta linhagem celular) elevando os níveis de AMPc. Os referidos dados também apontam para a ativação de PKC, que diretamente estaria fosforilando ERK5. Outros trabalhos existentes na literatura relataram essa possibilidade apontando como autora uma PKC do tipo ε. Ativação de ERK5 já foi descrita como um dos passos necessários para induzir a célula à hipertrofia. Tais resultados demonstram também, pela primeira vez, a participação da mAKAP no processo hipertrófico gerado pela aldosterona, assim como de um possível “cross talking” entre seus diferentes receptores.Item Ação do antioxidante tempol na hipertensão em ratos com resistência à insulina induzida por frutose e alimentados com dieta rica em sal.(2013) Amaral, Waleska Cláudia Dornas; Silva, Marcelo EustáquioA frutose é um açúcar altamente lipogênico que tem efeitos metabólicos drásticos no fígado e está associado a muitos componentes da síndrome metabólica. No entanto, não se sabe se a hiperinsulinemia desencadeada por frutose dietética, que sensibiliza a pressão sanguínea para a ingestão de sal, causa ou não hipertensão sustentada e se o estresse oxidativo contribui para a regulação da pressão arterial em tais condições. Assim, nesse estudo foi inicialmente avaliado o efeito da dieta com elevado teor de sal em ratos alimentados com suplementação de frutose na água e, em sequência, foi testado se radical superóxido contribui para a elevação da pressão sanguínea nesse modelo. Glicemia e trigliceridemia de jejum foram maiores em ratos alimentados com frutose do que em ratos controle, enquanto que o fígado também diferiu nesses animais, produzindo esteatose. Ratos alimentados com frutose sob dieta rica em sal, reduziram sensibilidade à insulina desenvolvendo hiperinsulinemia, o que levou a aumento dos níveis de sódio sérico. Somado a isso, observou-se peroxidação lipídica com diminuição do nível de defesas antioxidantes verificado pela menor atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e diminuição da razão glutationa reduzida/oxidada no fígado. Especificamente, tratamento com frutose não causou uma direta ação hipertensiva, enquanto sobrecarga de sal elevou significativamente pressão arterial sistólica. A magnitude da hipertensão foi associada ao consumo de sal. Porém, ratos tratados associadamente com alto teor de frutose e de sal, mesmo consumindo menos sal que o grupo tratado apenas com sal, apresentaram níveis pressóricos semelhantes de aumento de pressão, podendo-se atribuir um papel contributivo para a frutose na elevação da pressão arterial. Por outro lado, administração do antioxidante tempol, um mimético da superóxido dismutase que é a maior enzima envolvida na remoção do radical superóxido, preveniu o progressivo aumento da resposta pressórica encontrada para ratos alimentados com alto teor de frutose e sal relacionado à melhora de desordem metabólica. Dessa forma, pode-se considerar que o estresse oxidativo contribuiu para as alterações na pressão arterial sistêmica, indicando a participação do radical livre de oxigênio, superóxido, na manutenção da pressão sanguínea no modelo desenvolvido.Item Ação do bezafibrato, um agonista de PPAR-α, sobre a hipercolesterolemia induzida por dieta e excesso de ferro, em hamsteres.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Oliveira, Marcos Rodrigo de; Pedrosa, Maria LúciaO ferro é essencial para o metabolismo celular e respiração aeróbica por atuar como cofator de diversas proteínas. Entretanto, em concentração elevada pode levar à toxicidade celular e lesão oxidativa dos componentes celulares devido ao seu envolvimento na formação de radicais livres. O presente estudo foi delineado para avaliar os efeitos do bezafibrato sobre a homeostase de lipídios séricos e enzimas relacionadas às defesas antioxidantes e à função hepática em hamsteres hipercolesterolêmicos e com excesso de ferro. Quarenta e cinco Hamsteres Golden Syrian machos, foram divididos em cinco grupos com nove animais cada (de acordo com a dieta recebida, bezafibrato e injeções de ferro dextran intraperitoniais): grupo C recebeu dieta controle; grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante; grupo HFE recebeu dieta hipercolesterolemiante e injeções de ferro dextran (25 mg via intraperitoneal divididas em cinco doses); grupo HFI recebeu dieta hipercolesterolemiante mais bezafibrato na dieta (0,5%); grupo HFEFI recebeu dieta hipercolesterolemiante mais ferro dextran e bezafibrato na dieta. As injeções de ferro dextran foram administradas diariamente a partir do 28o dia de experimento, contendo 5mg de ferro na forma de dextran durante 5 dias. Os animais dos grupos HFI e HFEFI receberam o bezafibrato a partir do 42o dia de experimento. Após 60 dias de experimento os animais foram anestesiados e sacrificados, os parâmetros bioquímicos e estresse oxidativo foram determinados. Os resultados foram analisados pela ANOVA, análise univariada, complementada pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se que o ferro potencializou o efeito hipercolesterolêmico da dieta, uma vez que os animais dos grupos que receberam excesso de ferro apresentaram valores de colesterol 43% superiores aos demais grupos. O ferro interferiu no metabolismo do colesterol, elevando principalmente na fração HDL (em cerca de 217% do grupo H comparado ao grupo HFE) e o bezafibrato reverteu parcialmente os efeitos provocados pelo ferro. O bezafibrato provocou o aumento de cerca de 7 vezes na atividade da aspartato aminotransferase (AST) e na presença de ferro esse efeito foi reduzido. O excesso de ferro reduziu a atividade de paraoxonase (PON), quando o paraoxon foi utilizado como substrato (45,46 ± 6,75 e 37,99 ± 3,34 U/mL para os grupos H e HFE, respectivamente). O bezafibrato reduziu a atividade da PON, quando tanto o paraoxon quanto o fenilacetato foram usados como substratos e estes efeitos foram parcialmente revertidos pelo ferro. Os resultados do presente trabalho mostraram que, em hamsteres, o ferro interfere no metabolismo do colesterol, principalmente na fração HDL e essa interferência pode envolver, direta ou indiretamente, a via de sinalização de receptores ativados de proliferação dos peroxisomos α (PPAR-α), posto que o bezafibrato reverteu parcialmente os efeitos provocados pelo ferro.Item Uma adaptação da Cifra de Hill para estudo de matrizes.(2017) Brandão, Mariana Martins Durães; Oliveira, Edney Augusto Jesus de; Oliveira, Edney Augusto Jesus de; Pinto, Thiago Morais; Silva, Gheyza Ferreira daNeste trabalho serão apresentados alguns dos principais resultados matemáticos a respeito de Aritmética Modular, dando ênfase às relações de equivalência e classes residuais. É feito também um estudo sobre matrizes e suas propriedades operacionais; a função determinante é construída e apresentada como instrumento para o cálculo de matrizes inversas. Tais temas são abordados com o intuito de fundamentar os processos matemáticos aplicados para funcionamento da Cifra de Hill. Essa cifra é um dos métodos de criptografia apresentados neste texto e ao qual daremos destaque. Para finalizar, foi desenvolvida uma atividade voltada para turmas do Ensino Médio e baseada na Cifra de Hill, cujo principal objetivo é despertar o interesse dos alunos para o estudo de matrizes.Item Adenosine production via CD39/CD73 pathway promotes Leishmania amazonensis survival in macrophages.(2014) Bajracharya, Bijay; Afonso, Luís Carlos CroccoA leishmaniose cutânea (CL), causada por L. amazonensis, é caracterizada por uma intensa imuno- supressão e multiplicação descontrolada do parasito em modelos experimentais e é geralmente grave em humanos, variando desde a forma cutânea até a cutâneo-difusa. Não existem mecanismos precisos conhecidos sobre como L. amazonensis modula a resposta imunológica para que os macrófagos (MФ) infectados com L. amazonensis se tornem refratários à ativação por células T efetoras. Aqui, nós investigamos o possível mecanismo regulador que Leishmania provavelmente pode induzir em MФ residentes durante a interação precoce, de modo a impedir ativação das células. Neste estudo, analisou-se a expressão de CD39 e CD73, por citometria de fluxo, em MФ peritoneais murinos infectados com promastigotas metacíclicas de L. amazonensis e também a porcentagem dessas células que expressam a CD39 e CD73 foi avaliada. Nossos resultados mostraram que em 72hrs inativos os MФ tiveram baixa expressão de CD73. Curiosamente, no entanto, ao contrário de MФ tratados com LPS os infectados com L. amazonensis expressaram altos níveis de CD73. Esta informação foi posteriormente validada pelos resultados de estudos no contexto ex-vivo que mostrou igualmente que MФ infectados são predominantemente CD73+. Quando as atividades enzimáticas de CD39 e CD73 foram bloqueadas, tal como pelo uso de DIDS e MAD αβ, tanto a infecção quanto o número de amastigotas diminuiu significativamente após 48 horas de incubação. Da mesma forma, a inibição dos receptores de adenosina A2a e A2b de ZM241385 e MRS1754 também apresentou os mesmos efeitos sobre a sobrevivência do parasito e infectividade. Em estudo posterior, em busca de um possível papel da HIF- 1α na infecção por Leishmania, investigamos os efeitos da FM19G11, inibidor do HIF- 1α, na expressão de CD39 e CD73, bem como na infecção parasitária . Observou-se que, apesar de HIF - 1α poder influenciar na sobrevivência do parasito, os seus efeitos sobre a expressão de CD39 e CD73 não eram visíveis. Também foi avaliada, por PCR em tempo real, a expressão de receptores de adenosina em populações infectadas, nas quais não se observou nenhuma mudança significativa na expressão após 24 horas de infecção. Além disso, também foi avaliada a produção de citocinas, tais como TNF- α e IL-10 a partir da produção de NO nos grupos tratados. Surpreendentemente, não houve variação nos níveis destes mediadores, sugerindo a existência de outros mecanismos independentes da mediação por citocina para produção de Óxido Nítrico, tais como a produção de ROS ou efeitos leishmanacidas independentes do triptofano. Concluindo, nossos dados mostram que a infecção por L. amazonensis regula a expressão CD73 durante 24 horas de infecção e sua sobrevivência depende de atividades enzimáticas, bem como de receptores A2a e A2b.Item Adição de polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius) à dieta hipercolesterolemiante modifica a expressão de genes hepáticos do metabolismo de colesterol e o perfil de adipocinas séricas em ratos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Souza, Melina Oliveira de; Pedrosa, Maria LúciaO fruto do açaí (Euterpe oleracea Martius) ganhou popularidade no Brasil, Estados Unidos e outros países sendo considerado como um “superalimento”. Sua polpa vem sendo estudada em nosso e outros laboratórios, e suas atividades funcionais confirmadas. Visando ampliar o conhecimento sobre seus mecanismos de ação, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da polpa de açaí sobre fatores envolvidos na homeostase do colesterol hepático e sobre a concentração de adipocinas em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta. Ratos Fischer (fêmeas) foram divididos em quatro grupos de 8 animais de acordo com o tratamento recebido. O grupo C recebeu dieta padrão AIN-93M (4% óleo de soja), o grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol), o grupo CA recebeu a mesma dieta padrão suplementada com 2% da polpa de açaí e o grupo HA recebeu a mesma dieta hipercolesterolemiante suplementada com 2% da polpa de açaí. Ao final de cinquenta e seis dias, os animais foram anestesiados e o sangue foi coletado para a determinação do perfil lipídico e concentração de adipocinas. Após eutanásia, o fígado foi removido para determinação da expressão gênica. O grupo HA apresentou uma melhora significativa do perfil lipídico sérico, com redução do colesterol total, das lipoproteínas aterogênicas e do índice aterogênico, comparado os animais do grupo H. A polpa de açaí não afetou a expressão gênica da enzima CYP7A1 mas, por outro lado, promoveu um aumento significativo na expressão hepática dos genes dos transportadores ABCG5 e ABCG8 nos animais hipercolesterolêmicos. ABCG5 e ABCG8 formam um heterodímero funcional que promove a secreção hepatobiliar do colesterol. Além disso, o grupo HA apresentou aumento na expressão gênica hepática do receptor de LDL, proteína responsável pela captação da lipoproteína LDL plasmática, e na concentração de colesterol eliminado no conteúdo fecal. Com relação as adipocinas, a polpa de açaí reduziu os níveis séricos de leptina e aumentou o de adiponectina nos animais hipercolesterolêmicos. A concentração sérica de TNF- não apresentou diferença estatística entre os quatro grupos experimentais. Nossos resultados sugerem que o consumo da polpa de açaí melhora o perfil lipídico sérico de ratos hipercolesterolêmicos por modular a expressão de proteínas chaves do metabolismo hepático do colesterol e regula a concentração sérica de adipocinas, indicando ter este fruto um importante valor na prevenção das doenças cardiovasculares.Item Adição de resíduos agroindustriais pós-pirólise em misturas de carvões para a produção de coque metalúrgico.(2023) Campos, Alex Milton Albergaria; Assis, Paulo Santos; Silva, Guilherme Liziero Ruggio da; Assis, Paulo Santos; Assis, Carlos Frederico Campos de; Figueiró, Clarissa Gusmão; Silva, Guilherme Liziero Ruggio da; Murta, Jorge Luiz Brescia; Silva, Gilberto Henrique Tavares Álvares daEm usinas siderúrgicas integradas a coque, o carvão mineral tem papel fundamental principalmente na produção de coque metalúrgico, que é utilizado nos altos-fornos para produção do ferro gusa. O coque é produzido a partir de misturas carvões minerais com diferentes propriedades, formuladas para atender os requisitos operacionais do processo de coqueificação e a garantir a qualidade do ferro gusa produzido nos altos-fornos. Além disso, está mistura deve ter o menor custo possível uma vez que a maior parte do carvão metalúrgico utilizado no Brasil é importado, representando assim uma grande parcela do custo do aço. O grande desafio do setor é obter misturas de carvões que atendam a coqueria e produzam coque com alta qualidade e baixo custo. Outro desafio é relacionado as emissões de CO2. A siderurgia é responsável por cerca de 10% das emissões de CO2 no mundo e precisa rever seus processos e matérias-primas para se adequar à nova ordem ambiental do mundo. Uma das estratégias para a siderurgia, e particularmente coquerias, é a substituição de parte do carvão mineral utilizado por biomassa. Uma das fontes de biomassas são os rejeitos do agronegócio que são produzidos em grande quantidade e, como já foi provado por alguns autores, pode ser utilizado nos processos siderúrgicos. O Brasil é um grande produtor agrícola e, consequentemente, de biomassas. São produzidas cercas de 500 milhões de toneladas de rejeitos agrícolas na américa latina, sendo mais da metade no Brasil. Além disso, o Brasil tem uma importante participação na indústria siderúrgica (9o maior produtor em 2022), o que mostra que é possível aliar a produção de aço com o agronegócio tendo ganhos ambientais e econômicos. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo produzir e caracterizar o coque metalúrgico em escala piloto com diferentes proporções das biomassas, pós-pirolise, casca de café, casca de eucalipto, bagaço de cana e rejeitos do processamento do milho. Além disso, mostra uma revisão atualizada da literatura levantando as principais questões sobre o tema e uma análise da viabilidade técnica, econômica e ambiental do uso da biomassa nas misturas de carvões para a produção de coque metalúrgico. O estudo mostra que ao aumentar a proporção de biomassa no coque tem se uma diminuição do CSR, associado ao aumento da porosidade do coque devido a estrutura porosa intrínseca da biomassa. Por fim, será possível notar que o uso de 2% do resíduo de milho e da casca de eucalipto pode ser considera, uma vez que a queda da qualidade do coque não inviabiliza o seu uso.Item Administração intra-hipocampal de guanosina previne alterações comportamentais e fisiológicas em ratos Wistar submetidos ao modelo de estresse agudo por contenção.(2022) David, Camila Vieira Chagas; Almeida, Roberto Farina de; Almeida, Roberto Farina de; Oses, Jean Pierre; Menezes, Rodrigo Cunha Alvim deO transtorno depressivo maior (TDM) é considerado um grave problema de saúde pública, afetando, atualmente cerca de 322 milhões de pessoas no mundo. Evidências dos últimos anos têm associado o impacto desse transtorno sobre os processos estruturais e funcionais que ocorrem no encéfalo. Dentre as alterações amplamente citadas na literatura evidencia-se a diminuição de volume hipocampal, com significativa atrofia neuronal. Recentes estudos indicam que drogas capazes de modular a neurotransmissão glutamatérgica apresentam a capacidade de estimular fatores tróficos cerebrais e/ou vias de sinalização relacionadas com a síntese de proteínas (e como consequência ativar mecanismos de sinaptogênese e/ou neurogênese) e por conseguinte provocar um efeito antidepressivo. Neste contexto, sugere-se que a guanosina (GUO) um nucleosídeo pertencente ao sistema purinérgico, exerce suas ações através da modulação do sistema glutamatérgico. No presente estudo, demonstramos pela primeira vez que uma administração intra- hipocampal de GUO (5nmol) foi capaz de exercer um efeito profilático nas alterações induzidas pelo modelo de TDM do estresse agudo por contenção (ARS). Observamos que ratos Wistar submetidos ao modelo de depressão do ARS e tratados com solução salina (ARS/Sal) apresentaram um aumento da temperatura corporal máxima e da variação de temperatura corporal (temperatura pós-estresse menos a temperatura basal) seguido de um prejuízo na performance de reconhecimento de objetos de longa duração. Por outro lado, o tratamento com GUO intra-hipocampal preveniu a alteração da temperatura máxima e o prejuízo na memória de reconhecimento induzidos pelo ARS.Item Adsorção de cátions metálicos e oxiânions em solução aquosa usando novos materiais bifuncionalizados a partir da celulose e da quitosana.(2014) Almeida, Francine Tatiane Rezende de; Gil, Laurent FrédéricA poluição dos recursos hídricos principalmente por ações antropogênicas vem exigindo, cada vez mais, alternativas eficazes e de baixo custo para a adequação de determinado efluente às normas de descarte vigentes. Este trabalho descreve a síntese de dois materiais bifuncionalizados inéditos, a partir da celulose e da quitosana, para adsorção de cátions metálicos e oxiânions em solução aquosa, visando à aplicação na descontaminação de recursos hídricos e efluentes industriais. A celulose foi mercerizada, succinilada e, por fim, modificada com cloreto de colina, após a formação do anidrido interno utilizando anidrido acético para a obtenção do material bifuncionalizado CM3. Já a quitosana teve seus grupamentos amina metilados e posteriormente foi modificada com dianidrido do EDTA, formando o material Q2. Os adsorventes foram caracterizados por análise elementar (CHN), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), ressonância magnética nuclear de carbono 13 (RMN 13C) e ponto de carga zero (pHPCZ) . As capacidades de adsorção do material CM3 em relação ao cátion Cu(II) e ao oxiânion Cr(VI) e as capacidades de adsorção do material Q2 em relação aos cátions Co(II), Cu(II) e Ni(II) e ao oxiânion Cr(VI) foram avaliadas. A cinética e a isoterma de adsorção foram estudadas para cada sistema adsorvente-adsorvato. Os dados cinéticos obtidos experimentalmente foram modelados por regressão não linear empregando o modelo cinético de pseudo-ordem n e por regressão linear e não linear empregando os modelos de pseudoprimeira ordem e pseudossegunda ordem. Os dados experimentais referentes às isotermas foram modelados empregando as isotermas de Langmuir, de Freundlich e de Sips. Os resultados do modelamento mostraram que a regressão não linear foi mais adequada ao ajuste dos modelos supracitados aos dados experimentais e, também, para estimar os parâmetros de cada modelo. As capacidades de adsorção do material CM3 foram de 17,7mg/g para adsorção de Cu(II) e 61,7mg/g para adsorção de Cr(VI). As capacidades de adsorção do material Q2 foram 41,2mg/g para Co(II); 71,5mg/g para Cu(II); 42,5mg/g para Ni(II) e 98,3mg/g para Cr(VI).Item Adsorção de corantes catiônicos e aniônicos em solução aquosa usando novos materiais bi-funcionalizados a partir do bagaço de cana-de-açúcar.(2013) Souza, Nilda Kenupp; Gil, Laurent FrédéricEste estudo descreve a preparação de dois adsorventes a partir de bagaço de cana mercerizado e succinilado (B1). Ele foi reagido inicialmente usando anidrido acético (para produção de anidridos internos) e então reagido com trietilenotetramina para obtenção de B2. O adsorvente B3 foi produzido a partir da quaternização de B3. Os adsorventes foram caracterizados quanto à porcentagem de ganho de massa, por termogravimetria e análise térmica diferencial, análise elementar, ponto de carga zero e espectroscopia na região do infravermelho. A capacidade de bagaços de cana-de-açúcar modificados quimicamente foi avaliada em relação aos corantes Amarelo Ouro Remazol (AOR), Alaranjado II (AII) e Violeta Cristal (VC). A cinética e a isoterma da adsorção foram estudadas para sistemas mono e bicomponentes; e a aplicabilidade dos modelos cinéticos de Pseudoprimeira e de Pseudossegunda ordem; e os modelos de isoterma de Langmuir, de Freundlich, de Temkin e de Sips foram testados para esses sistemas. Os estudos monocomponentes com o bagaço modificado B2 apresentaram capacidades adsortivas de 305,1 mg/g (mmol/g) para AOR; 387,4 mg/g (mmol/g) para AII e 959,3 mg/g (mmol/g) para VC. Para estudos monocomponente empregando o bagaço modificado B3, a capacidade adsortiva foi de 398,4 mg/g (mmol/g) para AOR. No estudo bicomponente foram empregados AII e VC e as capacidades adsortivas foram de 367,7 (mmol/g) e 265,9 mg/g (mmol/g), respectivamente, totalizando mmol/g de corantes adsorvidos simultaneamente. As quantidades de corantes adsorvidas para ambos os adsorventes tanto nos estudos monocomponentes quanto nos bicomponentes são superiores a vários valores de adsorventes alternativos encontrados na literatura, mostrando a viabilidade desses bagaços modificados como adsorventes de corantes.Item Adsorção de diclofenaco, estradiol e sulfametoxazol em carvões ativados e nanotubos de carbono : estudos cinéticos e termodinâmicos.(2014) Tonucci, Marina Caldeira; Aquino, Sergio Francisco deNeste trabalho foram determinados os parâmetros cinéticos e termodinâmicos da adsorção de três fármacos (sulfametoxazol (SMX), diclofenaco (DCF) e estradiol (E2)) em três tipos de carvão ativado em pó (pinus, CAPI; mineral, CAPII; e casca de coco, CAPIII) e nanotubos de carbono (NTC). Os resultados indicaram que não houve a formação de NTC de boa qualidade e por consequência a adsorção em NTC foi desfavorável para os fármacos estudados, ao passo que o CAPI foi o melhor carvão dentre os testados, provavelmente porque é básico e apresenta diâmetro médio dos poros (12,09 Å) compatível com o tamanho (10 a 12 Å) dos fármacos testados. A adsorção dos três fármacos com CAPI se mostrou favorável, com energia livre de Gibs na faixa de -28 a -30 kJ.mol-1. Os ensaios de adsorção com CAPI conduzidos a 25 oC indicaram valores de capacidade máxima (QMAX) de 135,94; 259,63 e 73,83 mg.g-1 para SMX, DCF e E2, respectivamente. Langmuir foi o melhor modelo de equilíbrio para descrever a adsorção de SMX, sendo que para, DCF e E2, o modelo de Freundlich foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. Os dados indicam que, provavelmente, houve interação eletrostática entre o CAPI e os fármacos SMX e DCF, ao passo que para o E2 a adsorção ocorreu por fracas forças de van der Waals. Para os estudos cinéticos o modelo de pseudo-segunda ordem foi o que melhor se ajustou a todos os fármacos, com tempo de equilíbrio de 120 min. O estudo de competição adsortiva mostrou que a adsorção de E2 foi prejudicada pela presença do SMX e DCF, que, comparado aos estudos monocomponentes, foram adsorvidos em menor quantidade pelo CAPI, com valores de QMAX de apenas 16 e 14 mg.g-1, respectivamente.Item Adsorção de metais e corantes em celulose modificada com anidrido trimelítico.(2015) Teodoro, Filipe Simões; Gurgel, Leandro Vinícius Alves; Mageste, Aparecida Barbosa; Santos, Igor José Boggione; Gil, Laurent FrédéricA contaminação de corpos d’água por efluentes industriais é um problema ambiental crescente que necessita de atenção, não só frente à crise hídrica vivida pelo país, mas também, pela preservação deste bem para as próximas gerações. Dois poluentes importantes presentes nestes efluentes são os metais pesados e os corantes têxteis. Estes poluentes são tóxicos para várias formas de vida e não biodegradáveis, tendem a acumular-se em organismos causando várias doenças e desordens. Dessa forma a remoção destes poluentes dos efluentes industriais se mostra uma preocupação importante. A bioadsorção é um processo de tratamento de águas residuais que tem atraído considerável interesse recentemente na remoção deste tipo de contaminante. Neste trabalho foi preparado um adsorvente a partir da celulose para ser utilizado na remoção de metais tóxicos e corantes de soluções idealmente contaminadas em batelada. A celulose foi modificada quimicamente utilizando o anidrido trimelítico (AT), produzindo um material contendo funções ácido carboxílico em sua estrutura (CAT). A esterificação da celulose (C) foi investigada e otimizada considerando o efeito da quantidade de AT e o tempo de reação além da análise da porcentagem de ganho de massa (pgm) e do número de funções ácidas (nCOOH) introduzidas. As modificações na celulose foram avaliadas pelas técnicas de FTIR, TGA, RMN 13C, PCZ, MEV e análise elementar de C, H e N. Estudos de adsorção em batelada foram realizados empregando os metais cobalto (II), cobre(II) e níquel(II) e os corantes safranina-T e auramina-O. A CAT apresentou capacidade de adsorção máxima (Qmáx) de 0,960, 1,487 e 1,014 mmol.g-1 para Co+2, Cu+2 e Ni+2 e 3,743 e 5,175 mmol.g-1 para safranina-T e auramina-O, respectivamente. Foram avaliados a influência da dosagem de adsorvente, do pH, do tempo de contato e da concentração inicial de adsorvato. Para tentar descrever os sistemas de adsorção foram utilizados os modelos de isoterma de Langmuir, Freundlich, Sips, Redlich- Peterson, Hill-de Boer, Fowler-Guggenheim, um modelo para multicamadas e os modelos cinéticos de pseudo primeira e pseudo segunda ordem. Estudos de dessorção e re-adsorção mostraram a potencialidade de reutilização do adsorvente CAT. Os parâmetros termodinâmicos de adsorção ΔadsH° e ΔadsS° foram determinados com o auxílio da calorimetria de titulação isotérmica (ITC) que juntamente com a energia livre padrão ΔadsG° foram utilizados para discutir o mecanismo de adsorção de metais em CAT.Item Adsorção de metais pesados em solução aquosa e em drenagem ácida de mina utilizando bagaço de cana-de-açúcar modificado quimicamente.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Assis, Patrícia Aparecida de; Gil, Laurent FrédéricO tratamento de efluentes industriais tem sido rigorosamente fiscalizado pela legislação ambiental. Metais pesados são considerados contaminantes prejudiciais à saúde humana e geram preocupação às autoridades governamentais e ambientais. Existem diversos processos de tratamento para remoção de metais em soluções aquosas e efluentes como osmose reversa, troca iônica, precipitação, eletrodiálise, adsorção, entre outros. A adsorção tem sido amplamente estudada, principalmente novos materiais adsorventes de baixo custo. Neste trabalho, utiliza-se bagaço de cana-de-açúcar modificado com anidrido succínico e dianidrido de EDTA para remoção de Co2+ , Mn2+ e Ni 2+ em solução aquosa e em efluente de drenagem ácida de mina. Foram preparados quatro materiais, dois com anidrido succínico (BAS 1 e BAS 2) de granulometrias diferentes e outros dois modificados com dianidrido de EDTA (BDE 1 e BDE 2). Em solução aquosa, a capacidade de adsorção de metais ficou entre 1,18 e 1,51 mmol/g para o BAS 1; 0,79 e 1,76mmol/g para o BAS 2; 0,93 e 1,05mmol/g para o BDE 1 e 1,00 e 1,05mmol/g para o BDE 2. O material BDE apresentou melhor adsorção em pH baixo, sendo utilizado então para tratamento do efluente de DAM sem ajuste de pH. O efluente apresentou pH 2,72 e continha os seguintes íons metálicos Ca 2+ , Al 3+ , Fe 2+ , Mn2+ , Ni 2+ e Zn2+ cuja remoção foi, respectivamente, de 5-6%, 27-40%, 65-45%, 26-20%, 100-100% e 98-99%, utilizando os materiais BDE 1 e BDE 2. Os resultados mostram que os materiais podem ser utilizados para remoção de metais, principalmente cobalto, manganês e níquel em solução aquosa quanto alumínio, manganês e zinco em efluentes industriais.Item Adsorção dos corantes Auramina-O e Safranina-T em bagaço de cana carboxilado : estudos em sistemas mono- e bicomponente em batelada.(2017) Fideles, Renata Aparecida; Gurgel, Leandro Vinícius Alves; Gurgel, Leandro Vinícius Alves; Ferreira, Guilherme Max Dias; Gil, Laurent FrédéricAs indústrias têxteis são as grandes responsáveis pelo lançamento de efluentes contendo corantes em corpos d’água, os quais contribuem para o desequilíbrio ambiental, além de serem nocivos à saúde humana. Logo, faz-se necessário o estudo de métodos que sejam capazes de remover corantes de efluentes. Diante da busca por métodos de remoção de corantes, aqueles baseados em fontes renováveis têm despertado um grande interesse científico. Os materiais lignocelulósicos são alguns dos biomateriais mais estudados, os quais permitem introduzir em suas superfícies uma diversidade de grupos funcionais, obtendo-se materiais de baixo custo com elevada capacidade de adsorção em meio aquoso. Neste trabalho foi sintetizado, a partir do bagaço de cana-de-açúcar, um adsorvente para ser utilizado na remoção de corantes de soluções sinteticamente contaminadas, por processo de adsorção em batelada. A modificação química do bagaço de cana foi realizada utilizando o anidrido trimelítico (AT), sendo obtido um novo material contendo grupos carboxílicos introduzidos em sua estrutura (BAT). O material modificado foi caracterizado pelo ganho de massa, quantidade de grupos funcionais introduzidos no material (nCOOH) e ponto de carga zero (PCZ), além das técnicas de FTIR, MEV, EDX, BET e análise elementar de C, H e N. Para os estudos de adsorção em sistemas mono- e bicomponente, utilizaram-se os corantes básicos modelo Auramina-O (AO) e Safranina-T (ST). Foram avaliados no processo de adsorção a influência da dosagem de BAT, velocidade de rotação, pH da solução, tempo (cinética) e concentração inicial de AO e ST (isoterma). A adsorção foi estudada nos valores de pH 4,5 e 7,0. A capacidade de adsorção máxima (Qmáx) obtida em sistema monocomponente em valor de pH 4,5 para AO foi 0,985 mmol g-1 e em valor de pH 7,0 foi 1,119 mmol g-1, enquanto para ST em valor de pH 4,5 foi 0,660 mmol g-1 e em valor de pH 7,0 foi 1,322 mmol g-1. Em sistema bicomponente, em valor de pH 4,5, os valores de Qmáx foram 0,373 mmol g-1 para AO e 0,476 mmol g-1 para ST e em valor de pH 7,0 foram 0,752 mmol g-1 para AO e 1,160 mmol g-1 para ST. Os modelos de isoterma utilizados para avaliar os dados de equilíbrio em sistemas monocomponente foram o de Langmuir, Sips, Redlich-Peterson, Dubinin-Radushkevich, Hill-de Boer, Fowler-Guggenheim, enquanto a Teoria da Solução Adsorvida Real (RAST) foi usada para avaliar os dados de equilíbrio em sistemas bicomponente. Os modelos de cinética de pseudo primeira ordem, pseudo segunda ordem e Elovich foram utilizados para modelar os dados de cinética em sistemas monocomponente, enquanto o modelo de Corsel foi usado para modelar o sistema bicomponente. A afinidade dos sítios de adsorção pelos corantes foi analisada usando o modelo de Scatchard. As variações na entalpia de adsorção (ΔadsH°) foram medidas por meio da técnica da calorimetria de titulação isotérmica (ITC) para os sistemas monocomponente em valores de pH 4,5 e 7,0. Esses valores foram usados juntamente com os valores de variação na energia livre de adsorção (ΔadsG°) para se obter as variações na entropia de adsorção (ΔadsS°) para um melhor entendimento da interação entre os corantes AO e ST e BAT. Estudos de dessorção e re-adsorção foram realizados e o adsorvente BAT apresentou um grande potencial para ser empregado em mais de um ciclo de adsorção.Item Adsorção dos corantes têxteis vermelho BSB, vermelho trifix e azul marinho CLR com resíduo da fabricação de alumina.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Gomes, Betânia Latini; Carvalho, Cornélio de FreitasO setor têxtil tem contribuído largamente para a contaminação ambiental devido ao lançamento de efluentes altamente coloridos nos corpos d’água. A adsorção pode ser uma das alternativas para tratamento desse tipo de efluente. Neste trabalho buscou-se testar um resíduo gerado na fabricação da alumina (Al2O3) como adsorvente para remoção da cor dos efluentes têxteis. Tal resíduo é retido no filtro eletrostático, sendo que em algumas indústrias, geralmente é descartado junto à lama vermelha (principal resíduo da fabricação da alumina). Foram realizados também testes com carvão ativado comercial para fins de comparação. Os corantes selecionados para este estudo foram Vermelho Trifix, Vermelho BSB e Azul Marinho CLR, todos corantes reativos. Verificou-se através das análises via ICP – AES e por Fluorescência de Raios X que o rejeito é composto principalmente por alumínio e traços de outros metais. As análises por cromatografia a líquido com detector de DAD indicaram que o resíduo apresenta alguns tipos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA’s) em sua composição. No entanto, os ensaios de lixiviação e solubilização mostraram que o rejeito faz parte da classe de resíduos II B (não perigoso e inerte), portanto, é viável sua utilização como adsorvente no que tange à periculosidade. Foram determinados os comprimentos de onda de máxima absorção (λmáx) dos corantes, sendo 514nm para o Vermelho Trifix, 516nm para o Vermelho BSB e 578nm para o Azul Marinho CLR. A massa de adsorvente determinada para os ensaios de adsorção foi de 0,5g. Os tempos de equilíbrio estabelecidos para o Vermelho Trifix foi de 20 minutos, 60 minutos para o Azul Marinho CLR, 60 minutos para o Vermelho BSB quando utilizado carvão ativado e 30 minutos quanto utilizado o rejeito de alumina. Verificou-se que em meio ácido a eficiência de remoção dos corantes quando utilizado o rejeito como adsorvente foi mais elevada que em soluções neutras e básicas. O carvão ativado apresentou elevada eficiência de adsorção para todos os corantes, independentemente do pH da solução. Os dados de todos os ensaios se ajustaram bem apenas ao modelo de Langmuir. Os ensaios realizados com variação da temperatura indicaram que o processo de adsorção do corante Azul Marinho CLR é um fenômeno endotérmico. Para os demais corantes não foi possível concluir se o processo de adsorção é endotérmico ou exotérmico. As análises físico-químicas dos efluentes mostraram que todos os parâmetros analisados estão dentro dos limites estabelecidos pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH N.o 001/2008, com exceção do parâmetro cor. Nos ensaios de adsorção com os efluentes, o carvão ativado mostrou-se mais eficiente que o rejeito de alumina, no entanto, ambos obtiveram baixa eficiência de remoção quando comparado às eficiências obtidas nos testes com os corantes puros.