Navegando por Assunto "Alteridade"
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Item O diabo provavelmente : luto e cisão comunitária em A hora da estrela, de Clarice Lispector.(2013) Maciel, Emílio Carlos RoscoeLeitura de A hora da estrela, de Clarice Lispector, este ensaio analisa as fraturas políticas e retóricas que atravessam a trama do livro, tomando como ponto de partida as estratégias intrusivas e autodesqualificadoras de seu narrador.Item Diferença como abertura de mundos possíveis : aprendizagem e alteridade.(2014) Silva, Cíntia Vieira da; Kasper, Kátia MariaQuais as relações possíveis entre aprendizagem e diferença? Circula entre nós, por exemplo, a ideia – de resto, muito pertinente – de que é preciso aprender a conviver com as diferenças. Este artigo desloca esta discussão, colocando-se em uma perspectiva segundo a qual só se aprende por meio do contato, nem sempre apaziguado, com a diferença. Aprender envolve ser levado a diferir de si através do contato com o outro, tendo muito pouco (ou nada) a ver com a imitação de um modelo ou a aplicação de um método. Procuramos expor o conceito de ‘outrem’, elaborado por Deleuze nos textos “Causas e razões das ilhas desertas” e “Michel Tournier e o mundo sem outrem”. Percorremos também a recriação da história de Robinson Crusoé, Sexta-feira ou os limbos do pacífico, romance que é um dos intercessores na criação do conceito deleuziano de diferença.Item Direito e alteridade : a propósito do currículo e do ensino jurídico na formação dos bacharéis em Direito – um panorama da produção acadêmica sobre ensino jurídico e currículo do CONPEDI.(2016) Viana, Aline Nunes; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Santos, Erisvaldo Pereira dos; Bahia, Alexandre Gustavo Melo Franco de Moraes; Zanardi, Teodoro Adriano CiostaO presente trabalho constitui-se de uma investigação e uma análise sobre o ensino jurídico brasileiro e o currículo a partir do conceito de alteridade proposto por Emmanuel Lévinas e de Ecologia dos Saberes de Boaventura de Sousa Santos. Seu objetivo é verificar “em que medida o ensino jurídico brasileiro contribui para a formação dos bacharéis em direito, no que tange a alteridade. A pesquisa se dividiu em três partes diferentes, uma da apresentação das teorias curriculares que seriam referência no trabalho, explicitando os conceitos chave. Em seguida uma incursão histórica sobre o ensino jurídico e as diretrizes curriculares. Por fim, apresentam-se os dois estudos, um sobre o panorama dos artigos publicados sobre a área no Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito – CONPEDI e outro sobre a análise de IES da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH. Para atingir os objetivos a pesquisa se utilizou de metodologia quantitativa e qualitativa, e como método a análise documental e bibliográfica, esse levantamento se deu a partir de sites governamentais, artigos e livros que estudaram previamente o assunto. Além disso, apresentou a Constituição Federal de 1988 no tocante às garantias do direito social da educação e das legislações específicas que orientam as diretrizes curriculares em vigor. Os objetivos específicos tomam forma no capítulo e se resumem dessa maneira: o primeiro capítulo discorre sobre as teorias curriculares, centrado na discussão acerca das teorias curriculares, que desvencilham com a ideia de neutralidade de currículo e faz articulações de argumentos que questionam o ensino jurídico atual. Dentre as referências utilizadas para a discussão estão Apple (2006), Moreira (2007), e Santos (2007). Aborda-se, também, as diferentes diretrizes curriculares para o ensino jurídico, e as estruturas curriculares de cada contexto histórico. O segundo capítulo trata-se de um estudo, que pretende fazer uma revisão sistemática dos artigos publicados no CONPEDI. Um panorama da produção acadêmica sobre “ensino jurídico e currículo”. A revisão sistemática, “estado do conhecimento”, se deu através do levantamento e análise dos artigos publicados no Grupo de Trabalho “Ensino Jurídico e Metodologia da Pesquisa Aplicada ao Direito, do período entre 2006 a 2014. Entre as perguntas que nortearam o estudo, são algumas delas: as pesquisas nesse campo discutem e como o conceito de alteridade? Em que me medida se explicita, nessas pesquisas, se o ensino jurídico tem contribuído para a formação dos bacharéis em direito no tocante a alteridade? Já o último capítulo, se refere a realização de um dos objetivos específicos deste trabalho, qual seja analisar os currículos dos cursos de Direito da RMBH, a partir de suas disciplinas e ementas, que compõem a matriz curricular. O intuito é avaliar se há emergência e voz ao “outro”, nesses currículos. Entre os resultados obtidos, foi possível identificar que o currículo do ensino jurídico para formação do bacharel contribui pouco para a compreensão e a afirmação de um direito que considere a questão da alteridade. Em virtude de tratar de um campo de formação e atuação profissional constituído para garantir a proteção dos direitos patrimoniais, econômicos, em detrimento dos direitos sociais. Este pode ser o motivo pelo qual os artigos publicados nesse campo silenciam, em sua maioria, as questões da alteridade e da diferença deixando de problematizar questões étnicas raciais, do direito sob a perspectiva do feminismo e das minorias em geral.Item É preciso nomear Ricardo : jornalismo, história de vida e escrevivência.(2021) Tavares, Frederico de Mello Brandão; Porfírio, LucasPublicada no site BuzzFeed, em outubro de 2017, a reportagem “Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece”, do jornalista Chico Felitti recebeu cerca de um milhão de acessos em menos de 24 horas. O texto conta a história de vida de um “conhecido anônimo” do centro de São Paulo, cuja identidade se revela jornalisticamente nesse perfil ampliado que se tornou um conteúdo viral. A partir desse objeto, este artigo pergunta sobre uma “escrita ética” que perpassa e constitui o jornalismo e sua relação com o tempo presente, adotando duas questões de fundo conceitual-metodológico, costuradas uma à outra: 1. um olhar sobre mídia e alteridade; e 2. uma análise aplicada a partir do conceito de “escrevivência”. Problematiza-se como o relato jornalístico, encarado como potência tensionadora do mundo, permite encontros entre sujeitos “em narrativa” e funciona como espaço de inclusão e humanização.Item Entre a conservação (do eu) e a (sua) dispersão : tensões e transcendência em céu em fogo, de Mário de Sá-Carneiro, um exemplar das escritas modernas do eu.(2015) Amorim, Bernardo Nascimento deNa obra de Mário de Sá-Carneiro, identifico dois tipos de tensão que me parecem recorrentes, manifestando-se como centrais para a sua poética. O primeiro tipo seria composto pelos movimentos de ascensão e queda; o segundo apresentaria a oposição entre a conservação e a dispersão. Focalizando dois textos de Céu em fogo, ambos marcados pelo jogo ficcional com a escrita diarística, é esta última oposição que procuro aqui explorar, notando algumas de suas nuances e tendo em vista, em particular, a presença da ideia de transcendência, a qual, iluminando um certo trânsito para a alteridade, revelar-se-ia como elemento fundamental do modo como o autor pensa e escreve sobre a própria experiência subjetiva.Item Experimentar encontros e compartilhar sentidos : a escrita de si e do outro nas narrativas de jornalistas brasileiras.(2017) Barretos, Dayane do Carmo; Maia, Marta Regina; Maia, Marta Regina; Schwaab, Reges Toni; Tavares, Frederico de Mello BrandãoEste trabalho tem como objetivo a problematização da relação entre os sujeitos na prática jornalística contemporânea. Buscamos perscrutar essa relação nas narrativas jornalísticas, ao entendê-las como local de promoção de vínculos entre o sujeito narrador, os sujeitos com os quais o jornalista se relaciona durante a apuração, e o sujeito leitor. Desse modo, essa reflexão nos permite problematizar a dinâmica da prática jornalística, no que se refere à produção de reportagens, a partir das relações que são tecidas durante a investigação, na sua apropriação por meio da construção textual e na significação efetuada por meio da leitura. A fim de discutir esse compartilhamento no âmbito do jornalismo, analisamos os relatos sobre fazer o jornalístico e as obras jornalísticas mais recentes de quatro jornalistas brasileiras: Adriana Carranca, Daniela Arbex, Eliane Brum e Fabiana Moraes, com o intuito de encontrar vestígios dessa relação que nos permitissem apreender as formas como ela permeia a produção de narrativas. Promovemos uma discussão a partir da alteridade, com a intenção de refletir sobre o outro que habita a narrativa, além de um tensionamento do processo de escrita das autoras, revelador da dimensão do si que narra.Item Julgar-se livre e deparar-se com o outro : Grande Sertão: Veredas e a construção de uma identidade.(2022) Gama, Mônica Fernanda RodriguesEm Grande Sertão: Veredas, romance que oferece uma interpretação da formação do Brasil, Riobaldo discorre, entre tantos assuntos, sobre a pobreza, a doença e a retórica da modernização. A partir de uma sequência narrativa (do encontro com os catrumanos ao pacto com o diabo), analisa-se como Riobaldo surpreende-se na relação com o Outro. Ao deparar-se com a pobreza extrema, passar por um povoado devastado pela varíola e encontrar um fazendeiro que queria os jagunços como escravos, Riobaldo sente-se convocado a tornar- se pactário, o que coloca em questão a subjetividade e a ética na dinâmica envolvida na responsabilidade por outrem (Lévinas,1988).Item O tornar-se si mesmo como um exercício histórico e existencial em Kierkegaard : tempo, repetição e amor.(2020) Santos, Talita Leal; Rangel, Marcelo de Mello; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Rangel, Marcelo de Mello; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Solis, Dirce Eleonora Nigro; Pimenta Neto, Olímpio JoséO presente trabalho busca explorar os encadeamentos sobre a história desenvolvidos no pensamento do dinamarquês Søren Kierkegaard (1813- 1855). A análise aqui disposta busca compreender como os aspectos tempo, repetição e amor se relacionam no interior da tarefa existencial do tornar-se si mesmo. Como um ser disposto no mundo, nascido e formado por possibilidades, o indivíduo, para Kierkegaard, deve empreender uma busca constante por um sentido existencial. Esta tarefa, histórica e existencial, requer que o homem se envolva com passados e futuros a partir do cultivo de espaços de abertura e sensibilidade. Em sua dimensão ontológica, o tempo, como marca fundamental do homem, se constitui a partir de infinito e finito, possibilidade e necessidade. Ao tratar da repetição como re-apropriação, Kierkegaard formula uma reflexão sobre como diferentes subjetividades experenciam diferentes formas de repetição. Partindo de uma metodologia negativa, Kierkegaard suscita a reflexão sobre um tipo mais apropriado da repetição que requer do sujeito uma mobilização em torno de passados, presentes e futuros, a partir do cultivo de uma alteridade ressignificada no instante e no amor. Tal interioridade existencial, indispensável ao amor, requer ainda que o indivíduo se empenhe em direção a um próximo, um outro no espaço e/ou no tempo. A alteridade do amor, é tida, desse modo, como algo que nasce no interior de uma tensão entre o eu e o outro e que demanda uma experiência específica do tempo e da história. A partir de certa mobilização amorosa, a tarefa de tornar-se si mesmo encontra uma significação existencial capaz de mobilizar sentidos e possibilitar novos projetos, rumos e para a existência no e junto ao tempo, à temporalização ou mobilização do tempo.