Navegando por Assunto "Oxidação"
Agora exibindo 1 - 20 de 20
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Aplicação de espectroscopia de fotoelétrons ao estudo de processos de corrosão e oxidação de superfícies metálicas : Inconel 182, Fe/Cu(100) e U-Zr-Nb.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Mendonça, Renato de; Macedo, Waldemar Augusto de AlmeidaNeste trabalho é apresentado um estudo do processo de corrosão/oxidação de três sistemas constituídos de materiais metálicos por espectroscopia de fotoelétrons. No primeiro sistema foi investigada a corrosão do Inconel 182 em ambiente simulado de um reator de água pressurizada. Amostras com e sem tratamento químico superficial foram expostas ao ambiente simulado por um período de até 8 semanas. O óxido formado na superfície das amostras em diferentes condições foi caracterizado por microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de fotoelétrons excitados com raios X (X-Ray Photoelectron Spectroscopy - XPS). As comparações entre os resultados obtidos para os filmes de óxidos formados nas amostras tratadas e não tratadas apontaram diferenças, sendo as principais, o crescimento de uma camada de óxido menos espessa, e relativamente rica em Cr na amostra tratada quimicamente. No segundo sistema foi estudada a oxidação inicial em temperatura ambiente de filmes epitaxiais de Fe cfc e de Fe ccc crescidos sobre Cu (100). Os filmes foram depositados em duas diferentes espessuras para se obter as superfícies cfc Fe (100) e ccc Fe (110). Os resultados, obtidos utilizando espectroscopia de fotoemissão na linha TEMPO do Syncronton de Soleil, mostraram a formação de distintos filmes de óxido. As superfícies também apresentaram diferentes cinéticas de oxidação e a superfície ccc Fe (110) mostrou maior reatividade. A análise dos dados sugeriu a formação de Fe1-xO e Fe3O4 na superfície ccc Fe (110) e Fe1-xO na superfície cfc Fe (100). No último sistema foi investigada a oxidação inicial de ligas U-Zr-Nb em temperatura ambiente. Para isto, as ligas foram expostas a oxigênio em atmosfera de ultra alto vácuo. A análise do pico U 4f mostrou a rápida formação de UO2 na superfície, e uma similar cinética de oxidação entre o U e as ligas U-Zr-Nb. Os elementos de liga apresentaram lenta oxidação, e vários compostos foram observados na análise dos espectros Zr 3d e Nb 3d. O pico Zr 3d sugeriu a formação ZrO2, ao passo que o pico Nb 3d apresentou um aumento significativo na sua largura, apontando a necessidade de um ajuste que sugeriu a formação de NbO, NbO2 e Nb2O5 após os diferentes ciclos de exposição.Item Associação de métodos espectrofotométricos e eletroanalítico para avaliação do potencial antioxidante de isobenzofuran-1(3H)-onas sobre culturas primárias de neurônios hipocampais.(2020) Teixeira, Aniely dos Reis; Nogueira, Katiane de Oliveira Pinto Coelho; Oliveira, Laser Antônio Machado de; Nogueira, Katiane de Oliveira Pinto Coelho; Santos, Orlando David Henrique dos; Sartori, Sirlene Souza RodriguesO sistema nervoso central, principal sistema de regulação das atividades fisiológicas, pode ser fortemente acometido por processos patológicos gerados pelo desequilíbrio redox que culminam no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Dentre essas, a mais prevalente, a doença de Alzheimer, acomete um grande número de pessoas impactando fortemente nos recursos públicos destinados à saúde. O desequilíbrio redox gera acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs), que interferem diretamente na viabilidade das células nervosas. Estudos do nosso grupo de pesquisa mostraram que uma classe de compostos conhecidos como isobenzofuran-1-(3H)-onas (F12) apresentam ação antioxidante capaz de reduzir os danos ocasionados pelo desequilíbrio redox induzido. Neste trabalho avaliamos o efeito antioxidante de isobenzofuran-1-(3H)-onas sintéticas estruturalmente semelhantes (F15 e F16) sobre culturas primárias de neurônios do hipocampo obtidos de embriões E17 de camundongos C57BL/6, assim como seus potenciais de oxidação através da voltametria cíclica (VC). Para isto as culturas foram pré-tratadas com diferentes concentrações de isobenzofuran-1-(3H)-onas e submetidas ao desequilíbrio redox utilizando o peróxido de hidrogênio. Após a indução foram realizados ensaios de viabilidade celular, mensuração de EROs e peroxidação lipídica das membranas para avaliar a ação dos compostos sobre a cultura primária de neurônios hipocampais. De forma a complementar e confirmar os ensaios espectrofotométricos foi realizada a VC, método eletroanalítico para determinação do potencial de oxidação (Eo) e consequentemente a capacidade antioxidante. O composto F15 foi capaz de reduzir as EROs e os danos causados aos lipídeos da membrana. Os resultados dos ensaios espectrofotométricos foram corroborados pela VC que permitiram caracterizar o composto F15 como potencial antioxidante. Assim, outros estudos devem ser realizados para melhor caracterizar a ação antioxidante desses compostos e torná-los possíveis candidatos a fármacos para uso na terapia de doenças neurodegenerativas.Item Bio-oxidação de sulfetos de arsênio e antimônio por Sulfobacillus thermosufidooxidans.(2016) Silva, Suzimara Reis da; Leão, Versiane Albis; Teixeira, Mônica Cristina; Barbosa, Leonardo de Paiva; Rodrigues, Michael Leonardo MarquesOs sulfetos como a pirita (FeS2) e a arsenopirita (FeAsS), são constituintes frequentes em minérios auríferos. Usualmente, o ouro não é acessível pelo cianeto nesses sulfetos, o que exige a realização de uma etapa de pré-tratamento, antes da extração do metal de interesse (Au e Ag) por meio da cianetação. Dentre os pré-tratamentos de minérios refratários de ouro inclui-se a bio-oxidação, a qual é caracterizada pelo emprego de micro-organismos capazes de oxidar os sulfetos minerais e, assim, expondo o ouro retido na estrutura cristalina dos minerais para posterior lixiviação. O uso de temperaturas mais elevadas pode resultar numa cinética mais rápida de bio-oxidação. Dessa forma, a presente dissertação estudou a bio-oxidação de amostras de um concentrado sulfetado de flotação (10,58% Fe; 1,88 % As; 3,16% Sb e 11,85% S) por Sulfobacillus thermosulfidooxidans, uma bactéria termófila moderada. Foram avaliados os efeitos da concentração inicial de Fe2+ (em g/L: 0,0; 2,5; 5,0 e 10,0), pH da suspensão (1,50, 1,75 e 2,00) e percentual de sólidos (em % (m/v): 1,50; 2,25 e 3,00) na bio-oxidação do concentrado. Os ensaios de bio-oxidação foram realizados em shaker termostatizado, a uma temperatura de 47°C e sob agitação de 150min-1. A eficiência da bio-oxidação foi avaliada através do acompanhamento da extração de arsênio e análise dos resíduos de bio-oxidação por meio das técnicas de DRX e MEV/EDS. O processo de bio-oxidação mediado pela espécie Sulfobacillus thermosulfidooxidans foi mais eficiente quando comparado à lixiviação química pelo oxigênio em solução (ensaios controle). A bio-oxidação foi caracterizada pela precipitação de ferro, arsênio e antimônio (principalmente nos ensaios conduzidos com 10g/L de Fe2+ e pH 2,0). Foi constatado que no ensaio da influência da concentração inicial de Fe2+ os valores finais de extração de arsênio foram iguais a 15,56% (0,0g/L Fe2+), 25,42% (2,5g/L Fe2+), 36,56% (5,0g/L Fe2+) e 46,78% (10,0g/L Fe2+). Diante destes resultados, foi possível inferir que a suplementação de Fe2+, na forma de FeSO4.7H2O, se faz necessária para a eficiência da oxidação da amostra. No estudo da influencia do pH, a maior solubilização de arsênio foi constatada em pH 1,75. Os valores de extração final de arsênio no estudo da influência do percentual de sólidos sobre a bio-oxidação do concentrado foram: 46,21% (1,50% de sólidos), 37,80% (2,25% de sólidos) e 32,80% (3,00% de sólidos). A redução nos valores de extração com o aumento da concentração de sólidos parece estar relacionada com a necessidade de um tempo maior de reação, uma vez que não foi evidenciado prejuízos ao crescimento microbiano. As análises dos resíduos de bio-oxidação através das técnicas de DRX e MEV/EDS confirmaram o efeito catalítico dos micro-organismos na oxidação dos sulfetos em relação à lixiviação química pelo oxigênio dissolvido em solução. Diante disso, verifica-se o uso potencial da espécie Sulfobacillus thermosulfidooxidans na bio-oxidação de minérios refratários de ouro em temperatura mais elevada.Item Catalisadores baseados em óxidos e oxidróxidos de Fe modificados com Nb : obtenção de azoxibenzeno via oxidação de anilina em fase líquida.(2019) Lima, André Luiz Dias; Silva, Adilson Cândido da; Fajardo, Humberto Vieira; Oliveira, Luiz Carlos Alves de; Nogueira, André Esteves; Silva, Adilson Cândido daNesse trabalho a oxidação parcial de anilina em fase líquida foi estudada utilizando catalisadores baseados em óxidos ou oxihidróxidos de ferro modificados com diferentes teores de nióbio. Os materiais sintetizados foram caracterizados por diversas técnicas de caracterização como, difração de raios-x (DRX), isotermas de adsorção/dessorção de N2 (BET), redução a temperatura programada (TPR), microscopia eletrônica de transmissão (MET), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios-x (XPS). A atividade catalítica dos materiais foi avaliada em reações de conversão de anilina. Os dados de DRX confirmam que as fases -FeOOH e -Fe2O3 desejadas foram obtidas e através do refinamento de Rietveld sugeriu-se uma substituição isomórfica de Fe3+ por Nb5+ na estrutura do óxido ou oxihidróxido. Os dados catalíticos mostraram que a presença do Nb é essencial para se obter um catalisador mais ativo para obtenção do azoxibenzeno de maneira seletiva. As hematitas em particular têm essa atividade realçada pelo tratamento prévio com peróxido de hidrogênio (H2O2 ‒ 35%), que fez com que o tempo de reação para conversão total do substrato fosse reduzido de 24 horas para 3 horas. Para os catalisadores baseados em - FeOOH puro, sem a presença de Nb, a conversão alcançada foi de 60,6% do substrato com seletividade a azoxibenzeno de 72%, enquanto que o material contendo 10% em massa de Nb converteu o substrato de maneira completa com seletividade à azoxibenzeno de 70% após 24h de reação. Para a hematita, -Fe2O3, contendo 0% em massa de Nb a conversão do substrato foi de 76,5% e seletividade a azoxibenzeno foi de 33,7%, ao mesmo tempo que para o material contendo 10% de Nb e tratado previamente com H2O2 ‒ 35%, a conversão foi de 100,0% e seletividade a azoxibenzeno foi de 80,5%. Esses resultados mostram que esses catalisadores se mostram ativos para esse tipo de reação e externam a importância da incorporação do Nb5+ para conversão da anilina ao produto de interesse azoxibenzeno. Além disso, os dados sugerem que há um efeito sinérgico entre o peróxido de hidrogênio e o Nb nos catalisadores que auxiliam na interpretação dos resultados.Item Desenvolvimento de catalisadores nanoestruturados para obtenção de produtos de interesse comercial via processos de oxidação do tioanisol em fase líquida.(2022) Teixeira, Moisés Paulo; Fajardo, Humberto Vieira; Fajardo, Humberto Vieira; Ramalho, Teodorico de Castro; Silva, Anderson Gabriel Marques da; Carreño, Neftalí Lenin Villarreal; Silva, Adilson Cândido daA catálise está presente em pelo menos uma das etapas da maioria dos processos industriais. A literatura científica está repleta de estudos que envolvem o desenvolvimento de materiais para aplicações catalíticas, buscando obtê-los com custo reduzido, que sejam ativos, seletivos, estáveis frente às reações catalisadas e de preferência ambientalmente amigáveis. Com os avanços da pesquisa, é possível produzir materiais nanoestruturados de diversas morfologias. Estes materiais têm demonstrado maiores atividades catalíticas em comparação com os sólidos estendidos. O objetivo desse projeto é desenvolver catalisadores heterogêneos em escala nanométrica, sintetizados por diferentes rotas, visando a aplicação na reação de oxidação do tioanisol, em fase líquida, para obtenção de produtos de interesse industrial. Foram preparados, como catalisadores, nanofios de CeO2 e nanofios de CeO2 decorados com nanopartículas de ouro (Au-CeO2#nw), além de materiais análogos obtidos a partir do CeO2 comercial. Utilizou- se o método hidrotérmico para a preparação dos materiais. Observou-se que os nanofios de Au- CeO2, apresentaram desempenhos catalíticos significativamente melhores comparativamente aos demais catalisadores. Pôde ser alcançada conversão de até 90% sobre esse catalisador, com 100% de seletividade para metil fenil sulfóxido. Preparou-se, também, catalisadores à base de titanato de estrôncio (STO) e titanato de estrôncio recoberto com óxido de nióbio (STO/Nb2O5) por dois métodos: método Pechini e método hidrotérmico assistido por micro-ondas (MHAM). O catalisador STO/Nb2O5 demonstrou maior atividade catalítica para essas reações quando comparado ao STO puro, alcançando 100% de conversão do reagente e 100% de seletividade para metil fenil sulfona. Por fim, foram preparados catalisadores de sílica sintética (SiO2), sílica dopada com 5% de nióbio (Nb5%SiO2) e sílica dopada com 10% de nióbio (Nb10%SiO2). Os catalisadores com nióbio foram obtidos a partir da impregnação da SiO2 com uma solução de oxalato amoniacal de nióbio. A presença do nióbio na matriz impulsionou a atividade catalítica, atingindo-se 88% de conversão sobre o catalisador (Nb10%SiO2). De um modo geral, os catalisadores preparados durante essa pesquisa demonstraram desempenhos equiparáveis e, em alguns casos, superiores àqueles apresentados por catalisadores relatados na literatura. Cabe ressaltar também que os resultados obtidos nesse estudo, através da utilização de catalisadores heterogêneos associados a um agente oxidante ambientalmente amigável, como o peróxido de hidrogênio, em condições reacionais relativamente brandas, podem se tornar economicamente atrativos, satisfazendo os ideais da química verde.Item Desenvolvimento de metodologia para avaliação da tendência à reoxidação de pelotas de minério de ferro reduzidas em processo de redução direta a gás.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Penna, Renata Gonçalves; Araújo, Fernando Gabriel da SilvaDentre os processos alternativos de redução de óxido de ferro para a produção de gusa / aço, o de maior utilização atualmente é a redução a gás pela tecnologia Midrex. O produto pode ser o ferro esponja ou DRI (direct reduced iron), composto principalmente de ferro metálico e óxido de ferro, mais alguns contaminantes, ou HBI que é o DRI prensado na forma de briquetes. O DRI apresenta tendência de reoxidação em atmosfera ambiente, principalmente na presença de umidade. As reações são termodinamicamente favorecidas e geram uma grande quantidade de calor, o qual não é eficientemente dissipado em função da forma de empilhamento e da baixa condutividade térmica do material. Com isto, outras reações passam a ser favorecidas termodinâmica e cineticamente, podendo gerar um processo autocatalítico que somente cessa após a completa oxidação do produto. Devido a este fenômeno, vários acidentes já ocorreram em todo o mundo durante o manuseio, transporte e estocagem do DRI. Nos últimos anos, a experiência industrial mostrou que diferentes pelotas têm maior ou menor tendência a gerar DRIs mais reativos. No entanto, testes normalizados em laboratório não apresentam poder discriminatório para prever o caráter pirofórico dos DRIs provenientes das diferentes pelotas de redução direta. Neste estudo propõe-se a realização de um programa de trabalho buscando avaliar a influência de algumas condições do ensaio em laboratório sobre a degradação ou geração de finos e reoxidação destes finos. Com o objetivo de suportar as análises e entender os fenômenos envolvidos, foram realizadas análises de termogravimetria (TGA/DSC) e desintegração dinâmica ISO 11257 “modificada” em amostras de pelotas industriais reconhecidamente com desempenhos distintos reduzidas em laboratório. Os ensaios de termobalança foram realizados pelo Centro de Tecnologia de Ferrosos da Vale, em MG, e os de desintegração sob redução pelo Laboratório da Pelotização, em Vitória, ES. Ao final do estudo é apresentada uma metodologia que consegue distinguir diferentes pelotas de minério de ferro utilizadas na redução direta Midrex quanto a sua tendência à geração de finos e também sua reatividade, a qual pode levar às reações de reoxidação do DRI produzido.Item Determinação experimental das difusividades do oxigênio, do cromo e do ferro em filmes de óxidos e verificação da sua relação com a oxidação de uma liga modelo Fe-15%Cr.(2016) Souza, João Nepomuceno Veiga de; Sabioni, Antônio Claret Soares; Ji, Vincent; Sandim, Hugo Ricardo Zschomler; Soares, Demétrio Arthur Werner; Ferraz, Wilmar BarbosaNeste trabalho, foram medidas as difusividades do oxigênio, do cromo e do ferro em filmes de óxidos formados por oxidação térmica na superfície de uma liga modelo Fe-15%Cr entre 750 e 900ºC, em atmosfera de ar sintético. Os experimentos de difusão do oxigênio foram realizados em forno tubular na faixa de temperatura entre 750 e 900ºC pelo método da troca isotópica, utilizando-se o isótopo 18O como traçador do oxigênio, numa atmosfera de 18 2 Ar + 21% O . Os experimentos de difusão do cromo, entre 750 e 900ºC, e do ferro, entre 750 e 850ºC, foram realizados utilizando-se, respectivamente, o 54Cr e o 57Fe , como traçadores do cromo e do ferro, que foram depositados na superfície da amostra, por evaporação, utilizando um feixe de elétrons sob vácuo. Após os tratamentos térmicos de difusão, os perfis de difusão dos traçadores 18O , 54Cr e do 57Fe foram estabelecidos por Espectrometria de Massa de Íons Secundários (SIMS) e os coeficientes de difusão efetivos foram determinados utilizando soluções apropriadas da segunda lei de Fick. Os valores dos coeficientes de difusão em volume e em contornos de grãos foram determinados utilizando-se a equação de Le Claire para cinética de difusão intergranular do tipo B e a equação de Hart. Os resultados mostram que as difusividades do oxigênio, em volume, efetivas e em contornos de grãos são mais baixas do que as correspondentes difusividades do cromo e do ferro, enquanto que as difusividades do ferro são maiores do que as do cromo. Os coeficientes de difusão em contornos de grãos, do oxigênio, do cromo e do ferro, são de 104 a 105 ordens de magnitude maiores do que os correspondentes em volume, mostrando que os contornos de grãos são vias rápidas para a difusão desses elementos em filmes de óxidos formados sobre a liga Fe-15%Cr. Como conseqüência, a taxa de oxidação da liga é controlada, principalmente, pela difusão em contornos de grãos. As constantes de oxidação parabólicas foram calculadas pela Teoria de Wagner utilizando-se os coeficientes de difusão do cromo e do oxigênio medidas neste trabalho e os resultados são próximos aos obtidos experimentalmente num trabalho prévio, assumindo que a difusão ocorre em regime extrínseco. A comparação dessas constantes de oxidação mostra que a difusividade do cromo é mais importante que a do oxigênio, sendo alta o suficiente para manter a taxa de oxidação da liga.Item Efeito da temperatura sobre o comportamento mecânico e oxidação do aço inoxidável ferrítico UNS S41003 (410D).(2021) Arruda, Amanda Aparecida Fatima; Faria, Geraldo Lúcio de; Queiroz, Rhelman Rossano Urzedo; Faria, Geraldo Lúcio de; Oliveira, Tarcísio Reis de; Godefroid, Leonardo Barbosa; Queiroz, Rhelman Rossano UrzedoO aço inoxidável do tipo UNS S41003 é comumente denominado no Brasil de 410D e no mundo de 3Cr12. O aço 410D tem sido manufaturado no país a um tempo relativamente curto, e o grande interesse atual no mesmo é devido à possibilidade de utilizá-lo como substituto de aços comuns em aplicações que exijam melhor desempenho em ambientes corrosivos. A sua composição química relativamente simples torna o o aço 410D uma alternativa economicamente viável para utilizar aços inoxidáveis em setores da indústria brasileira que antes utilizavam apenas produtos fabricados a partir de aço carbono. Nesse contexto, e considerando que existem poucos trabalhos disponíveis na literatura que tenham investigado o desempenho mecânico e a oxidação desse aço em condições que simulem diferentes cenários de aplicação, o presente trabalho avaliou o efeito da temperatura sobre o comportamento em tração, impacto e fluência (Sag Test), além da oxidação e do desempenho em desgaste do aço inoxidável ferrítico 410D. Os principais resultados obtidos mostraram que há uma significativa diminuição nos indicadores de resistência mecânica com o aumento da temperatura. Entretanto, mesmo a 300°C as especificações de limites de escoamento e de resistência ainda são atendidas. Nessa temperatura, o fenômeno de envelhecimento dinâmico foi responsável por limitar a capacidade de deformação do aço. Mostrou-se que a faixa de temperatura de transição dúctilfrágil do material estudado é de -65°C a -80°C. Destaca-se ainda que na temperatura de 600°C o aço foisusceptível à fragilização ao azul. Por meio dos ensaios de fluência Sag Test, mostrouse que o aço é sensível ao aumento da temperatura e do tempo de exposição a tratamentos isotérmios, sendo a flecha máxima de fluência, obtida a 1000°C por um intervalo de tempo de 100h, de 7,2mm. Este trabalho mostrou que existe um potencial para se desenvolver uma tecnologia de tratamento térmico aplicável ao aço 410D onde a combinação de microestrutura martensítica e formação de filme superficial de óxidos possa ser utilizada com o objetivo de melhorar o seu desempenho em desgaste.Item Estudo da oxidação de ligas Fe-Cr a altas temperaturas.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Carneiro, Jussara Fernandes; Sabioni, Antônio Claret SoaresLigas Fe/Cr elaboradas no Max-Planck Institute fuer Eisenforschung foram submetidas a tratamento de oxidação isotérmica, em atmosfera de ar sintético na faixa de temperaturas de 700°C a 850°C. Os filmes de óxidos formados foram caracterizados microestruturalmente por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e, quimicamente, por espectroscopia dispersiva de energia (EDS), difração de raios X com ângulo de incidência rasante (DRX) e espectrometria de massa de íons secundários (SIMS). Para a liga Fe-1,5%Cr oxidada durante 2 horas, a 700°C, a cinética de oxidação obedece a uma lei aproximadamente parabólica. No entanto, a liga Fe-5,0%Cr oxidada durante 5 horas, a 700°C, a cinética de oxidação obedece à lei parabólica. Em ambas as ligas, nas condições estudadas, os filmes de óxido formados são espessos, porosos e compostos majoritariamente por hematita. Para a liga Fe-10%Cr, a cinética de oxidação apresenta algum desvio da lei parabólica nas temperaturas de 750°C e 800°C, e a 850°C a cinética de oxidação apresenta claramente dois estágios distintos. Os filmes de óxidos apresentam-se íntegros apenas em temperaturas inferiores a 850°C. Por outro lado, a liga Fe-15%Cr apresenta somente um comportamento de oxidação em toda a faixa de temperatura utilizada. Os filmes de óxido formados sobre as ligas Fe-10%Cr e Fe-15%Cr são constituídos majoritariamente por óxido de cromo, exceto para a liga Fe-10%Cr oxidada a 850°C. Para esta liga, nesta condição de oxidação, a difração de raios X com ângulo de incidência rasante indica a presença majoritária da fase hematita. Análise da distribuição dos elementos obtida por SIMS através do filme de óxido formado pela oxidação das ligas Fe-5,0%Cr, Fe-10%Cr e Fe-15%Cr indica que o ferro é majoritário sobre a liga Fe-5,0%Cr e o cromo é majoritário sobre as ligas Fe-10%Cr e Fe-15%Cr, o que está de acordo com os resultados obtidos por difração de raios X com ângulo de incidência rasante. As ligas Fe-1,5%Cr e Fe-5,0%Cr apresentam taxas de oxidação similares à 700°C, em ar, que são cerca de cinco ordens de grandeza maiores do que as taxas de oxidação das ligas Fe-10%Cr e Fe-15%Cr. Análise comparativa das ligas mais resistentes à oxidação, Fe-10%Cr e Fe-15%Cr, entre 700°C e 850°C, mostra que as taxas de oxidação dessas ligas são comparáveis até 800°C, acima desta temperatura a liga Fe-10%Cr apresenta menor resistência a oxidação e ocorre em dois estágios, sendo que a taxa de oxidação do segundo estágio é uma ordem de grandeza maior do que a do primeiro. Portanto, as ligas Fe-1,5%Cr e Fe-5,0%Cr não apresentam resistência à oxidação nas condições experimentais utilizadas. A liga Fe-10%Cr apresenta resistência à oxidação apenas em temperaturas inferiores a 850°C. Por outro lado, para a liga Fe-15%Cr a resistência à oxidação é satisfatória em toda a faixa de temperatura utilizada neste trabalho, sendo similar, a 850°C, a do aço inoxidável austenítico AISI 304 e intermediaria a dos aços inoxidáveis ferríticos AISI 444 e AISI 439.Item Estudo da oxidação em alta temperatura dos aços inoxidáveis ferríticos AISI 430A e AISI 430E em ar.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Pardini, Andréa Cristina Pereira; Sabioni, Antônio Claret SoaresNeste trabalho foi feito o estudo da cinética de oxidação a altas temperaturas dos aços inoxidáveis AISI 430A e AISI 430E em atmosfera de ar seco. Estes aços são ferríticos a temperatura ambiente, o que difere o aço AISI 430A do aço AISI 430E é a presença do nióbio neste último, o qual garante uma estrutura completamente ferrítica ao aço 430E em todas as temperaturas. O aço 430A apresenta transição de fase ferrita→austenita em temperaturas acima de 860ºC. Amostras destes aços foram oxidadas por 50h e por curtos períodos (5 a 40min). Foi verificado tanto para longos quanto para curtos tempos de oxidação que a cinética de oxidação obedece a uma lei parabólica. O aço AISI 430E apresentou maior resistência à oxidação. Nos ensaios realizados em tempos longos, o aço AISI 430E apresentou somente um comportamento de oxidação em temperaturas até 1050ºC enquanto o aço AISI 430A apresentou somente um comportamento de oxidação apenas na temperatura de 850ºC. Em todas as superfícies analisadas constatou-se a presença majoritária de óxido de cromo, foi constatada também a presença de espinélio Cr/Mn.Item Estudo experimental da difusão do níquel no Cr2O3 por espectrometria de massa de íons secundários.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Souza, João Nepomuceno Veiga de; Sabioni, Antônio Claret SoaresMuitas ligas industriais, que são submetidas a altas temperaturas, contêm o elemento cromo, que oxida preferencialmente formando um filme muito aderente de Cr2O3 que age como uma barreira de proteção contra a corrosão das ligas em meio oxidante. Exemplo dessas ligas são os aços inoxidáveis e outras ligas contendo cromo e níquel. A interpretação dos mecanismos de formação e crescimento desse filme de Cr2O3 requer o conhecimento dos processos difusionais que ocorrem nesse material. Além das difusividades do oxigênio e do cromo, devem ser também conhecidas as difusividades dos demais elementos componentes das ligas metálicas, tais como o Fe, Mn, Ni e outros. Esses elementos se difundem através do filme de Cr2O3 afetando suas propriedades, podendo ainda, em determinadas ligas, dar origem à formação de outras fases, seja no interior do filme, seja na superfície exterior do óxido. Neste trabalho, determinamos experimentalmente a difusão do Ni no Cr2O3 sintético monocristalino e policristalino. No Cr2O3 monocristalino, o estudo da difusividade foi realizado em volume, enquanto que no Cr2O3 policristalino estes estudos foram realizados tanto em volume como em contornos de grãos. Um filme de níquel com cerca de 35nm de espessura foi depositado sobre a superfície devidamente preparada das amostras de Cr2O3. Os ensaios de difusão foram realizados à temperaturas entre 900 e 1100°C, sob uma pressão parcial de oxigênio de 10Pa. Os perfis de difusão do níquel foram determinados por espectrometria de massa de íons secundários (SIMS). Estas experiências conduziram à determinação dos coeficientes de difusão do níquel em volume e em contornos de grãos no Cr2O3, através de soluções apropriadas da segunda lei de Fick, modelo de Le Claire e a equação de Hart. As variações desses coeficientes de difusão foram descritas por meio de equações de Arrhenius. Nas condições experimentais deste trabalho, a diferença entre os coeficientes de difusão em volume do níquel no Cr2O3 monocristalino e no policristalino não foi significativa. Utilizando-se os resultados deste trabalho e de outros prévios foi feita uma comparação entre as difusividades do níquel, cromo, ferro e manganês no Cr2O3.Item Estudo experimental da oxidação dos aços inoxidáveis ferríticos AISI 444 e AISI 439 a altas temperaturas em ar.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Toffolo, Ronaldo Rebert Bayão; Sabioni, Antônio Claret SoaresRealizou-se um estudo comparativo da resposta à oxidação em altas temperaturas, em atmosfera de ar seco, dos aços inoxidáveis AISI 444 e AISI 439, na faixa de temperatura entre 850ºC e 1.050ºC. Tais aços se diferenciam em sua composição química basicamente pela presença do molibdênio no aço AISI 444. Foram utilizadas amostras fornecidas pela ArcelorMittal Inox Brasil, com as dimensões de 10mm x 10mm x 0,6mm. Um orifício de 0,8mm de diâmetro foi aberto próximo ao centro de uma das arestas das amostras, para o fim de sustentação por um fio de platina em uma termobalança. Amostras do aço AISI 444, após desbaste com lixas de água e polimento das duas faces com pasta de diamante de 3?m e 1?m, foram submetidas à tratamento térmico de oxidação em uma termobalança SETARAM, com sensibilidade de 1? g, nas temperaturas de 850ºC, 900ºC, 950ºC, 1000°C e 1.050ºC, com tempos de tratamento entre 43h52min e 50h32min, em atmosfera de ar seco. Utilizando-se a mesma metodologia, realizou -se, a 1050°C, tratamento de oxidação em amostra do aço AISI 439, em atmosfera de ar seco, por 47h41min. Ainda nas temperaturas de 1000°C e 1050°C foram submetidos esses mesmos aços pesquisados a tratamentos de oxidação, com tempos de 5, 10, 20 e 40min, em ar seco, buscando-se similaridade às condições de laminação a quente praticadas na indústria. Para tanto, utilizou-se um forno tubular com controle de temperatura e atmosfera. Os filmes de óxido formados foram caracterizados, microestruturalmente, por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e, quimicamente, por Espectroscopia de Dispersão de Energia (EDS). Realizou -se o estudo da cinética de crescimento do filme, medindo-se o ganho de massa por unidade de área ( ?M/S) versus tempo de oxidação (t), determinando-se a constante de oxidação e a energia de ativação da oxidação. As análises da oxidação em alta temperatura, atmosfera de ar seco, mostraram que a camada de óxido produzida é mais aderente no aço AISI 444 do que no aço AISI 439, na faixa de temperatura 850ºC a 950ºC. Nesta faixa, o aço AISI 444 é mais resistente à oxidação do que o aço AISI 439. Acima de 950ºC, o aço AISI 444 apresenta diminuição de sua resistência à oxidação, intensificando a descamação na camada de óxido formada, tornando seu comportamento similar ao aço AISI 439, a 1050°C. Em todas as temperaturas verificou-se crescimento parabólico dos filmes de óxido formados, com teor majoritário de cromo. Nas regiões com expressiva descamação no filme de óxido, detectou-se elevado teor de ferroItem Estudo qualitativo dos aspectos morfológicos e químicos dos produtos da oxidação a altas temperaturas de um aço Cr-10/Ni-11 após tratamentos superficiais com laser e jateamento com microesferas de vidro.(2013) Castro, Hugo Xavier de; Costa, Adilson Rodrigues daNo presente trabalho foi realizado o estudo da influência dos tratamentos superficiais Shot peening (SP), Laser peening (LP) e Refusão a Laser (RL) na oxidação de tubos de aço Cr- 10/Ni-11 utilizados como trocadores de calor. Na realização do tratamento SP foram utilizadas microesferas de vidro para jateamento da amostra, durante um intervalo de tempo de 90s. Para as amostras tratadas por LP e RL foi utilizado um laser pulsado de Nd:YAG. Para o primeiro caso, o laser operou a 1400V, com pulsos de energia da ordem de 350mJ e frequência igual a 1,0Hz. Observou-se, por meio de microscopia óptica, a deformação plástica sobre a superfície da amostra após o tratamento LP. No segundo caso, quatro amostras foram irradiadas por um feixe laser em modo contínuo, a uma potência de 24W e a uma frequência de pulsação de 5,0kHz. Em seguida, as amostras submetidas aos três tratamentos foram oxidadas a 750°C (1023K) em atmosfera de ar saturado com vapor d’água, por 30h. Os dados obtidos por MEV/EDS revelaram a formação de óxidos a base de cromo na amostra tratada por SP e, principalmente, de ferro para as amostras submetidas aos três tratamentos superficiais. De uma maneira geral, sobre as áreas afetadas pelos tratamentos, foi possível observar a formação de um maior volume de óxidos com morfologias bem heterogêneas, comparativamente àqueles formados sobre as regiões não tratadas.Item Isolamento e caracterização de leveduras com potencial para biorremoção do manganês.(2014) Amorim, Soraya Sander; Cota, Renata Guerra de SáO processo de oxidação biológica do manganês (Mn) já é conhecido para bactérias e fungos, entretanto, ainda não é conhecida a participação de leveduras neste processo. Para investigar esta hipótese, o objetivo geral desse trabalho foi isolar leveduras e avaliar capacidade de oxidar o Mn(II). Inicialmente oito leveduras foram isoladas a partir de água de mina brasileira e cultivadas em meio YPD contendo de 1 a 54mM de Mn(II). Foi observado crescimento de leveduras em até 32mM deste íon. Também observou-se alteração na morfologia da colônia, escurecimento do meio de cultura e/ou escurecimento das colônias, sugerindo a capacidade de oxidar o Mn(II). Posteriormente os isolados foram caracterizados pelo perfil de assimilação de fontes de carbono (Auxanograma), os quais mostraram que dentre as oito leveduras isoladas, três eram Candida guilliermondii e cinco Rhodotorula mucilaginosa. Para confirmar a identificação das espécies, foi utilizada a estratégia de sequenciamento e análise filogenética da região ITS1–5.8S-ITS2. Os resultados confirmaram a identificação dos isolados de R. mucilaginosa, enquanto que os três isolados previamente identificadas como C. guilliermondii foram reclassificados em Meyerozyma gulliermondii (teleomorfo de C. guilliermondii) e Meyerozyma caribbica (teleomorfo de Candida fermentati). A seguir, foram realizados ensaios para avaliar a capacidade dos isolados de remover o íon Mn(II). Para isso foi utilizado meio YPD contendo 0,91mM do íon Mn(II), sendo avaliados durante sete dias: o crescimento das leveduras, pH e o decaimento do Mn (II), medido por espectrometria de emissão atômica com fonte plasma. M. guilliermondii e M. caribbica foram capazes de remover 100% do Mn(II) presente no meio de cultivo, enquanto R. mucilanigonosa removeu 10%. Não foi observado aumento do pH durante os ensaios, sugerindo que a remoção do Mn(II) foi biológica. A seguir, os ensaios foram reproduzidos nas mesmas condições e as leveduras, submetidas a microscopia eletrônica de varredura acoplada a microanálise de EDS. Os dados sugerem alteração na textura das células e o revestimento da parede celular com Mn para os isolados M. guilliermondii e M. caribbica. Também foram analisadas colônias mantidas em placas contendo 32mM de Mn(II) evidenciando que as leveduras foram capazes de oxidar e adsorver o Mn que estava no meio de cultura. Tomados em conjunto, os dados obtidos neste trabalho permitem concluir que M. guilliermondii e M. caribbica possuem um importante papel no ciclo biogeoquímico do manganês.Item Modelagem matemática do fenômeno de descarbonetação no processo de reaquecimento de tarugos de aço SAE1070.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Gouveia, Wilson de Assis; Silva, Carlos Antônio daA demanda por aços de melhor qualidade para aplicações específicas tem aumentado consideravelmente ao longo dos anos. Por exemplo, no mercado automotivo, existe demanda por alta qualidade do aço SAE1070, usado no reforço de pneus e peças automotivas. Para este aço as especificações relativas à profundidade de descarbonetação são rigorosas. A perda de carbono (descarbonetação) é uma função da temperatura e do tempo de exposição do aço à atmosfera gasosa, cuja composição define o potencial químico de oxigênio, responsável pela descarbonetação. Processos industriais como laminação a quente envolvem subprocessos como reaquecimento de tarugos e subsequente resfriamento durante o qual cuidados especiais são essenciais para minimizar, ou pelo menos controlarem a profundidade de descarbonetação e minimizar a formação de óxido, que é diretamente relacionada ao rendimento metálico. Neste trabalho experimentos de laboratório juntamente com modelagem matemática foram usados para estudar os fenômenos de descarbonetação simultaneamente com o de oxidação e identificar condições de reaquecimento capazes de reduzir ou mesmo eliminar descarbonetação na classe de aço SAE1070 durante o processo de reaquecimento. Para este aço a cinética de formação de carepa pode ser descrita a partir de um modelo que considera controle de processo através de difusão na camada de óxido, 1/ 2 X = K t , com T K x m s e 1,614 10−2[ / 1/ 2 ] −10213/ = . Um modelo para o crescimento de óxido simultâneo à difusão de carbono para a interface metal/óxido foi proposto e implantado. A validação do modelo foi realizada por meio de comparação entre perfis de microdureza e visualização metalográfica. O modelo é capaz de descrever os fenômenos para os diversos ciclos de aquecimento relevantes para a indústria. Em condições isotérmicas a profundidade de descarbonetação é dada por DC t e mm 308,3 1/ 2 (−15013/T ) = . A ocorrência simultânea da oxidação e a descarbonetação em regime não isotérmico pôde ser descrita através de um algoritmo baseado no método de diferenças finitas, explícito. Este algoritmo permite calcular e traçar o perfil de concentração de carbono na amostra desde a interface metal/óxido até campos onde a concentração de carbono não foi alterada pela descarbonetação. O método pode ser utilizado, como extrapolação, nas situações reais de reaquecimento de tarugos para laminação a quente, possibilitando melhor entendimento e consequente aperfeiçoamento do processo.Item Novos complexos de Ru(II)/benzoato/bipiridina/difosfina : influência da variação do ligante difosfínico sobre suas atividades biológicas.(2022) Teixeira, Tamara; Correa, Rodrigo de Souza; Oliveira, Katia Mara de; Correa, Rodrigo de Souza; Bogado, André Luiz; Vieira, Camila GrossiComplexos de rutênio têm sido muito explorados no desenvolvimento de candidatos a novos metalofármacos. Propriedades promissoras atribuídas ao rutênio consideram sua capacidade e facilidade de atingir vários estados de oxidação em fluídos biológicos, assim como a habilidade de interagir com biomoléculas. Diante disso, o presente trabalho dedica-se a obtenção e caracterização de três novos complexos de rutênio contendo benzoato (AB), 2,2’-bipiridina (bipy) e diferentes ligantes difosfínicos, obtendo-se complexos de fórmula geral [Ru(AB)(bipy)(P-P)]PF6, onde P-P = 1,2’-bis(difenilfosfino)etano (dppe) [Complexo 1], 1,3’-bis(difenilfosfino)propano (dppp) [Complexo 2] e 1,2’-bis(difenilfosfino)ferroceno (dppf) [Complexo 3]. Os compostos sintetizados foram caracterizados por condutividade molar, análise elementar, ponto de fusão, voltametria cíclica e de pulso diferencial, espectroscopia de absorção na região do infravermelho e na região do UV-Vis, ressonância magnética nuclear (RMN) de 31P{1H}, 1H e 13C e por difração de raios X de monocristal no caso dos complexos 1 e 2. Ensaios de estabilidade em DMSO e meio de cultura sugerem que os complexos são estáveis nas condições utilizadas. Os complexos foram avaliados quanto à atividade citotóxica contra linhagens tumorais MDA-MB-231 (adenocarcinoma de mama triplo negativo), MCF-7 (adenocarcinoma de mama hormônio dependente), A549 (pulmão) e não tumorais MCF-10A (mama) e MRC-5 (pulmão). Resultados promissores foram obtidos comparados com os precursores, sendo que o complexo 3 foi o mais citotóxico. Por fim, visando a análise e estudo das propriedades biológicas dos complexos, estudos de interação com o DNA e com a albumina de soro bovino (BSA) foram realizados. Os resultados indicaram uma interação reversível com o DNA, provavelmente através de forças eletrostáticas. Os complexos 1 e 3 interagiram fracamente com a BSA e o complexo 2 interagiu fortemente com a BSA.Item Obtenção de catalisadores heterogêneos a base dos elementos terras raras, gadolínio e cério, para promover a oxidação do tioanisol em fase líquida usando peróxido de hidrogênio como agente oxidante.(2020) Silva, Leonardo Armando da; Fajardo, Humberto Vieira; Fajardo, Humberto Vieira; Balzer, Rosana; Taylor, Jason GuyO desenvolvimento de novos materiais que possuam propriedades para emprego como catalisadores está presente no cotidiano dos pesquisadores da comunidade catalítica. Este trabalho traz uma breve abordagem sobre a preparação de catalisadores heterogêneos, a base dos elementos terras raras gadolínio e cério, produzidos por metodologias simples: o método de precipitação e a síntese hidrotérmica. Os catalisadores obtidos foram aplicados na reação de oxidação do tioanisol (metilsulfanilbenzeno) em fase líquida, usando como agente oxidante o peróxido de hidrogênio. Tal reação tem como possibilidade a produção de metil fenil sulfóxido e metil fenil sulfona, produtos com elevado valor agregado e de interesse industrial. Os resultados obtidos através das caracterizações físico-químicas e dos ensaios catalíticos mostraram que as metodologias adotadas para a preparação dos catalisadores proporcionaram a obtenção de materiais com interessantes propriedades texturais e catalíticas, comparativamente aos materiais análogos disponíveis comercialmente. Os catalisadores se mostraram ativos frente à reação de oxidação proposta, em condições reacionais brandas. A atividade e a seletividade variaram em função da natureza do catalisador, quantidade de agente oxidante, tipo de solvente, temperatura e tempo de reação. No caso dos catalisadores a base de Ce, a rota de síntese usada levou à formação de um material com área superficial específica elevada, morfologia controlada (fios de CeO2 em escala nanométrica) e o aumento do número de vacâncias de oxigênio em comparação ao material análogo comercial. Graças a essas propriedades, verificou-se que o catalisador produzido teve a atividade melhorada frente à reação, em relação ao CeO2 comercial. No caso dos catalisadores preparados a base de Gd, foi verificado que a fase Gd2O3 apresentou atividade, ao contrário da fase Gd(OH)3, a qual se mostrou inativa frente à reação, nas condições avaliadas. Com o aumento da temperatura de calcinação observou-se uma diminuição da área superficial específica, aumento da cristalinidade e diminuição da quantidade de vacâncias de oxigênio, se refletindo em uma diminuição da atividade catalítica. Os resultados indicaram que a interação das moléculas do reagente e do oxidante dependeu das propriedades físico-químicas dos catalisadores o que influenciou no desempenho dos mesmos.Item Oxidação de sulfetos de níquel com microorganismos mesófilos.(2008) Santos, Luciano Rodrigo Gomes; Barbosa, Alexandre Ferraz; Souza, Adelson Dias de; Leão, Versiane AlbisA oxidação de sulfetos metálicos tem sido associada à drenagem ácida de mina, um dos maiores problemas ambientais na mineração. Uma das formas de se acelerar a oxidação desses sulfetos é a biolixivação, na qual o crescimento desses microorganismos é favorecido. Foi estudada, nesse trabalho, a oxidação de um concentrado sulfetado complexo de pentlandita/pirrotita utilizando bactérias mesófilas. Foram avaliados os efeitos do pH e do percentual de sólidos sobre a extração do níquel. Os resultados indicaram que a biolixiviação pode ser uma alternativa viável ao processamento de sulfetos complexos de ferro e de níquel, uma vez que foram obtidos percentuais de extração acima de 60%. O pH possui pequena influência nos percentuais de extração obtidos, sendo o valor ideal igual a 2,0. Sua influência parece estar ligada, principalmente, à regulação da atividade bacteriana. Percentuais de sólidos elevados (aproximadamente de 10%) podem ser praticados, sem apresentarem diferenças significativas na extração final de níquel, pois a transferência gasosa no sistema é pouco comprometida. Dessa forma, o fator limitante da atividade bacteriana, em percentuais elevados de sólidos, é a disponibilidade de dióxido de carbono.Item Remoção de íons manganês (Mn(II)) utilizando a microalga Chlorella vulgaris.(2018) Candido, Giselle Cristina; Leão, Versiane Albis; Leão, Versiane Albis; Santiago, Aníbal da Fonseca; Ladeira, Ana Cláudia QueirozEmbora essencial para o corpo humano como um elemento traço, o manganês pode causar distúrbios neurológicos e afetar os sistemas sensor, motor e cognitivo em altas concentrações. Processos físico-químicos e biológicos têm sido propostos para o tratamento de água contendo manganês e águas residuais. Processos especificamente biológicos; não geram poluição secundária ou subprodutos tóxicos e são economicamente viáveis em contextos específicos. Portanto, o objetivo da presente dissertação foi avaliar os principais parâmetros responsáveis pela remoção efetiva de íons Mn(II) de soluções sintéticas utilizando a microalga Chlorella vulgaris. Isso foi realizado inicialmente por meio de estudos de tolerância realizados com soluções constituídas por 10mg.L-1, 25mg.L-1 e 50mg.L-1 de Mn(II). Os experimentos foram realizados em triplicata, a 25°C, 150min-1 sob luz artificial 24h/dia. Com base nos resultados, a concentração de 50mg.L-1 Mn(II) foi escolhida para os ensaios subsequentes. Observou-se que o pH aumentou tanto nos ensaios controle biológico quanto nos experimentos contendo manganês. A oxidação de manganês foi confirmada através da reação com Leucoberbelina azul I 0,04%. Em 14 dias, C. vulgaris removeu 100% do manganês presente em solução enquanto o pH aumentou de 6,21 para 9,56. No entanto, a remoção de Mn(II) ocorreu somente após o pH ter atingido valores acima de 8,0. Concluiu-se que o aumento do pH produzido durante o crescimento de C. vulgaris causou a remoção do manganês e o mecanismo pelo qual o íon foi precipitado compreendeu a oxidação catalisada pelo oxigênio em valores de pH acima de 8,0.Item Síntese de materiais lignocelulósicos oxidados e bifuncionalizado para a remoção de corantes catiônicos e aniônico em solução aquosa.(2017) Martins, Luide Rodrigo; Gil, Laurent Frédéric; Gil, Laurent Frédéric; Oliveira, Leandro Soares de; Alves, Rosemeire Brondi; Gurgel, Leandro Vinícius AlvesEste trabalho descreve a preparação de adsorventes lignocelulósicos para a adsorção de corantes catiônicos e aniônico em solução aquosa. A primeira parte relata a otimização da oxidação da celulose (Cel) e do bagaço de cana de açúcar (BCA) pelo sistema NaNO2/H3PO4 e a aplicação dos produtos oxidados na adsorção dos corantes catiônicos violeta cristal (VC) e auramina-O (AO). As condições de oxidação foram otimizadas por métodos estatísticos de planejamento experimental e superfície de resposta. A oxidação otimizada introduziu 4,8 mmol/g e 4,5 mmol/g de funções ácido carboxílico na Cel e no BCA respectivamente. Os adsorventes celulose oxidada (Cox) e Bagaço de cana de açúcar oxidado (Box) foram avaliados quanto a capacidade de adsorção em função do pH, do tempo de contato (cinética) e da concentração inicial dos corantes (isoterma). O modelo cinético que melhor se ajustou para a adsorção de VC por Cox foi o de Elovich (EE) e para a adsorção de AO por Cox foi o de pseudo primeira ordem (PPO). Para a adsorção de VC e AO por Box o modelo cinético que melhor se ajustou foi o de pseudo segunda ordem(PSO). A avaliação do modelo cinético difusão intrapartícula (DIP) indicou que a difusão de VC e AO nos poros da Cox e do Box não pode ser considerada a única etapa relevante para a cinética de adsorção nestes sistemas. Os estudos das isotermas de adsorção apontaram Langmuir como o melhor modelo para a descrição da adsorção de VC por ambos os adsorventes e Konda como o melhor modelo para descrever a adsorção de AO pelos dois adsorventes. As capacidades de adsorção estimadas pelo modelo de Langmuir foram de 1117,8 mg/g e 1018,2 mg/g de VC em Cox e Box respectivamente. As capacidades de adsorção estimadas pelo modelo de Konda foram de 1223,3 mg/g e 628,8 mg/g de AO em Cox e Box respectivamente. Os estudos de dessorção e readsorção mostraram ser possível o reuso da Cox e do Box. A segunda parte deste trabalho descreve a produção, a partir da celulose, do adsorvente bifuncionalizado com características zwitteriônicas, CM3, para a adsorção em sistema monocomponente do corante catiônico violeta cristal e do corante aniônico alaranjado II (AII). A modificação química da celulose ocorreu por meio de succinilação com anidrido succínico e posterior modificação com cloreto de colina. O modelo cinético que melhor se ajustou à adsorção de ambos os corantes por CM3 foi o de pseudo segunda ordem. A avaliação do modelo DIP indicou que a difusão de VC ou AII nos poros da CM3 não pode ser considerada como a única etapa relevante para a cinética de adsorção nestes sistemas. Os estudos das isotermas de adsorção apontaram Konda e Langmuir como os melhores modelos para descrever a adsorção de VC e AII por CM3, respectivamente. A capacidade de adsorção do corante catiônico VC por CM3 foi de 2367,5 mg/g e do corante aniônico AII foi de 217,5 mg/g.