PROAMB - Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando PROAMB - Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental por Assunto "Agrotóxicos"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Cloração de agrotóxicos : remoção, identificação de "novos" subprodutos de desinfecção e avaliação de toxicidade.(2021) Barros, André Luis Corrêa de; Afonso, Robson José de Cássia Franco; Afonso, Robson José de Cássia Franco; Zanella, Renato; Moreira, Renata Pereira Lopes; Rúbio, Karina Taciana Santos; Taylor, Jason GuyA presença de agrotóxicos em águas superficiais e subterrâneas tem sido alvo de preocupação entre a comunidade científica nas últimas décadas. Além da possibilidade de causar desequilíbrios graves na biota, essas substâncias podem chegar aos sistemas de abastecimento público e contribuir para o aumento do risco à saúde humana pelo consumo da água potável. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar a degradação dos agrotóxicos fipronil, metribuzin e bentazone em sistemas de cloração, identificar os possíveis subprodutos formados, propondo uma possível rota de degradação e, por fim, mensurar os possíveis efeitos tóxicos por meio de ensaios biológicos in vitro, in vivo e in silico. A primeira etapa do trabalho consistiu em avaliar a degradação dos agrotóxicos em soluções aquosas de 20 µg/L frente às reações de cloração com concentração de cloro livre de 2,0 mg/L, tipicamente empregada em estações de tratamento de água (ETAs). Por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial (HPLC-MS/MS) foi possível quantificar a concentração dos agrotóxicos em diferentes tempos de contato com o cloro (0 a 240 min). O fipronil e o metribuzim foram muito reativos, com tempos de meia vida (t1/2) de 2,08 e 29,5 minutos, respectivamente. Por outro lado, o bentazone mostrou-se mais recalcitrante, sendo degradado apenas 20% desse herbicida, mesmo após 4 horas de contato com o cloro livre. Em uma segunda etapa do trabalho, soluções de fipronil, metribuzin e bentazone foram preparadas em concentrações mais elevadas, 2,0, 10,0, e 10,0 mg/L, respectivamente. As soluções foram submetidas à cloração com a adição de 3 mg de cloro livre para cada 1 mg de carbono presente na solução de cada agrotóxico. As soluções resultantes foram utilizadas para avaliar a mineralização dos agrotóxicos, a formação dos subprodutos de desinfecção (DBPs) e para mensurar os possíveis efeitos tóxicos das soluções por ensaios biológicos. Para todos os agrotóxicos, a mineralização, mesmo após 24 horas de exposição ao cloro, foi negligenciável, indicando, portanto, que a degradação gerou outros compostos orgânicos como subprodutos. Identificou-se, por meio de cromatografia líquida de ultra alta eficiência acoplada à espectrometria de massas de alta resolução (UHPLC-HRMS), a formação de 6, 17 e 4 DBPs nos processos de cloração dos agrotóxicos fipronil, metribuzin e bentazone, respectivamente. As soluções foram analisadas por meio testes de toxicidade aguda por Artemia salina, estrogenicidade por leveduras em ensaios do tipo gene-reporter e viabilidade celular por ensaio de MTT. Além disso, ferramentas computacionais de predição de toxicidade (métodos in sílico) foram empregadas para mensurar, por meio de modelos matemáticos, a mutagênicidade e toxicidade de desenvolvimento para animais e humanos dos subprodutos identificados. O fipronil mostrou-se tóxico para os ensaios de Artemia salina com aumento da mortalidade dos microcrustáceos após 24 horas de contato com o cloro. Em ensaios in silico, os DBPs formados demonstraram ser potencialmente mais mutagênicos e tóxicos ao desenvolvimento que o composto original. Já o metribuzin, apresentou um leve acréscimo na toxicidade para Artemia salina após 24 horas de contato com o cloro. Em ensaios de estrogenicidade, o metribuzin demostrou atividade estrogênica após ser clorado em qualquer tempo de contato avaliado, com equivalente estradiol variando de 0,061 a 6,71 µg/L. Os ensaios in silico também demostraram a formação de DBPs potencialmente mais mutagênicos e tóxicos ao desenvolvimento que o composto precursor. Por fim, o bentazone e seus DPBs mostraram efeitos tóxicos similares em ensaios in vitro envolvendo células de hepatocarcinoma humano e nas predições de toxicidade de desenvolvimento por método in silico.Item Desenvolvimento de metodologia analítica para determinação de microcistina-LR e agrotóxicos em águas superficiais, utilizando as técnicas de cromatografia líquida e cromatografia gasosa acopladas a espectrometria de massas.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Silva, Júlio César Cardoso da; Afonso, Robson José de Cássia FrancoAlguns compostos orgânicos têm causado preocupações às autoridades sanitárias no que diz respeito à quão tóxicos podem ser a organismos humanos e se os tratamentos convencionais utilizados nas estações de tratamento de água são eficientes em suas remoções. Dentre os microcontaminantes atualmente presentes no ambiente destacam-se microcistina-LR (MC-LR) e alguns agrotóxicos (organoclorados, organofosforados, carbamatos, etc). Os baixos níveis de concentração desses contaminantes encontrados no ambiente exigem etapas de tratamento e concentração das amostras para determinação analítica, que normalmente demandam tempo e custo. Essa dissertação teve como objetivo desenvolver metodologia analítica para quantificação de MC-LR e trinta e sete agrotóxicos multirresíduo em amostras de água superficial, utilizando apenas uma única etapa de preparo e concentração das amostras. A quantificação de MC-LR nas amostras de água foi feita por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (CLAE/EM), e o método multiressíduo para determinação de agrotóxicos em água foi feito por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. A concentração e o clean-up das amostras foram obtidos usando extração em fase sólida, cartucho C18. A recuperação de MC-LR para o método variou entre 93,6% a 96,9%, e os limites de detecção e de quantificação analítico foram 0,03 e 0,1ng/L, respectivamente. A recuperação para agrotóxicos de diferentes classes (organoclorados, carbamatos, organofosforados, clorotriazinas, diarboximidas), variou de 90% a 117% exceto para clorpirifós etílico (72% a 80%), e os limites de detecção e de quantificação do método analítico variaram entre 0,3 a 19,9ng/L e 0,9 a 66,2ng/L, respectivamente. As metodologias foram aplicadas em amostras de água, coletadas mensalmente, em 44 pontos durante 11 meses, em mananciais e estações de tratamento de água de Viçosa-MG e apresentaram resultados abaixo LD, tanto para os agrotóxicos como para MC-LR. O método também foi aplicado a amostras de água de uma lagoa, em Ouro Preto, MG, coletada em triplicata, onde foi detectada a presença de MC-LR na concentração de 5,8ng/L.