Navegando por Assunto "Plantas medicinais"
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Item Análise fitoquímica e bioprospecção para atividade antimicrobiana de Protium spruceanum (Benth.) Engler.(2016) Amparo, Tatiane Roquete; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Teixeira, Luiz Fernando de Medeiros; Brandão, Geraldo Célio; Vieira Filho, Sidney AugustoDevido ao crescimento de patógenos resistentes aos fármacos atuais, a pesquisa por novos antimicrobianos tem sido incentivada, principalmente através das plantas medicinais. A espécie vegetal Protium spruceanum (Benth.) Engler, conhecida como breu, é utilizada popularmente como antiinflamatório e expectorante, porém, há necessidade de expandir estudos sobre essa espécie. Dessa forma, os objetivos desse estudo foram a avaliação da atividade antimicrobiana e o estudo fiquímico dos extratos etanólicos brutos (EEBs) e frações de folhas e galhos de P. spruceanum. Através dos métodos de difusão em poço e microdiluição, observou-se a atividade antimicrobiana dos EEBs contra 20 micro-organismos. O EEB de folhas apresentou maior atividade antimicrobiana total (AAT) que o EEB de galhos. As frações mais ativas foram as acetatoetilênicas e hidrometanólicas que apresentam ação sinérgica entre si. Através do estudo fitoquímico, observou-se que a AAT dos EEBs e frações pode ser corelacionada majoritariamente ao teor de taninos totais, porém, propõe-se uma ação sinérgica com outros compostos, como flavonóides. Os constituintes voláteis majoritários foram identificados utilizando CG/EM, dentre eles ácidos graxos, fenólicos e terpenoides, como amirinas. A avaliação da mistura de α- e β-amirina mostrou que esta não apresenta forte atividade antimicrobiana e também não está relacionada ao sinergismo entre as frações. Através de CLUE/DAD/EM-EM também foi possível identificar flavonoides glicosilados (quercetina-3-O-ramnosídeo, quercetina-3-Oglicuronídeo e campeferol-3-O-ramnosídeo) e taninos (catequina e procianidina). Os resultados in silico gerados pela ferramenta PASSonline indicaram potencial efeito antibacteriano principalmente para os constituintes majoritários das frações AcOEt e HMeOH. Também foram indicados como principais mecanismos de ação: aumento da permebilidade da membrana celular, inibição da bissíntese da parede bacteriana (enzimas peptideoglicano glicosiltransferase e CDP-glicerol glicerofosfotransferase) e inibição do metabolismo (enzimas 2-deidropantoato 2-redutase e piruvato cinase). Esses mecanismos de ação são diferentes dos antibióticos recentes e são considerados alvos para novos fármacos.Item As arnicas endêmicas das serras do Brasil - uma visão sobre a biologia e a química das espécies de Lychnophora (Asteraceae).(Editora UFOP, 2011) Semir, João; Monge, Marcelo; Rezende, Alex Ribeiro; Lopes, Norberto PeporineItem Atividade antioxidante e anti-inflamatória de extratos vegetais com potencial fitoterápico.(2021) Peixoto, Thainá Gomes; Silva, Fernanda Guimarães Drummond e; Queiroz, Karina Barbosa de; Silva, Fernanda Guimarães Drummond e; Queiroz, Karina Barbosa de; Pessato, Tássia Batista; Souza, Melina Oliveira de; Moraes, Erica AguiarA obesidade é acompanhada de inflamação sistêmica crônica de baixo grau e estresse oxidativo, estando associada ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. O aumento de espécies reativas de oxigênio (ERO), somado a outras modificações sofridas pelos adipócitos, estimula as citocinas pró-inflamatórias via fator nuclear kappa B (NF-kB), principal via de transcrição de diversos genes inflamatórios. É de grande interesse que terapias coadjuvantes eficazes contra o estresse oxidativo e a inflamação associados à obesidade, como a identificação de compostos naturais capazes de aumentar o poder antioxidante e anti-inflamatório do organismo, sejam estudados. Objetivou-se estudar e comparar os efeitos protetores de fitoterápicos, podendo contribuir com informações sobre o potencial de ação dessas espécies em relação a capacidade antioxidante in vitro e anti-inflamatória em cultura de células das espécies Curcubita moschata (CMO e CMV), Juniperus chinensis (JC), Peucedanum ostruthium (PO), Pinellia ternata (PTO e PTV) Breit., Rubus coreanus (RC), Rubus chingii Hu (RCH), Solanum tuberosum (STV e ST) e Viola mandshurica (VM). A atividade antioxidante foi determinada pelo teor de substâncias redutoras totais do reagente Folin-Ciocalteau, método FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power) e ORAC (Oxygen radical absorbance capacity). A atividade anti-inflamatória foi avaliada por meio da produção de óxido nítrico (NO), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina 10 (IL-10), induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em células de macrófagos de murinos RAW 264.7. A produção de NO foi avaliada por meio do teste do reagente de Griess, e IL-10 e TNF-α por kit ELISA. Os extratos PTO, RCH, RC, PTV e VM obtiveram as maiores capacidades redutoras e as maiores capacidades antioxidantes pelo método FRAP, sendo PTO o maior valor FRAP. O extrato RCH apresentou o maior valor ORAC, seguida pela RC e VM. Dessa forma, é provável que o extrato PTO possua como mecanismo preferencial para atuação como antioxidante a doação de elétrons. O extrato RCH, RC e VM parecem atuar como antioxidante por doação de elétrons e transferência de íons hidrogênio. Todos os extratos apresentaram atividade anti-inflamatória, seja pela redução da produção de citocinas pró-inflamatórias, NO e TNF-α, e/ou pelo aumento da citocina anti- inflamatória, IL-10. Os extratos RC e JC diminuíram a produção de NO em todas as concentrações estudadas, de forma dose-dependente, com reduções de até 68,63% e 64,91%, respectivamente, em relação a amostra não tratada. Da mesma forma, o tratamento com a PTO resultou no aumento, de forma dose depende, em até 6x da IL-10, em relação a amostra não tratada.Osfitoterápicos em questão apresentam atividade antioxidante e anti-inflamatória, com especial destaque ao extrato de Rubus coreanus, que uniu os dois efeitos aqui objetivados.Item Avaliação biofarmacêutica da goiazensolida.(2020) Tana, Iara Dévula Tiso; Souza, Jacqueline de; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Caldeira, Tamires Guedes; Fernandes, Cristian; Barcellos, Neila Marcia Silva; Souza, Jacqueline deA avaliação biofarmacêutica permite estudar o comportamento de fármaco ou substância bioativa frente a soluções que mimetizam as condições do trato gastrointestinal (TGI) visando prever sua solubilidade e permeabilidade em condições fisiológicas. Os resultados são preditivos do comportamento in vivo de candidatos a fármaco. Assim, um candidato a fármaco precisa de, além da eficácia clínica comprovada e ausência de toxicidade, possuir características físico-químicas que permitam a sua absorção no TGI em velocidade e extensão apropriadas. A avaliação por meio de testes in vitro das substâncias bioativas, quanto à solubilidade, e de testes in vivo de permeabilidade, permite a alocação dentro de uma das 4 classes do Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB). A goiazensolida, lactona sesquiterpênica presente em espécies do gênero Lychnophora, apresentou atividades farmacológicas variadas, o que torna necessário elucidar suas características biofarmacêuticas, visando o desenvolvimento farmacotécnico de um medicamento contendo essa substância. Estudos in silico demonstraram que a goiazensolida apresenta alta solubilidade e baixa permeabilidade. Um método por cromatografia a líquido de alta eficiência (CLAE), para sua quantificação nos estudos de solubilidade, foi desenvolvido e validado nos meios tamponados pH 1,2, pH 4,5 e pH 6,8. O método foi linear na concentração de 10,0 a 50,0 μg/mL, seletivo, preciso e exato. A solubilidade da goiazensolida, determinada pelo método da agitação orbital em frasco, foi de 0,57 mg/mL (pH 1,2), 0,51 mg/mL (pH 4,5) e 0,45 mg/mL (pH 6,8). A razão entre a maior dose terapêutica, por extrapolação alométrica, e a solubilidade em cada um dos meios avaliados resultou nos valores de 175,16 mL (pH 1,2), 194,99 mL (pH 4,5) e 222,07 mL (pH 6,8), que apontaram a alta solubilidade da goiazensolida, visto que são inferiores a 250,0 mL. Ela se mostrou estável nos três meios tamponados. A permeabilidade foi avaliada pelo ensaio em membrana artificial paralela (PAMPA). Foi necessário validar o método por CLAE para a quantificação da goiazensolida no estudo de permeabilidade, o qual se mostrou linear na concentração de 3,6 a 117,0 μg/mL, seletivo, preciso e exato para os meios pH 6,8 e pH 7,4. Foram utilizados como padrão de alta permeabilidade o cloridrato de propranolol e de baixa permeabilidade a furosemida. Para a goiazensolida foi encontrado o valor de permeabilidade efetiva de 0,03 x 10-6 cm/s, inferior ao da furosemida (1,03 x 10-6 cm/s). Dessa forma, a avaliação biofarmacêutica permitiu predizer a absorção no TGI da goiazensolida e direcionar os estudos pré-clínicos necessários ao desenvolvimento de um novo fármaco.Item Avaliação biológica de extratos vegetais no tratamento de diabetes mellitus e hiperlipidemia em coelhos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Amaral, Waleska Cláudia Dornas; Nagem, Tanus JorgeConsiderando que a prática dos tratamentos das desordens metabólicas em decorrência do crescimento das doenças crônicas não transmissíveis aumenta em todo o mundo, a proposta desse estudo é avaliar os possíveis efeitos biológicos dos extratos hidroalcoólicos das cascas das plantas Calophyllum brasiliense, Connarus perrottetii e Rourea paraensis associadas na diabetes experimental, e, isoladamente, avaliar o tratamentocom extrato da casca de C. brasiliense na hiperlipidemia induzida. Como modelos experimentais, foram utilizados coelhos da raça Nova Zelândia, machos e adultos com a indução através da droga diabetogênica aloxano (100mg/Kg) e para a hiperlipidemia adicionou-se 0,5g de colesterol à ração. Cada experimento utilizou 48 animais em esquema de parcela subdividida de 8 grupos com delineamento inteiramente casualizado em 6 repetições para ambos. Para os experimentos, foram avaliados colesterol, triacilglicerol, lipase, creatinina, proteínas totais, albumina e apenas glicose e hemoglobina glicosilada para o experimento de diabetes no meio e no final de cada fase, com duração de um mês. Esses dados foram analisados por meio de análise de variância seguida de teste de Dunnett e Tukey para comparação das médias entre os grupos e dentro de cada grupo, respectivamente, ao nível de 5% de significância. Após o final de cada experimento, rins e fígados foram retirados para análise histopatológica. Os resultados para o experimento de diabetes evidenciaram redução da glicemia nos animais doentes tratados com o extrato na dose de 100mg e que, nos animais normais tratados com o mesmo extrato, houve aumentoglicêmico assim como no tratamento com diabinese. Avaliação histológica do fígado demonstrou o aparecimento de processo inflamatório e degeneração com intensidade dosedependente mais evidente nos grupos de animais doentes exceto para o grupo tratado com extrato na dose de 100mg. Já no rim de animais diabéticos, mudanças glomerulares, inflamações e degenerações foram vistas sendo que o tratamento com extrato das plantas na dose de 100mgnovamente induziu menor comprometimento e alterações teciduais. Na hiperlipidemia, o tratamento com extrato de C. brasiliensediminuiu triacilglicerol em níveis bem significativos para os animais hiperlipidêmicos. Embora não significativo, o aumento dos níveis de colesterol nos animais com hiperlipidemia induzida foram inibidos quando comparados ao grupo doente sem tratamento. Nos animais normais tratados com extrato na dose de 150mg, observaram-se níveis aumentados de proteínas totais e albumina. Histologicamente, o extrato de C. brasiliense alterou o tecido hepático promovendo focos inflamatórios nos grupos normais, enquanto que animais com hiperlipidemia induzida apresentaram melhoras no aspecto histológico quando comparados com o grupo hiperlipidêmico não tratado que apresentou esteatose hepática, mas não se igualaram aos animais normais. Esses dados sugerem que o extrato das plantas na dose de 100mg utilizada na diabetes exibe atividade hipoglicemiante em modelo de coelhos com diabetes induzida e que C. brasiliense na hiperlipidemia demonstra possuir efeito hipotriacilglicemiante bem significativo. Para utilização dessas plantas como medicamentos, outros estudos devem ser realizados afim de se determinarem os constituintes ativos presentes e seus mecanismosde ação, além de avaliar a toxicidade, uma vez que essas espécies demonstraramalterações teciduais.Item Avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico contendo extratos de Lychnophora pinaster e Symphytum officinale.(2010) Pinheiro, Paola Torres Silva Gandine; Guimarães, Andrea Grabe; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO processo inflamatório é uma resposta dos tecidos a estímulos nocivos através de alterações celulares e vasculares. Em geral são processos dolorosos e incômodos para os pacientes e o tratamento convencional é realizado com a utilização dos Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), apesar das reações adversas que provocam. No Brasil e em todo o mundo plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são utilizados pela população para tratamento e prevenção de doenças, incluindo as inflamatórias. É o que ocorre com as espécies brasileiras, Lychnophora pinaster Mart. e Symphytum officinale L., utilizadas para tratamento de inflamação, dor e reumatismo, e que já tiveram a ação antiinflamatória demonstrada. Com base no exposto, este trabalho teve por objetivo a avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico, como gel, emulgel e nanoemulsão, contendo extratos de Lychnophora pinaster ou Symphytum officinale. A avaliação da atividade das formulações foi realizada em modelo de edema de pata induzido pela carragenina. Todas as formulações obtidas apresentaram aspecto homogêneo e odor característicos. A medida da viscosidade para as formulações base obtidas para o gel de hidroxietilcelulose 7 %, gel de hidroxietilcelulose 14 % e emulgel foi respectivamente de 1299782,00, 555632,00 e 373067,20 cP. Os emulgéis obtidos (base e contendo os diferentes extratos vegetais) apresentaram pH igual a 6,5, para os géis preparados com a utilização de hidroxietilcelulose a 7 % e 14 % (base e contendo os extratos ou nanoemulsão) a medida deste parâmetro foi 6,0 e 6,5 respectivamente. As formulações emulgel e géis base foram avaliadas durante 180 dias de estocagem, e durante este período não apresentaram alterações nas características observadas. Todas estas formulações foram de fácil aplicação. As nanoemulsões foram obtidas como suspensões coloidais com tamanho da partícula variando entre 233,0 ± 9,39 e 245,1 ± 8,17 nm e apresentaram distribuição de tamanho unimodal, com índice de polidispersão menor que 0,184 ± 0,041. A administração tópica das formulações emulgel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) e gel contendo nanoemulsão de L. pinaster a 2,0 % apresentou maior atividade que o Cataflam Emulgel (cada 1,16 g equivale a 1,0 g de diclofenaco potássico), as nanoemulsões contendo L. pinaster a 1,25 % e 2,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao medicamento Cataflam Emulgel, enquanto que a nanoemulsão contendo L. pinaster a 0,625% e o gel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) não demonstraram atividade farmacológica. A administração tópica das formulações gel e emulgel contendo S. officinale a 10,0 % e 16,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao Cataflam em emulgel, as formulações emulgel contendo S. officinale a 2,0 % e 5,0 % não apresentaram atividade. A comparação entre as formulações mostra que o emulgel e a nanoemulsão contendo Lychnophora pinaster na concentração de 2,0 % e 1,25 %, respectivamente foram as formulações mais interessantes e satisfatórias dentre as analisadas para esta espécie vegetal, visto que apresentaram atividade antiinflamatória significativa com baixas concentrações de extrato, além da facilidade de produção e administração. Em relação ao Symphytum officinale, as formulações emulgel e gel contendo o extrato bruto glicólico da espécie nas concentrações 10,0 e 16,0 % também foram consideradas satisfatórias, pois além da atividade antiinflamatória semelhante ao cataflam em emulgel, elas também se apresentaram de fácil produção e administração.Item Avaliação da atividade biológica do Taro [(Colocasia esculenta(L.) Schott)] no ensaio de letalidade com Artemia salina Leach, no teste antifúngico de microdiluição em caldo e na hipercolesterolemia em coelhos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Reis, Graciene Dias e; Nagem, Tanus Jorge; Oliveira, Tânia Toledo deA espécie Colocasia esculenta, conhecida como taro, inhame ou cará, é uma planta da família Araceae e apresenta em sua constituição várias moléculas com atividade farmacológica, como flavonóides, fitosteróis, saponinas, entre outras. Relatos etnofarmacológicos indicam o seu potencial como agente terapêutico natural. A busca por tratamentos naturais é de grande interesse já que a intervenção farmacológica está sempre associada a efeitos colaterais indesejáveis. A partir dos tubérculos de C. esculenta, pretendeu-se avaliar a ação do taro no bioensaio de letalidade com Artemia salina Leach para se ter um indicativo preliminar da toxicidade do extrato; no teste antifúngico de microdiluição em caldo sobre quatro espécies de Candida para verificar possível ação fungicida; e no teste de hipercolesterolemia in vivo para analisar a atuação sobre o metabolismo lipídico de coelhos. Como resultado, observou-se que o extrato de taro não apresentou toxicidade aguda significante, não oferecendo risco toxicológico na utilização do mesmo. Apresentou atividade antifúngica contra 4 espécies de Candida: C. Albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei. E, a tintura de taro 20% mostrou-se eficaz na redução do perfil lipídico sérico de coelhos. Assim, considerando que o taro é um alimento bastante nutritivo, a avaliação de sua ação medicinal associará a ele mais um efeito benéfico, sendo de grande valia incentivar o seu consumo em prol da saúde, podendo ainda fazer com que o taro se torne um fitoterápico promissor.Item Avaliação do efeito da alcachofra (Cynara scolymus) na úlcera gástrica.(2011) Ribeiro, Stephan Oliveira; Oliveira, Tânia Toledo de; Zatti, Ricardo Antônio; Ferrão, Vinicíus Giori; Mello, Vanessa Joia de; Nagem, Tanus Jorge; Carvalho, Gabriel DomingosA úlcera gástrica (UG) é uma lesão na mucosa do estômago, em que os tecidos epitelial e conjuntivo, inclusive músculo liso, vasos e nervos podem ser lesionados. O fármaco de primeira escolha para tratamento de UG é o Omeprazol, um inibidor da bomba de prótons. Os fitoterápicos podem atuar como gastroprotetores. A alcachofra (Cynara scolymus) aumenta a resistência da mucosa gástrica, possibilitando o tratamento da UG. Este estudo teve como objetivo realizar análises pré-clinicas, avaliando o tratamento com alcachofra em coelhos com UG induzida por ácido acetilsalicílico. Para avaliação dos resultados, fez-se o preparo de lâminas histopatológicas da região cárdica do estômago. A análise histopatológica verificou que o tratamento com alcachofra obteve melhora acentuada, em comparação com o fármaco de referência, mostrando-se potencial gastroprotetor.Item Compreendendo a farmacopeia e o uso tradicional de plantas no Cerrado : uma abordagem etnoecológica.(2016) Santos, Bruna Rossi dos; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Soldati, Gustavo Taboada; Andrade, Livia EchternachtA etnobotânica, como parte da etnoecologia, busca compreender as inter-relações entre grupos humanos e o ambiente em que vivem, sob a perspectiva de utilização dos recursos vegetais. No entanto, a natureza humana não permite uma avaliação puramente biológica, sendo necessárias análises que considerem as peculiaridades culturais de cada grupo humano. Com pretensões de se encontrar e estabelecer teorias que possam elucidar padrões de comportamento humano em relação à utilização de recursos vegetais, pesquisadores em todo mundo tem se debruçado sobre questões ecológicas, aplicando-as em investigações com povos de diversas culturas e ambientes. A presente pesquisa foi realizada em uma comunidade rural no sudeste brasileiro, no bioma Cerrado, com o intuito de entender algumas questões relacionadas à seleção de plantas úteis pela comunidade: a aparência ecológica (aqui testada a partir da visão da comunidade acerca da disponibilidade do recurso) e a hipótese da diversificação de uso aplicada para espécies medicinais, sugerida por Albuquerque (2006) e testada pela primeira vez no cerrado. A investigação foi realizada apenas com os moradores reconhecidos na comunidade como grandes conhecedores da flora local, sendo, também, referência no conhecimento de plantas medicinais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, listas livres, turnês guiadas e diagnóstico participativo. Foram identificadas 198 espécies distribuídas em 72 famílias botânicas, das quais 155 são nativas e 43 exóticas. A principal categoria de uso em número de espécies e citações foi a medicinal, com 140 espécies e 335 citações. A hipótese da aparência não explicou a seleção de espécies no estudo, no entanto, a metodologia de diagnóstico rápido aplicada para avaliar a percepção dos entrevistados mostrou-se robusta para a avaliação de disponibilidade de recursos. A seleção das espécies parece estar mais relacionada a sua qualidade do que a disponibilidade no ambiente, embora ainda seja evidente uma relação de custo benefício, onde a qualidade do recurso é considerada, no entanto as áreas de exploração de mais fácil acesso aparecem como os ambientes mais importantes. Para o estudo com plantas medicinais, embora tenhamos encontrados sobreposições no tratamento de algumas doenças e sistemas corporais, a hipótese da diversificação parece melhor explicar a inserção de espécies exóticas na farmacopeia local, com algumas doenças citadas sendo tratadas exclusivamente por espécies exóticas. Em uma avalição geral, espécies exóticas não parecem uma ameaça ao conhecimento tradicional da comunidade, pois além de aparecerem em pequeno número, sua importância relativa é baixa diante das espécies nativas.Item Cultichá – vínculo e práticas integrativas no cuidado de adultos e idosos em Ouro Preto-MG.(2021) Moura, Mariana Codevilla Santana de; Teixeira, Amanda Miranda Matos; Nunes, Gabriela Ferreira; Nunes, Maiza Marilac; Milagres, Melissa Isaac; Boseja, Marcelo Silveira; Oliveira, Vitor Hugo Costa; Assis, Aisllan Diego deNo bairro Santa Cruz, Ouro Preto-MG, há um aumento na população adulta e idosa, o que coincide com a mudança demográfica nacional, assim como o uso excessivo de medicamentos nessa população. Os idosos, especialmente, são suscetíveis à quebra de vínculos e solidão devido ao isolamento social. Como alternativa, criou-se o projeto “CultiChá”, realizado por estudantes de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com objetivo de (re)estabelecer os vínculos afetivos e comunitários entre usuários e equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, por meio de rodas de conversa, plantio de ervas e preparo de chás medicinais. Nas rodas do “CultiChá” estudantes, profissionais e usuários realizaram preparo e consumo dos chás debatendo o uso e benefícios das plantas medicinais. Foram 4 rodas que acolheram 67 participações e produziram 17 vasos artesanais com 33 plantas medicinais, estando disponíveis à comunidade. As atividades do projeto foram capazes de promover vínculo entre os participantes, que puderam compartilhar alternativas naturais e de baixo custo para promoção da saúde e do bem-estar. O “CultiChá” propiciou experiência de ensino, aprendizado e cuidado, ressaltando o potencial e necessidade das práticas grupais e integrativas no cuidado à saúde da população adulta e idosa.Item Os desafios na implantação de um projeto de horta escolar.(2014) Tavares, Bruna Vitor; Fernandes, Luciana; Silva, Fábio Augusto Rodrigues e; Moreira, Leandro MarcioEste artigo consiste num relato de experiência sobre hortas escolares desenvolvida em uma escola pública por bolsistas do subprojeto interdisciplinar em Ciências do PIBID/UFOP. A horta foi eleita como uma estratégia para trabalhar conhecimentos científicos e populares, de modo a favorecer a participação dos alunos e promover um ensino interdisciplinar. Entretanto, foram encontrados muitos desafios e obstáculos no início do trabalho que exigiram pesquisas e busca de soluções. Dessa forma, o artigo mostra como a atividade de planejamento se transformou em uma ação investigativa por parte dos licenciandos e coordenadores do subprojeto.Item Efeitos do tratamento com suspensão de extrato de folhas de Psidium guajava L. (goiabeira) sob a pressão arterial e balanço hidroeletrolítico de ratos Wistar sob dieta com sobrecarga de sódio.(2019) Braga, Daiane Cristina de Assis; Cardoso, Leonardo Máximo; Dores, Rosana Gonçalves Rodrigues das; Cardoso, Leonardo Máximo; Haibara, Andréa Siqueira; Lima, Wanderson Geraldo de; Dores, Rosana Gonçalves Rodrigues dasA hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica multifatorial que tem grande prevalência na população mundial atualmente. Um dos fatores de risco é a alimentação com alto teor de sódio. Algumas classes de medicamentos já são destinados ao tratamento da hipertensão. Contudo, em decorrência de efeitos colaterais, falta de eficiência na redução dos níveis pressóricos e intolerância a estes medicamentos, tem aumentado a necessidade de descoberta para novos medicamentos. Estudos etnofarmacológicas têm apontado várias plantas como potenciais agentes anti-hipertensivos, dentre eles Psidium guajava L. (goiabeira). O objetivo desse trabalho foi investigar o potencial anti-hipertensivo da suspensão obtida a partir do extrato etanólico de folhas de Psidium guajava L. (SPs) em um modelo de hipertensão sódio-dependente e avaliar possíveis mecanismos correlacionados à ação hipotensora. Para tanto, ratos Wistar foram submetidos a uma dieta contendo 0,9% de Na+ - grupo High salt (HS) ou 0,27% de Na+ grupo controle do desmame até a 16ª semana. Nas últimas 4 semanas, com hipertensão já estabelecida no grupo HS, animais de ambos os grupos foram subdivididos para diferentes tratamentos. Consumo de ração, sódio, ingestão de água e medida de volume urinário foram feitos em gaiolas metabólicas na 12ª e 16ª semanas por 24 horas. A partir da 13ª semana pós desmame, os animais começaram a receber, via gavagem, suspensão de extrato de folhas de goiabeira (SPs, 100 mg.kg-1 ou 200 mg.kg-1 ), furosemida (20 mg.kg-1 ) ou 1 mL de água destilada (placebo) por 4 semanas. Ao final do tratamento, pressão arterial foi medida por método direto em animais com livre movimentação na gaiola (não-anestesiados) e um teste farmacológico para se avaliar “drive” simpático foi feito com hexametônio (20 mg.kg-1 ). SPs foi caracterizado quantitativamente por dosagens de compostos fenólicos, flavonoides e atividade antioxidante e qualitativamente por CLAE-UV. Os resultados mostram que o processo de extração preserva vários fitoquímicos com ação potencial no sistema cardiovascular. O tratamento com SPs foi efetivo em reverter o quadro de hipertensão nos animais HS sem produzir hipotensão em ratos controle. A dose efetiva para esse efeito foi a da 200 mg.kg-1 reduzindo os níveis pressóricos basais dos animais do grupo HS SPs 200 em 10% em relação ao grupo HS placebo. Os dados de balanço hidroeletrolítico sugerem que o SPs não produziu efeito diurético. Por outro lado, os experimentos com hexametônio sugerem um efeito sobre a atividade simpática que pode ser responsável por pelo menos parte dos efeitos anti-hipertensivos do SPs. Portanto, conclui-se que o SPs pode ser um agente anti-hipertensivo com uso potencial no tratamento da hipertensão arterial, em especial a origem sódio-dependente.Item Estudo biomonitorado para avaliação das atividades antiinflamatória e analgésica da folhas da espécie Protium spruceanum (Benth) Engler. (Burseraceae).(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Rodrigues, Ivanildes Vasconcelos; Souza, Gustavo Henrique Bianco deNesta dissertação foi realizado o estudo biomonitorado das atividades analgésica e antiinflamatória in vivo e da propriedade antioxidante in vitro do extrato etanólico bruto (EEB) das folhas de Protium spruceanum (Benth.) Engler. Foram utilizados ensaios de detecção das principais classes de metabólitos secundários presentes no EEB e técnicas cromatográficas para isolamento de constituintes majoritários das frações mais ativas. Os teores de FT e de FVT foram determinados por métodos espectrométricos. As atividades farmacológicas in vivo foram avaliadas pelo método de edema de pata induzido por carragenina para determinar a atividade antiinflamatória e métodos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, placa quente e formalina para determinação da atividade antinociceptiva. A toxicidade aguda foi determinada a fim de avaliar os efeitos tóxicos do EEB. Observou-se a presença de compostos fenólicos, taninos, flavonóides, saponinas, triterpenos, esteróides, xantonas e cumarinas. O constituinte majoritário encontrado na fração FHEX foi a mistura de α e β-amirinas. Nas frações FDCM e FMEOHF foram isolados três flavonóides, ainda em fase de identificação. Na determinação da propriedade antioxidante foram observados resultados significativos para EEB e frações FMEOH-1, FDCM e PDCM comparadas ao padrão de ácido gálico, onde FDCM apresentou melhor resultado. O EEB apresentou aproximadamente 18 % de compostos fenólicos e a fração FDCM apresentou maior teor de FVT. Na avaliação da atividade antiinflamatória foi possível observar atividade significativa para FHEX e FMEOH-1. Após o fracionamento de FMEOH-1, as frações FMEOH-F e FDCM apresentaram atividade significativa. Observouse também significativa atividade antinociceptiva para as frações FHEX e FMEOH-1 frente ao método de contorções abdominais. Pelo método de placa quente, o EEB, na maior dose administrada, foi capaz de aumentar o TL inicial após 60 minutos da administração, e após a partição, apenas a FHEX apresentou atividade antinociceptiva significativa. No modelo de formalina, o EEB e a FHEX apresentaram atividade antinociceptiva apenas na Fase II. As atividades analgésica central e periférica, e antiinflamatória da FHEX podem ser atribuídas a presença da mistura dos triterpenos α e β-amirina, principal constituinte desta fração. A atividade antiinflamatória das frações FMEOH-1, FMEOH-F e FDCM pode ser atribuída ao considerável teor de compostos fenólicos, principalmente flavonóides, nestas frações. Não foi possível estabelecer a DL50 em camundongos para a administração do EEB até a dose de 6 g/kg.Item Estudo fitoquímico e atividades biólogicas de extratos etanólicos especiés Nectandra nitidula, Curatella americana e Albizia niopoides.(2019) Lima, Lienne D’Auria; Brandão, Geraldo Célio; Teixeira, Luiz Fernando de Medeiros; Magalhães, José Carlos de; Santos, Orlando David Henrique dos; Brandão, Geraldo CélioFoi realizada uma triagem fitoquímica preliminar de extratos das espécies Curatella americana, Nectandra nitidula e Albizia niopoides ocorrentes no estado de Minas Gerais. Os extratos foram preparados via percolação exaustiva a frio com etanol (92,8o GL), os principais metabólitos secundários foram identificados por cromatografia em camada delgada comparando-se com amostras de referência, e pela técnica de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a ultravioleta, espectrometria de massa (CLUE-UV-EM) e espectrometria de massa sequencial (EMEM). Os principais constituintes identificados foram flavonoides da classe flavonol para a espécie Curatella americana e alcaloides da espermidina para a espécie Albizia niopoides. O extrato de folhas de C. americana foi submetido a um fracionamento por partição líquido-líquido, utilizando solventes de polaridade crescente. A fração em acetato de etila foi refracionada por cromatografia de exclusão molecular utilizando resina de Sephadex LH-20, e por cromatografia em coluna de sílica gel de fase reversa ligada a octadecilsilano (C18), e obteve dois sólidos isolados denominados CAFAE-1 e CAFAE-2. Neste trabalho foram realizados ensaios que permitiram a avaliação da atividade citotóxica, anti-Zika vírus, antibacteriana e anti-Trypanosoma cruzi dos diferentes extratos. O extrato de folhas de C. Americana mostrou-se moderamente citotóxico, mas com atividade significativa contra o Zika vírus, com CE50 de 85,23 μg/mL (IS = 2,56). Adicionalmente, a fração acetato de etila também apresentou forte atividade contra o Zika vírus com CE50 de 40,72 μg/mL (IS = 1,38), enquanto que somente a CAFAE-1 mostrou atividade contra o Zika vírus com CE50 de 152,8 μg/mL (IS = 2,0). A espécie N. nitidula revelou-se moderadamente citotóxica e foi ativa contra o Zika vírus com CE50 104,2 μg/mL (IS = 1,38), além disso, apresentou atividade antibacteriana contra Staphylococcus spp. O extrato de caules da espécie A. niopoides mostrou-se moderamente citotóxico para linhagens de células Vero e MRC-5 com CC50 de 62,22 e 30,54 μg/mL, respectivamente. Adicionalmente, este extrato apresentou uma atividade antibacteriana significativa contra a maioria das bactérias Gram-positivas e negativas testadas. Já o extrato de folhas dessa espécie demonstrou ausência de citotoxicidade e foi o mais ativo contra as formas amastigotas de T. cruzi, demonstrando 85% de inibição desses parasitos (IS = 2,65). Portanto, conclui-se que os constituintes de média polaridade podem ser os responsáveis pela atividade anti-Zika vírus observada e que os alcaloides da espermidina podem ser os responsáveis pelas atividades biológicas observadas para a espécie Albizia niopoides.Item Estudo químico de extratos e frações de Maytenusimbricata Mart. ex. Reissek e de seus fungos endofíticos.(2013) Trindade, Izabel Cristina; Vieira Filho, Sidney AugustoNeste trabalho, teve-se como objetivo dar continuidade a estudos realizados com Maytenus imbricata. Durante o desenvolvimento do trabalho foram realizados experimentos envolvendo a purificação de frações obtidas através de fracionamento de extratos polares e apolares de Maytenus imbricata. O isolamento dos constituintes das folhas foi realizado utilizando-se métodos cromatográficos clássicos como cromatografia em coluna e cromatografia em camada delgada. A determinação estrutural foi realizada utilizando-se dados obtidos através de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e de carbono (RMN de 1H e de 13C). Foi possível o isolamento e identificação de 5 constituintes pertencentes a classe dos triterpenos pentacíclicos. Foram realizados estudos inéditos com fungos endofíticos isolados de diferentes partes de M. imbricata. Os fungos foram cultivados com o objetivo de se obter extratos metanólicos e em acetato de etila. Os extratos foram submetidos a fracionamento através de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrômetro de Massas (CG-EM) e os constituintes isolados foram analisados através do banco de dados NIST. Foram identificados 27 constituintes de diferentes classes químicas. Os fungos também foram cultivados em lâminas para posterior identificação microscópica.Item Interações medicamentosas entre fitoterápicos padronizados pelo Sistema Único de Saúde e medicamentos convencionais.(2022) Rúbio, Karina Taciana Santos; Nascimento, Maria Alice Pereira do; Martucci, Maria Elvira PoletiAs plantas medicinais e os fitoterápicos são alternativas para o tratamento de diversas doenças. O Sistema Único de Saúde (SUS) possui 12 fitoterápicos padronizados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME): alcachofra, aroeira, babosa, cáscara-sagrada, espinheira-santa, garra-do-diabo, guaco, hortelã, isoflavona-de-soja, plantago, salgueiro e unha-de-gato. O objetivo deste trabalho foi avaliar os eventos adversos destes fitoterápicos e as possíveis interações medicamentosas resultantes do seu uso concomitante com medicamentos convencionais. O trabalho foi realizado por meio de uma revisão narrativa da literatura no período entre 1995 e 2020. As plantas medicinais e/ou os medicamentos fitoterápicos são constituídos de compostos químicos, que em sua maioria são responsáveis pelas suas variadas ações farmacológicas. A composição química complexa aumenta a possibilidade de interações quando medicamentos convencionais são utilizados concomitantemente. As interações podem ser benéficas ou desfavoráveis, podendo potencializar o efeito de fármacos, reduzir a eficácia, resultar em reações adversas ou não alterar o efeito esperado do fármaco. Ressaltou-se a importância de considerar os fitoterápicos/plantas medicinais com a mesma importância que os medicamentos sintéticos, baseando a conduta clínica em evidências científicas confiáveis, reconhecendo sua eficácia, mas também seus efeitos adversos e a possibilidade de interações medicamentosas tornando, assim, seu uso mais seguro e eficaz.Item Investigação do potencial antitumoral do extrato polar in natura e veiculado de flores de Sambucus nigra L.(2018) Pereira, Deise Inocêncio; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Silva, Glenda Nicioli da; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Costa, Daniela Caldeira; Vieira Filho, Sidney AugustoA espécie Sambucus nigra L. é originária da Europa e foi introduzida no Brasil devido seu disseminado uso na medicina popular na forma de infusão, pelas suas propriedades diuréticas e depurativas associadas a enfermidades como febre, doenças renais e gripe. Entretanto, há necessidade de expandir os estudos sobre essa espécie, principalmente com foco na sua atividade antitumoral. O câncer, atualmente, é uma doença que acomete grande parte da população mundial, por isso tornou-se frequente alvo de pesquisas. Para o Brasil, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no biênio de 2018-2019, estimamse 6.690 novos casos de câncer de bexiga em homens e 2.790 novos casos em mulheres. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antitumoral do extrato e frações das flores de S. nigra L. em células de carcinoma urotelial (linhagem T24) e sua seletividade utilizando células humanas de fibroblastos (MRC-5). Extrato Etanólico Bruto (EEB) e frações (hexânica, acetato de etila, butanólica e hidrometanólica) das flores de S. nigra L. foram obtidos por percolação e partição líquido:líquido, sendo posteriormente caracterizados por CLUE-DAD-EM/EM. Foram identificadas 9 moléculas de flavonoides na F-BuOH (rutina, isoquercitrina, isoramnetina-3-Orutinosídeo, canferol-3-O-glicosídeo, luteolina-7-O-rutinosídeo, luteolina-4'-O-rutinosídeo, isoramnetina-7-O-rutinosídeo, luteolina-7-O-glicopiranosídeo e selgin-7-O-glucoside). Na avaliação da atividade citotóxica, no tempo de 24 horas, observou-se atividade do EEB e da FBuOH nas menores concentrações avaliadas para linhagem T24. Entretanto, não houve redução da viabilidade das células MRC-5, indicando seletividade. Pelo estudo fitoquímico, observouse que a atividade da F-BuOH pode estar correlacionada majoritariamente com o alto teor de flavonoides totais presentes, principalmente a rutina. A F-BuOH foi veiculada em soluções micelares de F127 pelo método de dispersão a frio (DF), e os resultados da citotoxicidade observados para as formulações contendo a F-BuOH incorporada demonstraram que a formulação com maior concentração de F127 e menor concentração de F-BuOH foi citotóxica para as células T24. A formulação com menor concentração de F127 e maior concentração de F-BuOH não induziu redução na viabilidade celular em nenhuma concentração avaliada. Por meio desses resultados concluiu-se que o aumento da concentração de F127 na formulação potencializou os efeitos citotóxicos da fração. O ensaio de liberação in vitro da formulação com a fração butanólica incorporada utilizando a rutina como biomarcador demonstrou que as micelas liberam a fração em proporção similar e gradualmente ao longo do tempo, mas a quantidade liberada foi muito pequena, devido a uma possível interação dos flavonoides presentes na F-BuOH com as cadeias poliméricas do F127. Os resultados obtidos demonstram que os flavonoides presentes nas flores de S. nigra L. são os possíveis responsáveis pela atividade citotóxica nas células de carcinoma de bexiga, ademais as soluções micelares atuam conjuntamente para aumentar a ação da F-BuOH e podem se tornar uma abordagem interessante para um futuro tratamento do tumor de bexiga.Item Plantas com possível atividade hipolipidêmica : uma revisão bibliográfica de livros editados no Brasil entre 1998 e 2008.(2011) Pizziolo, Virgínia Ramos; Brasileiro, Beatriz Gonçalves; Oliveira, Tânia Toledo de; Nagem, Tanus JorgeO objetivo deste trabalho foi realizar levantamento sobre as plantas medicinais indicadas para o tratamento da hiperlipidemia, hipercolesterolemia e/ou aterosclerose. Este estudo foi feito a partir da pesquisa bibliográfica em 32 livros publicados no Brasil entre 1998 e 2008, resultando em lista de 85 espécies distribuídas em 53 famílias, rincipalmente Asteraceae e Fabaceae, com 54 espécies exóticas e 31 nativas. As espécies mais citadas foram Allium sativum (Alliaceae), Cynara scolymus (Asteraceae), Curcuma longa (Zingiberaceae), Allium cepa (Alliaceae), Echinodorus grandiflorus (Alismataceae), Taraxacum officinale (Asteraceae), Vernonia condensata (Asteraceae), Cuphea carthagenensis (Lythraceae) e Curcuma zedoaria (Zingiberaceae). As espécies nativas, citadas em pelo menos 2 livros, foram investigadas para alguma evidencia científica relacionada a possíveis efeitos hipolipidêmico, hipocolesterolêmico e/ou contra aterosclerose. Somente foram encontrados estudos científicos, relacionados a estes efeitos, para as espécies nativas Cuphea carthagenensis e Echinodorus grandiflorum, indicando a necessidade de pesquisas que possam garantir a segurança e a eficácia do uso destas espécies.Item Revisões em processos e técnicas avançadas de isolamento e determinação estrutural de ativos de plantas medicinais.(Editora UFOP, 2011) Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Mello, João Carlos Palazzo de; Lopes, Norberto PeporineItem Síntese, modelagem molecular e avaliação da atividade tripanossomicida in vitro de cumarinas triciclicas bioativas.(2018) Coelho, Gleicekelly Silva; Taylor, Jason Guy; Taylor, Jason Guy; Carneiro, Vânia Maria Teixeira; Hilário, Flaviane FranciscoA doença de Chagas é uma infecção grave causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, através do contato direto com as fezes dos insetos vetores (triatomíneos ou barbeiros). Essa doença acomete cerca de 9,8 a 11 milhões de pessoas em 21 países da América Latina. A principal forma de tratamento dessa doença ainda se baseia no uso de dois fármacos, o benzonidazol e o nifurtimox, que, muitas vezes, apresentam efeitos colaterais graves, e algumas vezes, enfrentam resistência por parte dos protozoários. Com isso, existe uma necessidade de novos estudos objetivando a produção de moléculas com atividade tripanocida para o tratamento da doença de Chagas. A utilização de produtos naturais como fontes de novas estruturas, para a produção de novos fármacos a serem utilizados no tratamento de diversas doenças, tem despertado grande interesse nos últimos anos. Uma classe de moléculas que tem chamado bastante atenção nos últimos anos são as cumarinas, família de compostos heterocíclicos oxigenados, presentes em plantas ou de origem sintética. O grande interesse sobre estes compostos é devido à sua atividade biológica contra diferentes patologias, tais como, leishmaniose, malária, doença de Chagas, dentre outras. Neste trabalho foram sintetizados dezoito cumarinas através de organocatálise carbeno N-heterocíclica (NHC), sendo quinze inéditas. Foram realizados estudos de ancoramento molecular dos compostos com a enzima triosefosfato isomerase (TIM) humana e tripanossomal, além, de estudo in sílico dos parâmetros físico-químicos. As cumarinas obtidas foram submetidas a ensaio biológico in vitro frente às formas intracelulares do Trypanossoma cruzi, com o objetivo de serem futuros precursores no tratamento da doença de Chagas. Dentre os dezessete compostos testados, dez se mostraram mais ativos que o fármaco de referência benzonidazol, sendo que o composto (76) foi o mais ativo contra T. cruzi, condizente com o estudo de ancoramento molecular, no qual o mesmo composto apresentou forte interação com a enzima TIM de T. cruzi (-144,45 kcal.mol-1). O composto (64) foi o mais seletivo da série, com índice de seletividade superior a 262,3. Considerando o conjunto de resultados obtidos, a maior parte dos compostos se mostraram promissores candidatos a ensaios in vivo. Novos estudos devem ser realizados para estabelecer relações de estrutura/atividade e determinar o mecanismo de ação dos compostos mais ativos.