Atividade antioxidante e anti-inflamatória de extratos vegetais com potencial fitoterápico.
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Data
2021
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Resumo
A obesidade é acompanhada de inflamação sistêmica crônica de baixo grau e
estresse oxidativo, estando associada ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes
mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. O aumento de
espécies reativas de oxigênio (ERO), somado a outras modificações sofridas pelos adipócitos,
estimula as citocinas pró-inflamatórias via fator nuclear kappa B (NF-kB), principal via de
transcrição de diversos genes inflamatórios. É de grande interesse que terapias coadjuvantes
eficazes contra o estresse oxidativo e a inflamação associados à obesidade, como a identificação
de compostos naturais capazes de aumentar o poder antioxidante e anti-inflamatório do
organismo, sejam estudados. Objetivou-se estudar e comparar os efeitos protetores de
fitoterápicos, podendo contribuir com informações sobre o potencial de ação dessas espécies
em relação a capacidade antioxidante in vitro e anti-inflamatória em cultura de células das
espécies Curcubita moschata (CMO e CMV), Juniperus chinensis (JC), Peucedanum
ostruthium (PO), Pinellia ternata (PTO e PTV) Breit., Rubus coreanus (RC), Rubus chingii Hu
(RCH), Solanum tuberosum (STV e ST) e Viola mandshurica (VM). A atividade antioxidante
foi determinada pelo teor de substâncias redutoras totais do reagente Folin-Ciocalteau, método
FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power) e ORAC (Oxygen radical absorbance capacity).
A atividade anti-inflamatória foi avaliada por meio da produção de óxido nítrico (NO), fator de
necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina 10 (IL-10), induzida por lipopolissacarídeo (LPS)
em células de macrófagos de murinos RAW 264.7. A produção de NO foi avaliada por meio
do teste do reagente de Griess, e IL-10 e TNF-α por kit ELISA. Os extratos PTO, RCH, RC,
PTV e VM obtiveram as maiores capacidades redutoras e as maiores capacidades antioxidantes
pelo método FRAP, sendo PTO o maior valor FRAP. O extrato RCH apresentou o maior valor
ORAC, seguida pela RC e VM. Dessa forma, é provável que o extrato PTO possua como
mecanismo preferencial para atuação como antioxidante a doação de elétrons. O extrato RCH,
RC e VM parecem atuar como antioxidante por doação de elétrons e transferência de íons
hidrogênio. Todos os extratos apresentaram atividade anti-inflamatória, seja pela redução da
produção de citocinas pró-inflamatórias, NO e TNF-α, e/ou pelo aumento da citocina anti-
inflamatória, IL-10. Os extratos RC e JC diminuíram a produção de NO em todas as
concentrações estudadas, de forma dose-dependente, com reduções de até 68,63% e 64,91%,
respectivamente, em relação a amostra não tratada. Da mesma forma, o tratamento com a PTO
resultou no aumento, de forma dose depende, em até 6x da IL-10, em relação a amostra não
tratada.Osfitoterápicos em questão apresentam atividade antioxidante e anti-inflamatória, com
especial destaque ao extrato de Rubus coreanus, que uniu os dois efeitos aqui objetivados.
Descrição
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
Palavras-chave
Inflamação, Plantas medicinais
Citação
PEIXOTO, Thainá Gomes. Atividade antioxidante e anti-inflamatória de extratos vegetais com potencial fitoterápico. 2021. 68 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2021.
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