Navegando por Assunto "Agentes antiinflamatórios"
Agora exibindo 1 - 7 de 7
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item Avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico contendo extratos de Lychnophora pinaster e Symphytum officinale.(2010) Pinheiro, Paola Torres Silva Gandine; Guimarães, Andrea Grabe; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Mosqueira, Vanessa Carla FurtadoO processo inflamatório é uma resposta dos tecidos a estímulos nocivos através de alterações celulares e vasculares. Em geral são processos dolorosos e incômodos para os pacientes e o tratamento convencional é realizado com a utilização dos Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), apesar das reações adversas que provocam. No Brasil e em todo o mundo plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são utilizados pela população para tratamento e prevenção de doenças, incluindo as inflamatórias. É o que ocorre com as espécies brasileiras, Lychnophora pinaster Mart. e Symphytum officinale L., utilizadas para tratamento de inflamação, dor e reumatismo, e que já tiveram a ação antiinflamatória demonstrada. Com base no exposto, este trabalho teve por objetivo a avaliação da atividade antiinflamatória de formulações de uso tópico, como gel, emulgel e nanoemulsão, contendo extratos de Lychnophora pinaster ou Symphytum officinale. A avaliação da atividade das formulações foi realizada em modelo de edema de pata induzido pela carragenina. Todas as formulações obtidas apresentaram aspecto homogêneo e odor característicos. A medida da viscosidade para as formulações base obtidas para o gel de hidroxietilcelulose 7 %, gel de hidroxietilcelulose 14 % e emulgel foi respectivamente de 1299782,00, 555632,00 e 373067,20 cP. Os emulgéis obtidos (base e contendo os diferentes extratos vegetais) apresentaram pH igual a 6,5, para os géis preparados com a utilização de hidroxietilcelulose a 7 % e 14 % (base e contendo os extratos ou nanoemulsão) a medida deste parâmetro foi 6,0 e 6,5 respectivamente. As formulações emulgel e géis base foram avaliadas durante 180 dias de estocagem, e durante este período não apresentaram alterações nas características observadas. Todas estas formulações foram de fácil aplicação. As nanoemulsões foram obtidas como suspensões coloidais com tamanho da partícula variando entre 233,0 ± 9,39 e 245,1 ± 8,17 nm e apresentaram distribuição de tamanho unimodal, com índice de polidispersão menor que 0,184 ± 0,041. A administração tópica das formulações emulgel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) e gel contendo nanoemulsão de L. pinaster a 2,0 % apresentou maior atividade que o Cataflam Emulgel (cada 1,16 g equivale a 1,0 g de diclofenaco potássico), as nanoemulsões contendo L. pinaster a 1,25 % e 2,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao medicamento Cataflam Emulgel, enquanto que a nanoemulsão contendo L. pinaster a 0,625% e o gel contendo L. pinaster nas duas concentrações avaliadas (2,0 % e 5,0 %) não demonstraram atividade farmacológica. A administração tópica das formulações gel e emulgel contendo S. officinale a 10,0 % e 16,0 % mostraram atividade antiinflamatória similar ao Cataflam em emulgel, as formulações emulgel contendo S. officinale a 2,0 % e 5,0 % não apresentaram atividade. A comparação entre as formulações mostra que o emulgel e a nanoemulsão contendo Lychnophora pinaster na concentração de 2,0 % e 1,25 %, respectivamente foram as formulações mais interessantes e satisfatórias dentre as analisadas para esta espécie vegetal, visto que apresentaram atividade antiinflamatória significativa com baixas concentrações de extrato, além da facilidade de produção e administração. Em relação ao Symphytum officinale, as formulações emulgel e gel contendo o extrato bruto glicólico da espécie nas concentrações 10,0 e 16,0 % também foram consideradas satisfatórias, pois além da atividade antiinflamatória semelhante ao cataflam em emulgel, elas também se apresentaram de fácil produção e administração.Item Avaliação de atividades farmacológicas de diferentes espécies de Lychnophora utilizadas pela população.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Guzzo, Luciana Souza; Guimarães, Andrea GrabeAs espécies do gênero Lychnophora são plantas nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular como analgésico e antiinflamatório. Os extratos etanólicos de seis espécies de Lychnophora foram avaliados após a administração oral em camundongos quanto ao efeito antinociceptivo no método da placa quente e no método de contorções induzidas pelo ácido acético e quanto ao efeito antiinflamatório tópico no método de edema de pata induzido pela carragenina. No método da placa quente, os extratos etanólicos das espécies L. pinaster na dose 0,75 g/kg e L. ericoides na dose 1,50 g/kg aumentaram significativamente a variação do tempo de latência para lamber as patas. Os extratos de L. passerina, L. candelabrum e L. pinaster na dose 0,75 g/kg e de L. ericoides e L. trichocarpha em ambas doses avaliadas (0,75 e 1,50 g/kg) reduziram significativamente o número de contorções induzidas pelo ácido acético. A administração das pomadas de L. pinaster e L. trichocarpha em ambas concentrações avaliadas (5 e 10%) e de L. passerina e L. candelabrum 10% reduziram significativamente o edema de pata mensurado 3 h após a administração subplantar de carragenina 0,1%, evidenciando pela primeira vez a atividade antiinflamatória tópica de espécies de Lychnophora. O método de mensuração do edema de pata pelo paquímetro foi validado mostrando-se tão efetivo quanto o método de mensuração pelo pletismômetro. Com o objetivo de detectar reações adversas advindas da administração oral de extratos de L. ericoides e L. trichocarpha, os mesmos foram avaliados quanto à atividade sobre o sistema nervoso central, antes, 1, 2, 4 e 24 h após administração das soluções, no método do campo aberto, que avalia a atividade locomotora e capacidade exploratória dos animais e nos métodos de haste girante e tração, os quais avaliam a coordenação motora e força muscular dos animais, respectivamente. No método do campo aberto, os extratos etanólicos de L. ericoides (1,50 g/kg) em 1 h, de L. trichocarpha na dose 0,75 g/kg em 2 h e na dose 1,50 g/kg nos tempos 1, 2 e 4 h causaram inibição significativa da atividade locomotora dos animais evidenciada pela redução do número de quadrados percorridos em 5 min. Os extratos etanólicos de L. ericoides (0,75 g/kg) em 24 h, de L. trichocarpha na dose 0,75 g/kg em 2 h e na dose 1,50 g/kg nos tempos 1, 2 e 4 h causaram redução da capacidade exploratória dos Resumo animais, evidenciada pela redução significativa do número de vezes que o animal levanta em 5 min. A redução da locomoção espontânea tal como da capacidade exploratória em relação ao grupo controle são indicativas de atividade sedativa desses extratos. Os extratos de L. ericoides e L. trichocarpha em ambas doses avaliadas (0,75 e 1,50 g/kg) e em todos os tempos avaliados não causaram alteração significativa da coordenação motora e tônus muscular dos animais. Além da avaliação da atividade sobre o SNC, no presente estudo para melhor estabelecer a segurança terapêutica do extrato de L. ericoides, a espécie mais utilizada pela população, a atividade cardiovascular foi avaliada de 90 a 120 min após sua administração por via oral. Os resultados demonstraram que o extrato de L. ericoides na dose 1,50 g/kg, causou aumento da pressão arterial sistólica e diastólica e da freqüência cardíaca dos animais. O presente trabalho demonstrou comparativamente as atividades antinociceptiva e antiinflamatória de seis espécies de Lychnophora, a atividade sedativa das espécies L. ericoides e L. trichocarpha e a atividade hipertensiva e cronotrópica positiva da espécie L. ericoides na maior dose avaliada fornecendo conhecimento científico para o uso racional e direcionado das espécies estudadas na medicina popular.Item Efeito da Resolvina D1 na infecção experimental aguda e crônica pela Cepa Brazil do Trypanosoma cruzi.(2020) Horta, Aline Luciano; Silva, André Talvani Pedrosa da; Huang, Huan; Weiss, Louis M.; Silva, Vanessa Pinho da; Rachid, Milene Alvarenga; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Costa, Daniela CaldeiraA doença de Chagas é ainda hoje um grande problema médico- social que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no mundo todo. Transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), esta infecção desencadeia processos inflamatórios agudos e crônicos que, em última instância, culminam em disfunções neurológicas, digestórias e cardíacas em graus distintos. A ineficácia e alta toxicidade das terapias disponíveis para o tratamento da doença Chagas reforçam a necessidade de novas estratégias farmacológicas efetivas e seguras contra este parasito. A resolvina D1 (RvD1) é um mediador lipídico de pró-resolução com ações mitigadoras sobre a resposta inflamatória. Por esta ação imunoduladora, o presente estudo avaliou se o tratamento com a RvD1 atuaria sobre a imunopatogênese induzida pelo T. cruzi em modelo experimental murino. Assim, camundongos do modelo CD-1 foram infectados pela cepa Brazil do T. cruzi e tratados com 3 µg/kg de RvD1, por via intraperitoneal, nos dias 5, 10, e 15 pósinfecção e eutanasiados 45º dia pós-infecção (dpi) (fase aguda). Na fase crônica, os animais foram tratados com a mesma dosagem nos dias 60, 65, e 70 pós-infecção, e submetidos ao exame ecocardiográfico aos 90 dpi, e sacrificados com 120 dias de infecção. Após a eutanásia, o sangue e o coração foram coletados para ensaios imunoenzimáticos (IFN-γ, TGF-ß, IL-10), análise do infiltrado inflamatório, formação de tecido fibroso e quantificação relativa do RNA em tempo real - qPCR (TGF-ß). A terapia com RvD1 aumentou a sobrevida e reduziu o número de parasitos observados em animais em fase aguda de infecção, além de reduzir os níveis de IFN-γ e TGF-ß em fase crônica. Também observamos um aumento nos níveis de IL-10 em animais tratados com RvD1 tanto na infecção aguda quanto na crônica, e redução dos níveis de TGF- ß (mRNA) e do conteúdo de colágeno no tecido cardíaco. Juntos, estes dados indicam que a terapia com RvD1 minimiza a resposta inflamatória induzida por este parasito e previne a formação de fibrose cardíaca, contribuíndo para o quadro resolutivo da infecção experimental pela cepa Brazil do T. cruzi.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Mart.) sobre biomarcadores inflamatórios em mulheres eutróficas e com sobrepeso.(2017) Castro, Thalles de Freitas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira de; Amaral, Joana Ferreira do; Costa, Daniela Caldeira; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina PinheiroA obesidade é uma doença multifatorial dependente de determinantes genéticos e disfunções endócrinas, relacionada, a um processo inflamatório de baixo grau. Efetivamente, o aumento dos estoques de gordura corporal observado na obesidade está associado a complicações metabólicas podendo induzir uma elevação nas concentrações destes biomarcadores inflamatórios. Alguns fatores modulam a inflamação como, por exemplo, a composição corporal, os parâmetros bioquímicos e de dieta; assim como a inflamação também pode modular tais fatores. Assim, a inflamação subclínica, característica do excesso de peso e da obesidade, exerce efeitos diretos sobre o metabolismo de carboidratos e lipídeos, bem como sobre a sensibilidade à insulina, desempenhando a capacidade de modular a composição corporal. Com relação ao fator dietético, o consumo adequado de polifenóis é essencial para manter o equilíbrio metabólico, controlar a inflamação subclínica e tem sido correlacionado com a baixa incidência de doenças crônicas. O açaí é um fruto que possui efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. No entanto, poucas são as evidências disponíveis em relação ao seu potencial efeito benéfico na resposta inflamatória. Este estudo teve como objetivo verificar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre os biomarcadores inflamatórios em mulheres aparentemente saudáveis. Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos de voluntários do sexo feminino, com idade entre 18 e 35 anos. A intervenção consistiu no consumo de 200g de polpa de açaí diariamente durante 30 dias consecutivos. As participantes foram selecionadas segundo o índice de massa corporal (IMC) e divididas em dois grupos: 1- eutrofia (IMC: 18,5 a 25 Kg/m2) e 2- excesso de peso (IMC: 26 a 35 Kg/m2). Inicialmente as voluntárias responderam a questionários de dados pessoais e hábitos de vida, escala de atividade física, registro alimentar de 72 horas, bem como foram realizadas medidas antropométricas, de composição corporal pela bioimpedância (BIA) e coleta de sangue. Por meio da coleta de sangue serão analisadas variáveis bioquímicas e marcadores inflamatórios (TNF-α, sCD40L, PCR, RANTES). Será realizado teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade da distribuição dos dados e os testes t-Student pareado e Wilcoxon pareado para avaliar o efeito da intervenção utilizando o software PASW Statistics 18 (significância de 5%). Notou-se diferença significativa entre os grupos antes da intervenção exclusivamente para medidas antropométricas e de composição corporal na estratificação pelo IMC. Após a intervenção com o açaí, as voluntárias com excesso de peso, aumentaram suas concentrações de sCD40L e as voluntárias com as concentrações do sCD40l abaixo da mediana diminuíram as concentrações de RANTES. O sCD40L no grupos das voluntárias com peso normal correlacionou-se positivamente com colesterol (r= 0,42); LDL (r= 0,455), em relação ao grupo com excesso de peso a correlação foi positiva com RANTES (0,52); e negativa com IMC (r= -0,63); gordura corporal (r= -0,53); pressão arterial diastólica (r= -0,657) (p< 0,05). Já pela estratificação da mediana o sCD40L teve correlação negativa com o consumo de lipídeo (r= -0,485) nas voluntárias com o o marcador abaixo da mediana e para aquelas com o valor acima da mediana as correlações foram negativas com as pressões arteriais sistólica e diastólica (r= -0,403 e r= -0,498; respectivamente) (p< 0,01). A regressão linear simples mostrou que a RANTES explica o marcador sCD40L (p< 0,05). Houve uma redistribuição e redimensionamento da gordura corporal para a área do tronco, sendo presumível o aumento de gordura visceral, contudo o padrão alimentar e o estado nutricional foram conservados antes e após a intervenção.Item Efeitos da Sinvastatina e do treinamento físico aeróbico sobre o remodelamento cardíaco em cães com cardiopatia chagásica experimental.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Silva, Lilian Melo Pereira; Chianca Júnior, Deoclécio AlvesA fisiopatologia do remodelamento cardíaco na cardiomiopatia chagásica (CC) está baseada na presença do Trypanosoma cruzi e de seus antígenos no tecido cardíaco e na complexa resposta inflamatória capaz de induzir fibrose miocárdica, além de alterações na geometria e função cardíacas. Estratégias para amenizar a inflamação e desacelerar o remodelamento cardíaco na CC tornam-se importantes focos de investigacao. No presente trabalho, avaliou-se o papel da Sinvastatina e do treinamento físico aeróbico (TFA) sobre a resposta inflamatória e a função cardíaca empregando-se o modelo canino por sua similiaridade clínica/fisiopatológica com o desenvolvimento da CC em humanos. Cães sem raça definida, de ambos os sexos (4 meses de idade), foram infectados com a cepa Y do T. cruzi e submetidos, previamente, ao teste de esforço padronizado em esteira elétrica utilizando o limiar de lactato sanguíneo como a condição para definir a freqüência cardíaca do TFA. Os cães (20) foram treinados e/ou tratados com 20 mg de Sinvastatina (Sanval), diariamente, durante 3 meses (fase aguda) e 6 meses (fase crônica). Os animais foram submetidos a avaliações ecodopplercardiográficas e imunopatológicas. Nossos resultados mostraram que o TFA aumentou as concentrações plasmáticas de TNF-alfa e IFN-gama nas fases aguda e crônica da infecção, enquanto a Sinvastatina foi capaz de normalizar os níveis plasmáticos dessas citocinas durante ambas as fases da doença. O TFA também reduziu a concentração de Il-10 na fase crônica da doença, resultado não observado para o grupo tratado com Sinvastatina. Além disso, a Sinvastatina reduziu a fibrose no tecido cardíaco dos cães sedentários e treinados, amenizando o remodelamento cardíaco induzido pela inflamação e melhorando significativamente os parâmetros de função ventricular (delta D, índice cardíaco, fração de ejeção e diâmetro sistólico/diastólico do ventrículo esquerdo). As estatinas mostraram-se capazes de modular a resposta inflamatória e propiciar benefícios funcionais cardíacos, revertendo o processo de aceleração do remodelamento cardíaco durante a CC, principalmente em associação com o TFA. Nossos resultados sugerem que as estatinas (Sinvastatina) devem ser melhor investigadas como provável terapia profilática e/ou complementar contra o remodelamento cardíaco na CC.Item Estudo fitoquímico da fração acetato de etila, avaliação da atividade antiinflamatória in vitro e in vivo da toxicidade em camundongos de Lychnophora trichocarpha spreng.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Ferrari, Fernanda Cristina; Guimarães, Dênia Antunes SaúdeAs Lychnophoras(Asteraceae) são espécies nativas do Brasil, popularmente conhecidas como “arnica” e utilizadas na medicina popular em tratamentos de inflamação, dor, contusões, reumatismos e picadas de inseto. A espécie Lychnophora trichocarphafoi escolhida para um estudo fitoquímico biomonitorado e avaliação da atividade antiinflamatória in vivoe in vitropor ter se mostrado ativa em estudos prévios (FERRAZ FILHA et al., 2006, GUZZO et al., 2008) . A avaliação da toxicidadeaguda do extrato etanólico bruto também foi realizada. No estudo fitoquímico foram analisadas as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro. Os extratos etanólicos (LT1 e LT2) foram submetidos à coluna cromatográfica de filtração originando asfrações hexânica (LTH1), acetato de etila (LTA1 e 2) e metanólica (LTM1 e 2). Das frações LTA1 e LTA2 foram isoladas as lactonas sesquiterpênicas, licnofolida e ermantolida C, o esteróide β-sitosterol, e a mistura de triterpenos pentacíclicos, lupeol, αe β-amirinas. Com o objetivo de determinar o mecanismo de ação da atividade antiinflamatória foram utilizadas metodologias in vitro.Através da metodologia do DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazila) foram observadas atividades antioxidantes de 94% para os extratos etanólicos brutos de ambas as coletas e de 69% para LTA1 na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade antioxidante significativa pelo método avaliado. Os extratos LT1 e LT2 inibiram a xantina oxidase em 64 e 58% e as frações LTA1 e LTA2 de 77 e 41%, respectivamente, na concentração de 100 µg/mL. As substâncias isoladas não apresentaram atividade relevante quando avaliadas separadamente, sugerindo a existência de um sinergismo entre elas. Os extratos LT1 e LT2 e as frações apresentaram inibiçãoda ciclooxigenase-1 de até 100% na concentração de 200 µg/mL. Entre as substâncias isoladas, β-sitosterol e licnofolida apresentaram inibição de 69% e 56%, respectivamente, ambos na concentração de 100µg/mL. Eremantolida C, lupeol e a mistura de lupeol, αe β-amirinas não inibiram significativamente a COX-1. No método do edema de pata induzido pelacarragenina em camundongos, os extratos e frações (10%) e substâncias isoladas (1%)apresentaram atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica montanagel. A variação do edema no grupo controle foi de 22,4 ± 1,5 % (média ± e.p.m). Nos grupos em que foram aplicadas pomadas com as substâncias isoladas, as variações foram significativamente menores: lupeol, αe β-amirinas (6,9 ± 2,6 %), β-sitosterol (9,6 ± 4,3 %), licnofolida (5,3 ± 2,5) e eremantolida C (7,2 ± 1,7 %) e comparáveis ao Diclofenaco (5,30 ± 1,56 %) e à A. montana(5,73 ± 2,10 %). Para avaliação da toxicidade aguda, o extrato etanólico (LT2) foi administrado a camundongos albinos, machos e fêmeas. Foram observados óbitos até o décimo primeiro dia entre os animais que receberam a dose de 0,750 g/kg e até e o sétimo e oitavo dia entre os animais que receberam as doses de 1,125 e 1,500 g/kg respectivamente. Foram detectadas alterações na atividade locomotora e na capacidade exploratória dos animais que receberam a dose de 0,750 g/kg, 1 e 4 horas após a administração do extrato e alteração na força muscular 1 hora após a administração do extrato. A capacidade exploratória também foi reduzida significativamente no grupoque recebeu a dose de 0,50 g/kg 1 e 4 horas após a administração do extrato. Os animais que receberam as doses de0,25; 0,50 e 0,75 g/kg não apresentaram alterações nas dosagens bioquímicas em relação ao grupo controle e apresentaram modificações histopatológicas sutis, como congestão e inflamação renal e hepática A dose de 1,5 g/kg causou sinais de toxicidade mais graves, sendo observadas alterações histopatológicas como hemorragia em 62,5% e congestão pulmonar em 100% dos animais. No cérebro e fígado foi verificada congestão em 62,5% dos animais. O trabalho realizado mostrou que as partes aéreas de L. trichocarphacoletadas nos meses de agosto e outubro e suas frações possuematividades antiinflamatórias equivalentes e, assim como as substâncias isoladas possuem atividades comparáveis ao Diclofenaco gel e à Arnica Montanagel. A espécie mostrou possuir mais de um mecanismo de ação para a atividade antiinflamatória e as análises de toxicidade mostraram que a via oral não é indicada para o uso, sendo a via tópica adequadapara garantir tal atividade.Item Estudo fitoquímico da fração metanólica do extrato etanólico das folhas e avaliação da atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de Campomanesia velutina (Cambess.) O. Berg.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Michel, Marcela Carolina de Paula; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Guimarães, Andrea GrabeAs espécies do gênero Campomanesia (Myrtaceae), popularmente conhecidas como gabiroba ou guavira, são utilizadas na medicina popular para o tratamento de diversas condições clínicas, incluindo inflamação e reumatismo. Apesar do uso tradicional destas espécies, não existem estudos que corroborem sua utilização para esta finalidade. Assim, este trabalho teve como objetivo pesquisar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do extrato etanólico de Campomanesia velutina e de suas frações acetato de etila e metanólica, bem como realizar o estudo fitoquímico da fração metanólica desta espécie vegetal. No estudo fitoquímico, o extrato etanólico bruto (EB) das folhas de C. velutina foi submetido à cromatografia em coluna de filtração originando as frações hexânica (FH), acetato de etila (FA) e metanólica (FM). Do fracionamento cromatográfico de FM foi isolado o flavonol miricetina 3-O-ramnosídeo. Com o objetivo de avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de EB, FA e FM, os mesmos foram submetidos aos métodos in vivo de edema de pata induzido pela carragenina, contorções induzidas pelo ácido acético e placa quente. No método do edema de pata induzido pela carragenina, EB, FA e FM foram administrados por via oral nas doses de 100 e 300 mg/kg e o edema mensurado antes e 3, 6 e 24 h após a administração da solução de carragenina. EB e FA, nas duas doses avaliadas (100 e 300 mg/kg), bem como FM na maior dose (300 mg/kg) inibiram significativamente a formação do edema. A partir da terceira hora foi observada uma redução gradativa no edema desenvolvido para EB (100 mg/Kg; D% 28,53 ± 5,03; 300 mg/kg, D% 26,84 ± 4,79), FA (100 mg/Kg; D% 31,58 ± 8,46; 300 mg/kg, D% 15,02 ± 4,43) e FM (100 mg/Kg; D% 40,21 ± 4,58; 300 mg/kg, D% 19,79 ± 2,89), enquanto para o grupo não tratado esta variação foi de 54,70% ± 8,95. O efeito observado foi comparável ao fármaco padrão, a indometacina (27,32% ± 3,76). No tempo 6 h, foi observada uma menor variação percentual da espessura das patas em todos os grupos. Vinte e quatro horas após a administração da carragenina houve uma acentuada redução no tamanho do edema desenvolvido em todos os grupos. No método de contorções abdominais, EB na dose de 300 mg/kg e FA nas duas doses avaliadas (100 e 300 mg/kg) produziram redução significativa no número de contorções com 84,01%, 65,45% e 71,43% de inibição em relação ao grupo controle, respectivamente. A atividade antinociceptiva destes grupos foi similar à do fármaco padrão, a indometacina (68,66% de inibição). No método da placa quente, o tempo de latência, ou seja, o tempo necessário para que os animais reagissem ao estímulo nociceptivo provocado pelo calor, foi mensurado antes e 30, 60 e 120 minutos após a administração das soluções do extrato, frações, veículo e morfina (fármaco padrão). A administração por via oral de EB, FA e FM não produziu um aumento significativo nos tempos de latência em relação à observação inicial, indicando que a atividade antinociceptiva observada não envolve mecanismos centrais, sendo mediada perifericamente. O extrato etanólico bruto, suas frações acetato de etila e metanólica e as substâncias isoladas da fração metanólica miricetina 3-Oramnosídeo e S43p foram avaliadas in vitro quanto à sua capacidade de modular a produção de NO, TNF-α e IL-10 por macrófagos J774A.1 estimulados por LPS/IFN-γ. A avaliação in vitro mostrou que FA, miricetina e a substância S43p inibiram a produção de NO nos macrófagos J774A.1. A miricetina também induziu a produção da citocina antiinflamatória IL-10. Nenhuma das amostras foi capaz de inibir a produção de TNF-α. Os resultados obtidos demonstraram pela primeira vez a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de C. velutina. Apesar dos mecanismos de ação envolvidos não terem sido completamente elucidados, parecem envolver a via do NO e da IL-10. As substâncias isoladas parecem contribuir para a atividade. Os resultados obtidos justificam o uso da espécie na medicina popular para o tratamento de condições inflamatórias e dolorosas.