Navegando por Autor "Suner, Marcia Maria Arcuri"
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Item As estruturas arqueológicas em Cerro Ventarrón – marcos sociogeográficos, lugares e paisagem durante o Formativo Inicial, Lambayeque, Peru.(2019) Fagundes, Marcelo; Suner, Marcia Maria Arcuri; Gontijo, Bernardo Machado; Vasconcelos, Alessandra Mendes Carvalho; Bueno, Flávia Brasil Baessa; Mafra, Luís Fernando Rangel de OliveiraA costa norte do Peru é uma das regiões responsáveis pelo surgimento da arquitetura monumental no continente sul-americano, destacando-se o remoto desenvolvimento sociocultural e econômico ainda no terceiro milênio da era pré-cristã. Além disso, muito precocemente, grupos que ocuparam essa região foram responsáveis por grandes obras de engenharia (como a irrigação por canais), possibilitando o crescimento vertiginoso de uma agricultura capaz de suportar grandes populações e, consequentemente, do aparecimento da complexidade tecnológica vinculada à produção têxtil, cerâmica e à metalurgia. Todo esse desenvolvimento está diretamente relacionado às cosmologias, que não apenas justificam, mas estruturam a vida nos Andes Centrais durante milênios. Esse trabalho tem como objetivo apresentar como surgem as estruturas arqueológicas em Cerro Ventarrón, no vale de Lambayeque, e como o estudo das características fisiográficas, associado aos conceitos de lugar e paisagem, tem cooperado para a compreensão do modo de vida dos vários grupos que ocuparam a área ao longo de 5 mil anos. Para tanto várias campanhas de campo foram realizadas no intuito de mapear, compreender o sistema de implantação e os vínculos cosmográficos destas estruturas arqueológicas, de acordo com o pensamento andino. Como resultado, observou-se que a implantação destas estruturas está vinculada aos marcos sociogeográficos regionais, contudo associados às formas comuns do pensamento e da organização social compartilhada por distintas sociedades que compõem os Andes.Item Fechamento de mina para as minas setecentistas : inventário dos vestígios e avaliação dos ativos e passivos socioambientais resultantes em Ouro Preto, Minas Gerais.(2021) Barbosa, Viviane da Silva Borges; Lima, Hernani Mota de; Lima, Hernani Mota de; Sobreira, Frederico Garcia; Cavalcant, José Adilson Dias; Suner, Marcia Maria Arcuri; Azevedo, Úrsula Ruchkys deO período conhecido como Ciclo do Ouro foi marcado pelo desenvolvimento de diferentes técnicas de lavra que resultaram em minas urbanas abandonadas. A análise dos benefícios e malefícios oriundos de atividades mineiras pretéritas é escopo do Fechamento de Mina, área de pesquisa que visa estudar e delimitar novos usos para as áreas que foram transformadas pela mineração. A sede municipal de Ouro Preto concentra grande quantidade de estruturas associadas ao Ciclo do Ouro. As minas subterrâneas são os vestígios mais bem preservados; testemunhos do desmonte hidráulico são facilmente identificáveis nos vazios urbanos e pelos robustos reservatórios de lama situados nas encostas dos morros. Entretanto, os registros estavam disseminados em trabalhos acadêmicos, pois não existia um sistema que propusesse a convergência dos registros. Para resolver o problema da falta de articulação, foi desenvolvida a Plataforma Minas Antigas, um sistema de informação geográfica para organizar, armazenar e distribuir dados sobre os vestígios da mineração setecentista. Atualmente, estão cadastrados 170 minas, 42 poços, 32 ruínas, 20 reservatórios e 9 aquedutos. A Plataforma tem como principal objetivo manter os dados atualizados e garantir a reprodutibilidade de diversas linhas de pesquisas. Além da Plataforma Minas Antigas, pode‐ se destacar como principais contribuições desta tese: (i) o detalhamento da técnica do desmonte hidráulico e, especialmente, a estimativa de volume máximo associado ao reservatório de água para serviços de mineração; (ii) o estudo sobre as minas turísticas de Ouro Preto que revelou a importância econômica do setor e que proporciona uma renda per capita de R$ 2.295 por mês; (iii) a análise multicritério que determinou áreas prioritárias para mitigação de riscos em minas e poços abandonados.Item Marcos sociogeográficos e arqueologia de Ventarrón-Collud : fisiografia, lugares persistentes e paisagem para compreensão das ocupações humanas na Costa Norte peruana.(2020) Fagundes, Marcelo; Suner, Marcia Maria Arcuri; Gontijo, Bernardo Machado; Meneses, Ignácio Alva; Vasconcelos, Alessandra Mendes Carvalho; Bueno, Flávia Brasil BaessaAs estruturas do Complexo Arqueológico Ventarrón-Collud ocupam uma área de mais de 300 hectares do Vale de Lambayeque, no entorno da serra Ventarrón, à margem direita do rio Reque. Na sua vertente Oeste encontram-se os sítios arqueológicos Huaca Ventarrón e Collud-Zarpán, distantes entre si em menos de um quilômetro. Quando observadas em conjunto, as estruturas desse complexo formam uma das sequências estratigráficas mais extensas até hoje conhecidas na arqueologia dos Andes Centrais (4.600 a 500 A.P). Esse artigo tem como objetivo discutir acerca dessas estruturas a partir da hipótese de que humanos se apropriam da fisiografia regional para além da materialidade, observando signos que são lidos e interpretados (os marcos sociogeográficos), sendo que a partir deste momento se estabelecem os lugares utilizados em longa duração (os lugares persistentes).Item Paisagem cíclica, lugares de retorno : um estudo de resiliência cultural em Cerro Ventarrón, Lambayeque, Peru.(2023) Fagundes, Marcelo; Suner, Marcia Maria ArcuriCom base nos conceitos de abandono, ancestralidade, memória e resiliência, esse artigo discute temas importantes para a pesquisa arqueológica voltada à compreensão de processos de constituição da paisagem. Além das cosmografias, entende-se a paisagem composta por movimento e dinamismo relacionados ao abandono, integrante das trajetórias históricas. Como estudo de caso, apresentaremos dados do Complexo Arqueológico Cerro Ventarrón, Peru. A discussão está embasada na literatura sobre essas temáticas, nos trabalhos de campo e resultados das análises disponíveis até então. Ao fim, acredita-se que as estruturas arqueológicas Ventarrón indicam que ali o abandono foi consciente, integrado aos processos de resiliência e fio condutor de ideias que permitiram e permitem a reprodução, colaboração e reciprocidade, alicerces do pensamento social nos Andes.Item Paisagem e suas interfaces em pesquisas sobre arte rupestre : um estudo de caso em Serra Negra, Alto Vale do Araçuaí, Minas Gerais, Brasil.(2021) Fagundes, Marcelo; Greco, Wellington Santos; Suner, Marcia Maria Arcuri; Bandeira, Arkley MarquesEste artigo discute possibilidades de uso do conceito de paisagem (culturalista) em estudos sobre conjuntos rupestres. Inicialmente, dedica-se à discussão teórica sobre a paisagem, entendida enquanto uma produção humana sincrônica e diacrônica, composta por múltiplos compartimentos e camadas de trajetórias históricas a partir das quais as pessoas dão sentido à vida. Para tanto, são apresentadas pesquisas sobre arte rupestre e paisagem, desenvolvidas por meio da abordagem simbólico-culturalista, mas com diferentes perspectivas teórico-metodológicas. Por fim, concentra-se nos 04 estudos de sítios de arte rupestre localizados em Serra Negra (MG). O objetivo deste estudo é discutir os dados dessas pesquisas, ressaltando a diversidade teórico-metodológica de análises que consideram tais vestígios arqueológicos apoiados ao conceito de paisagem. Concluímos com a discussão que tanto a arte rupestre quanto a paisagem são marcas remanescentes de uma mesma construção humana que é sempre simbólica.Item Patrimônio mineiro na Serra do Veloso em Ouro Preto-MG : registro, análise e proposição de circuitos geoturísticos interpretativos.(2017) Ferreira, Eduardo Evangelista; Sobreira, Frederico Garcia; Sobreira, Frederico Garcia; Azevedo, Úrsula Ruchkys de; Suner, Marcia Maria ArcuriA presente pesquisa enfoca as atividades de mineração setecentista realizadas na antiga Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto-MG, que deixaram inúmeras marcas dos trabalhos realizados na Serra do Veloso. Marcas que nos remetem a um período histórico tão importante de transformações no Brasil e no mundo e compõem um grande patrimônio arqueológico, histórico e cultural. Neste sentido, objetivou-se contribuir para o resgate, registro, valorização, conservação e fruição do Patrimônio Mineiro existente, em uma área de 589,3 há, na Serra do Veloso, com a proposição de circuitos geoturísticos que contemplem a história da mineração na região. Das bases conceituais abordadas destacam-se os aspectos do patrimônio cultural, geológico e mineiro, e sua relação com o geoturismo. Após pesquisa bibliográfica sobre o tema realizou-se a seleção e tratamento das bases cartográficas digitais da área, encontradas em bancos de dados de órgãos oficiais. A interpretação de fotos aéreas de diferentes datas auxiliou nas atividades de campo, indicando a localização das estruturas remanescentes que foram cadastradas e analisadas geoespacialmente, definindo-se cinco circuitos geoturísticos. Foram identificados os processos e técnicas de mineração de morro utilizados na Serra do Veloso e suas estruturas remanescentes: os locais de desmonte da encosta causada pelo método de talho a céu aberto com área de 40 ha, 45 entradas de galerias subterrâneas, rede de aquedutos com mais de 8 km de extensão, 3 conjuntos de mundéus, além de um provável local de apuração final do ouro. Pela exemplaridade e estado de preservação, foram destacados os geossítios mineiros: Curral de Pedras; Lagoa da Prata; Aqueduto do Pocinho; Mina da Barragem; Ruínas do Paque; Ruínas do Jardim Botânico; e Conjuntos de Mundéus. Nestes locais foram realizados levantamentos aerofotogramétricos, com auxílio de drone, o que gerou ortofotos, imagens panorâmicas em 360º e modelos tridimensionais dos geossítios, que servirão de base para a criação de um museu virtual da mineração colonial em Ouro Preto-MG. O registro realizado e os circuitos geoturísticos propostos contribuem para a valorização e apropriação consciente, pelas populações locais e visitantes, do precioso Patrimônio Mineiro existente na Serra do Veloso. No entanto, iniciativas públicas de formalização do local como um sítio arqueológico são imprescindíveis para ações de conservação das estruturas cadastradas e de valorização e divulgação do patrimônio da mineração.Item As políticas de hospitalidade sob o viés feminino : o acolhimento no Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados em Belo Horizonte (MG).(2023) Silva, Beatriz Flexa Ribeiro Proença Gomes da; Brusadin, Leandro Benedini; Brusadin, Leandro Benedini; Suner, Marcia Maria Arcuri; Frederico, Isabela BarbosaA hospitalidade, permite inúmeros de campos de estudo para analisar associações de indivíduos, um desses campos é a migração e o refúgio, uma vez que o crescimento dos fluxos migratórios contemporâneos vem sendo noticiado na mídia nos últimos anos como uma crise humanitária sem precedentes em todo o globo. Parte desses estudos busca compreender as relações entre os sujeitos migrantes e os possíveis anfitriões em uma premissa da hospitalidade, que se pode compreender como a intercessão entre acolher e hostilizar das relações humanas. Outros fatores nesse processo são as questões de gênero, o viés feminino nessas novas formas de deslocamento, os locais de acolhida atrelados a projetos sociais e religiosos e as interfaces contidas nesses locus. Tendo, por objeto de estudo o feminino no processo de receber realizado no Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) em Belo Horizonte-MG, esta dissertação tem por objetivo analisar as possíveis relações de hospitalidade contemporânea, sob oprisma da dádiva e da fenomenologia do acolhimento entre o processo migratório e gênero. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica baseada em autores da linha francesa de hospitalidade e em estudiosos brasileiros que debatem o tema. Complementando as análises teóricas, há a realização de entrevistas semiestruturadas, de caráter qualitativo, aplicadas presencialmente às colaboradoras do SJMR em Belo Horizonte, soma-se a isto uma pesquisa de campo de observação participante, com caráter analítico, que permite compreender de maneira mais eficaz as relações de hospitalidade que ali ocorrem. Conclui-se que o estudo das trocas entre migrante e a instituição escancara problemas políticos e estruturais que colaboram com a hostilidade dos atendidos, mas, ao mesmo tempo, demonstra que o acolhimento em entidades religiosas é o que mais se aproxima dos ideais da hospitalidade na perspectiva da dádiva.Item Por uma Museologia reflexiva aplicada à gestão de acervos arqueológicos : diretrizes do bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto.(2022) Suner, Marcia Maria ArcuriNeste artigo apresentamos perspectivas conceituais e teóricas que norteiam a formação discente do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto, no que tange às interfaces do patrimônio arqueológico com o universo das artes, da cultura material, das paisagens e do desenvolvimento socioeconômico de territórios fortalecidos por processos museológicos comunitários. O texto estrutura-se em três eixos de destaque nos conteúdos programáticos de nossa grade curricular, vinculados às questões práticas e conceituais que balizam os processos de salvaguarda e gestão do patrimônio arqueológico. São apresentadas reflexões acerca da relação entre os profissionais do campo acadêmico e outros agentes interessados no patrimônio arqueológico, a partir da experiência vivida no sítio arqueológico Morro da Queimada, Serra de Ouro Preto – MG.Item Repensando as velhas práticas : transversalidade e os papeis da arqueologia e museologia na preservação do patrimônio do Parque Municipal Arqueológico Morro da Queimada - Ouro Preto, MG.(2020) Suner, Marcia Maria Arcuri; Costa, Jemima RodriguesO trabalho propõe uma reflexão sobre a interface entre os campos da Arqueologia e Museologia, no que tange às aproximações teóricas, às metodologias e às políticas públicas de preservação e gestão do patrimônio arqueológico. A reflexão fundamenta-se nos debates acadêmicos concernentes aos temas do patrimônio cultural, da memória social, dos territórios, das comunidades e do desenvolvimento local. Apresentamos dados obtidos nas atividades de pesquisa e extensão universitária que vêm sendo realizadas no Parque Municipal Arqueológico Morro da Queimada, com o objetivo de ampliar a discussão das estratégias de trabalho adotadas no enfrentamento cotidiano de desafios à pesquisa e gestão do patrimônio arqueológico da Serra de Ouro Preto.Item Territórios e patrimônios na lama das negociações : desafios para a museologia comunitária na Barragem de Fundão.(2015) Suner, Marcia Maria Arcuri; Laia, Paulo Otávio de; Suñer, Rodrigo AlmeidaEste ensaio propõe uma reflexão sobre os processos de salvaguarda e gestão do patrimônio cultural impactado pelo rompimento da Barragem de Fundão (Samarco/ Vale/BHP Billinton), ocorrido no município de Mariana – MG, em novembro de 2015. A discussão enfoca os bens arqueológicos, históricos e paisagísticos de áreas dos distritos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira que foram destruídas pelo desastre e reúne informações obtidas em diferentes contextos do debate sobre a “recuperação” e salvaguarda dos bens culturais impactados. Os conceitos apresentados seguem a perspectiva museológica, em diálogo com referenciais teóricos dos campos da arqueologia, antropologia, sociologia e história. São abordadas discussões sobre os patrimônios culturais “esquecidos”, “selecionados”, “apropriados” ou “ressignificados”, temas que ganharam espaço notável nos estudos das Ciências Humanas e das Ciências Sociais Aplicadas a partir de meados dos anos 1980. O texto visa, por fim, questionar os moldes em que estão sendo conduzidos alguns processos de resgate do patrimônio cultural desses distritos e alertar para a necessidade de promover o protagonismo das populações atingidas nas discussões sobre suas memórias e no projeto de musealização do território impactado.