Navegando por Autor "Silva, Luiz Carlos da"
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Item O embasamento arqueano e paleoproterozóico do orógeno Araçuaí.(2007) Noce, Carlos Maurício; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Silva, Luiz Carlos da; Alkmim, Fernando Flecha deO embasamento do Orógeno Araçuaí compreende essencialmente os complexos Guanhães, Gouveia, Porteirinha, Mantiqueira e Juiz de Fora. Os quatros primeiros possuem caráter autóctone a para-autóctone e representam o embasamento cratônico retrabalhado no domínio orogênico. O Complexo Juiz de Fora está tectonicamente justaposto ao Complexo Mantiqueira por meio de extensa zona de cisalhamento neoproterozóica, a Falha de Abre Campo. Os complexos Guanhães, Gouveia e Porteirinha assemelham-se ao arcabouço arqueano do Quadrilátero Ferrífero, incluindo gnaisses e migmatitos TTG (tonalito-trondhjemito-granodiorito, plutons graníticos e seqüências do tipo greenstone belt. As idades conhecidas de eventos e unidades geológicas, entretanto, não são perfeitamente correlatas àquelas do Quadrilátero Ferrífero. No Complexo Guanhães os gnaisses/migmatitos TTG foram datados entre 2867 e 2711 Ma, e um corpo granítico em 2710 Ma. No Complexo Gouveia ocorre uma sequência greenstone belt de 2971 Ma, e uma intrusão granítica foi datada em 2839 Ma. Datações U-Pb não estão disponíveis para o Complexo Porteirinha. O Complexo Mantiqueira é composto predominantemente por ortognaisses bandados, cuja cristalização magmática ocorreu no intervalo 2180-2041 Ma. Os dados isotópicos de Sr e Nd sugerem uma origem por processos de fusão de crosta continental antiga. Já os ortognaisses granulíticos do Complexo Juiz de Fora possuem assinatura isotópica dominantemente juvenil e cristalizaram entre 2134 e 2084 Ma. A associação de rochas do Complexo Mantiqueira corresponde a arco(s) magmático(s) desenvolvido(s) sobre a margem do paleocontinente arqueano, enquanto o Complexo Juiz de Fora parece representar um arco intra-oceânico. Estes complexos constituem segmentos de um orógeno riaciano, desenvolvido entre 2,2 e 2,05 Ga, e retrabalhado pela Orogenia Brasiliana.Item Evolução arqueana e paleoproterozoica de corpos plutônicos aflorantes no Bloco Itacambira – Monte Azul e em suas imediações : geocronologia U-pb, isótopos de Hf e geoquímica.(2019) Bersan, Samuel Moreira; Danderfer Filho, André; Danderfer Filho, André; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Silva, Luiz Carlos daO paleocontinente São Francisco, localizado na porção centro-oriental do Brasil, é formado por núcleos arqueanos e terrenos relacionados com arcos magmáticos paleoproterozoicos, amalgamados no decorrer de processos orogênicos globais entre o Sideriano e o Orosiriano (~2.36-2.0 Ga). Embora bem investigado na porção setentrional e meridional, o domínio central e elo entre essas duas regiões do paleocontinente São Francisco carece de investigações para embasar melhor a sua evolução crustal. Na presente tese foram conduzidos estudos no embasamento leste da faixa Araçuaí, no bloco Itacambira-Monte Azul (BIMA) e no segmento meridional do bloco Gavião, região norte de Minas Gerais, a partir de estudos petrográficos, litogeoquímicos, geocronológicos (U-Pb em zircão e titanita) e isotópicos (Lu-Hf em zircão) em plutonitos arqueanos (Pedra do Urubú, Rio Gorutuba e Barrocão) e paleoproterozoicos (Barrinha-Mamonas, Estreito, Paciência, Morro do Quilombo, Serra Branca, Mulungú, Confisco e Montezuma/Complexo Córrego Tinguí). Os granitoides que integram os plutons arqueanos apresentam assinaturas geoquímicas e petrográficas semelhantes à biotita-granitos arqueanos gerados pelo retrabalhamento de crosta continental mais antiga. Resultados geocronológicos obtidos neste trabalho, aliados a dados compilados da literatura, indicam que esses granitos foram gerados em dois eventos distintos de retrabalhamento crustal, um de idade Mesoarqueana, e outro no Neoarqueano. Além disso, zircões herdados com idades entre o Paleo e o Neoarqueano (entre 3.36 Ga e 2.51 Ga) são abundantes nos granitoides paleoproterozoicos tardi- a pós-colisionais que ocorrem no BIMA. Esses zircões apresentam assinaturas de Hf negativas e sugerem uma evolução arqueana duradoura para esse segmento do paleocontinente São Francisco. Processos de retrabalhamento crustal são predominantes, enquanto eventos de crescimento crustal seriam esporádicos em torno de 3.05 Ga. Os diversos plutons paleoproterozoicos afloram segundo uma orientação preferencial N-S ao longo da região centrosetentrional do BIMA e na região do Complexo Córrego Tinguí, no setor meridional do bloco Gavião. As assinaturas químicas dessas rochas, que variam de appinitos, sienitos, quartzomonzonitos a granitos, mostram que esses diversos corpos plutônicos são dominantemente potássicos a ultrapotassicos, com afinidade alcalina a alcalina-cálcica, com forte enriquecimento em LILEs e elementos terras raras leves, empobrecimento em Nb, Ta e Ti, além de moderados a altos Mg#. Esse magmatismo potássico/ultrapotássico é compatível com um ambiente tectônico tardi- a pós-colisional, no qual o processo de slab-break off foi seguido pelo colapso orogenético e ascensão de uma pluma mantélica, associadas à um magma gerado pela fusão parcial de uma fonte mantélica previamente metassomatizada por subducção, com posterior hibridização de magmas gerados pela fusão parcial de crosta continental (protolitos ígneos e/ou sedimentares). As datações U-Pb em zircão e titanita para esses granitoides indicam um evento duradouro, com idades de cristalização entre 2.06 Ga e 1.98 Ga, compatíveis com o estágio tardi- a pós-colisional registrado para o paleocontinente São Francisco ao longo da transição entre o Riaciano e o Orosiriano. Apesar das semelhanças geoquímicas e geocronológicas, uma assinatura isotópica contrastante registrada em zircões cristalizados e herdados presentes nessas rochas, se mostra compatível com a existência de dois terrenos crustais distintos: um de natureza predominantemente arqueana que possivelmente representa a borda ocidental retrabalhada do paleocontinente São Francisco; e um terreno dominantemente juvenil, exótico em relação à crosta paleo a neoarqueana do núcleo desse paleocontinente, provavelmente relacionado a um ambiente de arco de ilhas, posteriormente acrescionado à sua margem. Dessa forma, os resultados apresentados nesta tese trazem indícios de que a evolução paleoproterozoica do segmento estudado registrada em granitoides tardi- a pós-colisionais é mais complexa do que previamente proposto, mostrando-se em alguns aspectos similar com aquela registrada na região do cinturão Mineiro, na porção meridional do paleocontinente São Francisco.Item Idade máxima de sedimentação e proveniência do Complexo Jequitinhonha na área-tipo (Orógeno Araçuaí) : primeiros dados U-Pb (LA-ICP-MS) de grãos detríticos de zircão.(2011) Dias, Tatiana Gonçalves; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Caxito, Fabrício de Andrade; Silva, Luiz Carlos da; Noce, Carlos MaurícioO Complexo Jequitinhonha, situado no nordeste de Minas Gerais, é uma das unidades metassedimentares mais extensas do Orógeno Araçuaí. Na área-tipo, situada na região de Jequitinhonha -Almenara, este complexo consiste de paragnaisse peraluminoso (kinzigítico) migmatizado, com intercalações de quartzito, grafita gnaisse e rocha calcissilicática. Os dados isotópicos U-Pb (LA-ICP-MS) de 80 grãos detríticos de zircão de uma amostra de quartzito, coletada em corte da BR-367 cerca de 12 km a SW de Almenara, permitem identificar seis principais intervalos de idades, cujas médias das modas sugerem as seguintes fontes de sedimentos: o embasamento São Francisco-Congo (2541 ± 8 Ma e 2044 ± 6 Ma), o sistema Espinhaço-Chapada Diamantina (1819 ± 6 Ma, 1487 ± 5 Ma e 1219 ± 3 Ma) e o sistema de rifteamento Noqui-Zadiniano-Mayumbiano-Salto da Divisa (956 ± 4 Ma). A idade máxima de sedimentação em 898 ± 8 Ma é dada pelo zircão mais novo. Os espectros de idades desta amostra do Complexo Jequitinhonha e de rochas do Grupo Macaúbas são muito similares, indicando correlação entre estas unidades. Contudo, no Complexo Jequitinhonha inexiste evidência de glaciação. Assim, o Complexo Jequitinhonha na área-tipo é interpretado como depósito de margem passiva da bacia precursora do Orógeno Araçuaí, mais novo que a glaciação Macaúbas e, portanto, equivalente às formações Chapada Acauã Superior e Ribeirão da Folha.Item Late Neoproterozoic–Cambrian granitic magmatism in the Araçuaí orogen (Brazil), the eastern brazilian pegmatite province and related mineral resources.(2011) Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Campos, Cristina Maria Pinheiro de; Noce, Carlos Maurício; Silva, Luiz Carlos da; Novo, Tiago Amâncio; Roncato Júnior, Jorge Geraldo; Medeiros, Silvia Regina de; Castañeda, Cristiane; Queiroga, Gláucia Nascimento; Dantas, Elton Luiz; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha deThe Araçuí orogen extends from the eastern edge of the São Francisco craton to the Atlantic margin, in southeastern Brazil. Orogenic igneous rocks, formed from c. 630 to c. 480 Ma, cover one third of this huge area, building up the Eastern Brazilian Pegmatite Province and the most important dimension stone province of Brazil. G1 supersuite (630–585 Ma) mainly consists of tonalite to granodiorite, with mafic to dioritic facies and enclaves, representing a continental calc-alkaline magmatic arc. G2 supersuite mostly includes S-type granites formed during the syn-collisional stage (585–560 Ma), from relatively shallow two-mica granites and related gem-rich pegmatites to deep garnet-biotite granites that are the site of yellow dimension stone deposits. The typical G3 rocks (545–525 Ma) are non-foliated garnet-cordierite leucogranites, making up autochthonous patches and veins. At the post-collisional stage (530–480 Ma), G4 and G5 supersuites were generated. The S-type G4 supersuite mostly consists of garnet-bearing two-mica leucogranites that are the source of many pegmatites mined for tourmalines and many other gems, lithium (spodumene) ore and industrial feldspar. G5 supersuite, consisting of high-K–Fe calc-alkaline to alkaline granitic and/or charnockitic to dioritic/noritic intrusions, is the source of aquamarine-topaz-rich pegmatites but mainly of a large dimension stone production.Item Orógeno Araçuaí : síntese do conhecimento 30 anos após Almeida 1977.(2007) Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Noce, Carlos Maurício; Alkmim, Fernando Flecha de; Silva, Luiz Carlos da; Babinski, Marly; Cordani, Umberto Giuseppe; Castañeda, CristianeThe Araçuaí Fold Belt was defined as the southeastern limit of the São Francisco Craton in the classical paper published by Fernando Flávio Marques de Almeida in 1977. This keystone of the Brazilian geologic literature catalyzed important discoveries, such as of Neoproterozoic ophiolites and a calc-alkaline magmatic arc, related to the Araçuaí Belt and paleotectonic correlations with its counterpart located in Africa (the West Congo Belt), that provided solid basis to define the Araçuaí-West-Congo Orogen by the end of the 1990th decade. After the opening of the Atlantic Ocean in Cretaceous times, two thirds of the Araçuaí-West-Congo Orogen remained in the Brazil side, including records of the continental rift and passive margin phases of the precursor basin, all ophiolite slivers and the whole orogenic magmatism formed from the pre-collisional to post-collisional stages. Thus, the name Araçuaí Orogen has been applied to the Neoproterozoic-Cambrian orogenic region that extends from the southeastern edge of the São Francisco Craton to the Atlantic coastline and is roughly limited between the 15º and 21º S parallels. After 30 years of systematic geological mapping together with geochemical and geochronological studies published by many authors, all evolutionary stages of the Araçuaí Orogen can be reasonably interpreted. Despite the regional metamorfism and deformation, the following descriptions generally refer to protoliths. All mentioned ages were obtained by U-Pb method on zircon. The Macaúbas Group records rift, passive margin and oceanic environments of the precursor basin of the Araçuaí Orogen. From the base to the top and from proximal to distal units, this group comprises the pre-glacial Duas Barras and Rio Peixe Bravo formations, and the glaciogenic Serra do Catuni, Nova Aurora and Lower Chapada Acauã formations, related to continental rift and transitional stages, and the diamictitefree Upper Chapada Acauã and Ribeirão da Folha formations, representing passive margin and oceanic environments. Dates of detrital zircon grains from Duas Barras sandstones and Serra do Catuni diamictites suggest a maximum sedimentation age around 900 Ma for the lower Macaúbas Group, in agreement with ages yielded by the Pedro Lessa mafic dikes (906 ± 2 Ma) and anorogenic granites of Salto da Divisa (875 ± 9 Ma). The thick diamictite-bearing marine successions with sand-rich turbidites, diamictitic iron formation, mafic volcanic rocks and pelites (Nova Aurora and Lower Chapada Acauã formations) were deposited from the rift to transitional stages. The Upper Chapada Acauã Formation consists of a sand-pelite shelf succession, deposited after ca. 864 Ma ago in the proximal passive margin. The Ribeirão da Folha Formation mainly consists of sand-pelite turbidites, pelagic pelites, sulfide-bearing cherts and banded iron formations, representing distal passive margin to oceanic sedimentation. Gabbro and dolerite with plagiogranite veins dated at ca. 660 Ma, and ultramafic rocks form tectonic slices of oceanic lithosphere thrust onto packages of the Ribeirão da Folha Formation. The pre-collisional, calc-alkaline, continental magmatic arc (G1 Suite, 630-585 Ma) consists of tonalites and granodiorites, with minor diorite and gabbro. A volcano-sedimentary succession of this magmatic arc includes pyroclastic and volcaniclastic rocks of dacitic composition dated at ca. 585 Ma, ascribed to the Palmital do Sul and Tumiritinga formations (Rio Doce Group), deposited from intra-arc to fore-arc settings. Detrital zircon geochronology suggests that the São Tomé wackes (Rio Doce Group) represent intra-arc to back-arc sedimentation after ca. 594 Ma ago. The Salinas Formation, a conglomerate-wacke-pelite association located to northwest of the magmatic arc, represents synorogenic sedimentation younger than ca. 588 Ma. A huge zone of syn-collisional S-type granites (G2 Suite, 582-560 Ma) occurs to the east and north of the pre-collisional magmatic arc, northward of latitude 20º S. Partial melting of G2 granites originated peraluminous leucogranites (G3 Suite) from the late- to post-collisional stages. A set of late structures, and the post-collisional intrusions of the S-type G4 Suite (535-500 Ma) and I-type G5 Suite (520-490 Ma) are related to the gravitational collapse of the orogen. The location of the magmatic arc, roughly parallel to the zone with ophiolite slivers, from the 17º30’ S latitude southwards suggests that oceanic crust only developed along the southern segment of the precursor basin of the Araçuaí- West-Congo Orogen. This basin was carved, like a large gulf partially floored by oceanic crust, into the São Francisco-Congo Paleocontinent, but paleogeographic reconstructions show that the Bahia-Gabon cratonic bridge (located to the north of the Araçuaí Orogen) subsisted since at least 1 Ga until the Atlantic opening. This uncommon geotectonic scenario inspired the concept of confined orogen, quoted as a new type of collisional orogen in the international literature, and the appealing nutcracker tectonic model to explain the Araçuaí-West-Congo Orogen evolution.Item The Ediacaran Rio Doce magmatic arc revisited, Araçuaí-Ribeira orogenic system, SE Brazil.(2016) Tedeschi, Mahyra; Novo, Tiago Amâncio; Soares, Antônio Pedrosa; Dussin, Ivo Antonio; Tassinari, Colombo; Silva, Luiz Carlos da; Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Alkmim, Fernando Flecha de; Lana, Cristiano de Carvalho; Dantas, Elton Luiz; Medeiros, Silvia Regina de; Campos, Cristina Maria Pinheiro de; Corrales, Felipe; Heilbron, Monica da Costa Pereira LavalleDescribed half a century ago, the Galil eia tonalite represents a milestone in the discovery of plate margin magmatic arcs in the Araçuaí-Ribeira orogenic system (southeastern Brazil). In the 1990's, analytical studies on the Galil eia tonalite finally revealed the existence of a Late Neoproterozoic calc-alkaline magmatic arc in the Araçuaí orogen. Meanwhile, the name Rio Doce magmatic arc was applied to calc-alkaline plutons found in the Araçuaí-Ribeira boundary. After those pioneer studies, the calc-alkaline plutons showing a pre-collisional volcanic arc signature and age between 630 Ma and 585 Ma have been grouped in the G1 supersuite, corresponding to the Rio Doce arc infrastructure. Here, we revisit the Rio Doce arc with our solid field knowledge of the region and a robust analytical database (277 lithochemical analyses, and 47 UePb, 53 SmeNd, 25 87Sr/86Sr and 7 LueHf datasets). The G1 supersuite consists of regionally deformed, tonalitic to granodioritic batholiths and stocks, generally rich in melanocratic to mesocratic enclaves and minor gabbroic to dioritic plutons. Gabbroic to dioritic enclaves show evidence of magma mixing processes. The lithochemical and isotopic signatures clearly reveal a volcanic arc formed on a continental margin setting. Melts from a Rhyacian basement form the bulk of the magma produced, whilst gabbroic plutons and enclaves record involvement of mantle magmas in the arc development. Tonalitic stocks (UePb age: 618e575 Ma, εNd(t): 5.7 to 7.8, Nd TDM ages: 1.28e1.68 Ga, 87Sr/86Sr(t): 0.7059e0.7118, and εHf(t): 5.2 to 11.7) form the northernmost segment of the Rio Doce arc, which dies out in the ensialic sector of the Araçuaí orogen. At arc eastern and central zones, several batholiths (e.g., Alto Capim, Baixo Guandu, Galil eia, Muniz Freire, S~ao Vítor) record a long-lasting magmatic history (632e580 Ma; εNd(t): 5.6 to 13.3; Nd TDM age: 1.35e1.80 Ga; 87Sr/86Sr(t): 0.7091 e0.7123). At arc western border, the magmatic evolution started with gabbro-dioritic and tonalitic plutons (e.g., Chaves pluton, UePb age: 599 ± 15 Ma, εNd(t): 4.8 to 6.8, Nd TDM ages: 1.48e1.68 Ga, 87Sr/86Sr(t): 0.7062e0.7068, and εHf(t): 4.3 to 9.7; and Brasil^andia pluton, UePb age: 581 ± 11 Ma, εNd(t): 8.2 to 10.2, Nd TDM ages: 1.63e1.68 Ga, 87Sr/86Sr(t): 0.7088e0.7112, εHf(t): 12.3 to 14.9),followed by late granodioritic intrusions (e.g., Guarataia pluton, UePb age: 576 ± 9 Ma, εNd(t): 12.52 to 13.11, Nd TDM age: 1.74e2.06 Ga, 87Sr/86Sr(t): 0.7104e0.7110, εHf(t): 12.9 to 21.6). The Muria e batholith (UePb age: 620e592 Ma, εNd(t): 8.2 to 13.6, Nd TDM age: 1.41e1.88 Ga) and the Conceiç~ao da Boa Vista (586 ± 7 Ma) and Serra do Valentim (605 ± 8 Ma) stocks represent a segment of the Rio Doce arc correlated to the Serra da Bolívia and Marceleza complexes, making the link between the Araçuaí and Ribeira orogenic domains. We suggest three phases of arc development: i) eastward migration of arc front (632e605 Ma), ii) widespread magma production in the whole arc (605e585 Ma), and iii) late plutonism in the western arc region (585e575 Ma). Usual processes of volcanic arc development, like subduction of oceanic lithosphere under a continental margin, followed by asthenosphere ascent related to slab retreating and break-off may explain the Rio Doce arc evolution.Item The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.(2014) Mendonça, Camila Bassil Gradim; Roncato Júnior, Jorge Geraldo; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Cordani, Umberto Giuseppe; Dussin, Ivo Antonio; Alkmim, Fernando Flecha de; Queiroga, Gláucia Nascimento; Jacobsohn, Tânia; Silva, Luiz Carlos da; Babinski, MarlyEste artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.