Navegando por Autor "Ribeiro, Mirian Martins"
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Item Análise da dinâmica de redes dos atos de concentração econômica em empresas da área da saúde no Brasil.(2021) Oliveira, Luana Martins; Menezes, João Paulo Calembo Batista; Ribeiro, Mirian Martins; Gonçalves, Márcio Augusto; Souza, Marcio Coutinho deA promulgação da Lei no 13.097/15 estendeu a possibilidade da participação de empresas estrangeiras na área da saúde no Brasil, até então acessível a apenas alguns setores, como o da saúde suplementar. Nesse contexto, o objetivo, no presente trabalho, foi caracterizar a dinâmica das redes de operações de atos de concentração econômica em hospitais e em planos de saúde no Brasil. Para isso, foram coletados dados nos processos disponibilizados no sítio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), organizados a partir da estrutura societária e da origem dos investidores (estrangeira ou nacional) e analisados com a utilização de software para análise de redes. Por meio da análise dos dados, foi identificada a realização de 93 atos de concentração econômica no período de 2009 a 2017 e a participação de 12 empresas estrangeiras com origem predominante nos Estados Unidos da América. Esses atos de concentração evidenciaram a formação de uma robusta rede composta por três grupos econômicos com controle societário predominantemente estrangeiro, bem como uma latente necessidade de que sejam estabelecidas políticas para analisar os riscos e os benefícios dessa nova realidade ao mercado da saúde brasileiro. Caso contrário, colocar-se-á à sorte os potenciais reflexos no sistema de saúde brasileiro.Item O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu papel no processo de transição verde brasileiro.(2023) Galdino, Thaís; Silva, Fernanda Faria; Feil, Fernanda de Freitas; Silva, Fernanda Faria; Feil, Fernanda de Freitas; Afonso, Marco Aurelio Crocco; Ribeiro, Mirian MartinsO financiamento do investimento em projetos sustentáveis é um dos desafios para a realização de ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a adaptação ao processo de transição verde. A atuação do Estado através dos bancos públicos, em especial dos bancos de desenvolvimento, é uma ferramenta relevante para a promoção do financiamento de políticas com fins ambientais. A partir desta perspectiva, o presente trabalho propõe a discussão do papel desempenhado pelo Estado brasileiro por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de investimentos para o combate às mudanças climáticas e ao processo de transição verde no Brasil. Assim, esta dissertação tem como objetivo principal analisar os desembolsos realizados pelo BNDES após o Acordo de Paris (21a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP 21), no período entre 2016 e 2020. Partindo da hipótese de que a atuação do BNDES no financiamento do processo de transição verde no Brasil tem avançado, porém, aquém das possibilidades do banco, que tem propósitos e background compatíveis para ter uma atuação mais efetiva frente às metas de transição este trabalho tem a finalidade de identificar como foram distribuídos os recursos do BNDES para financiamento de crédito ambiental em atividades e projetos ligados, com foco na observação de possíveis alterações na performance destes recursos oriunda de mudanças estratégicas da própria instituição. Como resultado verificou-se a concentração de desembolsos financiados pelo crédito ambiental para setores consolidados na economia brasileira diante do esforço da instituição em incorporar a sustentabilidade em seu comportamento estratégico.Item Complexidade econômica, pobreza multidimensional e instabilidade macroeconômica no Brasil : uma investigação para os estados brasileiros.(2022) Massote, Vinícius Assis; Oliveira, Heder Carlos de; Oliveira, Heder Carlos de; Botega, Laura de Almeida; Ribeiro, Mirian MartinsA medida em que estudos nas áreas das Ciências Econômicas e Sociais se desenvolvem, conceitos novos são criados e aperfeiçoados para compreendermos o funcionamento e dinâmica do sistema econômico. Em relação a pobreza, seu conceito antes envolvia apenas o nível de renda. Atualmente, o conceito envolve dimensões relacionadas ao bem-estar, liberdade econômica e social do indivíduo, denominado pobreza multidimensional. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a pobreza multidimensional e variáveis macroeconômicas e da estrutura produtiva brasileira. Na literatura recente de crescimento econômico, argumenta que a complexidade econômica de um país ou região, aqui medida como a variedade e sofisticação de produtos do sistema produtivo ajuda a explicar a diferença de renda entre países e regiões, o que pode estar relacionada ao nível de pobreza existente naquela localidade. Nesse sentido, utilizando a metodologia de dados em painel dinâmico, avaliou-se as implicações das da estrutura produtiva e variáveis macroeconômicas sobre a pobreza multidimensional nos estados brasileiros, para o período de 2004 a 2015. Os resultados mostraram evidências a favor da hipótese de que tanto a complexidade econômica quanto o cenário macroeconômico têm efeito sobre o nível de pobreza. Os resultados também evidenciaram que a pobreza do passado afeta a pobreza do presente, reforçando os conceitos de causação circular da pobreza e de armadilha da pobreza, sendo necessárias políticas macroeconômicas e públicas que visem alterar essa dinâmica de pobreza no país.Item Cultura Ouropretana ou cultura para Ouro Preto? : uma análise do alcance da infraestrutura cultural para a comunidade local.(2019) Pinto, Marco Aurélio Xavier; Viana, Francisca Diana Ferreira; Silva, Ivair Ramos; Viana, Francisca Diana Ferreira; Silva, Ivair Ramos; Ribeiro, Mirian Martins; Faria, Diomira Maria Cicci PintoEsta pesquisa aborda a sociologia de Pierre Bourdieu para a compreensão dos fatores que levam os indivíduos a frequentarem bens e eventos culturais. A sociologia bourdieusiana, atribui um papel de destaque ao conceito de capital, sinônimo de poder, de vantagem, de prestígio ou de honra. Consistindo em fatores econômicos, culturais ou sociais, que permite identificar os indivíduos no espaço social. O objetivo deste trabalho é analisar a relação entre frequência a bens e eventos culturais e capital cultural, econômico e social dos indivíduos. Para a execução deste propósito os indivíduos foram consultados por meio de questionários aplicados nas escolas de Ouro Preto. Procurou-se investigar indicadores desses capitais atribuídos aos entrevistados através de análises estatísticas descritivas e de regressões logísticas ordinais. Os estudos mostraram que há uma relação positiva entre frequência a centros culturais e capitais culturais próprios, capitais culturais herdados e capital econômico. Além desses fatores, o aspecto social, ou, o quanto o indivíduo está inteirado com os acontecimentos da universidade, ajudam a entender que a frequência a eventos culturais, não estão necessariamente atrelados a fatores individuais ou de origem familiar. O estudo apresentado tem a intenção de contribuir para ampliar o debate sobre o acesso do público aos eventos gratuitos da cidade.Item Efeitos de condições econômico-regionais no risco de morte por diabetes mellitus em Minas Gerais.(2022) Gomes, Felipe Rocha; Silva, Ivair Ramos; Ribeiro, Mirian Martins; Silva, Ivair Ramos; Ribeiro, Mirian Martins; Delgado, Victor Maia Senna; Souza, Igor Viveiros MeloO debate sobre a relação entre a desigualdade socioeconômica e a saúde é bastante extenso e necessita de um a análise multidisciplinar. Entender essa relação é fundamental para que o planejamento em saúde pública seja feito de maneira responsável e que leve em consideração as especificidades das populações de diferentes regiões. Nesse contexto, a análise da distribuição espacial dos riscos associados à mortalidade é fundamental para o entendimento desse fenômeno, bem como para a elaboração de estratégias que minimizem sua ocorrência. Esta dissertação analisa a estimativa do Risco Relativo de morte por Diabetes Mellitus, em Minas Gerais, usando os dados de mortalidade, entre 1998 e 2012, de cada um dos 853 municípios. No entanto, em estudos de taxas em pequenas áreas é necessário que alguns cuidados sejam tomados, a fim de evitar problemas em suas estimativas. Nesse sentido, o principal objetivo desse trabalho é gerar estimativas mais confiáveis do Risco de morte por Diabetes Mellitus, analisar a sua distribuição espacial ao longo dos anos estudados e verificar a associação desse risco com variáveis socioeconômicas. As estimativas foram construídas através da aplicação de um modelo hierárquico bayesiano, permitindo também a associação do risco a outras variáveis. Os resultados encontrados mostraram grande elevação dos Riscos Relativos próximos a regiões mais urbanas, principalmente concentradas nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do estado. Com o passar do tempo, esse risco aumenta em direção às regiões de maior privação sociomaterial, embora ainda continuem mais elevados nas regiões de menor privação. Outro resultado importante está no diferencial de gênero, já que o risco associado às mulheres é quase sempre mais alto, se comparado aos homens, assim como indicado na literatura sobre o assunto.Item Os efeitos do rompimento da barragem de Fundão sobre o mercado suplementar de saúde.(2022) Ferreira, Gabrielly Ramalho; Ribeiro, Mirian Martins; Oliveira, Heder Carlos de; Ribeiro, Mirian Martins; Silva, Fernanda Faria; Botega, Laura de AlmeidaEste trabalho busca avaliar os efeitos do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em Mariana (MG) em novembro de 2015, sobre seu mercado de saúde suplementar. A hipótese principal é a de que tal rompimento causou choques no mercado de trabalho, que tiveram impacto sobre os beneficiários de planos de saúde no município. Isso deve ocorrer em função da associação entre mercado de trabalho e mercado de planos e seguros de saúde. Para isso, utiliza-se o Método de Controle Sintético, aplicado em um painel balanceado em nível municipal para o período de 2010 a 2020. Este modelo permite analisar as taxas de beneficiários para cada tipo de plano de saúde ao longo dos anos, por meio de uma comparação entre Mariana e demais municípios de Minas Gerais com perfil minerador semelhante, que possam reproduzir as características da unidade tratada, sem ter sofrido o choque. Os resultados indicam uma redução na taxa de beneficiários em função do rompimento da barragem em Mariana, sobretudo nos planos coletivos, com destaque para os empresariais. Nesse aspecto, percebe-se que os beneficiários do sexo masculino foram mais afetados do que os do sexo feminino. As estimativas também demonstram, para todos os tipos de planos analisados, que a taxa de beneficiários vinha apresentando retração desde 2013, período em que o país sofreu com uma crise no setor de mineração pela queda do preço do minério no mercado internacional. Entretanto, o rompimento trouxe consequências ainda mais fortes para Mariana quando comparada ao seu grupo sintético. Ou seja, o choque de 2015 foi mais um fator importante que prejudicou a recuperação do município, não apenas no setor econômico, como no de saúde. Ademais, os efeitos sobre os planos individuais revelam que não houve uma transferência dos beneficiários de planos coletivos para esses, sugerindo que esta transferência se deu dos serviços de saúde privados para os públicos.Item Eficiência técnica em cirurgia cardiovascular nos hospitais das capitais do sudeste brasileiro entre 2014 e 2016 : abordagem pelo método DEA - Data Envelopment Analysis.(2019) Guerreiro, Ana Carolina Ferreira; Delgado, Victor Maia Senna; Tôrres, Henrique Oswaldo da Gama; Delgado, Victor Maia Senna; Tôrres, Henrique Oswaldo da Gama; Silveira, Suely de Fátima Ramos; Ribeiro, Mirian MartinsOs hospitais, apesar de se comportarem como firmas tradicionais, ou seja, seguirem minimização de custos ou maximização de lucros, apresentam no seu movimento cotidiano forte ação de incentivos e trabalham em meio a incertezas, principalmente quanto ao diagnóstico, tornando seu estudo diferenciado. Sendo assim, esta dissertação possui o objetivo central de avaliar a eficiência de hospitais públicos, privados e filantrópicos, considerando como principal produto a variação na média de permanência entre os anos de 2014 a 2016. Nesse sentido, buscou-se entender a importância de uma gestão hospitalar organizada, bem como as causas que podem levar a diferença na quantidade de dias de internação para cirurgia cardiovascular em hospitais das capitais do sudeste brasileiro. Para os resultados, o modelo DEA-CRS (Análise Envoltória de Dados) orientado para input foi utilizado. Inseriu-se também uma análise de Supereficiência e da evolução da eficiência com o índice de produtividade Malmquist. Os resultados mostram que os hospitais mais eficientes são, em sua maioria, públicos ou filantrópicos e estão localizados em Belo Horizonte. Logo após a capital mineira a sequência é Vitória, São Paulo e Rio de Janeiro. Tendo isso em vista, Belo Horizonte é a capital que mais conseguiu reduzir seus insumos mantendo ou aumentando seu produto.Item Inclusão financeira na perspectiva de gênero, renda e situação ocupacional : determinantes e entraves para o município de Mariana (Minas Gerais).(2019) Deus, Juliana Lima de; Silva, Fernanda Faria; Teixeira, Mara Cristina Nogueira; Silva, Fernanda Faria; Teixeira, Mara Cristina Nogueira; Afonso, Marco Aurelio Crocco; Ribeiro, Mirian MartinsA inclusão financeira tem se constituído como uma importante ferramenta de inclusão social, por isso, é fundamental que ela esteja incluída na agenda de políticas públicas dos países ao redor do mundo. Se o caráter da inclusão financeira induz à inclusão social, as localidades com baixa renda e alta desigualdade conseguem mitigar distorções de gênero no mercado de trabalho, ampliar as possibilidades de endogeneização da renda nas localidades nas quais estão inseridas, entre outras benesses para a população. Partindo de tais premissas, o objetivo principal deste trabalho é analisar os determinantes e entraves que afetam a inclusão financeira no município de Mariana (MG), dado que este município configurou, por muitos anos, como um dos principais postos no ranking de renda per capita estadual e que ganhou evidência nos últimos quinze anos pelo boom de crescimento induzido especialmente pela atividade mineradora. Justifica-se a escolha de Mariana pelo fato desta cidade possuir uma renda elevada, advinda, em sua maior parcela, do setor extrativista mineral; em contrapartida, seus indicadores sociais apresentarem resultados ruins, se comparados àqueles referentes aos municípios de Itabirito, Ouro Preto e Nova Lima. Como hipótese, infere-se que apesar da alta renda per capita do município, da maior oferta de agências e correspondentes bancários e dos avanços das tecnologias de informação e comunicação, parte expressiva da população marianense ainda se encontra à margem do sistema financeiro formal. Esse fato se deve, principalmente, à má distribuição de renda entre os sexos, entre os indivíduos em situações ocupacionais distintas, entre àqueles com diferentes níveis de escolaridade, entre brancos e negros; à auto exclusão e aos aspectos culturais inerentes aos moradores. Para esta investigação, foi realizada uma pesquisa de campo com a aplicação de um questionário voltados aos chefes de família residentes em 32 bairros localizados na sede do município. Através da análise descritiva dos dados primários, foi identificado que o uso e o acesso aos serviços financeiros têm uma relação direta com o nível de renda dos indivíduos, sendo os grupos mais excluídos do sistema financeiro formal o de mulheres, negros e indivíduos com baixa escolaridade. A perda do dinamismo econômico do município, especialmente após o rompimento da barragem de Fundão, tem comprometido o emprego e a renda, favorecendo o endividamento das famílias, o que afeta as suas relações financeiras. Partindo de um Modelo Logit Multinomial Ordenado para a estimação da probabilidade de inclusão financeira dos chefes de família desta localidade, foi verificado que existem diferenças na probabilidade de inclusão entre os gêneros, entre os níveis de escolaridade, de renda e situação ocupacional. Por meio das características socioeconômicas e estruturais concentradoras da cidade de Mariana, em conjunto com os resultados obtidos através da estimação da probabilidade de inclusão dos chefes de família, conclui-se que a população deste município ainda está pouco incluída financeiramente. Em especial, é possível destacar os seguintes entraves para este resultado: os baixos níveis de renda e de escolaridade e a diferença de remuneração entre os sexos. Além das características individuais da população destacadas neste trabalho, a baixa diversificação produtiva da cidade contribui para maior dificuldade de recuperação econômica em tempos de crise, o que também é um fator limitador do processo de inclusão financeira em Mariana.Item Indicador multidimensional de bem-estar para os idosos : uma análise para o Brasil.(2019) Rodrigues, Lídia Pereira; Ribeiro, Mirian Martins; Antigo, Mariangela Furlan; Ribeiro, Mirian Martins; Antigo, Mariangela Furlan; Camargos, Mirela Castro Santos; Oliveira, Héder Carlos deO envelhecimento populacional é uma das principais consequências da transição demográfica vivenciada pelo Brasil desde os anos de 1940. Em poucas décadas, a proporção da população idosa crescerá significativamente, reforçando a importância desse grupo para toda a sociedade, bem como a urgência de se pensar políticas públicas mais eficientes voltadas para ele. Além disso, não somente a proporção de idosos irá crescer, como também os anos que esses idosos viverão, ou seja, teremos uma população bem mais longeva, o que pode ser explicitado pelo aumento dos “super idosos”, os idosos que possuem 80 anos ou mais. Portanto, é importante analisar de maneira mais ampla e profunda as condições dos idosos na sociedade com o intuito de nortear a construção de políticas públicas mais eficientes. Para tanto, é proposto um índice multidimensional que busca auxiliar na caracterização do bem-estar da terceira idade no Brasil, através de seis dimensões principais: saúde, capacidade funcional, educação, inserção social, renda e condição do domicílio. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 é utilizada como fonte de dados e o método Alkire-Foster é a base para a construção do índice. O referencial teórico é a Abordagem das Capacitações e trabalhos empíricos sobre os idosos e o Estatuto do Idoso são tomados como referências do exercício empírico proposto. Os resultados do índice mostram que há uma forte incidência de privação de bem-estar entre os idosos brasileiros, bem como uma significativa heterogeneidade entre eles. A maior desigualdade encontrada se refere ao sexo: a velhice é menos favorável às mulheres que, em todos os recortes considerados, sofrem mais privações que os homens. As regiões Norte e Nordeste, as classes econômicas mais pobres e os idosos mais velhos representam os grupos com maiores índices de privação.Item Mortalidade adulta por nível de escolaridade em São Paulo : análise comparativa a partir de diferentes estratégias metodológicas.(2021) Ribeiro, Mirian Martins; Turra, Cassio Maldonado; Pinto, Cristine Campos de XavierNeste artigo, são estimados os diferenciais educacionais de mortalidade de adultos residentes em São Paulo. É realizada uma análise comparativa de estimativas a partir de dados do Censo 2010 e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) – Datasus e de três formas distintas de mensuração da escolaridade: registrada no SIM; declarada no Censo para o responsável pelo domicílio; e imputada estatisticamente no Censo para indivíduos que morreram. Para as imputações da escolaridade, utilizou-se o método de Dempester (1977), que propõe o uso do algoritmo esperança-maximização (algoritmo E-M) para lidar com dados faltantes. Foram considerados três níveis de escolaridade (baixo, médio e alto) e estimadas as taxas de mortalidade com base em modelos Poisson. Os resultados indicam que a obtenção de escolaridade pode reduzir em até 77% as taxas de mortalidade entre 25 e 59 anos de idade. Além disso, em um país em que a população tem baixa escolaridade, obter ensino médio representa um ganho significativo do ponto de vista da sobrevivência adulta (cerca de 50%). Encontraram-se padrões de mortalidade por escolaridade semelhantes para as estimativas obtidas com dados registrados no SIM e aqueles imputados no Censo 2010. Além disso, a análise sugere que estimativas assumindo a escolaridade do responsável pelo domicílio resultam em diferenciais de mortalidade atípicos, provavelmente distorcidos pela transição de educação no Brasil. Espera-se que o modelo de imputação proposto aqui possa ser utilizado em futuras análises dos dados de mortalidade a partir do Censo 2010.Item Mudanças recentes na escolaridade e suas consequências para os rendimentos do trabalho por grupos ocupacionais no Brasil.(2019) Gomes, Stela Rodrigues Lopes; Ribeiro, Mirian Martins; Oliveira, Ana Maria Hermeto Camilo de; Ribeiro, Mirian Martins; Resende, Anne Caroline Costa; Silva, Fernanda FariaObserva-se no Brasil uma tendência de crescimento da escolaridade dos indivíduos, em especial a partir da década de 1990, com a universalização do ensino fundamental e médio para todo o país. Contudo, é interessante mensurar a relevância da inserção nas ocupações como mediadoras dos retornos salariais à escolaridade, uma vez que os prêmios para os acréscimos aos anos de estudo ocorrem de modo diferente entre as ocupações. Assim, torna-se relevante a análise de como as mudanças no retorno da escolaridade ocorreram para determinadas ocupações nos últimos anos, e assim, este trabalho tem como objetivo avaliar qual o efeito da escolaridade sobre a renda por grupos ocupacionais e em que medida as alterações nos salários estão relacionados às transformações na escolaridade e/ou a modificações na composição por ocupações. Destarte, pretende-se identificar se ocorreram mudanças no retorno da escolaridade entre os anos de 2002 a 2015 considerando os rendimentos do trabalho por grupos ocupacionais, mensurando em especial as alterações que ocorreram com as mulheres neste período dentro destes grupos. A tipologia empregada é a natureza das tarefas, que categoriza as ocupações em rotineiras versus não rotineiras, e manuais versus cognitivas, e através desta, almeja-se investigar: o comportamento dos rendimentos do trabalho por escolaridade; o nível de escolaridade por grupos ocupacionais no período analisado e identificar se houve modificações; o desempenho dos rendimentos do trabalho por escolaridade segundo grupos ocupacionais; e o efeito de possíveis transformações na composição ocupacional sobre os rendimentos do trabalho. Para tanto, foram estimadas dois modelos, ambos empregando regressões nos dois períodos, de modo que o primeiro foi estimado com a tipologia natureza das tarefas como variável explicativa, e no segundo, as estimações foram realizadas para cada tipologia ocupacional específica. Os resultados realçam que apesar do crescimento da escolaridade dos indivíduos, em maior proporção para as mulheres, estas ainda sofrem discriminação e penalização dos salários, em especial na categoria cognitiva rotineira, em que exibem maiores níveis de escolaridade e proporção feminina. Observa-se também queda dos retornos aos níveis mais elevados de escolaridade, de modo mais intenso nas ocupações que apresentam menores remunerações aos trabalhadores nelas empregados, que são as manuais rotineiras e não rotineiras. Assim, percebe-se que os retornos salariais reduziram no Brasil de modo diferente entre as ocupações, além de ocorrer maior perda para ocupações não intelectuais, sendo que a categoria manual rotineira é a que exibiu maior parcela da população, maior participação feminina e mais incremento de ensino superior. Evidenciando que mesmo com a redução da discriminação e aumento da escolaridade, as ocupações com menores salários continuam penalizadas nos salários.Item Os primeiros 80 dias da pandemia da COVID-19 em Belo Horizonte : da contenção à flexibilização.(2020) Andrade, Mônica Viegas; Noronha, Kenya; Turra, Cassio Maldonado; Guedes, Gilvan; Cimini, Fernanda; Ribeiro, Leonardo Costa; Bernardes, Américo Tristão; Domingues, Edson Paulo; Ribeiro, Mirian Martins; Botega, Laura de Almeida; Carvalho, Lucas Resende de; Nogueira, Daniel; Calazans, Julia Almeida; Julião, Nayara Abreu; Souza, Aline de; Silva, Valéria Andrade; Lima, Victor Hugo; Andrade, Jéferson Pereira; Ferreira, Monique Felix; Santos, Reinaldo Onofre dos; Silva, Jomara Alves daEste artigo examina o contexto e as implicações da pandemia por Covid-19 na cidade de Belo Horizonte (BH) nos primeiros 80 dias da doença. Utilizamos um recorte analítico descritivo para mensurar a evolução dos casos, o excesso de óbitos, a taxa de transmissibilidade do vírus e a pressão da doença sobre o sistema de saúde de BH e região, através da taxa de ocupação hospitalar nos leitos públicos. Além disso, identificamos as principais políticas de contenção adotadas pelas autoridades locais, bem como as implicações da redução do distanciamento social. Nossos resultados demonstram que o Sistema Único de Saúde (SUS), bem gerido, é fundamental para o enfrentamento da pandemia e a mitigação de suas consequências para a população. O processo de flexibilização que se inicia tem imposto novos desafios que requererão monitoramento atento das autoridades e da sociedade.Item Relação entre mortalidade por suicídio e crise econômica no Brasil entre 2000 e 2015.(2023) Alves, Raquel Lessa; Ribeiro, Mirian Martins; Delgado, Victor Maia Senna; Ribeiro, Mirian Martins; Delgado, Victor Maia Senna; Ferraz, Diogo; Máximo, Geovane da ConceiçãoO suicídio é um fenômeno complexo e multidimensional. Uma das grandes dimensões apontada por diversos autores é a socioeconômica, sendo o desemprego um de seus principais indicadores. Sendo assim, foi objetivo deste trabalho examinar se houve variações na mortalidade por suicídio em função de flutuações da taxa de ocupação decorrentes de períodos de crise no Brasil e entender como as características sociodemográficas do indivíduo interferiam nessa variação. Com base nos dados de mortalidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus – Ministério da Saúde e de sobreviventes e econômicos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi realizada uma análise exploratória dos dados de mortalidade e ocupação nas Regiões Metropolitanas (RM) do Brasil, entre 2000 e 2015. E, para estimar as relações exploradas foi usado um Modelo Poisson geral e separado para sexo masculino e feminino. Os resultados indicam maiores razões entre as taxas de suicídio masculino, mais altas nos grupos de 30 a 39 anos entre os homens e de 40 a 49 anos para as mulheres, mais altas na RM de Porto Alegre, maiores à medida que se avança entre os períodos e uma relação negativa entre o suicídio e a ocupação, para ambos os sexos. Identificar esses fatores é uma importante ferramenta para formuladores de políticas públicas em seu caráter de prevenção do suicídio, como programas de proteção social, cuidado e incentivo a manutenção da saúde mental e políticas econômicas que minimizem os impactos mais fortes da crise na população. Essas ações são fundamentais, principalmente diante de uma morte considerada evitável como é o caso do suicídio.