Navegando por Autor "Prado, Amanda Cristina Costa"
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Item Estudo etnobotânico com vistas à sustentabilidade local do distrito de São Bartolomeu, MG.(2014) Prado, Amanda Cristina Costa; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Sousa, Hildeberto Caldas de; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Brasileiro, Beatriz Gonçalves; Ribeiro, Sérvio PontesComunidades tradicionais possuem um amplo conhecimento sobre a flora das regiões onde vivem, pois aprenderam a manejar o meio ambiente para sua reprodução cultural e subsistência. Com estudos etnobotânicos é possível acessar o conhecimento sobre as plantas e seus usos a fim de promover o uso sustentável na atualidade, visando uma maior qualidade de vida da população. Para tal, o presente estudo investigou como o conhecimento etnobotânico está distribuído entre as diferentes classes socioeconômicas no distrito de São Bartolomeu, incluso na Área de Proteção Ambiental Estadual da Cachoeira das Andorinhas em Ouro Preto, MG. Foram entrevistados 28 mulheres e 15 homens ao acaso. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionários semiestruturados contendo informações socioeconômicas, sobre as espécies vegetais que utilizam e com que finalidade. Outras metodologias etnobotânicas foram utilizadas como a listagem livre, a turnê guiada e a observação direta. As espécies vegetais foram herborizadas, identificadas de acordo com o APG III e descritas de acordo com a categoria de uso a que pertencem. Para a visualização do perfil socioeconômico da comunidade, os dados foram trabalhados a partir de estatística descritiva. Foi calculada a Frequência de Uso (FU) para cada espécie e feitas comparações entre diferentes categorias socioeconômicas em relação ao uso de espécies vegetais por testes de qui-quadrado. Foram calculados os índices de Shannon e Pielou. Foram registradas 241 espécies divididas em 74 famílias e 191 gêneros. As famílias mais citadas foram Asteraceae (25 spp.), Fabaceae (15 spp.), Solanaceae (14 spp.), Lamiaceae (13 spp.), Myrtaceae e Poaceae (12 spp.). A maior parte das espécies citadas é medicinal, seguidas por alimentares e madeireiras. A comunidade apresentou alto conhecimento no uso de plantas (H'= 4,97 (base e); H’=2,16), com alta dominância no uso de poucas espécies (J= 0,6 (base e); J= 0,2). Houve diferença significativa, no teste qui-quadrado, no número de espécies conhecidas em relação ao gênero, de forma que as mulheres conhecem mais plantas medicinais e alimentares e os homens conhecem mais plantas madeireiras. Com o presente trabalho foi possível reconhecer a importância do uso das plantas no distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, Minas Gerais, ao longo dos anos, com destaque para alterações relacionadas à gestão ambiental e uso do território que acarretaram em mudanças nos modos de vida dos moradores. Sugerem-se diversas ações relacionadas ao uso sustentável dos recursos vegetais para a região do distrito.Item Etnobotânica como subsídio à gestão socioambiental de uma unidade de conservação de uso sustentável.(2019) Prado, Amanda Cristina Costa; Rangel, Eliane Barbosa; Sousa, Hildeberto Caldas de; Messias, Maria Cristina Teixeira BragaA etnobotânica é útil para compreender a relação dos povos e plantas, facilitando a proposição e implementação de estratégias de melhoria da qualidade de vida e de conservação ambiental. Portanto, investigou-se o conhecimento etnobotânico na área de proteção ambiental (APA) Cachoeira das Andorinhas em Ouro Preto-MG. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e turnês-guiadas para o levantamento das plantas utilizadas e do contexto socioambiental dos usuários. As espécies foram categorizadas pelo uso. A riqueza de espécies conhecidas entre os diferentes grupos de usuários e entre categorias utilitárias foi comparada pelo teste G. Registrou-se 232 espécies para 10 tipos de uso, sendo a maioria medicinais e alimentares. Mulheres conhecem mais plantas medicinais e homens, madeireiras. Cerca de 50% das espécies utilizadas são exóticas, sobressaindo-se as frutas utilizadas no preparo de doces, atividade tradicional do distrito. As áreas antropizadas são as mais exploradas para obtenção dos recursos, seguida pelas florestas. A tradição secular, o rico conhecimento e a dependência da comunidade no uso das plantas sugerem a sustentabilidade do uso. Propõe-se ações para garantir a consolidação dos objetivos dessa unidade de conservação.Item Uso popular de plantas medicinais e perfil socioeconômico dos usuários : um estudo em área urbana em Ouro Preto, MG, Brasil.(2015) Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Menegatto, Maria Flávia de Morais; Prado, Amanda Cristina Costa; Santos, Bruna Rossi dos; Guimarães, Mariana Fernandes MonteiroEste trabalho teve por objetivo identificar as plantas medicinais de uso popular e o perfil socioeconômico de seus usuários em área urbana de Ouro Preto, MG. O levantamento utilizou entrevistas semiestruturadas e amostragem aleatória, perfazendo 10% das residências. O grau de conhecimento sobre plantas medicinais foi medido pelo número de espécies citadas. Analisou-se a relação entre o saber popular sobre as plantas medicinais e características socioeconômicas dos entrevistados (renda, escolaridade, sexo, idade e forma de aquisição do conhecimento). Foram questionadas 6.713 pessoas, onde mais de 90% usam plantas medicinais para se tratarem. Identificou-se 342 espécies, reunidas em 94 famílias. Para cada espécie foram referidos os nomes populares, hábito, procedência, uso medicinal, parte usada, e forma de preparo. As principais moléstias tratadas com plantas foram: diarreia, insônia, gripe, hidropisia, distúrbios hepáticos, renais e do trato respiratório. Há um grande número de espécies nativas utilizadas. Dentre as exóticas, a maioria é de origem europeia. O uso místico de espécies, embora presente na cultura popular do município, foi pouco citado. Algumas espécies identificadas figuram na lista das espécies ameaçadas de extinção. O grau de conhecimento sobre plantas medicinais pela população de Ouro Preto independe, tanto do nível econômico, como da escolaridade ou do sexo. A idade e a forma de aquisição do conhecimento influenciam no saber popular das ervas medicinais. As pessoas com maior saber popular sobre as plantas adquiriram esses conhecimentos principalmente pelo costume familiar, por livros, ou por outras pessoas. Pessoas mais jovens conhecem menos espécies medicinais que as mais idosas, sugerindo risco de perda desse conhecimento tradicional. A grande riqueza de plantas citadas neste trabalho denota a importância de estudos etnobotânicos no resgate do conhecimento tradicional em áreas urbanas, tanto pelo seu valor histórico-cultural, como pela importância científica.