Etnobotânica como subsídio à gestão socioambiental de uma unidade de conservação de uso sustentável.

Resumo

A etnobotânica é útil para compreender a relação dos povos e plantas, facilitando a proposição e implementação de estratégias de melhoria da qualidade de vida e de conservação ambiental. Portanto, investigou-se o conhecimento etnobotânico na área de proteção ambiental (APA) Cachoeira das Andorinhas em Ouro Preto-MG. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e turnês-guiadas para o levantamento das plantas utilizadas e do contexto socioambiental dos usuários. As espécies foram categorizadas pelo uso. A riqueza de espécies conhecidas entre os diferentes grupos de usuários e entre categorias utilitárias foi comparada pelo teste G. Registrou-se 232 espécies para 10 tipos de uso, sendo a maioria medicinais e alimentares. Mulheres conhecem mais plantas medicinais e homens, madeireiras. Cerca de 50% das espécies utilizadas são exóticas, sobressaindo-se as frutas utilizadas no preparo de doces, atividade tradicional do distrito. As áreas antropizadas são as mais exploradas para obtenção dos recursos, seguida pelas florestas. A tradição secular, o rico conhecimento e a dependência da comunidade no uso das plantas sugerem a sustentabilidade do uso. Propõe-se ações para garantir a consolidação dos objetivos dessa unidade de conservação.

Descrição

Palavras-chave

Áreas protegidas, Comunidades tradicionais, Conhecimento tradicional, Conservação da biodiversidade, Gestão de unidades de conservação

Citação

PRADO, A. C. C. et al. Etnobotânica como subsídio à gestão socioambiental de uma unidade de conservação de uso sustentável. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 70, p. 1-10, 2019. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602019000100217&tlng=pt>. Acesso em: 10 mar. 2020.

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