Navegando por Autor "Muniz, Kassandra da Silva"
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Item Ainda sobre a possibilidade de uma linguística “crítica” : performatividade, política e identifi cação racial no Brasil.(2016) Muniz, Kassandra da SilvaEscrever a partir da contribuição do pensamento de Austin e Rajagopalan para a área da linguagem, ou especifi camente ao campo da Linguística Crítica, também é escrever sobre como, principalmente o conceito de performatividade desloca o conceito de verdade tão apreciado pela Ciência e promove a possibilidade de se pensar uma relação entre linguagem e identidades não pautada em noções fi xas e estanques. Trazer isso ao campo das relações raciais no Brasil é fundamental, pois a auto e hetero identifi cação linguística como negro e negra em nosso país irá se dar de forma política e contingencial. Neste sentido, nos interessa neste artigo: i) discutir a relação entre ciências, linguagem e identidades raciais no campo do fazer científi co sobre linguagem; ii) Discutir o lugar da pesquisa linguística feita a partir do ponto de vista das questões negrodescendentes.Item Uma análise da representação dos negros nas telenovelas : o horário nobre da Rede Globo a partir dos anos 2000.(2020) Silva, Samara Araújo da; Mariano, Agnes Francine de Carvalho; Mariano, Agnes Francine de Carvalho; Muniz, Kassandra da Silva; Viana, Pablo Moreno FernandesEste trabalho investiga como os negros foram representados nas telenovelas do horário nobre da Rede Globo, a partir dos anos 2000. O objetivo do estudo foi identificar características de representações audiovisuais que podem atuar no imaginário social coletivo, nas construções e reformulações das memórias e identidades. Trabalhamos ao longo dos capítulos com conceitos-chave, como memória, identidade, representação e telenovela. Para chegar em nosso corpus, coletamos informações sobre as telenovelas exibidas nos últimos 20 anos da emissora. O material coletado reúne dados sobre a média de audiência, número total de personagens e percentual de negros por trama. Após a sistematização, identificamos uma presença total de 8% de negros no horário nobre da emissora e, mais recentemente, uma maior incidência de personagens negros em posição de destaque em relação aos anos anteriores. Assumimos a perspectiva de visualizar quais eram os negros presentes nos núcleos centrais das tramas e que, consequentemente, possuíam mais tempo de tela e presença na vida dos telespectadores. Após esse movimento, dois personagens nos chamaram a atenção, Helena, de Viver a Vida (2009), e Romildo Rosa, de A Favorita (2008). O critério de escolha foi a relevância na narrativa e o alto poder aquisitivo unido ao prestígio, condições atípicas em outros papéis destinados a pessoas negras. O aspecto central analisado foi a representação e a reverberação social. Após análise de cenas e outros elementos de impacto social, a análise - inspirada na Teoria da Representação - nos mostrou que ambos os personagens envolvem avanços e também retrocessos. O que demonstra que a posição de destaque e prestígio não necessariamente garante uma construção narrativa fora dos padrões depreciativos e estereotipados comuns a personagens negros.Item Baú de Ashanti : um jogo educacional para promoção da visibilidade da mulher negra e para a descolonização do saber.(Editora IBDSEX, 2020) Silva, Viviane de Paula; Muniz, Kassandra da Silva; Silva Júnior, Elton José da; Nascimento, Amanda SantosUm dos entraves para a implantação das políticas curriculares para a educação da temática étnico-racial deve-se à dificuldade de acesso a textos e materiais didáticos adequados, visto que são usualmente centrados no branco e desclassificam a produção intelectual africana e afro-descendente. Neste contexto, apresenta-se o jogo digital educacional intitulado “O Baú de Ashanti”, que tem como público-alvo crianças com idade superior a oito anos, e propõe a promoção da descolonização do saber e alargamento da visibilidade negra a partir do estudo da biografia de algumas mulheres negras que se destacaram na construção da história do Brasil e do mundo. Os resultados obtidos mediante avaliação do primeiro protótipo jogável sugerem que o Baú de Ashanti pode ser considerado um objeto de aprendizagem capaz de favorecer a construção de referências positivas ao narrar as histórias dessas mulheres.Item Blackface : Otelo nas faces de Orson Welles e Laurence Olivier.(2017) Sena, Thaís Lima e; Galery, Maria Clara Versiani; Galery, Maria Clara Versiani; Muniz, Kassandra da Silva; Oliveira, Natália Fontes deThe Tragedy of Othello, the Moor of Venice, uma das grandes tragédias de Willian Shakespeare, foi encenada pela primeira vez em 1604. Do mesmo modo que Shakespeare bebeu de várias fontes para escrever sua obra, as peças são alvo das mais variadas formas de adaptação. As questões abordadas pelo dramaturgo na peça Otelo e os motivos que o levaram a abordá-las tornam-se claros no momento em que entendemos o contexto social e cultural em que ele estava inserido. A obra de Shakespeare passa a ser disseminadora de significados culturais a partir de sua produção e, posteriormente, através de suas adaptações em outros tempos em outras sociedades. A estrutura do nosso trabalho tem como foco central as questões raciais desenvolvidas por Shakespeare na peça Otelo a partir da caracterização do mouro. Ademais, é sabido que no teatro elisabetano o personagem Otelo era representado através da prática do blackface. Ou seja, um ator branco que se pintava de negro para desempenhar o papel do mouro. Assim sendo, observamos que a prática conhecida como blackface — termo que tomamos emprestado dos blackface minstrel shows americanos — na representação do personagem do mouro ocorre tanto nas encenações renascentistas da peça, quanto nas adaptações fílmicas que foram escolhidas para serem analisadas neste trabalho, a saber, o filme Othello de 1952, dirigido e estrelado por Orson Welles, e o de 1965, protagonizado por Laurence Olivier. O cerne de nossa pesquisa se concentra na análise do personagem Otelo a partir das formas de representação dele, o que implica nas construções do negro no meio social. Assim sendo, examinaremos como essas representações do personagem foram elaboradas dentro do contexto histórico de cada adaptação tendo em vista a prática do blackface.Item A branquitude e o ensino superior : reflexos e desafios na docência.(2020) Nunes, Adelina Malvina Barbosa; Diniz, Margareth; Diniz, Margareth; Muniz, Kassandra da Silva; Miranda, Shirley Aparecida deEsta dissertação tem como objetivo identificar os reflexos da branquitude presentes na docência de ensino superior, e foi estabelecido, como campo de pesquisa, a Universidade Federal de Ouro Preto. Para tal, apresentamos, inicialmente, uma retrospectiva conceitual e antropológica do conceito de raça até o seu uso na atualidade como categoria social, e as características singulares que são decorrência do racismo na sociedade brasileira. Nos propusemos a evidenciar como as ideias eugenistas difundidas no país migraram do campo científico para as políticas de educação. Buscamos demonstrar, teoricamente, os limites de execução das políticas de ação afirmativa de impacto no âmbito do ensino superior federal (Lei no . 10.639/2003, Lei no . 12.711/2012 e Lei no . 12.990/2014), conquistadas pelo Movimento Negro Brasileiro, diante das escolhas dos sujeitos agentes dessas políticas. Apresentamos algumas das contribuições da Psicologia e da Psicanálise brasileira, nos estudos sobre o tema das relações raciais e a psique, e uma análise racializada da subjetividade a partir da Abordagem Centrada na Pessoa. O perfil racial, majoritariamente branco, das e dos docentes do ensino superior emerge como um desafio na inclusão de um projeto antirracista para a educação, cenário que se faz presente também na UFOP. Os procedimentos metodológicos utilizados foram de caráter qualitativo, com coletas de dados por meio de entrevistas semiestruturadas. Os apontamentos emergidos evidenciaram que o padrão normalizador de raça pode afetar a compreensão de si, das e dos docentes, bem como a forma com que percebem o outro, docente ou discente, e a docência. Percebemos que o reconhecimento de alguns privilégios, por vezes, é insuficiente para uma ação de inversão da ordem do racismo nesse espaço. Os reflexos da branquitude puderam ser identificados na organização da universidade, nas experiências vividas e/ou observadas na docência, e nas relações institucionais com os colegas docentes e/ou discentes.Item Branquitude, gênero e performatividade no discurso de mulheres brancas acadêmicas.(2016) Machado, Eliana Sambo; Muniz, Kassandra da Silva; Santana, Silvânia Trota; Pinto, Joana Plaza; Rodrigues Júnior, Adail SebastiãoO objetivo desta dissertação é investigar os discursos das mulheres brancas acadêmicas refletindo como elas se posicionam em relação às suas identidades sociais articuladas às suas vidas profissionais acadêmicas. Para tal, esta pesquisa se baseia no referencial teórico que entende a estreita relação que se estabelece entre linguagem e identidades, concebendo a linguagem como performativa, ou seja, pensando na realidade concreta, no seu uso e na sua ação determinada pela intenção de quem fala e pelo contexto caracterizado por certas normas e convenções. Para dar fôlego a tais discussões, trazemos uma abordagem conceitual ligada aos estudos raciais e de gênero que abordam, mais detidamente, a identidade racial branca ou a branquitude, compreendendo tanto a raça quanto o gênero como construções históricas e como categorias analíticas que têm existência social e linguística no mundo. As perspectivas que permitem pensar tais categorias dessa forma, se apresentam nos estudos da psicologia social (CARRONE&BENTO, 2002) e nos estudos de algumas teóricas feministas, como (1997), Pinto (2007), entre outras, que unem às suas pesquisas, corpo e linguagem, reinterpretando a Teoria dos Atos de Fala do filósofo Austin (1990). O intuito foi compreender, por meio de entrevistas com mulheres brancas acadêmicas da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, como suas identidades raciais- influenciadas por outros fatores-, como o de gênero, a escolaridade, a origem social e etc, atravessaram seus discursos que se centraram sobre suas trajetórias profissionais. As análises demonstraram que as mulheres entrevistadas estão influenciadas por aspectos biológicos e sociais das construções racializadas da identidade racial branca acadêmica, não enxergando o lugar delas como um lugar social influenciado pelas nossas escolhas de gênero e de raça. As análises revelaram ainda impasses nos discursos destas acadêmicas em relação às suas escolhas profissionais, pois prevaleceu uma perspectiva universal e heteronormativa que contribue para a hierarquização das identidades no espaço acadêmico.Item Constructions of race in Brazil : resistance and resignification in teacher education.(2018) Windle, Joel Austin; Muniz, Kassandra da SilvaThis paper reflects on racial identification in Brazil, considering how concepts of race travel internationally and are transformed locally. In light of the silencing of issues of race in Brazilian public education, we analyse the experiences of student teachers of colour participating in a professional development project coordinated by the authors. We report findings of a qualitative study arising from the project, based on reflective journals and interviews, and focusing on processes of racial resignification and resistance. The narratives produced by participants are situated in relation to dominant discourses of racial democracy and mixing, which deny the possibility of a politicised Afro-Brazilian identity. We show how hybrid identifications, drawing on cultural resources and networks that involve transnational circulation, are part of the construction of new social identities in the context of teacher education.Item Corpo em cruzo : uma possibilidade de articulação entre os estudos culturais e a dança moderna africana de Germaine Acogny.(2020) Azevedo, Thais Lopes Santos de; Peretta, Éden Silva; Peretta, Éden Silva; Baptista, Maria Manuel; Muniz, Kassandra da SilvaO presente trabalho intitulado “Corpo em cruzo: Uma possibilidade de articulação entre os estudos culturais e a dança moderna africana de Germaine Acogny”, teve como principal objetivo estudar os princípios da dança moderna africana, criada e desenvolvida pela coreógrafa senegalesa Germaine Acogny, e como esses princípios podem ser desarticuladores das noções de colonialidade e poder no modo de produção de conhecimento ocidental. Intentase assim, problematizar as noções de corpo e corporeidade e desmistificar a noção de exclusividade e neutralidade dos paradigmas eurocentrados para o trabalho dx artista da cena contemporânea, a partir da noção de cruzo. Esta noção compreende as zonas fronteiriças das instâncias como corpo, mente, alma ou dos fazeres artísticos como teatro, dança, música que tem sua materialização de forma integrada e não estanques e/ou separadas do universo sensível. Assim como estão, inevitavelmente, atravessadas pelas condições materiais de seus contextos sociais, culturais, econômicos e políticos em uma relação radical com a alteridade.Item Crenças e atitudes linguísticas de professores de língua portuguesa : a variação linguística na oralidade.(2019) Costa, Mariana Mendes Correa da; Gonçalves, Clézio Roberto; Carvalho, Maria Tereza Nastri de; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, Clézio RobertoEsta pesquisa trata das crenças e das atitudes linguísticas de professores de Língua Portuguesa sobre o ensino da oralidade em sala de aula. Partindo do objetivo geral o trabalho consistiu em descrever como os professores lidam com a temática em questão, tomando por base se eles veem o ensino da Língua Portuguesa sob a perspectiva da norma padrão e/ou da variação linguística. Para alcançar os resultados esperados empregou-se como metodologia uma entrevista semiestruturada que continha perguntas referentes aos dados pessoais dos professores e sobre o ensino de Língua Portuguesa, sobretudo focando na didática e nas escolhas dos docentes. A entrevista aconteceu com 18 professores, sendo divididos em escolas públicas e particulares e por níveis de ensino: Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Após coletados os dados foram feitas análises dos relatos dos professores, tomando por base os aportes teóricos referentes às crenças e às atitudes linguísticas, numa perspectiva da Sociolinguística Educacional. Os resultados alcançados reportaram que ainda há muitas crenças que pairam sobre o ensino da Língua Portuguesa, dentre elas a crença predominante de que há uma língua ideal embasada pela norma padrão e que esta deve ser a modalidade mais ensinada nas aulas. A maioria dos professores reconhecem que a língua é rica em variações linguísticas, mas essa temática ainda é pouco explorada em sala de aula. A pesquisa também mostrou que a oralidade não é muito abordada pelos professores, a maioria se debruça sobre conteúdos que abordam a escrita, pois consideram que este conteúdo contempla mais a formalidade da língua. Assim, o presente trabalho procurou contribuir para a área da Linguística Aplicada ao ensino da língua materna sobretudo ao mostrar os pontos de vista dos professores da cidade de Mariana (MG), enfatizando como suas crenças e atitudes podem ser constantemente estudadas e repensadas com o intuito das práticas docentes serem sempre melhoradas.Item Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB.(SOUZA, A. L. S.; MUNIZ, K. da S. Descolonialidade, performance e diáspora africana no interior do Brasil : sobre transições identitárias e capilares entre estudantes da UNILAB. L&S Cadernos de Linguagem e Sociedade, v. 18, p. 80-101, 2017. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2018., 2017) Souza, Ana Lucia Silva; Muniz, Kassandra da SilvaEste artigo tem como objetivo tensionar o campo da linguagem, especificamente da linguística aplicada, por meio da possibilidade de estabelecer relação entre identidades, africanidades e diáspora. A partir de uma visão de linguagem dialógica, que tem o discurso como forma de ação sobre o outro, sobre si mesmo e sobre o mundo, vamos discutir o contexto de formação de um grupo de facebook formado dentro da Universidade Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab em meados de 2015. O grupo, autointitulado Afro-Unilab, teve como objetivo agregar estudantes de diferentes países africanos em torno da temática do cabelo e da possibilidade de usá-lo em seu estado natural. Para a análise temos como corpus depoimentos da idealizadora do grupo e algumas postagens a que tivemos acesso e que trazem questões como violências vividas, empoderamento feminino negro enfrentamento ao racismo na cidade de Redenção, cidade onde estudam as participantes, bem como dentro da própria universidade. Mais do que uma assimilação ao movimento crespo fortemente presente entre a juventude negra feminina, havia a necessidade de buscar responder o que significava ser uma estudante africana negra em uma cidade conhecida por ser a primeira a "abolir" a escravidão no Brasil. Nesse sentido, este artigo busca não dar respostas prontas a esses enfrentamentos, mas mostrar como um movimento feito no interior de uma cidade do Nordeste brasileiro indica-nos questões como migração, interculturalidade e o processo identitário.Item Ensino de língua portuguesa para estudantes surdos/surdas : sobre a possibilidade de português como língua de acolhimento.(2020) Borges, Rúbia Araújo; Muniz, Kassandra da Silva; kassymuniz@gmail.com; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, José Luiz Vila Real; Silva, Giselli Mara daApresentaremos nesta dissertação de mestrado a pesquisa realizada alinhada à Linguística Aplicada no Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Ouro Preto. A partir de algumas experiências prévias sobre os desafios do ensino de português para surdos no Brasil e com o surgimento de algumas limitações, fomos direcionados ao contexto da pesquisa acadêmica. Nesse sentido, torna-se relevante pensar a contemporaneidade no ensino de língua portuguesa para surdos. Há certas limitações/dificuldades no ensino de português para surdos e isso se concretiza na dificuldade da produção escrita desses estudantes. Pensar o ensino de língua portuguesa (LP) no qual esses alunos se sintam mais coparticipes, incluídos, acolhidos, diminuiria as dificuldades da aprendizagem de língua portuguesa desses estudantes? Tais questionamentos fundamentaram os caminhos epistemológicos traçados da pesquisa em andamento. A pesquisa baseia-se na vertente da linguística aplicada crítica (RAJAGOPALAN, 2001) e transgressiva (PENYCOOK, 2006), pois interessa-nos uma teoria capaz de corporificar a linguagem e isso vai ao encontro com a noção performativa (AUSTIN, 1998); (BUTLER, 2003) de linguagem, pois é uma visão que não enxerga apenas a diferença linguística dos surdos e sim aspectos da sua identidade e sua relação com o ensino-aprendizagem. Por esse motivo, os caminhos metodológicos seguidos foram baseados na perspectiva etnográfica de Blomaert (2008). Tais caminhos foram norteados mediante o objetivo principal da pesquisa que foi investigar o modelo de ensino de língua portuguesa para surdos de uma escola bilíngue na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais percebendo a possibilidade da adoção da noção mais ampla de conceito de ensino de língua como o Português como língua de acolhimento. (BARBOSA, 2019).Item Entre o autoral e a escrita coletiva : identidades, discursos e performances nas piXações urbanas.(2017) Araújo, Maria Carolina da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Galinari, Melliandro Mendes; Souza, Ana Lúcia SilvaItem O Lampião e Os Sujeitos da Esquina : performatizando identidades gays à luz da linguística aplicada transgressiva.(2020) Furquim, Carlos Henrique de Brito; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Souza, Ana Lúcia Silva; Machado, Rodrigo Corrêa MartinsNesta perquirição interroga-se, com base nos estudos em Linguagens e Identidades, sobre como são performatizadas as identidades de homens gays no jornal Lampião da Esquina por meio de um viés que compreende o discurso como ação constitutiva da identidade e a identidade como performance discursiva. Este trabalho está situado dentro do campo da Linguística Aplicada de viés transgressivo. Com olhar interseccional, elegendo a categoria queer como recorte para investigar as performances das identidades de homens gays, temse em consonância a relação da identidade de gênero com a orientação sexual. O corpus surgiu no final da década de 1970 e foi o primeiro jornal homossexual brasileiro produzido por Imprensa Livre a ganhar um grande protagonismo no fortalecimento do movimento LGBTI. Além disso, debateu assuntos de relevância para o grupo, em uma época de cerceamento da liberdade de expressão, consequência do regime militar instaurado no Brasil em 1964. Por tratar-se de um material que, além de debater sobre o universo LGBTI no século XX, contém discussões de temáticas diversas, fizemos um recorte qualitativo, focando em alguns trechos de textos veiculados na coluna Bixórdia, assinada pelo próprio tabloide. Nesse sentido, por meio desta investigação, aspirou-se a contribuir para a área da Linguística Aplicada, bem como para o campo das Linguagens e Identidades, com a produção de uma pesquisa nomeada como gay e que investiga a performance das identidades de homens gays na época da Ditadura Militar por meio do jornal Lampião da Esquina.Item Letramento de reexistência - um conceito em movimentos negros.(2018) Souza, Ana Lúcia Silva; Jovino, Ione da Silva; Muniz, Kassandra da SilvaItem Letramentos de reexistência : produção de cartazes digitais como forma de afirmação da intelectualidade jovem e negra.(2018) Brito, Thiago Henrique Borges; Muniz, Kassandra da Silva; Souza, Ana Lúcia SilvaEste artigo se traduz em afirmar que os cartazes digitais produzidos pela juventude negra são gêneros textuais discursivos que afirmam uma linguagem eminentemente política e subversiva que rompe as amarras de categorias estanques calcadas na noção de gênero ou na noção de político que passeia pelos trabalhos, quando estes se dispõem a analisar cartazes produzidos por grupos sociais específicos. Convergimos os diálogos entre as diversas áreas do saber a fim de traçar possibilidades de letramentos via agências ancoradas pela cosmovisão de matrizes africanas. Nesse sentido, dialogamos com as concepções de letramentos de reexistência cunhados por Souza (2011) e o bios de midiatização em Sodré (1972; 2002), a partir de uma visão decolonial de entender a produção desses cartazes. Aproveitamos, dada à oportunidade, o ensejo para propomos enfrentamentos que possam ser inspirados nas sobrevivências dessa população que sinalizem rupturas afrocentradas em novos rearranjos de mundo.Item Letramentos em espaços não escolares : o movimento hip-hop em Ouro Preto.(2015) Justo, Fabiana Correia; Corrêa, Hércules Tolêdo; Corrêa, Hércules Tolêdo; Muniz, Kassandra da Silva; Martins, Aracy AlvesEsta pesquisa tem como objetivo geral identificar, nas práticas de letramentos próprias do universo de um segmento jovem ouro-pretano, processos de leitura e escrita que configuram suas identidades sociais. Interessou-nos conhecer quais gêneros textuais e em que circunstancias esses sujeitos leem e produzem seus textos. Nossos referenciais teóricos são os estudos sobre os novos letramentos, letramentos múltiplos e multiletramentos, fundamentados e desenvolvidos nas áreas da linguagem e da educação. Também nos fundamentamos nos estudos sobre o movimento hip-hop como espaço de sociabilidade juvenil e como agência de “letramento de reexistência”, ampliando a discussão sobre práticas de letramentos em espaços de educação não formal, mais especificamente, no grupo de hip-hop participante desta pesquisa. O presente estudo é resultado de uma investigação de abordagem qualitativa, seguindo perspectivas etnográficas da área da linguagem e da educação para se observar as práticas de letramentos promovidas pelo/no hip-hop no coletivo investigado. Metodologicamente o estudo foi desenvolvido por meio de observação participante nas atividades desenvolvidas pelo grupo investigado e de entrevista semiestruturada realizada com alguns membros do coletivo. Na entrevista objetivou-se conhecer as demais práticas de leitura e escrita presentes na vida dos sujeitos da pesquisa. Em um segundo momento realizou-se também a coleta e a análise de dois gêneros textuais produzidos no âmbito do coletivo investigado: cartazes e informativos/fanzines. A análise dos dados evidenciou eventos e práticas de letramentos de sucesso desenvolvidos nas comunidades de Ouro Preto, MG, apontando esse espaço como local de práticas de letramentos situadas, multimodais e de reexistência.Item Linguagem como mandinga : população negra e periférica reinventando epistemologias.(Fundação Perseu Abramo, 2021) Muniz, Kassandra da SilvaItem A linguagem como performance nas identidades de mulheres negras e gordas.(2021) Silva, Amanda Ribeiro; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, Clézio Roberto; Botelho, Denise MariaA cibercultura tornou-se um lugar de infinitas possibilidades de criação e reprodução de linguagens, inclusive é um cenário recheado de performances. As linguagens disponíveis para nos expressarmos perante o mundo ampliaram nossa capacidade de se comunicar, e com a utilização das redes sociais conseguimos conexões com pessoas a todo o momento em qualquer lugar do mundo que tenha acesso à internet. As redes sociais estabelecem conexões entre como as pessoas se veem enquanto seres sociais e como elas fazem suas escolhas imagéticas e identitárias, criando uma vitrine online de suas subjetividades. Sendo assim, analiso a plataforma Instagram como ferramenta para evidenciar que somos sujeitos (as) formados (as) na e pela linguagem e nossas identidades, assim como nossas performances, estão em constante movimento. Nesse sentido, essa dissertação movimenta reflexões acerca da performance corporal de mulheres negras e gordas e discute gordofobia, racismo e gênero de forma intrínseca. O propósito dessa análise é discutir os atos performativos de mulheres negras e gordas que produzem conteúdos de forma pública na rede social Instagram e investigar quais são os métodos e caminhos que as mulheres que se autodeclaram negras e gordas escolheram para se inscreverem performaticamente através de legendas e fotos disponibilizadas no Instagram. As escolhidas para análise são a Bielo Andrade, Erica Almeida e Luana Carvalho. Pois, ao realizarem a exibição de suas identidades na internet elas estão inserindo suas inscrições performáticas no mundo expandindo novos horizontes para percorremos caminhos que são múltiplos quando nos debruçamos sobre a complexidade entre linguagens, corpos e identidades.Item A linguagem de Camaco : identidade, memória e reexistência.(2021) Marchiori, Geuderson Traspadini; Muniz, Kassandra da Silva; Muniz, Kassandra da Silva; Gonçalves, Clézio Roberto; Queiroz, Sonia Maria de MeloEsta pesquisa tem como objetivo principal o resgate e a preservação da memória da Linguagem de Camaco no município de Itabira, MG. Nesse intento a pesquisa bouscou: 1. Estabelecer uma discussão crítica a partir das relações entre linguagem, identidade, memória, resistência e a existência da Linguagem de Camaco, ao estudar a relação de falantes e de moradores da cidade com a Linguagem de Camaco; 2. Gerar registros dessa Linguagem, a partir dos quais seja possível compreender melhor a formação de seu léxico e os mecanismos linguísticos utilizados. Para a consecução desses objetivos realizou-se pesquisas bibliográficas e etnográficas em busca de registros que permitam melhor entendimento sobre o contexto de surgimento dessa Linguagem, sobre sua disseminação, sua resistência até os dias atuais e sobre os possíveis usos feitos pelos falantes ao longo de sua existência. Dos resultados observados, tem-se que a Linguagem de Camaco possui relações estreitas com a prática mineradora e com as relações coloniais decorrentes da formação do país ainda enquanto colônia portuguesa. Criada por trabalhadores negros, a partir desse contexto, a Linguagem opera de forma decolonial, proporcionando a seus falantes a possibilidade do que é proposto como aquilombamento linguístico.Item Linguagens, identidades e grupos afro-culturais de Minas Gerais : a problemática da nomeação.(2016) Araújo, Maria Carolina da Silva; Muniz, Kassandra da SilvaEste trabalho visa apresentar resultados obtidos no estudo de caso do Trovão das Minas, grupo musical de Belo Horizonte que estuda grupos tradicionais de cultura negra, principalmente o Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife - PE. Tivemos como objetivo estabelecer relações entre a linguagem e a identidade deste grupo, assumindo a hipótese de que seus processos de auto-nomeação estão relacionados com os processos de pertença, empoderamento ou rejeição da identidade cultural negra e sujeitas às discussões que permeiam o que é ser branco/a e negro/a em nosso país.
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