Navegando por Autor "Mollo, Helena Miranda"
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Item Uma análise sobre o lugar da história e da historiografia nas últimas obras de Friedrich Nietzsche (1882-1888).(2018) Crescêncio, Aniele Almeida; Mata, Sérgio Ricardo da; Mata, Sérgio Ricardo da; Mollo, Helena Miranda; Pimenta Neto, Olímpio JoséEssa dissertação buscou problematizar a visão de Nietzsche acerca da história e da historiografia, que é cristalizada no Brasil a partir das afirmações deste presentes em sua Segunda Consideração Intempestiva. É impossível entender o pensamento do filósofo sem contextualizá-lo, sendo assim, também discutimos o conceito de modernidade e dois grandes acontecimentos do século XIX que foram essenciais para a reflexão de Nietzsche acerca de sua contemporaneidade: a Unificação da Alemanha e a institucionalização da história. Para alcançar nosso objetivo, nos submetemos à análise das obras publicadas nas chamadas primeira e terceira fase de Nietzsche, a fim de apresentar suas semelhanças e divergências. Também analisamos as relações de Nietzsche com três historiadores contemporâneos. A partir das fontes identificamos que Nietzsche muda sua visão sobre a história após a publicação de sua famosa obra de 1874. Também pudemos perceber, acerca da relação com os historiadores, que Nietzsche admirou Burckhardt ao longo de toda a sua vida, apesar da relação polida entre ambos; Ranke foi alvo de suas críticas todas as vezes que foi mencionado por Nietzsche; e Treitschke, a quem Nietzsche cultivara certa admiração em sua juventude, foi duramente criticado em seus escritos finais.Item Antropoceno : como olhar o nosso tempo (2007-2017).(2020) Eugênio, Kaian Luca Perce; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Jorge, Janes; Silva, Valéria Mara da; Freixo, André de LemosEsta dissertação faz a análise da temporalidade do Antropoceno pela história ambiental e pela teoria da história para trazer à luz uma perspectiva geohistórica da modernidade. Seu objetivo central é analisar como a temporalidade do Antropoceno foi construída por meio das contribuições epistemológicas dos historiadores ambientais John McNeill, Dipesh Chakrabarty, Jason Moore e Christophe Bonneuil. O objetivo secundário da pesquisa é compreender como o Antropoceno foi se transformando em uma periodização para a historiografia designar aspectos socioambientais da história da modernidade. Ressalta-se que Moore utiliza o termo Capitaloceno e Bonneuil utiliza o termo Occidentaloceno que consideram mais adequados para nomear a nova época geológica do planeta. Entre 2007- 2017, os historiadores ambientais analisados discutiram três eixos temporais do Antropoceno a partir dos quais elaboramos a temática da pesquisa: o tempo geológico, o tempo da vida e o tempo da modernidade. Como hipótese norteadora, acreditamos que a construção da temporalidade do Antropoceno na historiografia expandiu o significado da ideia de um novo intervalo de tempo na história da Terra para além da geologia, a partir da problematização da experiência de tempo moderna. Além disso, o uso do Antropoceno por historiadores ambientais foi importante para que a historiografia tivesse um conceito mais atualizado para refletir sobre os rumos da globalização e da modernidade durante os séculos XX e XXI. Em última análise, também apontamos algumas controvérsias que foram levantadas durante as pesquisas.Item Biografia e história das ciências : debates com a história da historiografia.(Editora UFOP, 2012) Mollo, Helena Miranda; Kettle, Wesley Oliveira; Miranda, Gabriela Alves; Ávila, Gabriel da Costa; Silva, Francismary Alves da; Cavalcante, Francisca Hisllya Bandeira; Abreu, Jean Luiz Neves; Mello, Maria Teresa Villela Bandeira de; Cabral, Dilma; Bechler, Reinaldo Guilherme; Castro, Rafael Dias deItem O campo religioso da cidade de Ouro Preto-MG entre 1980-2010 : catolicismo e diversificação religiosa.(2017) Leonel, Guilherme Guimarães; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Alves, Paula Renata; Andrade, Luciana Teixeira deO campo religioso brasileiro passou por profundas transformações nas últimas décadas que levaram à fragmentação institucional e à intensa circulação de pessoas por novas alternativas e práticas religiosas, colocando definitivamente em cheque o monolitismo católico no Brasil. O presente trabalho visa compreender como tal processo histórico de diversificação religiosa ocorreu em Ouro Preto-MG ao longo último meio século. Tal problemática aplicada ao município de Ouro Preto é especialmente relevante, em função de que tal cidade, como outras fundadas no período colonial brasileiro, foi profundamente marcada, em diversos aspectos de seus mais de três séculos de existência, pela interpenetração profunda entre o Catolicismo, o poder político e sua espacialidade. Ao longo do século XX, o disestablishment do Catolicismo fez com que tal religião encontrasse outras formas de se colocar no espaço público. Em Ouro Preto isso ocorreu de forma pungente através de um processo de patrimonialização de seu legado histórico-arquitetônico, o que produziu historicamente a representação cívico-religiosa da “mineiridade”. Porém a despeito da ideia de homogeneidade, inerente à representação patrimonial, mesmo com suas devidas especificidades, Ouro Preto passou ao longo da segunda metade do século XX pelas transformações pelas quais passaram grande parte dos centros urbanos diante processo de industrialização do Brasil: grande crescimento demográfico desordenado decorrente da imigração e consequente diversificação dos estratos populacionais. Tal dinâmica resultou em uma ocupação muito específica do espaço e na diversificação dos repertórios culturais circulantes na cidade – inclusive o religioso. Desta forma, partindo da elaboração teórica de Bourdieu, definida no conceito de campo religioso, busca-se compreender como esse processo de multiplicação de vetores de forças religiosas produziram capitais, práticas, competição, convivência, ocupações de espaços e representações de si e da cidade. Sendo este um fenômeno multidimensional lançou-se mão de uma perspectiva e metodologia interdisciplinar capaz de jogar alguma luz sobre o complexo fenômeno estudado. Assim buscou-se compreendê-lo nas seguintes dimensões: 1) através da procura do entendimento da produção sócio-histórica e política do espaço, aliando noções básicas de georeferenciamento à pesquisa arquivística, etnográfica e de história oral, buscando as diversas relações com o espaço, com o político e com o sagrado traçadas pelas múltiplas vertentes religiosas estabelecidas na sede do município; 2) a partir da perspectiva das dinâmicas demográficas de declaração de pertencimento religioso apuradas pelos Censos IBGE entre 1980 e 2010 compreendendo a dinâmica religiosa de Ouro Preto comparativamente aos contextos mais amplos do estado de Minas Gerais e do Brasil; 3) por meio das práticas e relações político-religiosas em Ouro Preto diante do contexto histórico-jurídico republicano brasileiro no que concerne às relações entre Estado e religião, compreendendo melhor as possíveis intercessões entre Estado e religião nas práticas políticas cotidianas, e a dinâmica destas intercessões diante da diversificação do campo religioso e do próprio campo político. As conclusões caminham no sentido de que a diversificação religiosa que ocorre de forma mais geral no Brasil ocorre também em Ouro Preto, embora grande monta de tal diversificação ocorra dentro próprio universo cristão (Protestantismo (Pentecostal e Neopentecostal), há de se salientar por outro lado o expressivo crescimento do Kardecismo e dos Sem Religião. Também foi possível compreender como ocorreu a produção de espaços do sagrado que não se reconhecem dentro do paradigma da homogeneidade patrimonial, muito menos da “catolicidade” componente da “mineiridade”. Por fim, embora tenhamos detectado trânsito religioso e porosidade religiosa, estes não ocorrem através de fluxos indiscriminados e indeterminados, e a construção de um diálogo ecumênico/inter-religioso, de todas as partes, é incipiente e não-favorece a construção e uma cultura pluralista.Item O conceito de natureza entre a decadência e o progresso na História Natural luso-mineira (1772-1808).(2020) Matzner, Mark de Soldi; Silveira, Marco Antônio; Silveira, Marco Antônio; Mollo, Helena Miranda; Kury, Lorelai BrilhanteA polissemia do conceito de natureza expressa nos discursos dos naturalistas lusomineiros da passagem para o século XIX é capaz de manifestar a historicidade de toda uma geração de letrados que lidou com a crise da colonização durante um período de aceleração provocado pela emergência de novos saberes científicos. A História Natural se institucionalizou nas estruturas administrativas ultramarinas e promoveu o esquadrinhamento da natureza colonial. Tal historicização do meio ambiente produziu oscilações de significados que acabaram associando o meio natural do Brasil a uma potência de progresso e engendrando novas relações entre metrópole e colônia. A abertura do futuro propiciada por enunciados que buscavam o progresso através da natureza acabou racionalizando práticas destrutivas à biodiversidade nativa, institucionalizando-as como políticas de governo e causando danos irreversíveis ao patrimônio ambiental brasileiro, além de resguardar os recursos naturais para o uso dos estratos dominantes. Esta dissertação busca compreender e desconstruir os fundamentos de tais representações sobre a natureza do Brasil, em especial sobre a de Minas, para recuperar os elos semânticos que ecoam na crise ambiental contemporânea.Item O continente americano e o tempo profundo : uma perspectiva da interface entre história das ciências e história ambiental.(2020) Soares, Alciniane Lourenço Fernandes; Mollo, Helena MirandaO artigo tem como objetivo lançar um olhar sobre a emergência de certos cenários, no contexto das viagens realizadas no início dos oitocentos, no sul da América do Sul ainda desconhecidos, mas que informam sobre passados que levavam a uma história da(s) ancestralidade(s) da natureza. Os relatos geológicos, geográficos e paleontológicos apresentam um papel central para a compreensão do conceito de tempo profundo formado por longas camadas de passado(s).Item Cozinheiro Nacional : uma análise da obra como marco da valorização da cultura gastronômica brasileira.(2022) Santos, Thiago de Vasconcellos; Silveira, Anny Jackeline Torres; Silveira, Anny Jackeline Torres; Mollo, Helena Miranda; Meneses, José Newton CoelhoEsta dissertação de mestrado focaliza Cozinheiro Nacional, um manual de culinária de autoria desconhecida publicado no Brasil na década de 1890. O livro veio a público em um contexto especifico da história brasileira, caracterizada, por um lado, pela proliferação de estabelecimentos abertos ao público e onde se servia comida, e de outro, por um discurso nacionalista que intencionava estabelecer uma identidade pra o Brasil, em contraposição à tradição portuguesa, que baseou a constituição do mundo colonial e o período imperial. Ancorando-se nesse discurso nacionalista, a obra era apresentada como primeiro manual focalizando uma arte culinária voltada para o gosto nacional. Oferecendo pratos cujo preparo privilegiaria os insumos encontrados no território brasileiro, a obra afirmava-se como alternativa aos manuais culinários até então disponíveis, cuja culinária era predominantemente europeia. Propomos discutir se Cozinheiro Nacional pode ser efetivamente entendido como expressão da cozinha brasileira. Para investigar essa questão realizamos uma análise minuciosa do receituário presente no livro, buscando identificar técnicas, modos de preparo e ingredientes nele manejados, contrastando-o com outras referências sobre a alimentação brasileira no século XIX. A abordagem é pautada por uma perspectiva analítica fundamentada na contextualização histórica da obra, buscando entendê-la como inscrita na atmosfera do seu tempo, no momento político-cultural no qual veio a público. O texto dialoga com a produção historiográfica relativa à História da Alimentação, percebendo as práticas e valores associados à comida e ao comer como expressões culturais, portanto, como espaço de entrecruzamento de influências e heranças diversas.Item O debate político sobre o direito à cidadania civil nas Cortes de Cádiz -1810-1812- e na Assembleia Constituinte do Império do Brasil -1823-.(2023) Sena, Hebert Faria; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Pimenta, João Paulo Garrido; Sá, Maria Elisa Noronha de; Rangel, Marcelo de Mello; Mollo, Helena MirandaEsta pesquisa pretende contribuir para o conhecimento sobre as configurações da historicidade da linguagem política no debate ibero-americano sobre representação e direito à cidadania civil nas Cortes de Cádiz (1810-1812) e na Assembleia Constituinte do Rio de Janeiro (1823). Para realizar o estudo nos apoiamos teoricamente e metodologicamente em áreas da teoria da história como a história dos conceitos e das linguagens políticas e também na historiografia política e social. Realizamos um estudo sobre o processo de apropriações e usos do conceito político de cidadania nos discursos políticos destas diferentes assembleias constitucionais. Analisamos o processo das transformações dos modos pelos quais estes conceitos se apresentaram discursivamente nestes debates. Também pesquisamos sobre os modos pelos quais o conceito de cidadania estava correlacionado à mobilização de alguns conceitos políticos e históricos específicos, como os de história e prudência. Minha tese é a de que, nestes debates políticos, surgiram algumas querelas sobre os embasamentos teóricos e sobre os métodos de pesquisa dos historiadores que eram mobilizados nos discursos políticos destes deputados nas assembleias. Neste sentido, podemos dizer que já havia a existência de um amplo debate sobre teoria e metodologia da história no campo cotidiano da política direta, isto é, nas assembleias legislativas destes dois impérios, e que citações e referências históricas já eram alvo de críticas e de análises teóricas e metodológicas no cotidiano dos debates legislativos.Item Decolonialismo e crítica à história única : possibilidades para a historiografia sobre os povos originários do Brasil.(2018) Gomes, Geisiane Anatólia; Mollo, Helena Miranda; Lopes, Ana Mônica Henriques; Reis, Mateus Fávaro; Souza, Tatiana Ribeiro de; Mollo, Helena MirandaAo longo da coexistência entre as populações originárias brasileiras e a sociedade envolvente, desde a invasão e colonização portuguesas, chegando à contemporaneidade, foi construída uma narrativa que optou por negativar e ou ausentar os povos originários da sua realidade dentro do território. Essa narrativa, se estruturou a partir da negação do não-europeu, desde o século XVI e sobre concepções de grupos letrados, principalmente historiadores e literários. Em mesma medida, ações do Estado incidiram sobre a existência dessa população. Entre não reconhecer suas identidades, tentar assimilá-las e exterminá-las, de forma sistematizada, a sociedade envolvente se propôs a excluir e silenciar as suas vozes. Este trabalho procura, a partir de reflexões decoloniais e críticas à história única, analisar essa relação nociva através do tempo, em sua forma narrada e a partir da incongruente política de proteção às populações originárias no Brasil. Procura-se, a partir das reflexões e argumentações propostas, uma saída para a escrita da história sobre essas populações e por uma forma de restituir a elas seu espaço enunciação e de diálogo.Item Entre antigos e mineiros : Diogo de Vasconcellos e a história da civilização mineira.(2013) Silva, Rodrigo Machado da; Mollo, Helena MirandaA presente dissertação de mestrado apresenta em seu escopo central o estudo acerca dos projetos políticos e historiográficos de Diogo Luiz de Almeida Pereira de Vasconcellos (1843-1927), considerado um dos pioneiros da escrita da história erudita e sintética de Minas Gerais, no início do século XX. Este trabalho consiste em integrar uma análise pautada na interseção entre história política e história da historiografia. Nosso principal questionamento é: o que fazia Diogo de Vasconcellos aos escrever a história de Minas Gerais? Através do contexto de transferência da capital do estado, de Ouro Preto para Belo Horizonte, em 1897, procuramos compreender os elementos políticos e intelectuais que contribuíram para a formação da cultura histórica de Diogo de Vasconcellos, bem como os principais elementos discursivos que integram suas duas principais obras: História Antiga das Minas Gerais (1904) e História Média de Minas Gerais (1918), sobretudo a sua concepção de civilização. Além disso, a dissertação levanta a discussão acerca da constituição de um subgênero historiográfico que estava entre o memorialismo e a história erudita, no final do século XIX, e tinha como inspiração a estética romântica, predominante no oitocentos, fomentando a ampliação da escrita da história regional frente às produções de história nacional. Para Vasconcellos, Minas Gerais era o estado berço da civilização brasileira, e a história da nação deveria ser iniciado ali, e mobilizar os momentos de origem do estado era fundamental para a constituição da memória histórica mineira e nacional.Item Entre batalhas : de relíquias ao revival da arte acadêmica : as pinturas históricas e sua relação com a trajetória institucional do Museu Histórico Nacional (MHN) e do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), entre 1922 e 1994.(CASTRO, Isis Pimentel de. Entre batalhas: de relíquias ao revival da arte acadêmica: as pinturas históricas e sua relação com a trajetória institucional do Museu Histórico Nacional (MHN) e do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), entre 1922 e 1994. 2018. 185 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2018., 2018) Castro, Isis Pimentel de; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Abreu, Marcelo Santos de; Rangel, Marcelo de Mello; Caldeira, Ana Paula Sampaio; Montenegro, Aline; Dias, Luciana da CostaAs pinturas de história são constantemente apresentadas nas exposições como objetos-fetiches. Elas não só apresentam o passado, como constituem uma janela para ele, desta forma, alheias aos processos sociais que tornaram aquelas representações possíveis. O presente projeto de pesquisa visa analisar as relações entre as coleções permanentes e as instituições museológicas, problematizando as definições de objeto histórico/objeto artístico e de museu de arte/museu histórico, uma vez que estes implicam em diferentes apreensões de tempo. Tais noções foram e são constantemente repensadas nos processos de troca, transferência e doação entre museus, assim como na reelaboração de sua narrativa museológica ao longo do tempo. Serão objeto de estudo as exposições permanentes de dois dos principais museus brasileiros – Museu Nacional de Belas Artes e Museu Histórico Nacional, entre os anos de 1922 e 1994.Item Entre livros e vestígios : homens de ciência em busca de um sentido para o passado nacional (1876-1893).(2014) Godoi, Felipe Daniel do Lago; Mollo, Helena MirandaItem Estudos sobre a escrita da história : alguns horizontes historiográficos.(2010) Mollo, Helena MirandaItem O gigantesco microcosmos segundo Niels Bohr.(2019) Telles, Yemane Fernanda; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Silveira, Anny Jackeline Torres; Guimarães, Michele Hidemi Ueno; Silva, Francismary Alves daDurante as três primeiras décadas do século XX, a Física passou por significativas transformações, dando margem à imersão de novas formulações teóricas. A descoberta do raio-x, o Princípio da Incerteza de Heisenberg, as noções de Complementaridade de Bohr, a descoberta da fissão nuclear, todos esses são exemplos de trabalhos científicos que fizeram com que as premissas que fundamentavam a Física Clássica fossem questionadas, o que deu origem ao processo de desenvolvimento da Mecânica Quântica. O Princípio da Incerteza de Heisenberg e a teoria da Complementaridade de Bohr, especialmente, tornaram-se fundamentações essenciais para a constituição daquele campo e da mudança no quadro teórico, principalmente relacionado à microfísica. Niels Bohr foi um dos cientistas que dedicou grande parte da sua vida ao desenvolvimento e à organização teórica e metodológica da Mecânica Quântica, em que a noção de Complementaridade era utilizada pelo físico dinamarquês como explicação mais elementar. O desenvolvimento científico daquele campo, então, colaborou com a mudança na forma como as pessoas se relacionavam com o mundo e com a Ciência, a partir do primeiro quartel do século XX.Item Historiadoras : aproximações femininas à história da historiografia brasileira.(2019) Klem, Bruna Stutz; Freixo, André de Lemos; Freixo, André de Lemos; Mollo, Helena Miranda; Gaio, Géssica Góes GuimarãesEsta dissertação nasce a partir da vontade, de investigar a produção de conhecimento feita por mulheres dentro de uma área específica da história da historiografia brasileira na estruturação da pós-graduação em História no Brasil, através da documentação consultada, é possível observar aspectos muito mais complexos, gerando o interesse em testar os limites. Tendo isso em vista, uma grande quantidade de fontes foi consultada com dados relacionados a universidade com o objetivo apresentar observar os nomes e assuntos importantes para o campo, e se cristalizava ao redor dos cânones masculinos, pois a pesquisa era considerada uma carreira imprópria para a mulher pois gerariam o afastamento da vida familiar, do casamento e da maternidade. Com a efervescência do movimento feminista no Brasil nos anos 1980 e o crescente número de mulheres nas universidades há uma ampliação de pesquisas que fornecem um novo prisma, através de uma abordagem feminista e da epistemologia de gênero, que ajuda a evidenciar as relações de poder constitutivas da produção de conhecimento e que contribuem para a formação de redes de sociabilidade que influenciam na escolhas epistemológicas intelectuais. Dessa maneira, buscou- se explorar a possível invisibilidade da produção feminina dentro do campo e ainda em processo de transformação até hoje.Item O Império da prudência : linguagem política e experiência histórica na reforma da Constituição de 1824 (1831-1834).(2022) Teixeira, Larissa Breder; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Mollo, Helena Miranda; Mata, Sérgio Ricardo da; Rodrigues, Thamara de Oliveira; Sá, Maria Elisa Noronha deEm 1831, logo após a abdicação de Dom Pedro I, começaram, na Câmara dos Deputados, as discussões sobre as reformas constitucionais que culminaram no Ato Adicional de 1834. Com o tema das mudanças na forma da representação política como eixo, especificamente o que concerne o problema do poder político e administrativo provincial, os principais debates foram guiados por um agir prudencial. Em outras palavras, as discussões da Reforma Constitucional sobre a construção da nação estariam inseridas no âmago de uma linguagem que se empenha na busca por cautela e prudência. A prudência, no caso, não significaria lentidão, e sim perceber o momento certo da ação – nem antes, nem depois – e, dentro disso, ela poderia ser classificada como antiga ou moderna. Acreditamos que esse agir era capaz de estruturar conceitos, elaborar metáforas, moldar o pensamento e ordenar decisões. No decorrer da pesquisa, constatamos que a prática prudencial esteve, igualmente, atrelada as diferentes gerações, as quais os legisladores faziam parte: a Geração da Independência e a Geração da Reforma. Ademais, nessa reforma foi central a reconfiguração que o tempo e a história sofreram, isto é, como foram vividos e conceituados. À vista disso, buscamos compreender como passado, presente e futuro foram construídos pelos grupos políticos em questão no decurso dos debates. Tomando como fontes os debates sucedidos na Câmara dos Deputados e no Senado Imperial, instituições do poder legislativo onde se encontravam os membros da mais alta elite política e social do país durante os anos da reforma, entre 1831 e 1834, a presente pesquisa intenciona, portanto, lançar luz sobre tais fenômenos.Item Letras de memória : o indígena como cronótopo da narrativa do passado no período Imperial, dos estudos históricos ao romance indianista de José de Alencar (1820-1870).(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Oliveira, Maria Edith Maroca de Avelar Rivelli de; Mollo, Helena MirandaInserindo-se no debate atual sobre a formação da cultura histórica brasileira, no século XIX, este trabalho estuda as relações entre a construção da memória nacional, as letras e o indígena, no período imperial. É nosso objetivo demonstrar que, no momento de constituição de uma cultura histórica nacional (1820 a 1870), as letras nacionais assumiram a responsabilidade de construir a memória histórica, apresentando como resultado a elaboração de um cronótopo tempo histórico local (Gumbrecht): o cronótopo do indígena, que se tornaria a chave de leitura e organização do passado nacional. Esta dissertação pretende por em evidência o processo de desenvolvimento deste cronótopo, desde o momento projetivo até a consolidação do mesmo pelas narrativas históricas. Ao final pretendemos que se torne clara a importância do cronótopo do indígena como referencial de historicidade eleito pelas letras imperiais, ferramenta de interpretação e organização do passado e artefato de consolidação da cultura histórica nacional no período. Nesse intuito, aqui serão avaliados textos de história da literatura, projetos historiográficos, ensaios de etnografia e romances históricos, num corpus selecionado qualitativamente entre os autores e textos mais importantes do período e cujos trabalhos se guiam ostensivamente no sentido de colaborar na narrativa histórica. A partir deste recorte vertical nos debates e textos que discutem a presença dos indígenas na história nacional brasileira, pretendemos destacar a importância do tema para a cultura histórica do período, como também a relevância dos romances de Alencar como colaboradores na construção de uma memória nacional.Item A Linguagem Prudencial como guia no debate político brasileiro no Senado Imperial de 1832.(2018) Teixeira, Larissa Breder; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Mollo, Helena Miranda; Lynch, Christian Edward CyrilEm 1831, logo após a abdicação de Dom Pedro I, começaram na Câmara dos Deputados as discussões sobre as reformas constitucionais que culminariam no Ato Adicional de 1834. Tendo como tema as mudanças na forma da representação política, especificamente no que dizia respeito ao problema do poder político e administrativo provincial, os principais debates foram guiados por uma linguagem prudencial. Ou seja, as discussões da reforma constitucional sobre a construção da nação estariam inseridas dentro de uma linguagem que busca cautela e prudência. A prudência não significaria lentidão, e sim perceber o momento certo para a ação – nem antes, nem depois. Acreditamos que essa linguagem era capaz de estruturar conceitos, metáforas, moldar o pensamento e ordenar decisões. Entendemos o ano de 1832 como um nó histórico, como nos fala Pierre Rosanvallon. Isto é, como um momento central onde ocorrem intensas reformulações na linguagem política e na forma como os grupos políticos dominantes no Império percebem a realidade presente do país. Central nestas mudanças foi a reconfiguração da forma como tempo e história foram vividos e conceituados: como passado, presente e futuro foram construídos pelos grupos políticos em questão durante os debates. Essa dissertação, portanto, pretende lançar luz sobre tais fenômenos, tomando como fonte os debates ocorridos no ano de 1832 no Senado Imperial, instituição do poder legislativo onde se encontravam os membros da mais alta elite política e social do país.Item Movimento Negro Unificado e representações : onde estão as mulheres negras? (1978-1982).(2023) Oliveira, Regina Célia de; Mollo, Helena Miranda; Mollo, Helena Miranda; Oliveira, Felipe Alves de; Freitas, Idalina Maria Almeida de; Alves, Iracélli da CruzA presente pesquisa aborda as estratégias que as mulheres negras ativistas adotaram para que suas demandas alcançassem a devida atenção. Elas sempre lutaram para que seus empreendimentos tivessem espaço e importância, e no interior do Movimento Negro, diante das transformações que ocorreram na década de 1970/1980, algumas dessas mulheres contribuíram para a criação do Movimento Negro Unificado e, também, do Movimento das Mulheres Negras. Nesse material concentramos o nosso recorte nas questões de gênero, portanto, voltamos o nosso olhar no que tange às mulheres negras, e para tal adotamos alguns conceitos e metodologias. Realizamos um breve levantamento das correntes historiográficas que favoreceram a inserção de grupos marginalizados no espectro historiográfico enquanto sujeitos históricos. No que tange ao MNU, este foi apresentado através de seus primeiros anos. E, por fim, apresentamos as estratégias que as mulheres negras componentes do MNU encontraram para atender suas particularidades. No que concerne às fontes, foram utilizadas como produção de análises: a Carta de Princípios, as primeiras edições do jornal do MNU e os relatos de entrevista de Ana Célia da Silva, Luiza Bairros e Valdecir Nascimento contidas na dissertação de Silvana Bispo a respeito da criação do GM-MNU/BA (Grupo de Mulheres Negras do MNU da Bahia), na tese de Claudia Cardoso sobre feminismos e entrevistas das militantes Ana Célia e Valdecir Nascimento nos canais Negritos e Cultne hospedados na plataforma do YouTube. Por fim, deseja-se que a presente dissertação consiga contribuir para pesquisas futuras a respeito da história de mulheres negras pertencentes ao Movimento Negro ou não.Item Nostalgia e história : Joaquim Nabuco e a reconfiguração do Romantismo no final do século XIX.(2020) Silva, Rodrigo Machado da; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Mollo, Helena Miranda; Araújo, Valdei Lopes de; Sousa, Francisco Gouvea de; Nicodemo, Thiago LimaA presente tese de doutorado como principal objetivo a investigação das possibilidades de reconfigurações da estética românticas nos ambientes políticos e sociais no Brasil na passagem do regime imperial para o republicano como resposta políticohistoriográfica para as transformações temporais daquele período. As múltiplas formas de ler e narrar o tempo, no último quartel do oitocentos, apontavam para o cenário de desordem, e a sua reorganização era matéria de disputa entre os intelectuais do período. A História apresentava-se como um dos instrumentos para a resolução de tal questão. O historiador via-se como um tradutor da temporalidade nacional, e a sua relação afetiva e subjetiva com o passado tonificava a missão de se narrar e reorganizar a História do Brasil. Dessa maneira, nossa pesquisa foca no estudo da obra Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910), e a partir de seus escritos compreender as formas que o repertório romântico fora mobilizado por uma camada da intelectualidade brasileira para o reestabelecimento da ordem política e temporal no momento imediato à proclamação da República.