Navegando por Autor "Gonçalves, Andréa Lisly"
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Item O acesso de forros e escravos à justiça no Império Português.(2021) Gonçalves, Andréa LislyResenha de: PINHEIRO, Fernanda Domingos. Em defesa da liberdade. Libertos, coartados e livres de cor nos tribunais do Antigo Regime português (Mariana e Lisboa, 1720-1819). Belo Horizonte: Fino Traço, 2018. 335p.Item Alforriados e “fujões” : a relação senhor-escravo na região de São João del-Rei (1820-1840).(2009) Silva, Elisa Vignolo; Gonçalves, Andréa LislyAlforriados e “fujões” é um estudo das relações escravistas na região de São João del-Rei entre os anos de 1820 e 1840. As principais fontes históricas analisadas nesta dissertação foram as cartas de alforria e os anúncios de escravos foragidos do jornal Astro de Minas. Para a análise das questões que emergiam a partir da leitura desses documentos, nos baseamos na existência de uma ideologia paternalista, nas relações entre senhores e escravos. Assim, buscou-se discutir a partir da documentação e dos pressupostos dessa ideologia as distintas interpretações que senhores e escravos poderiam ter em relação ao contexto em que estavam inseridos.Item American Way of Rails : tecnologia e a construção da Estrada de Ferro D. Pedro II em perspectiva atlântica e no contexto da segunda escravidão (1835-1889).(2021) Santos, Welber Luiz Dos; Gonçalves, Andréa Lisly; Gonçalves, Andréa Lisly; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Graça Filho, Afonso de Alencastro; Guimarães, Carlos Gabriel; Marquese, Rafael de BivarAo longo do século XIX, o mundo atlântico, especialmente sua porção oeste, passava por um momento de readaptação da instituição escravista em decorrência de um novo mundo industrial expansivo desde a centúria anterior. A economia de plantation, devido à demanda ampliada por bens de primeira necessidade no universo gerado pelo capitalismo internacional, revigorou-se para produzir algodão para o vestuário, açúcar para a alimentação e café para manter os trabalhadores acordados. Em meio a tal cenário, todas as economias, independentemente de seu fundamento, de subsistência a “industrial” agroexportador ou industrial fabril, adotaram, mais cedo ou mais tarde, o meio de transporte definido pela Grã-Bretanha como o modelo hegemônico a partir da década de 1820. As estradas de ferro se difundiram globalmente e, em cada economia, assumiram um papel que poderia ser de modernização de infraestrutura viária – sob múltiplas implicações internas e externas – ou, também, de modernização industrial ferroviária – sob múltiplas implicações internas e externas. A tese central deste trabalho reside nos fenômenos iniciados na década de 1830, em que o nordeste dos Estados Unidos da América desenvolveu uma cultura ferroviária particular, em contraposição à cultura europeia liderada pela Grã-Bretanha. Nesse contexto, o Império do Brasil, como uma economia de base agroexportadora e de subsistência do mercado interno e para o meio produtivo de plantation, assumiu o papel de importador de engenheiros e bens de capital, sobretudo norteamericanos, para construir sua malha ferroviária.Item Amizade, comércio e navegação : o Tratado de 1829 e as relações político-mercantis entre o Brasil e os Estados Unidos na formação do império brasileiro (1808-1831).(2017) Rabelo, Pedro Henrique de Mello; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Gonçalves, Andréa Lisly; Ribeiro, Gladys SabinaEsta dissertação tem por principal fonte o tratado de amizade, comércio e navegação negociado e ratificado pelo Império brasileiro e pelos Estados Unidos entre fins de 1828 e inícios de 1829. Sua análise permite, entre outras muitas, a percepção de que as relações externas do Brasil de inícios dos Oitocentos não se resumiram às inauguradas pela antiga aliança política dos Bragança com o Império britânico. Nesse ínterim, a aproximação política ao governo dos Estados Unidos, iniciada no Primeiro Reinado, é muito significativa às pesquisas históricas que se dedicam ao estudo do período, sobretudo às que se referem ao contexto da formação do Estado imperial brasileiro.Item O apoio popular à monarquia no contexto das revoluções liberais : Brasil e Portugal (1820 e 1834).(2019) Gonçalves, Andréa LislyNeste artigo, apresento algumas considerações sobre o emprego da categoria popular royalism para o entendimento do apoio popular aos reis, no Brasil e em Portugal, no contexto de crise dos impérios modernos, entre as décadas de 1820 e 1830. O objetivo é analisar o alinhamento à monarquia por parte de indígenas, mestiços e escravos, no Novo Mundo, assim como de camponeses pobres, bandoleiros e pessoas desenraizadas, na ex-metrópole. Longe de confirmar a interpretação, corrente na historiografia, de que se tratava de uma adesão ingênua, pré-política ou fanatizada aos reis, esse alinhamento representou a possibilidade de ampliação de conquistas por parte dos grupos subalternos. A peculiaridade do caso luso-brasileiro reside no fato de que, tanto a contrarrevolução, representada por D. Miguel, quanto o liberalismo, com D. Pedro, contaram com extenso apoio popular. No Brasil, a figura do Primeiro Imperador, associada ao Antigo Regime por grupos políticos a ele rivais, foi apropriada pelo que se designava à época como classes ínfimas, na luta pela liberdade. Não faltaram, ainda, registros de apoio ao Infante e, depois, ao rei, D. Miguel, em algumas províncias brasileiras. Em Portugal, ainda que o extenso apoio popular ao miguelismo se explique pela natureza repressiva do regime, os setores populares conseguiram explorar, em seu benefício, as contradições de um monarca que carecia de legitimidade interna e internacionalmente.Item O Arquivo Privado São Caetano : registro(s) de si, constituição de memórias e escrita da história.(2014) Correia, Fernanda Póvoa; Gonçalves, Andréa Lisly; Gonçalves, Andréa Lisly; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Carrara, Ângelo AlvesEsta dissertação se propõe a discutir o processo de constituição, definição e uso dos arquivos privados, considerando o processo da escrita de si enquanto práticas dos indivíduos que se constitui em ferramentas na construção de memórias dos sujeitos titulares e da escrita da História. Por trás deste acúmulo existe nos indivíduos uma vontade de registrar e preservar suas trajetórias, condicionada por sensibilidades e anseios de representação. Tendo como campo de análise a documentação presente no Arquivo Privado São Caetano, iremos explorar especialmente os registros de um dos membros da família Ferreira Ramos, Arlindo Agostinho Ramos. Por meio da escrita epistolar e de outros registros acumulados por Arlindo, apreendemos expressões de intimidade deste titular, o modo pelo qual compreendia e registrava o mundo ao seu redor, assim como as redes de sociabilidade que se entrelaçaram no decorrer de sua vida.Item Arranjos de vida : direito e relações entre senhores e escravos - termo de Mariana, 1850-1888.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Meyer, Marileide Lázara Cassoli; Gonçalves, Andréa LislyA partir principalmente da década de 1980, muitos dos estudos históricos relacionados à história do trabalho e dos trabalhadores no Brasil elegeram as fontes judiciais como informantes preciosos, não somente da criminalidade ou dos mecanismos jurídicos como também da percepção e das noções de direito e de justiça que foram construídas por senhores, por escravos e por libertos acerca do domínio senhorial nos séculos XVIII e XIX. Este trabalho tem por objetivo analisar as percepções de direitos e de justiça, no universo escravista do Termo de Mariana, nas três últimas décadas da escravidão no Brasil, analisando regionalmente as acomodações ou as resistências que foram construídas a partir de uma intervenção cada vez mais marcante do Estado Imperial nas relações entre senhores e escravos via leis, e, sobretudo, a partir da Lei do Ventre Livre em 1871.Item Aspectos da história e da historiografia sobre o Brasil e Portugal das primeiras décadas do século XIX.(2012) Gonçalves, Andréa LislyAs reflexões apresentadas neste artigo resultam da pesquisa que venho desenvolvendo nos últimos anos, que aborda a trajetória de brasileiros, de diferentes províncias, que em solo lusitano lutaram contra o regime instalado com a subida de D. Miguel I ao trono português, em 1828. O entendimento da atuação dessas personagens só é possível a partir da abordagem da história e da historiografia sobre as relações entre Brasil e Portugal, nos anos que se seguem à independência do Brasil. Entre as categorias e conceitos eleitos como fio condutor da análise, o primeiro a ser tratado é o de Império luso-brasileiro, relacionado à categoria do absolutismo monárquico. Considerando os principais antagonistas, D. Pedro I e D. Miguel, e seus respectivos grupos de apoio, pretendeu-se discutir os diversos alinhamentos em torno da manutenção ou não do referido Império. A segunda parte do artigo trata do tema das mobilizações populares, principalmente as regressistas, nos dois contextos, à luz dos conceitos de contrarrevolução e restauração.Item A Assembleia Provincial de Minas Gerais e a formação do Estado Nacional Brasileiro, 1835-1845.(2018) Oliveira, Kelly Eleutério Machado; Gonçalves, Andréa Lisly; Carrara, Ângelo Alves; Carvalho, Marcus Joaquim Maciel de; Monteiro, Nuno Gonçalo; Gonçalves, Andréa Lisly; Venâncio, Renato PintoA Constituição política do Império do Brasil, outorgada em 1824, reconheceu a divisão do território brasileiro em províncias (Capítulo 1, artigo 2º). Ao mesmo tempo que definiu que elas seriam unidades de uma Nação soberana, a Constituição garantiu aos cidadãos o direito “de intervir nos negócios da sua província e que são imediatamente relativos a seus interesses peculiares” (Capítulo 5, artigo 71º) por meio dos Conselhos Gerais. Em 1834, a Constituição brasileira foi reformada: o chamado Ato Adicional substituiu os referidos Conselhos pelas Assembleias Provinciais. Com atribuições semelhantes, a novidade estava na função legislativa das Assembleias. Tendo como fontes primárias atas, projetos, pareceres, requerimentos, relatórios, correspondências e jornais, além de ampla pesquisa bibliográfica, esta tese buscou destacar a organização e o funcionamento da Assembleia mineira, enfatizando a atuação política cotidiana de seus deputados e, ainda, buscou discutir o papel da Assembleia Provincial de Minas Gerais, entre os anos de 1835-1845, na construção do Estado nacional brasileiro. Defendemos que a criação de uma instância de poder intermediário, entre as Câmaras Municipais e a Assembleia Geral, visava assegurar e garantir a unidade política e territorial do Império do Brasil. Nesse processo, a escravidão também exerceu papel estruturante. São os esforços da Assembleia Provincial de Minas Gerais para manter essa instituição, bem como para revogar a lei antitráfico de 1831, que veremos no último capítulo desta tese.Item Caminhos para a liberdade : Perdigão Malheiro e o problema da escravidão nas linguagens do ideário político e antiescravista, 1863-1872.(2018) Santana, Rogério Barreto; Joly, Fábio Duarte; Joly, Fábio Duarte; Gonçalves, Andréa Lisly; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Marquese, Rafael de Bivar; Parron, Tãmis PeixotoEscravidão e liberdade são dois assuntos consagrados na historiografia mundial. Não obstante os pesquisadores os tenham abordado sob diferentes ângulos e de forma por vezes exaustiva, o mesmo não se aplica quando ambos convergem em direção a uma interpretação possível das suas relações com o ideário de políticos, juristas e antiescravistas brasileiros. O problema é agravado quando se pensa sobre os usos e a variação de suas linguagens, bem como sua concepção de história e práticas na década de 1860 – quando, com as implicações da Guerra Civil Americana (1861-1865), instalou-se um período de crise da instituição secular nas regiões periféricas do sistema mundial onde a escravidão ainda subsistia. Nesse contexto, diferentes atores do Novo e do Velho mundos recorreram a comparações sistemáticas do elemento servil no tempo e no espaço com o objetivo de depreender das experiências passadas e coevas os meios pelos quais seria possível encaminhar politicamente o fim do cativeiro conforme a sua realidade e necessidades pontuais. Tomando Agostinho Marques Perdigão Malheiro (1824- 1881) – e suas principais referências intelectuais sobre a história da escravidão Antiga ou Moderna – como ponto de partida para uma análise abrangente do período e do tema, dedico esta tese ao estudo da recepção de tais ideias. Estas não se restringiram ao último país das Américas a abolir a escravidão tampouco se limitaram aos “muros” convencionais dos Estados nacionais. Correlacionado a fatores políticos, econômicos e sociais, todo esse ideário compartilhado entre os séculos XVIII e XIX ajudou a elevar a um novo patamar os debates pela emancipação dos sujeitos escravizados neste e noutros territórios, interferindo assim na construção do seu porvir.Item Cartas à viscondessa : cotidiano e vida familiar no Brasil Império. Ouro Preto, 1850-1902.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Hot, Amanda Dutra; Gonçalves, Andréa LislyA presente pesquisa tem por objetivo estudar uma família da classe senhorial ouropretana, os Teixeira de Souza Magalhães. Analisaremos este grupo familiar, usando como representante principal, Maria Leonor de Magalhães Teixeira, baronesa e viscondessa de Camargos. Buscaremos, também, compreender o conceito de família e a forma de se viver em família, experimentada por este grupo da elite oitocentista mineira. Através do estudo das correspondências ativas e passivas de Maria Leonor, além de inventários post-mortem, auto de justificação e certidões de batismo, poderemos esboçar as relações e redes de solidariedades vividas pelos sujeitos que as encenaram. Acreditamos que, através do estudo do cotidiano desta família, poderemos compreender melhor as relações familiares de outros núcleos de mesma condição social. Os casamentos arranjados, a concessão de dotes, a aquisição de títulos de nobreza, a extrema preocupação com a educação e a instrução dos filhos, a participação em redes de apadrinhamento e o estabelecimento de relações clientelares devem ser vistos, no interior deste grupo, como estratagemas usados para a perpetuação da riqueza e do status social, tão caro às elites oitocentistas.Item Cartas ao Pará : vida privada, cotidiano e política na correspondência pessoal do negociante Antônio José de Miranda (Portugal, 1828-1831).(2022) Gonçalves, Andréa LislyA subida de D. Miguel ao trono português, em julho de 1828, desencadeou intensa repressão aos seus opositores, incluindo vários brasileiros, como o paraense Antônio José de Miranda. Dentre os papéis dele apreendidos pela polícia constava um copiador de cartas, principal fonte utilizada para este artigo. A partir dele, buscou-se discutir elementos da prática epistolográfica do personagem, apresentar aspectos do seu cotidiano e destacar os alinhamentos políticos de um membro de uma das mais importantes oligarquias do Brasil setentrional, no contexto da vitória da contrarrevolução miguelista em Portugal.Item O cativeiro e as penas : a experiência escravista nos escritos da Primeira Geração Romântica (1836-1844).(2019) Botelho, Luiza de Oliveira; Rangel, Marcelo de Mello; Silva, Daniel Pinha; Rangel, Marcelo de Mello; Gonçalves, Andréa Lisly; Sousa, Francisco Gouvea deEsta dissertação tem como objetivo estudar as críticas à escravidão, ao tráfico intercontinental e à mão de obra escrava africana escritas pelo Romântico Francisco de Salles Torres Homem entre os anos de 1836 e 1844. Nossa proposta é delimitar as análises em dois artigos fundamentais: Considerações Econômicas sobre a Escravatura (1836) e Colonização (1844), publicadas na Revista Niterói e na Minerva Brasiliense, respectivamente. Em ambos os artigos, o autor vai de encontro aos projetos predominante da época que eram partidários à escravidão e à continuidade do tráfico intercontinental. Para Torres Homem, a manutenção das atividades escravistas representavam diversos prejuízos de ordem moral e material para a “nação” em vias de construção. Partindo desta perspectiva, verificamos que, no campo dos estudos históricos, algumas pesquisas exploraram o tema sobre a forma pela qual as ideias liberais legitimaram os interesses escravistas e pouco valor conferiram à possibilidade de averiguar que seu repertório também foi apropriado para condenar a escravidão. Assim, consideramos que este caminho interpretativo corroborou para um certo esquecimento de projetos e propostas para o fim da escravidão e/ou do tráfico negreiro nos anos 1830, em particular aqueles que se valeram dos pressupostos teóricos do liberalismo para condenar a instituição e/ou o infame comércio. Por fim, a partir do estudo do caso do Romântico Salles Torres Homem pretendemos avançar no debate e destacar que, a despeito da preponderância dos projetos favoráveis à escravidão e ao tráfico negreiro, houve vozes dissonantes.Item “Cidadãos teóricos de uma nação imprecisa” : a ação política de estrangeiros no reinado de D. Miguel, 1828-1834.(2015) Gonçalves, Andréa LislyO reinado de D. Miguel (1828-1834) colocou fim à primeira experiência liberal portuguesa e foi marcado por intensa repressão política aos seus opositores. Contra o rei absoluto formou-se uma verdadeira “internacional antimiguelista”, que incluía militantes do Brasil, da América Hispânica, da Espanha, da Itália, entre outros países. Tendo como fonte principal os processos políticos do Reinado de D. Miguel, depositados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, este artigo pretende esclarecer o trânsito de pessoas e de ideias, ressaltando os contrastes existentes entre os contextos americano e europeu.Item A crise do Império e os projetos de Nação no contexto luso-brasileiro (1820-1834).(2017) Gonçalves, Andréa LislyLonge de se afrouxarem de todo após a emancipação política da ex-colônia portuguesa, os vínculos entre a história de Portugal e a do Brasil vicejaram, nas penas de publicistas e atores políticos do antigo reino e da ex-colônia, em discussões sobre a restauração do império luso-brasileiro. São os desafios impostos nas décadas iniciais de construção dos Estados Nacionais, nos dois lados do Atlântico, que este artigo busca analisar.Item Da promessa à confirmação : alforrias, legados e heranças aos escravos e libertos da região de Guarapiranga, Minas Gerais (c : 1820 – 1871).(2015) Leal, Tiago Pereira; Gonçalves, Andréa LislyEste trabalho realiza um estudo acerca das alforrias e de outros privilégios prometidos aos cativos e libertos da região de Guarapiranga (MG) (c: 1820 – 1871). Partindo do princípio de que os desejos de última vontade eram concretizados somente após a morte do testador através da abertura do testamento, a pesquisa também tem como propósito verificar a confirmação das prerrogativas anotadas no documento de prestação de contas dos testamentos. Este procedimento permite verificar se as alforrias e os legados registrados para os cativos e libertos foram revestidos em ganhos plenos. Para atingir os objetivos propostos, foi examinado um conjunto documental composto por Traslados de Testamentos, Inventários Post Mortem, Prestação de Contas dos Testamentos, Listas Nominativas de Habitantes (1831/32), Ações Cíveis e um Processo-Crime. Para compreensão do processo da alforria levou-se em consideração os principais acordos entre senhores e cativos no cotidiano da escravidão. Além disso, analisou-se o perfil social dos senhores que prometiam a liberdade, as variáveis demográficas dos alforriados, os fatores que influenciavam a concessão e os principais tipos de alforrias. Tendo em vista que os escravos não adquiriam somente a manumissão, examinou-se, ainda, os principais legados anotados para os escravos e libertos bem como a razão de alguns senhores terem nomeados alguns dos seus cativos como herdeiros. Por fim, para confirmar o recebimento das benesses, foram identificados os testamenteiros e as principais formas usadas para demonstrar a quitação das alforrias e de outros legados.Item Os deputados mineiros eleitos às cortes constituintes de Lisboa.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Silva, Luana Melo e; Gonçalves, Andréa LislyEsta pesquisa, que transita entre a história política e social, pretende um estudo sobre os deputados mineiros eleitos às Cortes Constituintes de Lisboa. Valendo-se do método prosopográfico, busca-se a resposta para a permanência desses deputados no Brasil. Nas Cortes lisboetas residia a legitimidade do debate político na época, elas representavam a possibilidade de reorganização do Império Luso. Essas Cortes e o constitucionalismo foram recebidos de diferentes maneiras no Brasil. Das dezenove províncias que compunham a porção americana do Império Luso em 1820, apenas três não enviaram representantes às Cortes. A província mineira elegeu a maior delegação do Brasil num período marcado por negociações políticas e incertezas quanto aos rumos que tomaria a nação que então se formava. Para esta pesquisa, parte-se da hipótese de que a permanência desses deputados deve-se ao fato de que as províncias do Centro-sul do Brasil não tiveram uma adesão forte à Constituinte de Lisboa em função da presença da Corte no Rio de Janeiro.Item As donas da rua : comerciantes de ascendência africana em Vila Rica e Mariana (1720 - 1800).(2009) Camilo, Débora Cristina de Gonzaga; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Gonçalves, Andréa Lisly; Faria, Sheila Siqueira de CastroEste trabalho objetiva investigar a participação das pessoas de ascendência africana no mercado local na região compreendida por Vila Rica e Mariana entre as décadas de 1720 a 1800. Analisamos, através de variada documentação, os diversos aspectos que justificam a entrada e a permanência de um grande contingente de mulheres pretas e crioulas na atividade mercantil. Compreendemos que a presença negra no pequeno comércio foi resultado de uma série de fatores como a tradição de determinados grupos africanos, a divisão sexual do trabalho em África e em Portugal, as demandas da sociedade local e, enfim, dos espaços de mobilidade nesta sociedade escravista. Além destes fatores, as comerciantes negras utilizaram estratégias pessoais para permanecer no trabalho e acumular pecúlio através do mesmo. Assim, a conquista de determinados bens por parte de vendeiras, quitandeiras e negras de tabuleiros significava ascender perante a população de cor escrava e alcançar um status intermediário na comunidade local. Ser uma negra comerciante no Setecentos mineiro significou partilhar tradições e reconhecer o lugar do mercado, o que bem fizeram tantas pretas e crioulas, tornando-se ‘donas’ das ruas no cotidiano das vilas.Item Entre "selvagens desumanos"e "homens silvestres" : a política indigenista nas províncias do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia (1845-1870).(2022) Silva, Natalia Moreira da; Gonçalves, Andréa Lisly; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Gonçalves, Andréa Lisly; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Mattos, Izabel Missagia; Oliveira, Tatiana Gonçalves de; Rodrigues, João Paulo Coelho de SouzaEm 1845 foi aprovado o Regulamento das Missões, que trouxe para a esfera nacional a civilização do indígena. O Regulamento foi a tentativa do Segundo Reinado de integrar índios e brancos por meio da religião católica, do trabalho, do comércio e até mesmo do casamento. Nesta tese analisamos a utilização da mão de obra indígena na segunda metade do oitocentos e também discorremos sobre a relação intrincada de espoliação das terras indígenas e trabalho durante a implantação do Regulamento. Temos como hipótese central que os aldeamentos serviram aos interesses locais como redutos de mão de obra, tanto para particulares quanto para o Estado. Acreditamos que as questões sobre demandas de terras estão ligadas ao tema trabalho, mesmo que este tenha se escasseado nas fontes com o passar do tempo, mas não escasseando a prática do uso. Também acreditamos que o Regulamento foi implantado obedecendo aos interesses de uma “nobreza da terra”, que manejava aldeamentos e indígenas de acordo com os interesses comerciais e de colonização. Nesse sentido é que se impôs a leitura de uma base documental ampla e variada para tentarmos compreender as diversas clivagens da questão indígena entre 1845 e 1870. Consultamos atas do Conselho de Estado, textos publicados na Revista do IHGB, Revista do Arquivo Público Mieiro, atas do Senado e da Câmara. Também analisamos as atas provinciais dos diretores de índios e diretores de aldeias mineiras e capixabas, além dos relatórios dos presidentes de província e periódicos provinciais em busca de comentários sobre os problemas indigenistas, atentando para opiniões acerca dos indígenas, sobre a ação do Estado e possíveis diferenças regionais sobre estes temas e, principalmente, a respeito da recepção e implantação do Regulamento das Missões (1845) que circulavam nas províncias.Item Entre penas e impressos : aspectos da experiência política de exilados liberais na Europa e no Brasil contra o regime de D. Miguel (1826-1837).(2019) Silva, Luiz Gustavo Martins da; Gonçalves, Andréa Lisly; Gonçalves, Andréa Lisly; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Ribeiro, Gladys SabinaEsta dissertação de mestrado tem por finalidade investigar aspectos da experiência política de exilados liberais na Europa e no Brasil, perseguidos pelo regime de D. Miguel, entre os anos de 1826 e 1837, período em que o rei iniciou um governo avesso às mudanças de seu tempo, e propôs a restauração da antiga ordem e a repressão aos seus opositores. Foi um momento no qual também se desencadeou o maior exílio português do Oitocentos, por isso, tendo em vista as perseguições praticadas, forjava-se, no exterior, a resistência ao rei. Quanto ao Brasil, tornou-se um destino, nessa altura, para muitos exilados. Uma vez instalados, puseram-se a defender o constitucionalismo e as ideias liberais. A presença deles em território brasileiro constituiu, ainda, um contraponto aos discursos dos periódicos de tendência liberal no panorama de circulação de ideias e no contexto dos conflitos entre “ser português” e “ser brasileiro”. Espera-se, assim, contribuir para as formas de apreensão do exílio liberal europeu, sobretudo o exílio português direcionado para o Brasil, aspecto pouco abordado pela historiografia.
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