Navegando por Autor "Ferraz, Aline Tonhela"
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Item Avaliação do esôfago e estômago como portas de entrada na infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi por via oral.(2022) Ferraz, Aline Tonhela; Vieira, Paula Melo de Abreu; Soares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiar; Vieira, Paula Melo de Abreu; Soares, Rodrigo Dian de Oliveira Aguiar; Melo, Luísa Helena Perin de; Lima, Wanderson Geraldo deA doença de Chagas é uma protozoonose endêmica na América Latina, cujo agente etiológico é o Trypanosoma cruzi. No Brasil após programa de controle do seu principal vetor domiciliar, o Triatoma infestans, o perfil epidemiológico se modificou, e após inúmeros surtos devido a infecção por ingestão de alimentos contaminados pela forma tripomastigota metacíclica, a infecção pela via oral se tornou a principal via de transmissão da doença no país. Nesse sentido, o trato gastrointestinal se tornou a principal via de entrada para o parasito, porém ainda não se sabe qual seria a porta de entrada do parasito frente a infecção pela via oral, sugere-se que seja o estômago, porém alterações foram observadas no esôfago deste estudo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o esôfago e o estômago como possíveis portas de entrada na infecação por via oral com a cepa VL-10 do Trypanosoma cruzi em camundongos Swiss. Para isso, 130 camundongos foram distribuídos em três grupos experimentais: controle não infectado; infectado pela via intraperitoneal (VI) e infectado pela via oral (VO). Foram inoculadas nesses animais 1x105 formas tripomastigotas metacíclicas provenientes de culturas acelulares por gavagem incompleta (VO) ou por via intraperitoneal (VI). Foram realizadas eutanásias nos dias 14 e 21 após a infecção (DAI), onde foram coletados fragmentos do esôfago e do estômago, obtendo então curva de parasitemia e a taxa de sobrevida; a fenotipagem de células mononucleares (monócitos e linfócitos T CD8 + ) do sangue periférico por citometria de fluxo; o parasitismo tecidual pela técnica de PCR em tempo real; o processo inflamatório, por meio da coloração de Hematoxilina-Eosina; a quantificação de glicoproteínas por meio da coloração; e a dosagem das citocinas IL-10, IFNγ e TNF no estômago por CBA (Cytometric Bead Array). Em ambos os grupos o pico de parasitemia ocorreu no 17° DAI, a taxa de sobrevida no grupo VIP foi de 7,23%, já no grupo VO observou-se uma taxa de 23,40%, no 28° DAI. No que se diz respeito a resposta imune, observou-se aumento de monócitos em ambos os grupos no 14° e 21° DAI, já para os linfócitos T CD8+ foi observado que independente da via de inoculação houve um aumento no percentual dessas células no 21º DAI. Além disso observa-se um aumento no 21° DAI quando comparado ao 14° DAI no grupo VI. O parasitismo no estômago foi maior no 14° DAI do grupo VI quando comparado ao 14° DAI do grupo VO; já no esôfago foi observado maior carga parasitaria no grupo VO no 21° DAI quando comparado com o grupo VI. Em relação ao processo inflamatório no esôfago foi observado aumento em todos os grupos quando comparados ao grupo controle; já no estômago foi observado maior processo inflamatório no grupo VI quando comparado ao VO no 14 DAI, além disso observou-se aumento do processo inflamatório no grupo VO a partir do 14 DAI quando comparado ao 21 DAI. No que se diz respeito a quantificação de glicoproteínas foi observado queda de produção em todos os grupos com o dercorrer da infecção, sendo maior no 21 DAI. Em relação as dosagens de citocinas no estômago, não foi observada produção de IL-10 em nenhum dos grupos infectados, em realação a TNF foi observado aumento no grupo VI, não sendo observado este aumento no grupo VO, foi observado aumento da produção de IFN-γ no 14 DAI do grupo VI e no 21 DAI do grupo VO quando comparado aos animais não infectados. Diante disso, esses dados sugerem que o esôfago é a porta de entrada na infecção por via oral da doença de Chagas para o parasito nesse modelo de infecção experimental, dado as alterações no perfil parasitológico, patológico e de resposta imune em comparação com a via intraperitoneal. Além disso, este estudo revelou que a via de infecção oral resulta na alteração da produção de glicoproteínas no estômago, o que pode gerar alterações funcionais no órgão.Item Histopathological changes in the gastrointestinal tract and systemic alterations triggered by experimental oral infection with Trypanosoma cruzi.(2020) Carvalho, Lívia Mendes; Carvalho, Thaís Vieira de; Ferraz, Aline Tonhela; Marques, Flávia de Souza; Roatt, Bruno Mendes; Fonseca, Kátia da Silva; Reis, Levi Eduardo Soares; Carneiro, Cláudia Martins; Vieira, Paula Melo de AbreuChagas disease, caused by the protozoan Trypanosoma cruzi, is endemic in almost all countries of Latin America. In Brazil, oral infection is becoming the most important mechanism of transmission of the disease in several regions of the country. The gastrointestinal tract is the gateway for the parasite through this route of infection, however, little is known about the involvement of these organs related to oral route. In this sense, the present study evaluated the impact of oral infection on the digestive tract in mice infected by Berenice-78 (Be-78) T. cruzi strain, in comparison with the intraperitoneal route of infection. In this work, the intraperitoneal route group showed a peak of parasitemia similar to the oral route group, however the mortality rate among the orally infected animals was higher when compared to intraperitoneal route. By analyzing the frequency of blood cell populations, differences were mainly observed in CD4+ T lymphocytes, and not in CD8+, presenting an earlier reduction in the number of CD4+ T cells, which persisted for a longer period, in the animals of the oral group when compared with the intraperitoneal group. Animals infected by oral route presented a higher tissue parasitism and inflammatory infiltrate in stomach, duodenum and colon on the 28th day after infection. Therefore, these data suggest that oral infection has a different profile of parasitological and immune responses compared to intraperitoneal route, being the oral route more virulent and with greater tissue parasitism in organs of the gastrointestinal tract evaluated during the acute phase.