PPGFIL - Programa de Pós-graduação em Filosofia
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Navegando PPGFIL - Programa de Pós-graduação em Filosofia por Autor "Alves Júnior, Douglas Garcia"
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Item Adorno e o belo natural.(2020) Oliveira, Sara Ramos de; Freitas, Romero Alves; Freitas, Romero Alves; Pucciarelli, Daniel Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia“Adorno e o Belo Natural” possui como objetivo investigar a forma como Adorno propõe em sua obra Teoria Estética uma nova forma de se pensar o conceito de belo natural na estética e na filosofia da arte, considerando que a linguagem é o seu elemento determinante, uma vez que no belo natural trata-se de pensar a natureza como expressão de algo que não pode expressar-se pelos próprios meios. Adorno parte do pressuposto de que a tradição filosófica ocidental herdou uma visão não autêntica sobre a relação estética do ser humano com a natureza, começando pela relação do sujeito transcendental de Kant, que observava a natureza ora como lugar de afirmação daquilo que foi dominado pelo homem, ora como lugar de contemplação daquilo que ainda não foi dominado. Para Adorno, essa relação com a natureza do sujeito kantiano inaugura o belo natural como campo de expressão de uma subjetividade burguesa, que tem como principal objetivo manter as relações de poder na sociedade esclarecida. Para oferecer uma alternativa a esta visão, Adorno considera que o belo natural é um campo de expressividade negativa, ou seja, ele oferece a possibilidade de se trazer o não-idêntico à sociedade esclarecida através da experiência estética, expressa de maneira dialética no belo artístico.Item Alegoria & Redenção : das esferas política e estética nas teses sobre o conceito de história de W. Benjamin.(2021) Oliveira, Rodrigo Rocha Rezende de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Chaves, Ernani; Alves Júnior, Douglas Garcia; Rangel, Marcelo de MelloNesta dissertação procuramos expor a intermediação dialética entre a escrita alegórica adotada por Walter Benjamin no contexto das teses Sobre o conceito de História (1940) e o posicionamento crítico e político do autor. Por outras palavras, viemos observar, assim, o que há de afinidade entre a apresentação estética do texto e o seu conteúdo engajado. Neste sentido, ressaltamos que, mesmo repletas de alegorias e imagens, as “Teses” não são uma simples e gratuita incursão estetizada de Benjamin no universo filosófico das questões sobre a construção da narrativa histórica. Para tanto estabelecemos dois eixos fundamentais (dois primeiros capítulos) que articulam essa contextualização em vista da abordagem específica. Em primeiro lugar, levantamos uma investigação sobre o conceito e a operação alegórica, considerada técnica e expressivamente, imprimida na atividade de escrita benjaminiana. Em segundo lugar, buscamos retomar as noções de redenção e melancolia no interior da obra de Benjamin também a partir de sua teoria da linguagem. E, finalmente, acessamos o espólio das “Teses” para recolher neste documento as repercussões dos preceitos elencados durante o percurso descrito.Item Arte, liberdade e reconciliação : o papel da arte na rememoração da natureza e o problema da racionalidade instrumental em Theodor Adorno.(2013) Martin, Enrique Marcatto; Alves Júnior, Douglas GarciaEssa dissertação trata do problema que a chamada racionalidade instrumental, tendo em vista o projeto de esclarecimento da humanidade, causa para a liberdade humana, ao reprimir a natureza interna do homem, a partir de Theodor Adorno e Max Horkheimer, em sua Dialética do Esclarecimento. Busca discorrer sobre o tema, analisando possíveis saídas para o problema, visando mostrar que seria necessária a reconciliação entre o homem, a racionalidade e a natureza. Para isso, apresenta elementos da teoria estética de Adorno que demonstram que há na obra de arte e na experiência estética, tal como descrita pelo filósofo, uma resposta à repressão da natureza e a possibilidade da liberdade e da reconciliação.Item Atravessando a fronteira da pele : corpo e poder em Foucault e Preciado.(2022) Gonzaga, Caio Henrique Duarte; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Lobo, Rafael Haddock; Alves Júnior, Douglas GarciaO presente trabalho parte da crítica feita ao pensamento de Michel Foucault por Paul B. Preciado, especificamente sobre os modos de produção dos corpos e subjetividades contemporâneos não levados a cabo nas análises da biopolítica. Embora o filósofo francês tenha antevisto os elementos constituintes dos regimes de subjetivação que atuam na nova modalidade de controle, Preciado sustenta a ideia de que as tecnologias de poder contemporâneas, farmacológicas e midiático-pornográficas, configuram um novo cenário político intimamente conectado ao novo modelo de capitalismo que começa a se mostrar na virada do século XX. Para descrever as principais configurações que a gestão da vida pode assumir em diferentes momentos, nossa pesquisa acompanha com Michel Foucault as análises pioneiras em torno dos procedimentos, dispositivos e técnicas para a criação e condução de condutas no regime biopolítico. Assim, recorremos às reflexões sobre a ritualização disciplinar do corpo a fim de situar a mesma estratégia de ação sobre ações prescrevendo a conduta do indivíduo nas principais configurações de gestão política da vida na sociedade contemporânea. A hipótese levantada por Preciado é que a estratégia farmacopornográfica deriva de semelhante forma de criação e gestão das tecnologias políticas do corpo, busca-se evidenciar a necessidade progressiva da substituição da autonomia na constituição ética de si, pela prescrição heterônoma de um código moral, bem como o trajeto histórico-crítico que permite situar a moderna gestão farmacopornográfica como estratégia política de governo de condutas, fornecendo pistas para uma reflexão sobre o desenvolvimento e preservação de micropolíticas de resistência, de práticas de si e de defesa de novas subjetividades.Item O autoritarismo na indústria cultural e no fascismo segundo Theodor W. Adorno.(2023) Leal, Emanuel Djaci de Oliveira; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Freitas, Verlaine; Duarte, Rodrigo Antônio de Paiva; Kangussu, Imaculada Maria GuimarãesA presente dissertação tem como objetivo compreender se a indústria cultural, no cerne da democracia burguesa, pode influenciar a aparição de fenômenos autoritários, pela ótica de Theodor W. Adorno (1903-1969). A princípio, esta pesquisa buscará entender o arranjo do sistema capitalista diante do qual Adorno viveu e escreveu a sua obra. Em seguida, a indústria cultural será analisada a partir de seus operadores, para compreender se ela pode ser assumida como uma instituição capaz de promover o autoritarismo, tendo em vista que, a partir de momentos de crise, o sistema capitalista precisa intensificar a dominação vigente, a fim de assegurar sua sobrevida, produzindo tais fenômenos autoritários. Um dos objetos deste estudo é a consciência do sujeito, refletindo o conceito adorniano de semiformação [Halbbildung], pois, além dos pressupostos objetivos, há o aspecto subjetivo que perpassa o problema do autoritarismo, visto que esses movimentos contrarrevolucionários necessitam do apoio da população para colherem seus frutos. Outro objeto serão os escritos de Adorno sobre os discursos e as propagandas fascistas. Essas últimas entendidas como sendo permeadas por mecanismos psicológicos que objetivam assegurar a dominação sobre os indivíduos, manipulando pulsões inconscientes e tendo por finalidade a cooptação individual para o seu coletivo.Item Conceito de barbárie em Walter Benjamin.(2015) Marinho, Clayton Rodrigo da Fonsêca; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Alves Júnior, Douglas Garcia; Damião, Carla MilaniEsta pesquisa busca apresentar um conceito de barbárie na obra do filósofo Walter Benjamin. Quando, em seu ensaio “Experiência e Pobreza” (1933), ele diz da necessidade de pensar um “conceito novo e positivo de barbárie”, tomamos a sério a tarefa de conceituá-la. Para isso, adotamos um paradigma estético de pensamento, a “constelação”, a fim de chegar a um conceito que faça jus ao pensamento do filósofo. No primeiro capítulo, tentamos conceituar a “constelação” e sua aparição na obra benjaminiana. Partindo disso, buscamos, no segundo capítulo, os elementos que compõem esse conceito, tentando diferenciar aquilo que comporia os extremos da constelação da barbárie, tais como: violência, direito, justiça, poder, destino, contínuo, interrupção, estado de exceção. No terceiro capítulo, agora relacionando a barbárie com a cultura, tentamos encontrar os elementos em que ambos se tocam, e ao mesmo tempo, compõem o conceito de barbárie, tais como: memória, esquecimento, experiência, pobreza, relacionados num tipo de produção artística que tenta construir uma outra tradição: os antimonumentos. Com a apresentação desse conceito, o que podemos pensar a respeito de Benjamin, é o desejo de criar desvios e colocar em questão a escrita da história, partindo não da tradição que engendra a história dos vencedores, e sim, interrompendo-a a fim de construir uma outra história, que faça jus à memória da “corveia sem nome”.Item Os conceitos de ingênuo e sentimental em Friedrich Schiller : do belo ideal de poesia e humanidade.(2020) Mandarino, Jaqueline Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Vieira, Vladimir Menezes; Alves Júnior, Douglas GarciaO objetivo desta dissertação é analisar a relação e os desdobramentos dos conceitos de ingênuo e sentimental com a proposta de uma educação estética para a humanidade em Schiller. Identificando a urgência de uma educação para a sensibilidade capaz de abranger a própria razão, partimos do princípio de que o ensaio Poesia ingênua e sentimental é a síntese prática dos objetivos presentes em A educação estética do homem. Apresentamos nossa ideia demonstrando as influências artísticas, políticas e culturais de Schiller que permitem estabelecer a necessidade de uma estética que ultrapasse o âmbito teórico. Propomos que os impulsos sensível e formal fomentam nossa leitura quando deles se deduz um terceiro impulso, o lúdico, que se relaciona diretamente com o vivo impulso criador do poeta. Para demonstrarmos essa articulação fizemos um paralelo entre a missão do poeta na modernidade e da humanidade em geral. Por fim, apresentamos como o poeta sentimental e seu processo de criação reflete a busca pelo Ideal de beleza presentes na educação estética.Item Da autonomia da arte à autonomia moral : a dupla perspectiva da liberdade na transformação política através da educação estética de Schiller.(2018) Oliveira, Geraldo Lacerda de; Guimarães, Bruno Almeida; Guimarães, Bruno Almeida; Figueiredo, Virginia de Araújo; Alves Júnior, Douglas GarciaPretendemos mostrar com essa dissertação que o projeto de uma educação estética do homem proposta por Schiller tem como finalidade reconstruir o indivíduo e a política. Ao partir da obra de Schiller A Educação Estética do Homem Numa Série de Cartas (1990, mostraremos o diagnóstico social e político do século XVIII feito por nosso autor, o qual declarou tratar-se de um problema político cuja solução encontrava-se na arte. Pretendemos mostrar porque a arte é capaz de promover mudanças e como ela pode ser usada nesse sentido. Esclareceremos o que permite a Schiller pensar, sem contradição, a ideia de uma arte autônoma, porém, ao mesmo tempo requisitada para promover a dignidade humana e uma sociedade justa. Mostraremos ainda o desdobramento da proposta do projeto político de Schiller cujo caminho passa pela autonomia do homem através da educação estética e pela formação do estado estético. Isso implica uma relação entre moral e estética, a qual mostraremos através do texto “Sobre Graciosidade e Dignidade” (1997) e a obra Poesia Ingênua e Sentimental (1991).Item O devir da angústia : um diálogo entre Kierkegaard e Dostoiévski.(2017) Souto Maior, Patrícia Silva; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Culleton, Alfredo Santiago; Alves Júnior, Douglas GarciaA razão e a lógica podem tudo explicar? Certamente, essa pergunta motivou o trabalho de dois dos mais profundos e profícuos autores do século XIX, nomeadamente, o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, e o romancista russo Fiódor Dostoiévski. Pensadores que viveram em um século extremamente influenciado e regido pelos ditames científicos; pensadores que se posicionaram de modo contrário ao desejo de reduzir os percalços, paradoxos e absurdos da existência ao crivo da razão com sua ambiciosa promessa de harmonia e progresso. Kierkegaard e Dostoiévski apostaram na subjetividade, colocando a importância da singularidade e da interioridade para uma vida realmente plena e permeada de sentido. A razão e as leis científicas são de fato relevantes, mas a existência como um todo, com todos os seus aspectos, também é. Não somos apenas razão, somos atravessados de experiências conflituosas, dentre elas: a experiência da angústia- que nos revela a todo o momento, que somos seres com as mais variadas e distintas possibilidades. Levando em consideração o até aqui exposto, o presente texto tem como fito, realizar uma análise comparativa das obras O Conceito de Angústia (Soren Kierkegaard) e Memórias do Subsolo (Fiódor Dostoiévski), buscando compreender o papel da angústia no caminho do homem que está em seu processo de fazer-se, que está em devir; visando entender, como os pensadores articulam angústia com categorias como possibilidade e liberdade.Item O drama e o espanto : sobre poesia e filosofia em Fernando Pessoa.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Souza, Fabrício Lúcio Gabriel de; Alves Júnior, Douglas GarciaEste estudo tem sua origem na afirmação de Fernando Pessoa: “Eu era um poeta animado pela filosofia, não um filósofo com faculdades poéticas”. Desse modo, através de uma análise imanente, mostraremos primeiramente como se constituíram as ideias estéticas desse poeta e dos seus heterônimos, Antônio Mora e Álvaro de Campos. Depois, seguindo uma reflexão a partir da leitura crítica dos poemas tanto do poeta ortônimo, quanto dos três principais heterônimos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, consideramos as discussões acerca da relação entre poesia e filosofia e o que significa, neste contexto, ser “um poeta animado pela filosofia”.Item Elementos para uma sistematização dialéticomaterialista do vir a ser da arte.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Marinho, Lucas Alves; Alves Júnior, Douglas GarciaDesenvolvendo algumas indicações de Theodor W. Adorno (1903-1969), esta dissertação estabelece elementos conceituais para empreender (e ensaia) uma sistematização dialéticomaterialista do vir a ser da arte – uma sistematização do vir a ser da arte centrada no desenvolvimento dos diferentes procedimentos compositivos que efetivam os estados sucessivos da progressiva dominação estética da natureza.Item Em tempo : subdesenvolvimento como revolução. Um diálogo entre Gilles Deleuze e o Cinema Novo de Glauber Rocha.(2022) Moreira, Thiago Ferraz; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Alberto da; Alves Júnior, Douglas GarciaNeste trabalho, buscamos intercruzar os pensamentos de Gilles Deleuze e Glauber Rocha sobre o cinema. Discutimos a complexa questão em torno do tempo, no encalço do pensamento de Henri Bergson e da arte cinematográfica, sobretudo, do cinema moderno em Deleuze, bem como os aspectos em torno das dificuldades de produção trazidas por Glauber Rocha. Problematizamos a questão do “olhar estrangeiro” quanto às produções feitas em condições de subdesenvolvimento e as questões identitárias na engendração da noção de um povo. Tratamos do certame que apreende o conceito de cinema revolucionário e das operações que tangem questões decoloniais, buscando suporte em pensadores como Eduardo Viveiros de Castro, Ismail Xavier, Frantz Fanon, Paulo Emílio Sales Gomes, Marilena Chauí, dentre outros. A conclusão depreende dos ecos deixados pelo Cinema Novo e pelo pensamento filosófico, tal qual as potencias revolucionárias suscitadas pelos conceitos de nômade e clandestinidade.Item Estado e capitalismo na filosofia política de Gilles Deleuze e Félix Guattari.(2020) Assis, Rondnelly Nunes de; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Barbosa, Mariana de Toledo; Alves Júnior, Douglas GarciaEsta dissertação tem como objetivo apresentar a "teoria generalizada dos fluxos" desenvolvida por Gilles Deleuze e Félix Guattari em Capitalismo e esquizofrenia. Para executar esse projeto, iniciamos o trabalho apresentando os conceitos principais de O anti-Édipo a fim de remontar as bases do pensamento filosófico-político dos autores para, posteriormente, fazer uma revisão desses conceitos em vista de seu desenvolvimento no segundo tomo da obra, Mil platôs. Para contextualizar a passagem de uma obra à outra, suas diferenças conceituais e estilísticas, nos detivemos em Kafka: por uma literatura menor e suas intervenções, que marcam a interseção entre as obras e "explica" em grande parte o distanciamento cada vez maior que o pensamento dos autores toma em relação à filosofia política da época, e, em especial, às teses estruturalistas. Buscamos reconstruir a teoria política dos autores com o auxílio de comentadores e a contextualizando com a história da filosofia; nesse aspecto, intentamos tornar mais transparente as preocupações dos autores com a filosofia política, em geral, e com a questão do capitalismo, em particular. Retomando uma preocupação marxiana com o capitalismo, os autores buscam de certo modo conciliá-lo à psicanálise freudiana, não sem passar por outros autores que intentaram fazê-lo de outros modos. Não se deve, entretanto, pensar que essa conciliação é possível sem uma crítica dos dois sistemas; se a intenção dos autores é uma síntese, isso só pode acontecer à medida em que se os depura de suas limitações – no caso do marxismo, a teleologia que prefigura uma concepção evolucionista da história, e no caso da psicanálise freudiana, uma colonização total do inconsciente por Édipo. Há, todavia, uma continuidade na obra desses autores e o projeto de Deleuze e Guattari: tanto a preocupação de Marx com o capitalismo quanto a descoberta do inconsciente se mantêm intactos, embora sejam inseridos em seu projeto de modo heteróclito. Os autores intentam, portanto, entender como o capitalismo, aparentemente um mero sistema econômico e político, se assenta sob uma base produtiva do inconsciente, produzindo continuamente os sujeitos que reproduzam essa formação social, e desenvolver uma nova concepção de política que se distancia dos ideais de organização marxistas, especialmente a ideia de um sujeito revolucionário encarnado na classe trabalhadora e sua ação, tomar o poder. Nesta dissertação remontamos a construção desse projeto, seus antecedentes históricos e as soluções que os autores propõem a fim de construir uma teoria política para “um povo que falta”.Item Estética afirmativa em Arthur Schopenhauer.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Bastos, Eduardo Reina; Alves Júnior, Douglas GarciaA tradição filosófica caracteriza a filosofia de Arhur Schopenhauer como pessimista como dado acabado e incontornável. Esta dissertação tem como principal objetivo demonstrar que sua parte estética se insere como uma alternativa a esta constatação e demonstrar que existe um grande contraste entre criação e negação. Através de uma reconstrução de sua teoria do conhecimento, a chamada pré-estética, e reconstrução de sua estética, nos alçamos àquela que serve como força apaziguadora da Vontade, a intuição estética e seu produto, a contemplação estética.Item A estética do retrato no cinema de Andrea Tonacci a partir de Jean-Luc Nancy.(2020) Moreira, Pedro Carvalho; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Figueiredo, Virginia de Araújo; Rangel, Marcelo de MelloEsta dissertação investiga relações entre a estética do retrato proposta pelo filósofo Jean-Luc Nancy e a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci (1944-2016). Para tanto, busca-se, inicialmente, compreender como a imagem se insere no pensamento do filósofo para, em seguida, refletir sobre as questões estéticas que o retrato pictórico coloca em jogo, tendo como referência dois de seus principais textos sobre o tema: Le Regard du Portrait (2001) e L’Autre Portrait (2014). A partir de conceitos como imagem, mímesis, fundo, distinto, retrato autônomo, outro retrato, methexis, ser-singular-plural, identidade, semelhança, evidência e uma discussão em torno da filosofia do sujeito realizada por Nancy, buscamos uma chave interpretativa, ou uma possível entrada para discutir Serras da Desordem (2006) - uma das obras mais marcantes de toda a trajetória de Andrea Tonacci, cuja complexidade e variedade de temas abordados sugere uma infinidade de caminhos investigativos. No entanto, não pretendemos produzir uma leitura inequívoca da obra de um cineasta através de conceitos filosóficos, mas buscamos, sob a luz dos textos de Jean-Luc Nancy, um caminho possível para percorrer um filme por demais profuso e que, por esta razão, repele qualquer tipo de interpretação totalizante. Nesse sentido, não há a intenção de propor analogias diretas entre a arte pictórica e o cinema de Tonacci, mas de investigar as possibilidades que o gênero retrato oferece para discussão de Serras. Somado a isso, acreditamos que o filme de Tonacci nos oferece a possibilidade de qualificar certas questões suscitadas pela filosofia de Nancy por meio de uma discussão centrada no contexto brasileiro, sobretudo se levarmos em conta que a obra em questão tem como protagonista Carapiru - um índio Awá Guajá que sobreviveu a um massacre e passou 10 anos de sua vida vagando solitário, pois acreditava ser o último sobrevivente de seu povo.Item Experiência e pensamento em Theodor W. Adorno.(2014) Reis, Maurício de Assis; Alves Júnior, Douglas GarciaO presente trabalho procura desenvolver as teses adornianas relativas à relação entre experiência e pensamento em três escritos da fase das décadas de 30 e 40 do pensamento do filósofo frankfurtiano Theodor W. Adorno, a saber: Ideia de História Natural, Dialética do Esclarecimento – esta em companhia de Max Horkheimer – e Minima Moralia. Trata-se de investigar nestas teses a relação que se encontra na base dos processos de formação e, em última instância, de administração da sociedade. Parte-se da hipótese de que o processo que leva o homem da experiência do mito à cultura e técnica atuais, arrasta consigo outro processo, a saber, que o progresso que aí é vislumbrado é também regressão: o empobrecimento da experiência e do pensamento. Para apresentar tal hipótese, o trabalho se divide em três etapas distintas. Em primeiro lugar, trata-se de desdobrar as faces natural e histórica do processo, uma estrutura que descortina os determinantes da experiência e do pensamento distintos que tendem, por sua vez, a justificar seja a regressão ou o empobrecimento culturais, seja o progresso humano através do aperfeiçoamento das técnicas à disposição. Em seguida, passando por leituras provenientes da antropologia (Marcel Mauss) e da sociologia (Émile Durkheim), procura-se evidenciar, através de uma leitura históricofilosófica, o processo de depauperamento do sujeito em vista da autoconservação, extraindo dele suas potencialidades subjetivas que nele interditam o caminho a um conhecimento mais objetivo. O processo dialético entre a restrição do indivíduo em suas potencialidades e o empobrecimento histórico da experiência e do pensamento conduz ao enclausuramento do sujeito dentro do mundo administrado, incapaz que se torna de pensar um mundo diferente deste. Ao final, a dissertação procura demonstrar a danificação da vida vivida como resultado de todo o processo em três vias: em primeiro lugar, o grau de alienação atingido nos mais recônditos espaços da vida através dos aforismos de Minima Moralia; segundo, a exploração econômico-cultural através dos mecanismos de entretenimento da indústria cultural; terceiro e último, o cenário político, a práxis alienada de toda teoria, a experiência separada do pensamento e seus resultados funestos para a sociedade na forma dos elementos de antissemitismo.Item Hannah Arendt e a apropriação do juízo de gosto Kantiano.(2014) Silva, Luciney Sebastião da; Serra, Alice Mara; Serra, Alice Mara; Alves Júnior, Douglas Garcia; Figueiredo, Virginia de AraújoEsta dissertação tem como objetivo apresentar o caráter apropriativo do Juízo de gosto kantiano feito por Hannah Arendt para uma possível reabilitação do sentido da política na atualidade. A estratégia da analogia permite a Arendt distanciar-se da leitura fiel aos princípios dos textos de Immanuel Kant para assim empreender uma interpretação de cunho hermenêutico voltada para questões de natureza política. Não obstante a autora priorizar a Analítica do Belo, por pressupor aí encontrar uma verdadeira filosofia política que Kant não escreveu, ainda assim ela decompõe e analisa as obras de Kant em seu conjunto, não desconsiderando ou negligenciando seus elementos transcendentais. Tendo vivenciado momentos catastróficos, no contexto histórico-político do século XX, tais acontecimentos despertam a preocupação de Arendt para a questão do pensamento e do julgamento, o que a faz buscar na tradição filosófico-política os preceitos fundantes de sua teoria política. Assim Arendt terá como referência alguns pensadores, destacando Kant, o qual considera um filósofo exemplar, posto que seus empreendimentos votaram-se à faculdade do julgar por meio do alargamento do espectro do pensamento. Tendo em vista a interpretação apropriativa da letra de Kant em sentido político, no decorrer do trabalho, explicitamos o percurso de leitura de Arendt que redimensiona as relações entre filosofia teórica e filosofia prática e reabilita a esfera da sensibilidade vinculada ao julgamento e à sua comunicabilidade. Para tanto, destacamos sinteticamente as teorias do juízo nas três Críticas, a fim de situar o modo como Arendt se dedica a analisar a faculdade humana de julgar, sua relação com a sensibilidade e suas implicações para os eventos políticos. Na sequência, dedicamo-nos à análise da obra arendtiana Lições sobre a filosofia política de Kant, que contém o esboço e as linhas fundamentais da referida apropriação. Nossas considerações conclusivas pautaram-se pela compreensão de que o estilo de pensamento deliberado e criativo de Arendt constitui, inegavelmente, uma via de acesso intelectual às questões de âmbito político por meio da estética kantiana, sem comprometer a filosofia de Kant.Item A hermenêutica de Fredric Jameson : a tradição do marxismo ocidental e o conflito de interpretações.(2019) Viana, Henrique Cunha; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares Neves; Alves Júnior, Douglas GarciaO objetivo desta dissertação é analisar a obra do crítico literário Fredric Jameson no período de 1971 a 1981. Avançamos a ideia de que, nesse período, podemos dizer que há um arco teórico específico e com objetivos mais ou menos delimitados na obra do autor. Propomos a leitura dessa década de produção de Jameson como um projeto de síntese da tradição do marxismo ocidental, começando com seu comentário e seleção da tradição, em Marxismo e forma, de 1971, e realizado, por fim, em sua proposta sistemática de uma hermenêutica, em O inconsciente político, de 1981. Através da análise das fontes do autor, acompanhamos o seu itinerário na construção de sua proposta de crítica literária marxista como totalização em curso, uma explicação de texto tão abrangente quanto possível fundamentada na história, no concreto e na dialética. Discutimos como Jameson pode ser considerado um herdeiro da tradição do marxismo ocidental e como há, na sua obra, um esforço de recorte, seleção e avanço em relação às teses dos autores dessa tradição. Propomos também que este trabalho de comentário é o primeiro passo para a construção posterior de uma teoria sistemática, uma hermenêutica da obra de arte, sobretudo da obra literária. Apresentamos nossa ideia de que esse projeto de síntese tem como objetivo oferecer uma resposta ao conflito de interpretações, afirmando a superioridade do marxismo como código explicativo e superando as parcialidades das teorias rivais. Por fim, fazemos um balanço desse projeto, discutindo criticamente as teses do autor.Item A ideia da lírica absoluta : Anton Webern por Theodor Adorno.(2018) Machado, Sofia Andrade; Alves Júnior, Douglas Garcia; Alves Júnior, Douglas Garcia; Duarte, Rodrigo Antônio de Paiva; Guimarães, Bruno AlmeidaEsta dissertação aborda os escritos musicais do filósofo Theodor W. Adorno sobre o compositor austríaco Anton Webern. Adorno escreveu alguns ensaios sobre Webern e fez apontamentos e análises de algumas de suas peças musicais, que se encontram dispersos em seus Escritos musicais. Também escreveu sobre a música de Webern em algumas outras obras, principalmente na Teoria Estética, na Filosofia da Nova Música, na Palestra sobre lírica e sociedade e no ensaio tardio O Envelhecimento da Nova Música. Adorno dedicou escritos mais extensos aos outros compositores da Segunda Escola de Viena, Arnold Schoenberg e Alban Berg. Embora mais concisos e dispersos, os escritos sobre Webern revelam aspectos importantes sobre o pensamento estético de Adorno. No ensaio mais extenso, Anton von Webern (1959), Adorno define a ideia musical de Webern como “a ideia da lírica absoluta”. O termo criado por Adorno faz lembrar o termo música absoluta, relativo a controvérsias musicais do século XIX. Embora Adorno não mencione explicitamente essa relação, a analogia entre a música de Webern e as discussões sobre a ideia da música absoluta no Romantismo remetem ao conceito de autonomia da arte. Os escritos musicais de Adorno estão vinculados com sua obra filosófica de forma mais ampla, uma vez que, para o filósofo, as manifestações artísticas são correlatas ao conhecimento conceitual e constituem um campo privilegiado para a compreensão da racionalidade.Item As imagens de libertação na estética de Herbert Marcuse.(2018) Milward, Rafael Castro; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Rafael Cordeiro; Alves Júnior, Douglas GarciaHerbert Marcuse considera como qualidade essencial de uma obra de arte a sua inalienável autonomia em relação à realidade estabelecida. Assim, a expressão do potencial político da arte não está em seu conteúdo e sim na capacidade da forma estética em estabelecer um distanciamento, uma alteridade em relação ao mundo hodierno. Dito isso, visamos, nessa dissertação, apresentar a potência transformadora e, também, refletir acerca do caráter transcendente e subversivo das obras de arte. Ademais, apontaremos o entrelaçamento entre arte e sociedade desenvolvido ao longo do percurso teórico de Marcuse, tão quanto sublinharemos a importância da dimensão estética em relação à unidimensionalidade observada na sociedade industrial avançada.