Coelho, George Luiz Lins MachadoQueiroz, Erica Maria deRocha, Ana Maria Sampaio2016-04-132016-04-132015ROCHA, Ana Maria Sampaio. Prevalência da Leishmaniose visceral canina na terra indígena Xakriabá, norte de Minas Gerais, Brasil. 2015. 90 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2015.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6381Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.A terra indígena Xakriabá está localizada em área endêmica para a zoonose Leishmaniose Visceral (LV) no norte de Minas Gerais. A LV é uma parasitose relevante, apresentando elevada mortalidade em casos humanos não tratados. Os cães são considerados os mais importantes reservatórios domésticos da LV. O diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos, o controle do inseto vetor e a eutanásia de cães infectados são ações adotadas no controle da doença. Medidas de vigilância e controle da Leishmaniose Visceral Canina (LVC), preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), não tem sido efetivas. Um dos motivos é a permanência de reservatórios caninos nas áreas endêmicas, geralmente por falhas no diagnóstico sorológico, pela demora na retirada sistemática de parte dos cães soropositivos e soroconversão de animais indeterminados não retirados de área contribuindo assim para a manutenção do ciclo da doença. No ano de 2011, os métodos diagnósticos sorológicos para LVC, recomendados pelo MS, eram o Ensaio Imunoenzimático (ELISA) como método de triagem e a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) (titulação > 1:40) como teste confirmatório. No entanto, esses testes sorológicos apresentam limitações podendo apresentar taxas subestimadas de infecção (falso-negativos) e resultados sorológicos indeterminados (zona cinza). O objetivo desse trabalho foi determinar as prevalências para LVC por diferentes métodos de diagnóstico utilizando amostras de sangue dessecado em papel de filtro (SDPF). As técnicas sorológicas utilizadas foram o ELISA e a RIFI. O diagnóstico molecular foi realizado a partir da técnica PCR-kDNA para o gênero Leishmania utilizando o iniciador A: 5´ (C/G) (C/G) (G/C) CC(C/A) CTA T(T/A)T TAC ACC AAC CCC 3´ e iniciador B: 5´ GGG GAG GGG CGT TCT GCG AA 3´ que amplificamcam a região conservada do minicírculo do DNA do cinetoplasto do parasito. Os animais foram agrupados em diferentes perfis sorológicos: ELISA+/RIFI+, ELISA+/RIFI-, indeterminado em ELISA/RIFI+, indeterminado em ELISA/RIFI-, ELISA-, e realizada a comparação de proporções do diagnóstico molecular positivo para cada um dos desses grupos. Os resultados da prevalência da infecção determinada pela ELISA foi 33.3% (317/950), pela RIFI 15.4% (69/447) e pela PCR kDNA foi igual a 14,8% (140/948). A porcentagem dos resultados positivos utilizando a técnica molecular do diagnóstico molecular variou significativamente (p<0.001) de acordo com o perfil sorológico: ELISA+/RIFI+ (n=41; 36,6%); ELISA+/RIFI- (n=276; 17,7%), indeterminado em ELISA/RIFI+ (n=28; 57,1%), indeterminado em ELISA/RIFI- (n=100; 15,0%), ELISA- (n= 503; 8,9%). A técnica do ELISA demonstrou que sensibilidade de 45,7 % e especificidade de 68,7 %. Já a técnica de RIFI apresentou a sensibilidade de 32% e a especificidade de 89%. A acurácia da técnica do ELISA foi de 9,5% e do RIFI foi de 24,2%, o que demonstra que o primeiro teste foi menos concordante do que o teste RIFI em relação ao diagnóstico molecular (PCR-kDNA). Dessa forma, o diagnóstico molecular permitiu identificar falhas no diagnóstico quando comparados aos métodos sorológicos no diagnostico infecção do cão, comprometendo as medidas de controle da doença na terra indígena Xakribá.pt-BRabertoDiagnóstico molecularPrevalência da Leishmaniose visceral canina na terra indígena Xakriabá, norte de Minas Gerais, Brasil.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 10/03/2016 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.