Barichello, José MarioValadares, Diogo GarciaPerasoli, Fernanda Barçante2019-04-042019-04-042016PERASOLI, Fernanda Barçante. Micelas de poloxâmero 407 contendo anfotericina B para o tratamento da leishmaniose visceral. 2016. 85 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10935Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.A leishmaniose é uma zoonose amplamente distribuída pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo. O número de fármacos utilizados no tratamento da doença é limitado, além de apresentar alta toxicidade. A anfotericina B (AnB) é um fármaco com potente atividade leishmanicida, porém apresenta efeitos nefrotóxicos severos. As soluções micelares do copolímero poloxâmero 407 (P407) possibilitam a solubilização e/ou dispersão de substâncias lipofílicas ou anfóteras, protege estes componentes frente às degradações hidrolítica e enzimática e promovem a liberação controlada de fármacos. Neste contexto, soluções micelares de P407 contendo AnB foram caracterizadas e avaliadas in vitro quanto a citotoxicidade e a atividade leishmanicida. As soluções micelares de P407 contendo AnB apresentaram tamanho médio maior (entre 49 e 300 nm) quando comparadas às soluções micelares sem AnB (entre 8 e 77 nm), o que é indicativo da associação do fármaco às micelas/partículas. O índice de polidispersão foi influenciado pela composição das formulações variando de mono a polidisperso. O potencial zeta foi negativo em módulo para todas as soluções micelares e sua intensidade dependente da composição das formulações. Os espectros de absorção das formulações de AnB no UV demonstraram que até a concentração de 10-5 M, as soluções micelares estabilizaram a molécula do fármaco em seu estado monomérico. A solução micelar de P407 a 20% contendo AnB foi a que apresentou a maior atividade leishmanicida (IC50%) sobre promastigotas de L. infantum (0,14 ± 0,50 µg/mL). Em formas amastigotas do parasito a IC50% foi de 0,05 ± 0,18 µg/mL. A toxicidade desta formulação para células Vero (CC50%) foi menor (19,14 ± 0,25 µg/mL) quando comparada à formulação controle de AnB desoxicolato de sódio (4,13 ± 0,60 µg/mL). A citotoxicidade para macrófagos caninos (CC50%) foi baixa (438,90 ± 0,08 µg/mL) quando comparada ao controle de AnB desoxicolato (2,85 ± 0,15 µg/mL). O estudo de liberação in vitro da AnB a partir do estado gel de P407 a 20% demonstrou que este fármaco foi liberado de forma controlada (21,96 ± 3,18 µg/mL/h) durante as 5 horas de teste. No seu conjunto, estes resultados sugerem que soluções micelares de P407 são potenciais carreadores de AnB para o tratamento da leishmaniose visceral.pt-BRabertoMicelasAnfotericinaLeishmaniose visceral - tratamentoToxicidade - testesMicelas de poloxâmero 407 contendo anfotericina B para o tratamento da leishmaniose visceral.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 13/03/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.