Gonçalves, Clézio RobertoDias, Valter de CarvalhoSilva, Alexandre Emanuel Alves da2022-05-052022-05-052021SILVA, Alexandre Emanuel Alves da. A variação pronominal nós e a gente no falar de Ipatinga - MG. 2021. 148 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2021.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14885Programa de Pós-Graduação em Letras. Departamento de Letras, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.Este estudo investiga a variação dos pronomes de primeira pessoa do plural nós e a gente na função sintática de sujeito no português brasileiro falado na área urbana do município de Ipatinga (MG). O corpus utilizado para essa tarefa é constituído por dados do falar de moradores da localidade em estudo, coletados no primeiro semestre do ano de 2020. A abordagem teórica adotada aqui é a sociolinguística variacionista (LABOV, [1972] 2008), tendo como objetivo geral: analisar a variação pronominal nós e a gente no falar de Ipatinga (MG). Já os objetivos específicos são: (i) descrever quais fatores linguísticos condicionam a variação nós e a gente em diferentes faixas etárias; (ii) descrever quais fatores extralinguísticos condicionam a variação nós e a gente em diferentes faixas etárias; (iii) verificar se o fenômeno em questão revela um processo de mudança linguística em progresso ou um processo de variação estável. Este trabalho tem como hipóteses: (i) a forma a gente é mais utilizada pelos falantes mais jovens, apresentando diminuição de ocorrência à medida que se eleva a faixa etária; (ii) o uso da forma nós como sujeito implícito seguido de verbo com a marca morfêmica -mos é maior no falar de sujeitos com formação universitária; (iii) a variável referência indeterminada do sujeito contribui para a ocorrência de uso da forma a gente. Buscamos também propor um diálogo entre os resultados aqui obtidos e outros com temática similar (ARAÚJO, 2016; DEON, 2015; SANTANA, 2014; NASCIMENTO, 2013; GONÇALVES, 2003; FRANCESCHINI, 2011; MENDONÇA, 2010), bem como confirmar ou não nossas hipóteses, a fim de compreender melhor o fenômeno abordado. Para avaliar o fenômeno de variação, partimos de uma análise quantitativa dos dados, os quais foram coletados por meio de narrativas na modalidade oral, gravadas em fala casual e espontânea (LABOV, [1972] 2008). Ao tratar do fenômeno, propomos o estudo das variáveis linguísticas e variáveis extralinguísticas em que ele se materializa. Por isso, de maneira geral, este estudo tem como variáveis linguísticas: o preenchimento do sujeito, a marca morfêmica e a determinação do referente. Já como variáveis extralinguísticas, adotamos: sexo/gênero, faixa etária e grau de escolaridade. Devido à natureza do estudo, utilizamos o programa GoldVarb X (SANKOFF, TAGLIAMONTE, SMITH, 2005) para a análise quantitativa dos dados recolhidos. Por fim, o resultado geral indicou que a forma inovadora a gente (70,7%) é mais usada do que a forma conservadora nós (29,3%). Além disso, com os demais resultados, concluímos que a forma a gente é a mais favorecida e utilizada na maioria dos contextos linguísticos e extralinguísticos, e que a variação nós e a gente se trata de um processo de mudança linguística em progresso no município de Ipatinga (MG).pt-BRabertohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/SociolinguísticaLinguagem e línguas - variaçãoPronomesAnálise linguísticaA variação pronominal nós e a gente no falar de Ipatinga - MG.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 20/04//2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.