Aquino, Sergio Francisco deSanson, Ananda LimaBarán, Tatiana Wieczorko2022-05-242022-05-242022BARÁN, Tatiana Wieczorko. Ocorrência, remoção e avaliação de risco ambiental de fármacos e desreguladores endócrinos presentes em efluentes de estações de tratamento de esgoto no Brasil. 2022. 105 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14905Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Núcleo de Pesquisas e Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Ouro Preto.O monitoramento ambiental dos denominados contaminantes de preocupação emergente (CECs do acrônimo inglês) vem recebendo grande atenção da comunidade científica. Estes se referem a substâncias que são cada vez mais detectadas em pequenas concentrações nas águas superficiais e cuja toxicidade pode ter um impacto na vida aquática. Os CECs investigados neste trabalho são os hormônios estrogênicos estrona (E1), estradiol (E2), etinilestradiol (EE2), estriol (E3); os insumos químicos bisfenol A (BPA), 4-nonilfenol (4-NP) e 4-octilfenol (4-OP); e os fármacos ibuprofeno (IBU), diclofenaco (DCF), naproxeno (NPX), paracetamol (PCT), trimetoprima (TMP), sulfametoxazol (SMX), clindamicina (CLI), ciprofloxacin (CIP), cefalexina (CEF), levofloxacina (LEV), genfibrozila (GEN) e cafeína (CAF); alguns dos quais são considerados desreguladores endócrinos (DE). Este estudo investigou, por meio de revisão da literatura em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) brasileiras, a ocorrência, remoção e o impacto na biota aquática (informações ecotoxicológicas) destes 19 CECs em sistemas de tratamento que empregam diferentes configurações de bioreatores. Os resultados compilados indicam que, de forma geral, o sistema UASB seguido por lagoa de alta taxa foi eficiente na remoção de 7 dos 9 compostos mais tóxicos (valores de PNEC < 0,1 µg/L) estudados neste trabalho, com eficiências de remoção superiores a 90% para E1, E2, EE2 e CIP. Para 14 (E1, E2, EE2, GEN, DCF, PCT, BPA, IBU, NPX, CAF, TMP, SMX, CIP, LEV) dos 19 microcontaminantes estudados a sua presença nos efluentes das ETEs representa um risco ambiental alto em pelo menos 2 dos 6 cenários de diluição considerados. Os CECs mais preocupantes do ponto de vista ecotoxicológico foram detectados nos efluentes de ETEs brasileiras na faixa de concentração de 122,2 a 2140,6 µg/L, cujos quocientes de risco (RQ) para o cenário com capacidade de diluição ótima foram estimados em 13584,4 para EE2; 2603,8 para E2; 1068 para E1; 193,2 para TMP; 160,4 para SMX; 11,8 para NPX; 7 para DCF; 3,7 para CAF e 3 para BPA. Tais compostos devem ser priorizados para subsidiar a revisão das normas ambientais e formulação de eventuais padrões de qualidade da água superficial. Verificou-se ainda que para 15 dos 19 CECs estudados o valor limite para proteção ambiental (compilados neste estudo a partir dos valores de PNEC reportados) seriam também protetores da saúde humana caso a água contaminada com tais CECs fosse distribuída para a população.pt-BRabertoAttribution-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/Contaminantes de preocupação emergenteEcotoxicidadeÁgua - qualidadeEsgotosAvaliação de riscosOcorrência, remoção e avaliação de risco ambiental de fármacos e desreguladores endócrinos presentes em efluentes de estações de tratamento de esgoto no Brasil.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 13/05/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.