Lana, Marta deAssis, Girley Francisco Machado de2013-09-122013-09-122006ASSIS, G. F. M. Avaliação do programa de controle da doença de Chagas no município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, MG, Brasil, oito anos após a implantação da vigilância epidemiológica. 2006. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3210Neste trabalho foi realizada uma Pesquisa Integral (PI) Triatomínica no município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, MG, Brasil, onde todas as unidades domiciliares rurais e urbanas foram vistoriadas com o objetivo de avaliar o impacto do Programa de Controle de Doença de Chagas, implantado no município desde 1982, sobre as populações de triatomíneos domiciliadas e peridomiciliadas. Os insetos capturados foram identificados e examinados quanto à infecção pelo T. cruzi. Todas as UD’s que apresentaram triatomíneos no intra ou peridomicílio foram borrifadas utilizando inseticida piretróide. Realizou-se também um inquérito sorológico em moradores residentes em UD’s infestadas por triatomíneos. A coleta de sangue foi feita por punção venosa e examinado por HAI, ELISA e IFI. Durante os trabalhos da PI, 5.242 UD’s foram vistoriadas e 35 apresentaram-se infestadas. Os triatomíneos encontrados foram P. megistus (72%) e T. pseudomaculata (28%), sendo o peridomicílio (galinheiro) o principal local das capturas. Dos 391 insetos capturados nenhum apresentou infecção pelo T. cruzi. Pela primeira vez em Minas Gerais foi encontrado um grande foco intradomiciliar de T. pseudomaculata. Considerando o padrão de construção das moradias do município, a maioria da UD’s pertencia ao tipo A (49%) e C (40%). Dentre as UD’s positivas, 74% era do tipo C. As capturas se concentraram na região Norte do município e ocorreu sobreposição da área de P. megistus e T. pseudomaculata. A prevalência humana para a infecção pelo T. cruzi foi de 25% (31 indivíduos), sendo 97% dos indivíduos maiores de 30 anos. A quase ausência de infecção em crianças, associada aos dados entomológicos da PI nos permite concluir que a transmissão vetorial da DCh está interrompida em Berilo. Comparando os dados da PI e os da Vigilância Epidemiológica (VE), implantada desde 1997, verifica-se que Berilo vem apresentando indicadores entomológicos condizentes com a VE. Vale ressaltar que esta VE apresenta falhas metodológicas que são frutos de um processo de descentralização implantado de forma precipitada, já que o município não foi preparado e/ou capacitado para assumir as suas devidas obrigações.pt-BRVigilância epidemiológicaVetores genéticosDoença de ChagasAvaliação do programa de controle da doença de Chagas no município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, MG, Brasil, oito anos após a implantação da vigilância epidemiológica.Dissertacao