Carneiro, Cláudia MartinsPaula, Carmem Aparecida deNicolato, Roney Luiz de Carvalho2013-08-292013-08-292010NICOLATO, R. L. de C. Avaliação da incidência de hemoglobinopatias em pacientes atendidos no laboratório piloto de análises clínicas da Escola de Farmácia – UFOP. 2010. 59 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3165As hemoglobinopatias constituem um grupo de doenças de caráter genético caracterizadas pela síntese de cadeias polipeptídicas estruturalmente anormais ou diminuição da síntese de uma ou mais cadeias de globina. Dentre as variantes estruturais da hemoglobina, ou hemoglobinas anormais, as mais comuns são as hemoglobinas S e C, ambas resultantes da substituição de um único aminoácido na cadeia polipeptídica beta. Estudos realizados no Brasil mostram uma alta prevalência de heterozigotos para HbS e HbC. A frequência destas variantes na população brasileira é muito variável, pois está relacionada com os grupos raciais formadores de cada região. O povoamento da cidade de Ouro Preto, em 1698, motivado pela procura de ouro foi composto principalmente por portugueses e escravos africanos, contexto que favoreceu a mestiçagem entre os povos. Considerando que esses povos apresentam genes para as hemoglobinas anormais com frequências variadas, é esperado que se encontrem essas alterações genéticas na nossa população. O presente estudo teve como objetivo principal avaliar a frequência de hemoglobinas anormais nos pacientes atendidos pelo Laboratório Piloto de Análises Clínicas (LAPAC) da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). No período de agosto de 2008 a setembro de 2010, foram triados 943 pacientes de ambos os sexos e diferentes faixas etárias para a frequência de variantes da hemoglobina, tendo como foco a hemoglobina falciforme, também conhecida como hemoglobina S. O diagnóstico foi realizado mediante a realização de eletroforese de hemoglobina em pH alcalino e as amostras positivas para alguma variante foram confirmadas por cromatografia líquida de baixa pressão (LPLC) e pelo teste de solubilidade. A prevalência de variantes estruturais de hemoglobina foi de 6,6%, sendo 4,88% para o traço falciforme (HbAS), 1,59 % para o genótipo AC e 0,11% para o genótipo SC. Não foram detectados indivíduos homozigotos para nenhum dos tipos de hemoglobinas variantes. Os resultados encontrados foram superiores aos encontrados nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Goiás, mostrando a dispersão dos genes para a HbS e HbC na população de Ouro Preto. Por essa razão, concluímos que é importante realizar programas com maior abrangência na população para estudo da epidemiologia das hemoglobinas variantes e de outras hemoglobinopatias resultantes de uma diminuição da síntese de uma ou mais cadeias de globina, no município de Ouro Preto.pt-BRSangue - doençasHemoglobinaHemoglobinopatiaAvaliação da incidência de hemoglobinopatias em pacientes atendidos no laboratório piloto de análises clínicas da Escola de Farmácia – UFOP.Dissertacao