Coelho, George Luiz Lins MachadoMartins, Rafael2021-04-042021-04-042020MARTINS, Rafael. Distribuição temporal e espacial dos casos de dengue no período de 2001 a 2017, e estudo dos mosquitos vetores, no Município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. 2020. 147 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/13177Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.A dengue é uma doença viral transmitida pela picada de fêmeas de culicídeos das espécies Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) e Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse, 1894), dentre outras, que pode evoluir para quadros clínicos severos. No Brasil a dengue configura um grave problema de saúde pública. É crescente a densidade populacional dos seus vetores, que também são incriminados como transmissores de outras arboviroses. Nesse contexto, o acompanhamento de séries temporais das notificações da doença e os inquéritos entomológicos constituem ferramentas valiosas para nortear as medidas de controle e ajudar a prever e prevenir surtos em regiões endêmicas. O presente trabalho teve como objetivo geral descrever a série temporal de 17 anos (2001-2017) dos casos de dengue no município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, além de determinar a densidade de ovos e a ocorrência de espécies de mosquitos vetores da virose nos bairros da sede municipal e nas sedes distritais do município. Foram levantados e georreferenciados dados secundários da ocorrência da dengue no município, na série temporal, verificando-se as fichas de notificação dos arquivos da Secretaria Municipal de Saúde. Também foram coletados dados primários para a descrição espacial e temporal da fauna vetora nas áreas estudadas, utilizando-se armadilhas de oviposição (Ovitrampas). As coletas de dados em campo (dados primários) ocorreram de forma bimestral ao longo de 13 meses. O material coletado foi quantificado e identificado no Laboratório de Epidemiologia da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto, onde também se realizou a eclosão das larvas para obtenção de dados sobre a distribuição das espécies. Na série temporal de 17 anos, verificou-se a ocorrência de 273 casos de dengue notificados pelo município de Ouro Preto, MG. Não foi possível identificar o caso índice da doença no município. Entretanto, observou-se que a primeira notificação de caso de dengue ocorreu em fevereiro de 2001. Foi possível constatar que a dengue tem se mantido endêmica em Ouro Preto nos últimos 17 anos. Durante este período, ficaram evidenciadas três epidemias de dengue, nos anos de 2010, 2013 e 2016. As faixas etárias mais acometidas pela dengue foram aquelas compreendidas entre 20 e 59 anos, não diferindo entre os sexos. A distribuição temporal da dengue no município é influenciada por fatores ambientais que contribuem para o aumento ou diminuição do número de casos da doença na região, sendo estes fatores (dentre aqueles testados) a média da umidade e a média da precipitação. A distribuição espacial dos vetores demonstrou a presença de Aedes spp. em todos os sítios amostrais e que a mesma não possui relação com a altitude das localidades amostradas. Todavia, a pluviosidade é um fator determinante para a abundância de ovos amostrados (com maiores valores na estação chuvosa em comparação com o período de estiagem). Observou-se maiores valores para o índice de positividade de armadilhas (IPO) nos distritos com características rurais, onde é possível encontrar maiores áreas de remanescentes florestais, ao passo que o índice de densidade de ovos (IDO) revelou-se maior nos distritos com maior grau de sinantropia. O mesmo foi constatado para o IPO e IDO entre os bairros da sede distrital. Os valores obtidos para o Índice de Edifício (IE) dos levantamentos do órgão municipal de saúde, quando comparados com o Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) fornecidos pelas mesmas, mostraram-se inferiores em todos os sítios amostrais, evidenciando a superioridade das armadilhas de oviposição no que tange à eficácia e cobertura do monitoramento de vetores da dengue na área de estudo.pt-BRabertoAedes aegyptiAedes albopictusEntomologiaArmadilhas para insetosAnálise de séries temporaisDistribuição temporal e espacial dos casos de dengue no período de 2001 a 2017, e estudo dos mosquitos vetores, no Município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 12/03/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.