Souza, Jacqueline deGuimarães, Dênia Antunes SaúdeCaldeira, Tamires GuedesTana, Iara Dévula Tiso2023-08-312023-08-312020TANA, Iara Dévula Tiso. Avaliação biofarmacêutica da goiazensolida. 2020. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/17389Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.A avaliação biofarmacêutica permite estudar o comportamento de fármaco ou substância bioativa frente a soluções que mimetizam as condições do trato gastrointestinal (TGI) visando prever sua solubilidade e permeabilidade em condições fisiológicas. Os resultados são preditivos do comportamento in vivo de candidatos a fármaco. Assim, um candidato a fármaco precisa de, além da eficácia clínica comprovada e ausência de toxicidade, possuir características físico-químicas que permitam a sua absorção no TGI em velocidade e extensão apropriadas. A avaliação por meio de testes in vitro das substâncias bioativas, quanto à solubilidade, e de testes in vivo de permeabilidade, permite a alocação dentro de uma das 4 classes do Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB). A goiazensolida, lactona sesquiterpênica presente em espécies do gênero Lychnophora, apresentou atividades farmacológicas variadas, o que torna necessário elucidar suas características biofarmacêuticas, visando o desenvolvimento farmacotécnico de um medicamento contendo essa substância. Estudos in silico demonstraram que a goiazensolida apresenta alta solubilidade e baixa permeabilidade. Um método por cromatografia a líquido de alta eficiência (CLAE), para sua quantificação nos estudos de solubilidade, foi desenvolvido e validado nos meios tamponados pH 1,2, pH 4,5 e pH 6,8. O método foi linear na concentração de 10,0 a 50,0 μg/mL, seletivo, preciso e exato. A solubilidade da goiazensolida, determinada pelo método da agitação orbital em frasco, foi de 0,57 mg/mL (pH 1,2), 0,51 mg/mL (pH 4,5) e 0,45 mg/mL (pH 6,8). A razão entre a maior dose terapêutica, por extrapolação alométrica, e a solubilidade em cada um dos meios avaliados resultou nos valores de 175,16 mL (pH 1,2), 194,99 mL (pH 4,5) e 222,07 mL (pH 6,8), que apontaram a alta solubilidade da goiazensolida, visto que são inferiores a 250,0 mL. Ela se mostrou estável nos três meios tamponados. A permeabilidade foi avaliada pelo ensaio em membrana artificial paralela (PAMPA). Foi necessário validar o método por CLAE para a quantificação da goiazensolida no estudo de permeabilidade, o qual se mostrou linear na concentração de 3,6 a 117,0 μg/mL, seletivo, preciso e exato para os meios pH 6,8 e pH 7,4. Foram utilizados como padrão de alta permeabilidade o cloridrato de propranolol e de baixa permeabilidade a furosemida. Para a goiazensolida foi encontrado o valor de permeabilidade efetiva de 0,03 x 10-6 cm/s, inferior ao da furosemida (1,03 x 10-6 cm/s). Dessa forma, a avaliação biofarmacêutica permitiu predizer a absorção no TGI da goiazensolida e direcionar os estudos pré-clínicos necessários ao desenvolvimento de um novo fármaco.pt-BRabertoAbsorçãoSolubilidadePlantas medicinaisAvaliação biofarmacêutica da goiazensolida.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 22/04/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.