Lima, Eloisa Helena deGonçalves, Gabriela Persio2021-09-082021-09-082021GONÇALVES, Gabriela Persio. As mulheres transexuais e travestis da comunidade da Favela/Vila Aparecida: trajetórias e relações sociais sob a ótica do processo de saúde e adoecimento. 2021. 130 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde da Família) - Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13665Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família. Departamento de Medicina de Família, Saúde mental e Coletiva, Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto.A premissa da equidade, com seu compromisso de “não deixar ninguém para traz” da Organização Mundial de Saúde nos traz um olhar especial para a população LGBTQIA+ Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexuais, Mais (outras identidades)). Nesse recorte, a dita população T (Travestis, Transexuais, Transgêneros) é especialmente atingida por diversos estigmas sociais que impactam no seu processo de saúde e adoecimento, e a Atenção Primária à Saúde como um espaço primordial de acesso ao sistema e foco comunitário, tem papel fundamental para a garantia de direitos dessa população. Por isso, com o objetivo de auxiliar na construção da visibilidade das representações que as mulheres trans e travestis moradoras da Favela/Vila Aparecida têm sobre a sua trajetória de vida, interconectando suas relações sociais aos processos de saúde e adoecimento foram realizadas entrevistas em profundidade e elaboração de Ecomapa, análise de conteúdo com identificação de categorias temáticas. Todas as 5 (cinco) travestis e mulheres transexuais residindo na Favela/Vila Aparecida foram entrevistadas. A média de idade foi de 27,5 anos, sobre a autodeclaração de raça/cor: 1 (uma) é branca, 2 (duas) pardas e 2 (duas) negras. 2 (duas) encontram-se com vínculo de trabalho formal e 3 (três) sem ocupação. 4 (quatro) apresentavam ensino médico completo e 1 (uma) ensino fundamental incompleto. As áreas temáticas elencadas foram: Autopercepção de Saúde e Adoecimento, Relações Familiares e Afetivas, Relação com a Comunidade, Relação com os Serviços de Saúde e Relação com Políticas Públicas. A maioria apresenta vínculos familiares fortes, que geram uma rede de apoio comunitária, todas fazem seu acompanhamento de saúde unicamente no centro de saúde, sendo relatado terem passado dificuldades inicialmente com o uso do nome social, e a longitudinalidade foi um atributo da APS identificado como positivo nesse processo. O principal fator de adoecimento foi a dificuldade de conseguir emprego, em geral por transfobia. Também foram citados o medo do HIV, a patologização das identidades trans e falta de representatividade de pessoas trans nos espaços. Conclui-se que ainda há muito a evoluir em políticas públicas que promovam equidade e saúde para as mulheres trans e travestis, em especial na garantia de cuidados a saúde, incentivos à empregabilidade trans e combate à transfobia, porém as mulheres da comunidade estudada e suas famílias nos indicam como o acolhimento e apoio podem ser fatores diferenciais nessas trajetórias de vida.pt-BRabertoAttribution-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/us/Atenção primária à saúdeTravestiMulheres transgêneroTransexuaisAs mulheres transexuais e travestis da comunidade da Favela/Vila Aparecida : trajetórias e relações sociais sob a ótica do processo de saúde e adoecimento.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 01/09/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.