Medeiros, Elen deSantos, Matheus Borelli dos2020-05-202020-05-202019SANTOS, Matheus Borelli dos. Pulsões da teatralidade: da cena do olhar à fábula do espectador. 2019. 102 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/12219Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.Na virada para o século XX, o teatro, que teve sua relevância assegurada durante o século XIX, viu-se enfraquecer. Agora, a arte teatral apoiando-se mais no evento relativo à cena do que no texto dramático – onde esteve escorada desde o renascimento até então – deveria levar outros fatores em consideração. Em meio a uma crise, vislumbrando, quiçá, sua própria obsolescência, o teatro teve a oportunidade (talvez a obrigação) de se reavaliar, olharse por outro ângulo, e ao fazê-lo deu-se conta de uma presença que sempre lhe foi essencial, mas só agora se tornava cara: o espectador. Assim, quando Denis Guénoun (2012), já na contemporaneidade, se pergunta se O teatro é necessário? opta por analisar tal necessidade observando não apenas aspectos da realização cênica, mas também aspectos concernentes a existência de um interlocutor, que supostamente integra o acontecimento teatral em resposta a necessidades suas, anteriores ao confronto com a cena. Esta dissertação, impulsionada pelas premissas do autor, se dedica a compreender justamente possíveis aspectos da necessidade do teatro configurada no espectador. Partimos das proximidades entre o surgimento do teatro e o surgimento da humanidade, apontando para um caminho que vincule o “teatral” desde sua produção até sua recepção a traços essenciais do ser humano. Assim, recorremos a um diálogo entre a compreensão de Josette Féral de teatralidade, que privilegia a recepção teatral ao deslocar a constituição do acontecimento cênico para o olhar do espectador, e dois conceitos de pulsão: a pulsão escópica de Freud e Lacan, relativa ao prazer de olhar que existe no confronto do espectador que espia a cena; e a pulsão de ficção, de Suzi Sperber, que diz respeito à reconfiguração da cena pelo espectador, que busca estabelecer uma linearidade fabular a partir do evento visto.pt-BRabertoEspectadorPulsão de ficçãoPulsão escópicaTeatralidadePulsões da teatralidade : da cena do olhar à fábula do espectador.DissertacaoAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 11/03/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.