Pinto, Lorena Cristina LanaCruz, Antônio Jorge do RosárioPires, Maria Rita Silvério2016-01-282016-01-282015PINTO, L. C. L.; CRUZ, A. J. do R.; PIRES, M. R. S. Incorporando o conhecimento ecológico local na conservação dos lagartos da Serra do Ouro Branco, Minas Gerais, Brasil. Bioscience Journal, v. 31, p. 613-622, 2015. Disponível em:<http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/23532>. Acesso em: 15 out. 2015.1981-3163http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6270Até o momento quinze espécies de lagartos foram registradas para a Serra do Ouro Branco, localizada na porção sul da Cadeia do Espinhaço, região onde a diversidade e o estado de conservação desse grupo zoológico são pouco conhecidos. Nesta Serra estão inseridos o Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e o Monumento Natural Estadual de Itatiaia, unidades de conservação criadas em 2009. Para o êxito dos planos de conservação e manejo de unidades de conservação é fundamental o envolvimento da população local ao longo de todo processo, desde a criação, implementação até a manutenção futura. Neste sentido, visando a conservação da fauna, foi investigado, sob uma perspectiva etnozoológica, o conhecimento local relativo aos lagartos da Serra do Ouro Branco. Participaram desse estudo 107 moradores de três povoados localizados no entorno das duas unidades de conservação. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas, lista livre e testes projetivos utilizando fotografias. Foram reconhecidas oito espécies por seis nomes populares. Estas incluem formas semifossoriais e de difícil visualização, como Heterodactylus imbricatus e Ophiodes striatus. As espécies do gênero Enyalius foram conhecidas por “cambaleão”. Tropidurus torquatus e Tropidurus itambere foram denominados “calango”. A lagartixa de parede, designada por “briba” (Hemidactylus mabouia), foi associada à transmissão de doença de pele “cobreiro”. Heterodactylus imbricatus e Ophiodes striatus, reconhecidas como “cobra de patas” e “cobra de vidro”, respectivamente, foram consideradas serpentes e, assim como estas, são mortas quando avistadas. O teiú (Salvator merianae) abrangeu a maior frequência de relatos, tendo sido capturado no passado, tanto para fins alimentares, quanto medicinais. Em função de relações conflituosas ligadas à predação de animais de criação, os teiús acabam sendo mortos. O acesso ao atendimento médico junto às mudanças sociais das comunidades parece ter contribuído para a redução do uso de animais para fins medicinais e alimentares, resultando em uma diminuição ou perda de práticas locais de usos de lagartos nessas comunidades. Os entrevistados reconheceram aproximadamente 50% dos lagartos registrados para a região da Serra do Ouro Branco, Nesse contexto estratégias de conservação, elaboradas de forma participativa, serão fundamentais no sentido de reforçar a importância desta fauna para a manutenção dos processos ecológicos da Serra do Ouro Branco, além de possibilitar o envolvimento dos moradores em iniciativas de conservação.pt-BRConhecimento popularSauriaCadeia do EspinhaçoSalvator merianaeIncorporando o conhecimento ecológico local na conservação dos lagartos da Serra do Ouro Branco, Minas Gerais, Brasil.Incorporating local ecological knowledge in conservation of lizards in the Serra do Ouro Branco, State of Minas Gerais, Brazil.Artigo publicado em periodicoThe copyright for articles published in Bioscience journal belong to the authors, with first publication rights granted to the journal. In virtue of their appearance in this journal of open access, the articles are free to use, with proper attribution, in educational and non- commercial applications. Fonte: Bioscience Journal <http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/about/submissions#copyrightNotice>. Acesso em: 09 out 2015.https://doi.org/10.14393/BJ-v31n2a2015-23532