Lana, Marta deSantos, Lilian da Silva2013-06-192013-06-192008SANTOS, L. da S. Avaliação do perfil de IgG e subclasses de IgG de pacientes portadores de infecção chagásica do município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. 2008. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2948A pesquisa de técnicas sorológicas de alta especificidade e sensibilidade que sejam capazes de avaliar a morbidade da doença de Chagas é de grande interesse. O maior objetivo desse trabalho foi realizar uma avaliação sorológica pesquisando IgG total e suas subclasses IgG1, IgG2 e IgG3, em diluições sucessivas de soro, em pacientes do município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, infectados pelo Trypanosoma cruzi com diagnóstico sorológico positivo e previamente avaliados do ponto de vista epidemiológico, clínico e parasitológico. O diagnóstico sorológico foi feito pelas técnicas de ELISA e HAI e a hemocultura empregada na avaliação parasitológica. A seguir, todos os pacientes responderam um questionário clínicoepidemiológico. Para a avaliação clínica os pacientes passaram por exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma e Raios-X do tórax e do esôfago e cólon contrastados. Após estes exames, foram selecionados para este estudo 15 pacientes em cada uma das seguintes formas clínicas da doença de Chagas: forma Indeterminada (IND), forma Cardíaca 1 (CARD 1), forma Cardíaca 2 (CARD 2), forma Digestiva e/ou Mista (DIG/MIS), além de um grupo com 15 indivíduos não reativos (grupo controle) da mesma localidade. Inicialmente a técnica de ELISA não comercial rotineiramente usada para o diagnóstico da doença de Chagas foi empregada para a dosagem das imunoglobulinas nos pacientes com infecção chagásica e posteriormente aplicada a soros de indivíduos com algumas doenças infecciosas tais como HIV, HCV, sífilis (SIF), leishmaniose visceral (LV) e leishmaniose tegumentar (LT) com objetivo de verificar seu desempenho. A análise dos aspectos epidemiológicos demonstrou que os pacientes com infecção chagásica apresentaram piores condições sócio-econômicas quando comparados aos pacientes do grupo controle não infectado. O grupo controle apresentou melhores condições de moradia atuais e anteriormente a este estudo, maior grau de escolaridade, e conseqüentemente melhores condições de trabalho. A taxa geral de hemocultura positiva foi de 25% (15/60), com 33,33% (5/15) de positividade no grupo IND, 26,66% (4/15) no grupo CARD 1 e no CARD 2 e 13,33% (2/15) no DIG/MIS. Não houve diferença significativa entre as porcentagens de hemoculturas positivas dos grupos clínicos. A análise do desempenho da técnica de ELISA não comercial, rotineiramente utilizada por nosso grupo no diagnóstico sorológico da doença de Chagas, demonstrou que o diagnóstico sorológico desta infecção pode ser realizado com melhores resultados pela pesquisa de IgG total nas diluições 1:10 a 1:320, IgG1 a 1:10, IgG2 a 1:10 e 1:20 e IgG3 de 1:10 a 1:320. A pesquisa das imunoglobulinas revelou que IgG total e IgG3 apresentaram níveis mais elevados, seguidos por IgG2 e IgG1. O emprego desta metodologia na análise dos soros de pacientes com outras doenças infecto-contagiosas demonstrou que o diagnóstico pode ser feito com segurança para IgG total na diluição 1:40, para IgG1 e IgG2 na diluição 1:10 e para IgG3 na diluição 1:20. Foi detectada reatividade cruzada em soros de pacientes com LV e LT na pesquisa de IgG1, IgG2 e IgG3 nas diluições selecionadas. Apenas a pesquisa de IgG total nas diluições 1:10 a 1:80 não revelou reatividade cruzada com os soros das outras infecções (HIV, HCV, SIF, LV e LT). O emprego desta mesma metodologia na avaliação da morbidade da doença de Chagas revelou que o grupo DIG/MIS apresentou níveis significativamente mais elevados de IgG total em todas as diluições testadas em relação aos outros grupos clínicos. A pesquisa de IgG3 também apresentou níveis significativamente mais elevados no grupo IND em todas as diluições avaliadas. IgG1 e IgG2 apresentaram níveis semelhantes em todos os grupos clínicos. Em síntese, este estudo não demonstrou uma associação muito clara entre as manifestações clínicas da doença de Chagas e os níveis das imunoglobulinas pesquisadas.pt-BRImunoglobulinasDoença de Chagas - Berilo - Minas GeraisBerilo - MGImunobiologia de protozáriosAvaliação do perfil de IgG e subclasses de IgG de pacientes portadores de infecção chagásica do município de Berilo, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.Dissertacao