Bahia, Maria TerezinhaCaldas, SérgioGonçalves, Karolina Ribeiro2018-10-052018-10-052018GOLÇALVES, Karolina Ribeiro. Influência da origem do tripomastigota e da via de inoculação na evolução da infecção da cepa Colombiana de Trypanosoma cruzi em camundongos BALB/c. 2018. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10324Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.A doença de Chagas, causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, é uma doença negligenciada que afeta cerca de 6 a 7 milhões de pessoas no mundo, especialmente na América Latina. O T. cruzi pode ser transmitido pelas vias vetorial, oral, transfusional, congênita, dentre outras. Nas últimas décadas tem sido dada maior atenção à infecção oral, devido a ocorrência de frequentes surtos de transmissão oral, especialmente na região Amazônica. Nestes surtos foram observados sinais clínicos bem diferentes e mais severos dos encontrados usualmente nas áreas de transmissão vetorial. Neste contexto, é de extrema relevância o estudo da influência da via de inoculação na evolução da fase aguda da infecção por T. cruzi visando o melhor entendimento da evolução clinica mais grave e da maior taxa de mortalidade observada em indivíduos infectados pela via oral. Este estudo avaliou a taxa de infecção, a carga parasitária, as lesões teciduais, aspectos da resposta imune celular e humoral de animais inoculados através das vias oral, intragástrica, cutânea, ocular e intraperitoneal com tripomastigotas metacíclicos (TM) obtidos de cultura acelular ou tripomastigotas sanguíneos (TS) da cepa colombiana. Esta cepa, pertence à DTU (Unidades Taxonômicas Distintas) TcI, que tem sido associada à surtos agudos de doença de Chagas. Os resultados mostraram que a infecção de camundongos BALB/c por TS induz uma maior parasitemia em relação aos TM, considerando a mesma via de inoculação. De forma diferente, na quantificação do parasitismo por qPCR em amostras de tecidos (coração, baço, fígado, músculo esquelético, bochecha, língua, estômago, jejuno, colón e cérebro) foi detectado, de maneira geral, parasitismo tecidual mais intenso nas amostras coletadas de animais inoculados com TM em relação à TS, considerando a mesma via de inoculação. O parasitismo foi mais intenso e frequente nos tecidos musculares cardíaco e esquelético dos animais inoculados com TS. Entre os animais inoculados com TM o parasito foi detectado em todos os tecidos avaliados, sendo a maior carga parasitária detectada no fígado e no baço, com exceção dos animais inoculados com TM via cutânea, onde o parasitismo foi detectado esporadicamente e em baixos níveis em todos os tecidos analisados. De forma interessante, o parasito foi detectado com maior frequência no cérebro dos animais inoculados com TM em relação à TS, tendo sido detectado em 42 a 100% dos animais inoculados com TM pelas diferentes vias e em no máximo 30% dos animais que receberam TS. Em seguida foi analisada, quantitativamente, a intensidade da inflamação nos tecidos cardíaco, hepático e esplênico dos animais. Apesar do parasitismo mais intenso detectado nos animais infectados por TM, a intensidade da inflamação nestes tecidos foi maior, de forma geral, nos animais inoculados com TS, especialmente naqueles inoculados via IP. Estes resultados estão de acordo com os maiores níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias, IFN-γ e TNF-α detectados nestes animais aos 15 dias após a infecção. Os níveis das citocinas IFN-γ e TNF-α permaneceram significativamente maiores nos animais inoculados por TS e TM aos 30 dias após a infecção, em relação aos animais do grupo controle não infectado, em concordância com o aumento da intensidade da inflamação nos diferentes tecidos analisados neste período. De forma geral, os resultados deste estudo mostraram uma marcada influência da via de inoculação e da origem do tripomastigota na infecção de camundongos, tendo sido detectado maior parasitismo sanguíneo, lesões teciduais mais intensas e maiores níveis séricos das citocinas IFN-γ e TNF-α nos animais inoculados com TS, em contraste com um parasitismo tecidual mais intenso e mais frequente (especialmente no cérebro) dos animais que receberam TM, considerando a mesma via de inoculação.pt-BRabertoTrypanosoma cruziDoença de ChagasCoração - infecçõesInfluência da origem do tripomastigota e da via de inoculação na evolução da infecção da cepa Colombiana de Trypanosoma cruzi em camundongos BALB/c.TeseAutorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 02/10/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. 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