Rangel, Marcelo de MelloAraújo, Valdei Lopes de2017-01-242017-01-242015RANGEL, M. de M.; ARAUJO, V. L. de. Apresentação - teoria e história da historiografia: do giro linguístico ao giro ético-político. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 17, p. 318-332, abr. 2015. Disponível em: <https://revistahh.emnuvens.com.br/revista/article/view/917>. Acesso em: 24 jan. 2017.1983-9928http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/7148Este dossiê reúne conferências apresentadas no 6° Seminário Brasileiro de História da Historiografia (SNHH), o qual foi realizado no ano de 2012 na cidade de Mariana, e, nele, todos os autores tematizam o problema do giro linguístico. Trata-se das conferências de Guilhermo Zermeño Padilla (Colegio de México), Rogério Forastieri da Silva (Colégio Etapa - SP), Temístocles Cezar (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS) e Sérgio Campos Matos (Universidade de Lisboa). A escolha do tema se deveu, sobretudo, aos 40 anos da publicação do livro de Hayden White Meta-História: a Imaginação Histórica do Século XIX, que se completariam no ano seguinte ao 6° SNHH, em 2013. As discussões que tivemos ao longo do evento e os textos que estamos publicando problematizam o giro linguístico e nos auxiliam a refletir sobre ele, ou, ainda, sobre o questionamento da relação entre realidade, pensamento e linguagem, e isso especialmente no interior da historiografia. Ainda a partir de nossas discussões no Seminário e, especialmente, dos textos que compõem o dossiê, podemos abordar os séculos XVIII e XIX como a origem, quer da compreensão que o giro linguístico problematizou – a de que o pensamento pode produzir enunciados privilegiados em relação à realidade –, quer de elementos fundamentais à própria estruturação de sua crítica. É preciso ressaltar, ainda, que o conceito mais tradicional de giro linguístico o situa como um fenômeno recente, cuja origem pode ser datada das décadas do período pós-segunda Grande Guerra. Aqui, preferimos pensar o giro linguístico como um deslocamento histórico-estrutural mais amplo que pode ser definido em torno da clássica descrição foucaultiana da crise da representação, ou seja, do divórcio progressivo entre as palavras e as coisas que tem no século XVIII seu momento decisivo (FOUCAULT 1999). De modo algum, no entanto, essa definição mais ampla recusa a existência e relevância de abordagens que tratam o fenômeno como um evento/processo decisivo à história intelectual recente. Interessa-nos, assim, pensar as condições de possibilidade do giro linguístico constituídas alguns séculos antes, a saber, a ampla percepção da “aceleração crescente das transformações no tempo”, própria da modernidade e que tornou possível o questionamento acerca das funções tradicionais da “historiografia”; e, num segundo momento, a própria colocação radical do problema epistemológico da “parcialidade” e do ponto de vista. De modo complementar, podemos explicitar e compreender, em seguida, duas tradições específicas no interior do giro linguístico, buscando, por fim, refletir sobre possíveis repercussões provocadas por esse deslocamento epistemológico.pt-BRabertoApresentação - teoria e história da historiografia : do giro linguístico ao giro ético-político.Introduction - theory and history of historiography : from the linguistic turn to the ethical-political turn.Artigo publicado em periodicoO periódico História da Historiografia permite o depósito da versão pós-print de um artigo. Permite remixagem, adaptação e nova criação a partir da obra para fins não comerciais desde que seja atribuído o crédito ao autor (CC BY-NC). Fonte: Diadorim <https://diadorim.ibict.br/handle/1/1961>. Acesso em: 05 nov. 2019.https://doi.org/10.15848/hh.v0i17.917